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Mas somente mais tarde em 1925, por meio da Reforma João Luiz Alves, iniciou
o ensino em turno noturno para jovens e adultos para atender aos anseios da elite ,
que pretendia aumentar seu grupo eleitoral como objetivo em meados de 1930, e assim
se dava o início ao movimento contra
[...] o analfabetismo é a expressão da pobreza, consequência inevitável de
uma estrutura social injusta. Seria ingênuo combatê-lo sem combater suas
causas [...] a educação de jovens e adultos está condicionada às
possibilidades de uma transformação real das condições de vida do aluno
trabalhador. (GADOTTI, 2011, p. 71)
Para Paulo Freire, e essencial estar informado de seus obstáculos e ter boas
perspectivas de vida, a procura de melhor colocação para melhores oportunidades,
e assim, fazer da educação escada para as chances de libertação do oprimido.
Consolida que,
Paulo Freire acreditava que a educação não podia ser um método mecânico
de propagação de conteúdo que iria resolver o problema da alfabetização. O
conhecimento deve vir seguindo a forma de um diálogo, de uma conversa interativa
que possui início e fim, observando o conhecimento e a leitura que o sujeito traz
consigo nesse processo de alfabetização, dessa forma, o ensino podia favorecer a
alfabetização e ao mesmo tempo transformar o sujeito crítico.
Para ser válida, toda educação, toda ação educativa deve necessariamente
estar precedida de uma reflexão sobre o homem e de uma análise do meio
de vida concreto do homem concreto a quem queremos educar.
(FREIRE,1980, p. 33-34).
Mas de acordo com Gadotti (2003) a educação de jovens e adultos foi,
desacreditada pela “Nova República” e o auto- denominado “Brasil Novos” (1990) do
primeiro presidente eleito depois de 1961, criou se o PNAC (Plano Nacional de
Alfabetização e Cidadania), demostrado como uma grande salvação, mas em 1990
o mesmo é extinto no ano seguinte sem qualquer esclarecimento para a sociedade
civil que o havia aprovado.
Neste espaço de tempo, aconteceu a descentralização dos recursos que era
de atribuições do governo Federal para investimentos na educação de jovens e
adultos, transferindo a responsabilidade para estados e municípios a tarefa da
escolarização desse público.
A fundação EDUCAR por sua vez como outras não conseguiu permanecer
atuando e foi desfeita no ano de 1990 pelo governo Collor, que no entanto não criou
outro programa para a Educação de jovens e Adultos que garante-se as suas
funções de alfabetização.
Ainda segundo Gadotti (2003) em 1989, com o objetivo realizar o Ano
Internacional da Alfabetização (1990), foi formada no Brasil a Comissão Nacional de
Alfabetização de início coordenada por Paulo Freire e depois por José Eustáquio
Romão. Sendo formada para criar diretrizes a longo prazo para a formulação de
políticas de alfabetização. Mas infelizmente não foram levadas adiante pelo governo
federal da época. E abandonado integralmente pelo governo que assumiu em 1995,
e logo depois em 1997 foi totalmente abolida a educação popular.
A nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei n° 9394/96, em
que a EJA e introduzida e é considerada uma modalidade da educação básica nas
etapas do ensino fundamental e médio é promulgada na década de 1990.
Com os frutos colhidos nessa década 1990, e depois já na década seguinte
de 2000 aconteceram várias discordâncias nos debates acerca das experiências na
educação de jovens e adultos que foram produzidas. E em seguida foi idealizado
pelo Conselho Nacional de Educação em 10 de maio de 2000, as Diretrizes
Curriculares Nacionais para a Educação de Jovens e Adultos. Quebrava se então
uma barreira atingindo direto na discriminação do analfabetismo com esse
documento, como um “inculto” ou seja uma sujeito que não é produto de cultura.
(BRASIL, 2002) as Diretrizes ressaltam a EJA como direito, trazendo a ideia
de compensação e substituindo-a pelas de reparação e equidade. Para a realização
de exames, normatizam sua oferta para maiores de 15 anos para o ensino
fundamental e maiores de 18 anos para o ensino médio.
Em 09 de janeiro de 2001 foi aprovado pelo governo federal o Plano
Nacional de Educação (PNE), e muita expressiva a inclusão da educação de
jovens e adultos.
Com o reconhecimento deste plano, legalizado constitucionalmente se
estabelece com um dos objetivos do PNE, a inclusão de ações do poder
público que coordenam à extinção do analfabetismo (art. 214, inciso I),
consistindo da obrigação que requer uma ampla mobilização de recursos
humanos e financeiros em nome dos governos e da sociedade.
TOYSHIMA, Ana Maria da Silva; COSTA, Célio Juvenal. O Ratio Studiorum e seus
processos pedagógicos. São Paulo, maio 2012. Disponível em:
http://www.ppe.uem.br/publicacoes/seminario_ppe_2012/trabalhos/co_05/104.pdf. Acesso em
12 fev. 2022.