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A HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO NO BRASIL E A METODOLOGIA DE PAULO

FREIRE NA REALIDADE DOS DIAS ATUAIS

MAICON LEMES DE OLIVEIRA¹ ,⃰


1- Bacharel em Biomedicina, Faculdade de São Lourenço UNISEPE (União das Instituições de Serviços,
Ensino e Pesquisa Ltda.), Rua Madame Schimidt, nº 90, Bairro Nossa Senhora de Fátima, CEP:
37.470-000 São Lourenço - MG, Brasil. Pós-graduado em Análises Clínicas da Universidade Vale do
Rio Verde (UninCor), Av. Castelo Branco, 82, Chácara das Rosas, CEP 37.410-000, Três Corações –
MG, Brasil. Pós graduando em Docência no Ensino Superior, UNISEPE Graduação Digital EaD, polo
de São Lourenço, Rua Madame Schimidt, nº 90, Bairro Nossa Senhora de Fátima, CEP: 37.470-000,
São Lourenço - MG, Brasil.* Autor para correspondência: maiconlemesoliveira@gmail.com .

UNISEPE GRADUAÇÃO DIGITAL – POLO DE SÃO LOURENÇO MG

RESUMO:
Do Brasil colônia até os dias atuais, o trabalho aborda a metodologia de ensino,
sistema político, econômico e social até a atualidade, encontrando nas ideologias
de Karl Marx e Engels a explicação para o porquê a educação jamais conseguira
ser o principal pilar na história da cultura brasileira e encontrando na metodologia
de ensino do educador Paulo Freire a solução para construir indivíduos de
pensamento autônomo, crítico e participativo na política e economia do país.

ABSTRACT:
From colony Brazil to the present day, the work addresses the teaching
methodology, political, economic and social system to the present day, finding in the
ideologies of Karl Marx and Engels the explanation for why education could never
be the main pillar in the history of Brazilian culture and finding in the teaching
methodology of educator Paulo Freire the solution to build individuals of
autonomous, critical and participatory thinking in the politics and economy of the
country.

PALAVRAS-CHAVE: Educação; Política; Karl Marx; Paulo Freire, Método Paulo


Freire.
KEY-WORDS: Education, Politics, Karl Marx, Paulo Freire,
Paulo Freire Method.
INTRODUÇÃO:

Através de uma busca na história do Brasil desde colônia até os dias atuais, a
educação brasileira tem enfrentado grandes desafios e lutas para o seu
desenvolvimento, seja político ou econômico.

Iniciando no Brasil colônia até Brasil república, notam-se algumas diferenças,


exceto pelo objetivo econômico sempre persistente, seja setor agrário ou industrial,
mas sempre com o mesmo objetivo de formar cidadãos para servirem de pilares
para a economia e estruturação da sociedade capitalista, sendo esta sociedade já
prevista por Karl Marx e defendida em toda sua vida de estudos, afirmando as
conseqüências na vida da classe trabalhadora em uma sociedade capitalista.

O atual estudo tem como objetivo fazer uma revisão literária acerca da história e da
metodologia da educação no Brasil desde o período colonial, acontecidos políticos
da década 1930 e o início do capitalismo na economia até o contexto atual. Assim
propondo como solução as metodologias do educador Paulo Freire para a
realidade educacional atual.

Paulo Freire, um dos nomes mais importantes da educação, não somente no


Brasil, viveu uma vida em luta para a educação. Desenvolveu a metodologia
conhecida como metodologia freireana, a qual o principal objetivo seria quebrar as
barreiras que foram construídas entre o educador e o educando, assim além de
uma alfabetização mais humanizada e facilitada para quem aprende, torna os
indivíduos pessoas mais conscientes e participantes ativamente da realidade social
na qual vive, pois com esta metodologia de ensino, o educando sente-se preparado
para tal ato.

A metodologia utilizada para a realização do presente trabalho foi a metodologia


teórica, pesquisas bibliográficas por meio de livros, artigos científicos e demais
trabalhos publicados em sites e periódicos para o levantamento de informações a
fim de conseguir alcançar uma conclusão clara e formal.

O que incentivou a realização do trabalho foi a necessidade de compreender a


história da educação em conseqüência dos acontecimentos políticos no período
colonial, da década de 1930 e quais as metodologias utilizadas a partir daí até os
dias atuais. Apresentando estudos por meio de revisão para compreender como de
fato isso resultou na realidade da atualidade, propondo a metodologia freireana
como estratégia para a garantia de formação de indivíduos ativamente
participativos na sociedade e assegurar o direito a uma educação digna para todos.

DESENVOLVIMENTO:

Da educação no Brasil colonial, muito se tem da cultura européia medieval, onde a


aristocracia era a forma de governo (SILVA, 2015).

A educação nesse período aconteceu pela companhia de Jesus, que muito marcou
a história da educação no Brasil. Ela atuava na organização social e missões
missionárias, ou seja, formas de manipulação por meio da religião, que seria pela
educação doutrinadora. Seu olhar era voltado para aos detentores de terras e
engenho, a educação inicialmente era isolado, pois as mulheres e os filhos
primogênitos não tinham o direito à educação, pois aos primogênitos cabia
somente a administração dos ofícios da família. Os primogênitos recebiam somente
uma preparação para gerenciar a família e os negócios. Então a educação seria
freqüentada somente à classe dominante. Aos índios, escravos e pobres de bens
materiais (mestiços), classe dominante na época. O objetivo do sistema de
escolarização não passava nem perto de criar homens livres ou formar cidadãos
conscientes, mas sim, atender aos interesses dos colonizadores, o lucro. Esta
conseguiu eternizar sua forma de ensino no Brasil reforçando ainda mais a ideia de
escolarização para ricos diferente da escolarização para os pobres (SILVA, 2015)
(ROMANELLI, 2010).

É possível observar que aqueles que de fato detêm a hegemonia na sociedade


brasileira, mantêm tal lógica estabelecida. Para Silva, somente o aprimoramento
de técnicas pedagógicas, métodos, tecnologias, e instalações modernas não
bastam para garantir que o real papel da educação se cumpra, sendo este a
transformação do homem, tornando-o capaz de transformar sua realidade e a
realidade que o cerca. Dessa maneira, a educação no Brasil, teria sido um
instrumento para fazer dos desprovidos de posse, servos dos objetivos dos
possuidores (Igreja, da Coroa, mercado, Estado), condição esta que se perpetua
até atualidade (SILVA, 2015).
Para conseguir visualizar mudanças da educação no Brasil, precisamos voltar no
governo da República Velha, onde Washington Luiz, o ultimo presidente da
república velha (1890-1930) (MAIA, 2012), foi deposto do seu mandato em outubro
de 1930 (ROMANELLI, 2010), com um movimento armado com fins para a sua
retirada da presidência. Estava se passando uma série de acontecimentos que
desde a quebra da bolsa de Nova York, em 1929, não demoraria muito a refletir no
Brasil. A aliança café-com-leite estava caindo, pois o presidente romperia o acordo
da aliança, que ao invés de indicar o cargo à presidência a um mineiro, indicaria
então Júlio Prestes, outro paulista. O que incomodaria muito os aliados mineiros e
acarretaria então na tomada do poder, onde Getúlio Vargas no dia 03 de novembro
de 1930, toma posse “provisoriamente” no governo Federal (BUENO, 2003).

Da década 1930 em diante, o Brasil passa a adotar novas formas de comércio,


saindo do agrário-exportador para uma realidade urbano-industrial, onde a
preocupação principal era manter a ordem institucional, quebrar a herança do
período anterior (República Velha) e colocar-se como Estado Novo. Contudo é
importante salientar todos os processos que ocorreram a favor da educação, pois
ela também precisou ser revista, como de fato aconteceu na promulgação da
Constituição de 1934, a qual garantia por lei o ensino elementar gratuito e
obrigatório, pois, com todo discurso de liberdade, democracia e justiça, havia a
necessidade de “educar” para que houvesse a transformação da massa de
analfabetos em instrumentos de produção na nova realidade industrial (PEIXOTO,
1984), onde a maior meta fora a implantação do capitalismo no Brasil
(ROMANELLI, 2010) (ANDREOTTI, A, L, 2006)

Ainda que fosse emergente repensar a educação com os acontecimentos da


década de 1930, o analfabetismo e o acesso da população a escola ainda era
precária, mesmo que a intenção fosse a camada média da população. A elite fora a
mais beneficiada neste contexto, junto com as ideias advindas da “Escola
Nova”,que foi apresentada em 1932, com um plano de Reconstrução Nacional,
resultado de modificações educacionais que estavam sendo planejadas desde
1920. Contudo, a educação elitista e tradicional representada pelos católicos
conservadores que também possuíam considerável força política em razão das
iniciativas privadas, não aceitaria facilmente. Na discussão da Constituição de
1934, algumas reivindicações dos renovadores (como eram conhecidos os
defensores da Escola Nova) foram consideradas, como o direito a garantia para
todos ao ensino. Posteriormente, até então, as escolas secundárias eram na
maioria privada com avaliações de admissões e rígida sistematização, afastando
então quem não estava ali representado. Mais uma vez mostra que a educação de
qualidade só era alcançada pela classe alta, a elite (ANDREOTTI A. L., s/d),
(ANDREOTTI A. L, 2006).

Na década de 1960, diversos eventos que desde a promulgação das 1ª Lei de


Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB, Lei 4.024/61) até o golpe militar de
1964, abalaram o sistema sócio-educacional do Brasil, surgindo então uma nova
metodologia de ensino com o Educador Paulo Freire. O cenário social passava por
disputa política e social. Havia a reforma universitária, estabelecida pelo regime
ditatorial que buscava não somente controle por meio de repressão da sociedade
como também controle ideológico, que favorecia novamente as conquistas
econômicas políticas da época (SANTOS, 2012).

De acordo com Maciel, no atual contexto da ideologia neoliberal, a educação tem


sido percebida como formação do capital humano do ponto de vista do viés
econômico, seguindo um modelo de formação de sujeitos produtivos para o
mercado, tornando-o hegemônico, constituído pelas competências demandadas
pela empregabilidade. Nesse sentido, Silva expressa que a ruptura com tal lógica
de submissão, baseada no lucro e na dominação, aparenta ser o caminho mais
seguro a se almejar (MACIEL, 2011), (SILVA, 2015).

Todo este cenário já era estudado e esperado nas ideologias de Karl Marx e
Engels, que em uma vida de estudos colocaram no papel as conseqüências de
uma sociedade capitalista.

Marx, filósofo, sociólogo, economista e historiador, difundiu seus estudos em várias


áreas além das ciências sociais. Na educação, sua fala era sobre a formação do
homem onilateral, contrária ao homem unilateral. Pois para ele a formação do
homem deveria ir além das tarefas em prol do desenvolvimento das grandes
indústrias, mas que pudesse ser preparado para a totalidade das tecnologias,
produção e da vida (FERREIRA, 2019).
Sua principal teoria refere-se à luta da divisão de classes, onde uma pequena
parcela possui os modos de produção e o poder, e a outra parcela é controlada e
dependente da classe detentora do capital, sendo esse o sistema capitalista. Sua
opinião em relação às instituições de ensino bate de frente ao perceber que, o
sistema educacional, principal responsável na construção do indivíduo na
sociedade, passa a ser a principal ferramenta de legitimação de desigualdade,
pois, uma vez que a classe trabalhadora permanece estacionada, a classe alta
permanece na sua condição como opressora (DANGEVILLE, 2011) (FERREIRA,
2019).

A metodologia de ensino empregada desde sempre, que por sua vez foi
adaptando-se às novas tecnologias e que continua sendo até hoje, é o ensino
“bancário”, nomeada desta forma pelo educador brasileiro Paulo Freire (1921-
1997), que a descreve no livro Pedagogia do Oprimido, como uma metodologia
onde o professor, “detentor do conhecimento”, “deposita” todo conhecimento no
aluno, que memoriza o conteúdo transmitido (BASSALO, 2003).

Paulo Freire teve toda a sua vida focada na construção de uma educação
libertadora, à qual seria capaz de fornecer instrumentos as camadas populares a
fim de lutar contra as relações opressoras do capitalismo. “ A pedagogia freireana é
síntese da teorização implícita na prática de Educação Popular. Ela traz a consideração do
conhecimento como possibilidade de superação de relações verticais contraditórias e de
modelos mecanicistas de análise da realidade social e implantação de novas propostas
que indiquem esperança e a necessidade de mudança.” (MACIEL, 2011).

Paulo Reglus Neves Freire, recifense e pernambucano, um dos maiores nomes da


educação no Brasil e no mundo é responsável pela metodologia freireana. Com
uma vida nada fácil, até dependendo de bolsa para a sua alfabetização, a sua
persistência o fez mais tarde em sua vida experimentar a docência ainda bem cedo
no Colégio Oswaldo Cruz em Pernambuco, colégio no qual cursou o ensino
secundário e ainda jovem assumiria o cargo de “censor”, posteriormente passando
para professor de Português do Admissão e mais tarde de outras séries do Ginásio
(FREIRE, 2017).

De acordo com João Francisco de Souza em seu livro “A atualidade de Paulo


Freire”, Freire atuou também coordenador da divisão de educação e cultura do
SESI (Serviço Social da Indústria), coordenador do Movimento de Cultura Popular
(MCP) onde se realizavam pesquisas acerca do tema educação de jovens e
adultos, coordenador do programa Nacional de Alfabetização do Ministério da
Educação no governo de João Goulart, onde com a chegada do golpe militar e com
o presidente deposto, Paulo Freire fora exilado. Ao retornar ao país acabou por
ocupar os cargos como o de secretário municipal de Educação do município de
São Paulo, além de realizar conferências e seminários pelo Brasil e o mundo.
Conquistou também outros cargos e influências nos cenários da educação dentro e
fora do país (SOUZA J. F., 2002).

Sonia Couto Feitoza relata que Paulo Freire fora um dos primeiros incentivadores
da concepção de educação popular, formulador de um dos maiores paradigmas da
pedagogia contemporânea, onde se propõe a ruptura com a educação feita
especificamente para elites, construindo desta forma um projeto de uma educação
radicalmente democrática e libertadora, visando a formação de uma sociedade
democrática (FEITOSA, 1999).
Nas palavras de Souza (SOUZA J. F., 2002), o cerne da preocupação de Paulo
Freire designa-se a educação, em geral assim como a escolar, sendo uma
atividade cultural, capaz de gerar cultura além de contribuir para a democratização
da sociedade assim como o enriquecimento cultural dos indivíduos a esta
pertencente, em especial os sujeitos populares.
Mas o que seria então este método freireano? Para Paulo Freire, o modelo de
ensino bancário, onde um material pronto, feito como uma roupa de tamanho único
que serve para todos e ao mesmo tempo não serve para ninguém e que o
educador acredita que aprender é depositar o saber no indivíduo que nada sabe
não era o caminho a se tomar. Para ele o saber seria construído por meio de
diálogo, onde quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende, ensina ao
aprender. Uma troca de conhecimentos que acontece mesmo a distância, porque
até a auto-educação é uma conversa (BRANDÃO, 2009).

Ao abordar os fundamentos do método de Paulo Freire, Feitoza, aponta que, o


centro do processo educativo na proposta freireana direciona-se a mediação
educador-educando, onde parte-se dos saberes dos educandos que muita das
vezes tem sua concepção de conhecimento pautada no saber escolar. A autora
relata que um dos primeiros objetivos do educador é mostrar ao educando que este
tem um vasto conhecimento de muitas coisas, entretanto esse conhecimento se
encontra desorganizado. Dessa maneira, assim relacionando os saberes
apresentados pelos educandos com os saberes escolares, aumenta-se a auto-
estima dos sujeitos, participando estes mais ativamente do processo. Como
conseqüência, também é melhorada a sua participação na sociedade, pois o
indivíduo acaba por adotar uma postura de sujeito no processo de transformação
social (FEITOSA, 1999).

Letícia Rameh, afirma que Freire ao criticar os métodos tradicionais de ensino,


defendia a consciência política, assim como a utilização de materiais advindos da
vida cotidiana dos alfabetizandos, baseando tal método no existencialismo cristão
e no marxismo. A autora relata que ao aplicar o método de Freire na cidade de
Angicos, no Rio Grande do Norte em 1962, obteve-se um resultado considerado
promissor, pois tornou-se possível a alfabetização de trezentos trabalhadores rurais
no período de quarenta e cinco dias, sendo realizadas outras experiências como
esta em outros contextos (RAMEH, 2005).

Estudo semelhante foi realizado com crianças do segundo ano fundamental em


uma escola municipal em São Paulo, que comparou o método tradicional e o
método freireano, o socioconstrutivismo. O segundo ano fundamental fora
escolhido em razão de ser a série escolar onde as crianças são formalmente
apresentadas ao ensino de leitura e escrita. Os responsáveis pelo estudo
analisaram a produção de texto de 88 crianças, sendo 44 submetidas ao ensino
tradicional e 44 pelo método de Paulo Freire. Analisando então a estrutura textual
das crianças, foi possível verificar que as crianças que passaram pelo método
socioconstrutivista escreveram textos mais coesos, com amplo vocabulário, texto
mais coeso e com pensamento mais autônomo. Mais autônomo devido às
situações e as problemáticas as quais as crianças foram submetidas pelo
processo. Agora o texto das crianças que foram submetidas ao ensino tradicional,
seus textos possuíam uma estrutura mais limitada, com vocabulário mais pobre e
com frases soltas e desconexas das quais eram encontradas nas cartilhas e livros
dos anos iniciais para escrita e leitura, mostrando assim a eficiência do método
(SOUZA C. , 2006).
Pesquisando em qualquer site de busca, verifica-se que o método de Paulo Freire,
considerado patrono da educação no Brasil, renomado em várias instituições de
ensino em vários países, servindo de modelo de educação nestes países, jamais
fora utilizado na rede pública de ensino no Brasil. Na sua terra de origem é
considerado uma “influência de esquerda” na educação, por manifestantes e
articuladores conservadores, que atualmente, motivados pelo governo atual que
visa proibir Paulo Freire nas escolas. Estes são encorajados via redes sociais por
representantes políticos a supervisionarem os profissionais da educação ignorando
completamente a Liberdade Acadêmica dos professores de ensino, pesquisa, troca
de conhecimentos e etc. Profissionais estes que na pesquisa de NEVES, 2018,
demonstram conhecer, já terem participado de cursos, palestras e seminários a
respeito da metodologia freireana, o que demonstra conhecimento por parte dos
profissionais, porém, por parte governamental não ter representatividade suficiente.
(COSTA, 2015), (BARBOSA, 2019), (NEVES, 2018).

CONSIDERAÇÕES FINAIS:

Diante da busca detalhada na história desde o período colonial do Brasil até os


dias atuais, considera-se que a educação pública jamais fora utilizada para fins de
criar homens livres, críticos e participantes na realidade política, econômica e social
do país.

A educação pública tem sido uma ferramenta de moldar principalmente os


indivíduos, trabalhadores da classe média e baixa, a fim de manter o
funcionamento do sistema financeiro e econômico atual, o capitalismo, enquanto a
classe alta, elite capitalista que possui acesso ao sistema de educação privada, se
mantém no topo da pirâmide hegemônica.

Todo este cenário já era previsto nas ideologias de Karl Marx e Engels que ao
longo da sua vida escreveram vários livros deixando legados para lutar contra a
repressão política hegemônica ao longo do tempo, firmando a ideia de que para
mudar a realidade de uma nação, precisará fazer a transformação no indivíduo
como ser livre, crítico e responsável pelo seu papel na sociedade como um todo.
Por fim, destaca-se os métodos de ensino de Paulo Freire como solução para a
problemática atual no ensino público de educação no Brasil, que possibilita a
construção de cidadãos com pensamento autônomo e livre para participarem
ativamente da realidade política, econômica e social do Brasil, realidade esta que
diante do governo atual, que censura e visa proibir qualquer outro tipo de
metodologia educacional que não seja a tradicional e conservadora, faz-se parecer
difícil, mas não impossível de ser realizada.

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