Você está na página 1de 55

Colégio Progresso Campineiro 1

Colégio Progresso Campineiro – a arquitetura e o tempo.


Autor: Rodrigo Martins Bryan1

Este relatório faz parte do projeto “Memórias da educação escolar –


Cultura material e organização de arquivos históricos”, processo CNPq
473772/2004-3, sob orientação da Profa Dra Maria do Carmo Martins e
vinculado ao Centro de Memória da Educação – Faculdade de Educação –
Unicamp.

Colégio Progresso Campineiro

ESCOLAS CAMPINEIRAS (século XIX e XX)

Os últimos anos do império no Brasil, no final do século XIX, já se embebiam


dos ideais da república, como o desejo pela modernidade, pelo progresso e pela
educação. Na cidade de Campinas, marcada como um pólo comercial e cultural, a
sociedade bebia das mesmas idéias da república, ou ainda, abrigava importantes
republicanos, que posteriormente ocuparam cargos no governo, tanto na esfera
municipal, quanto na estadual e federal. A preocupação com uma educação que
rompesse com os preceitos religiosos aos quais a maior parte das escolas era submetida,

1
Graduado pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da PUC Campinas e mestrado pela Faculdade de
Educação da Unicamp – Laboratório Olho.
Colégio Progresso Campineiro 2

era necessária, pois através dela era possível propagar o pensamento republicano e
assim formar os bons cidadãos. Em Campinas não foi diferente, o investimento em
escolas que pudessem garantir a formação dos jovens, nasce através da elite, preocupada
com seus filhos.
No ano de 1863, começa a funcionar na cidade, ainda durante o Império, o
Colégio Florence. A primeira instituição de ensino secundário, que incluía também o
ensino para moças. Fecha suas portas no ano de 1889 e é transferido para a cidade de
Jundiaí, depois de ter sido abalado pela epidemia de febre amarela que assolou o
município por vários anos.2
Em 1874 é oficialmente inaugurado o Colégio Culto a Ciência (anexo 01), fruto
da reunião entre fazendeiros, comerciantes e industriais, preocupados com a formação
de seus filhos e com o insuficiente número de estabelecimentos escolares na cidade.
Entre os seus idealizadores esteve Manuel Ferraz de Campos Sales, que posteriormente
viria a ser presidente da república (de 1898 a 1902). O Colégio Culto a Ciência pregava
a possibilidade de um ensino distante das sociedades eclesiásticas, sendo a primeira
instituição a instituir o ensino laico em Campinas e que se tornou um importante
instrumento na formação dos jovens e crianças da elite republicana. Era uma instituição
particular, que no entanto, não visava lucro. Todo o dinheiro arrecadado era empregado
em melhorias para própria escola. Em 1895, após a dissolução da associação que a
mantinha, torna-se o primeiro instituto oficial de ensino secundário de Campinas e o
segundo do Estado de São Paulo3. Entre os alunos que por ele passaram estiveram
nomes como Santos Dumont e o poeta Guilherme de Campos, além de importantes
personagens locais como Julio de Mesquita.
No mesmo ano de 1874, foi inaugurado também o Colégio Internacional, este
criado por pastores presbiterianos vindos dos Estados Unidos da América. Funcionou
até o ano de 1890, também abalado pela epidemia de febre amarela que atingiu
Campinas.
Em 1900 foi fundado o Colégio Progresso Campineiro, destinado, a princípio,
exclusivamente ao ensino e a formação do sexo feminino. Idealizado por Orosimbo
Maia em conjunto com outros quatro importantes personagens da sociedade campineira:
Antonio Álvaro de Souza Camargo, Artur Leite de Barros, Luiz Campos Salles e

2
RIBEIRO, A. I. M. . A Educação Feminina durante o século XIX: O Colégio Florence de
Campinas (19863-1889). Campinas: Área de publicações do Centro de Memória, 1996. 179 p.
3
http://www.campinas.sp.gov.br/campinas/atracoes/culturais/patrimonio/colegio_cciencia/ acesso em 10
de setembro de 2007.
Colégio Progresso Campineiro 3

Joaquim Álvaro. O Colégio foi inaugurado em 8 de outubro, data do aniversário de


Odila Maia, filha do Sr. Orosimbo Maia, que desta forma presenteou a menina com a
possibilidade de uma boa formação, sem que tivesse que deixar a cidade de Campinas.
O Colégio muda de lugar algumas vezes, até a construção do edifício atual pela então
diretora Dona Emilia de Paiva Meira, passando a funcionar no ano de 1917 no então
bairro do Frontão, hoje Cambuí. O caráter inicial da instituição visava um ensino
desvinculado de instituições religiosas, contudo, a presença da igreja Católica
posteriormente, dentro da escola, fora marcante.

Figura 01 – Colégio Progresso Campineiro 1917


O atual edifício no ano de sua inauguração.

Este trabalho pretende estudar as transformações sofridas no espaço físico do


Colégio Progresso Campineiro e seu entorno urbano, assim como analisar a sua
permanência durante o desenvolvimento e crescimento da cidade. Portanto esta pesquisa
faz uma análise de informações e fontes diversas, como documentos e fotografias da
cidade de Campinas e da própria escola, na tentativa de entender o significado desta
instituição na formação do município de Campinas.
Após a instauração da república e até o ano de 1921, além do Progresso
Campineiro, Campinas ganha mais três escolas particulares destinadas ao ensino das
elites. O colégio Sagrado Coração de Jesus (anexo 02) começa a funcionar em 1908, o
Instituto Cesário Motta no ano de 1911 e em 1921 o Colégio Ateneu Paulista.
O período em que durou a primeira república, foi marcado por certa
despreocupação com o ensino secundário, o que de certa forma dava continuidade a
Colégio Progresso Campineiro 4

precariedade do ensino no Brasil durante o império. As escolas secundárias criadas


durante o período entre décadas de 1890 à de 1920 foram insuficientes e, salvas
pouquíssimas exceções, eram instituições privadas criadas pela elite para ela própria.
Campinas pode se dizer uma cidade privilegiada pois contava com o desenvolvimento
patrocinado pelos fazendeiros de café e pela recente industrialização. Quando o governo
republicano outorgou aos Estados a criação dos Grupos Escolares e ficou ele mesmo a
cargo do ensino secundário, não teve empenho ao cumprir tal tarefa. É fato que, durante
esse período, as escolas públicas primárias tiveram um considerável aumento
quantitativo, apoiado no discurso republicano sobre a educação. Contudo, o ensino
oferecido pelas escolas secundárias não atingia a todos, e mesmo as poucas escolas
públicas que existiam atendiam apenas as camadas mais abastadas da população.
Exemplos em Campinas foram o Colégio Culto a Ciência e a Escola Normal de
Campinas (EE Carlos Gomes – anexo 03), esta, aberta em 1903 e então denominada
“Escola Complementar de Campinas”. Ambos, embora tivessem o caráter de escolas
públicas atendiam aos filhos da elite campineira.
Á partir dos anos de 1920, cresce a preocupação com precariedade do ensino
secundário no Brasil. Reformas são propostas e ao fim da primeira república, já estava
em vigor uma nova orientação para o ensino secundário no Brasil. 4

Figura 02 – Colégio Progresso Campineiro. 1920


4
Rosângela Gomes. Escolas Secundárias de Campinas (1890 -1930) uma referência para história das
disciplinas escolares. 2003. 0 f. Iniciação Científica. (Graduando em História) - Universidade Estadual
de Campinas, Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. Orientador: Maria do
Carmo Martins.
Colégio Progresso Campineiro 5

Figura 03 – Colégio Progresso Campineiro. 1920

O COLÉGIO PROGRESSO CAMPINEIRO


Breve histórico.

Implantado em 1900, o Colégio Progresso Campineiro foi criado para atender as


necessidades da elite da cidade, voltando-se exclusivamente ao ensino secundário para
moças. Seu principal objetivo era formar as jovens, tanto no aspecto pedagógico e
cultural, como também prepará-las para a vida em sociedade. Como dito anteriormente,
a idéia da escola parte do Sr. Orosimbo Maia, importante personagem do cenário
político local. Desejoso por uma boa formação para suas filhas, ele associa-se a outros 4
senhores: Antonio Álvaro de Souza Camargo, Artur Leite de Barros, Luiz de Campos
Salles e Joaquim Álvaro de Souza Camargo. Nasce então o Colégio Progresso
Campineiro, inaugurado em 08 de outubro, no dia do aniversário de Odila Maia.
O Colégio também trouxe prestígio, principalmente ao Sr Orosimbo Maia,
advogado, homem de origem humilde, membro do Partido Republicano Paulista, que foi
prefeito da cidade de Campinas por três mandatos e o primeiro a ocupar o prédio da
Colégio Progresso Campineiro 6

Prefeitura enquanto este funcionou no Palácio dos Azulejos5. Foi um importante


personagem no crescimento urbano da cidade. Durante suas passagens pela prefeitura
ampliou a então denominada Repartição de Obras, órgão responsável por muitas
melhorias na área urbana da cidade, com a preocupação de racionalizar e controlar o
crescimento urbano. Como prefeito, foi responsável pela construção do Mercado
Municipal, em 1908 e, um grande incentivador do Plano de Melhoramentos Urbanos
elaborado por Prestes Maia. Foi também responsável pelo término das obras do Teatro
Municipal Carlos Gomes, no ano de 1930 (anexo 04).
A primeira diretora do Colégio Progresso chamava-se Ana Maleszeluka e foi
trazida da Europa a convite de Orosimbo Maia. Esteve à frente da escola até o ano de
1902, quando assume a direção Dona Emilia de Paiva Meira, que a partir de então
torna-se a personagem mais importante na história da instituição.
Dona Emilia assume o Colégio também a convite de Orosimbo Maia e anos
depois, com a sociedade entre os fundadores desfeita em 1913, compra a escola e em
1928 funda uma entidade mantenedora denominada “Sociedade Brasileira de Educação
e Instrução de Meninas” que posteriormente passa a se chamar “Sociedade Brasileira de
Educação e Instrução”, que administra a escola até o ano de 2003. Neste ano a
Metrocamp compra o Colégio Progresso instalando em suas dependências, além das
séries já existentes, também cursos superiores.
O primeiro lugar em que funcionou o Colégio, foi alugado na Avenida Barão de
Itapura, bairro Guanabara. A Chácara pertencia ao Sr. João Aranha, um dos diretores da
Cia. Carril Agrícola Funilense, e estava situada onde hoje funciona o Instituto
Imaculada. Funcionou neste endereço até o ano de 1904, quando mudou para um
edifício no Largo do Pará, centro da cidade. Em 1913, após a compra da instituição por
Dona Emília, o Colégio muda-se novamente para Rua José Paulino esquina com a rua
Bernardino de Campos e ainda mais uma vez, para a rua Augusto César, que em 1927
passa a se chamar definitivamente avenida Julio de Mesquita, onde funciona até hoje.
No entanto, muitas transformações foram feitas no edifício original e, tais modificações
foram conseqüência tanto das mudanças administrativas da própria instituição e também
pelo crescimento urbano de seu entorno. O terreno da escola ocupava uma área muito
maior que o atual. Com a crescente urbanização de sua área envoltória e as

5
O Palácio dos Azulejos, nome popular dado ao casarão de Joaquim Ferreira Penteado, o Barão de
Itatiba.Construído em 1878, situado na esquina das ruas Ferreira Penteado n. 859 e Regente Feijó e foi o
primeiro edifício sede da Prefeitura Municipal de Campinas entre os anos de 1908 e 1968, quando esta
mudou-se para o atual edifício.
Colégio Progresso Campineiro 7

modificações no próprio uso da instituição em relação a novos padrões de ensino, a


metragem do terreno também teve alterações.
Não existem registros que indiquem os motivos da primeira mudança de
endereço, quando em 1904, a escola sai do bairro Guanabara e passa a funcionar em
edifício localizado no Largo do Pará, quatro anos após sua instalação e dois anos após a
posse de Dona Emília na direção. No entanto, existe no arquivo da escola o desenho das
plantas do imóvel, que vemos na figura a seguir6.

Figura 04 – Planta Baixa – Edifício do Largo do Pará – sem escala

Eram aproximadamente 1.000 metros quadrados, divididos em três partes, no


pavimento térreo as salas de aula e em edifício anexo cozinha, no segundo pavimento
ficavam os dormitórios. Contudo não existem no desenho, as dimensões do terreno em
que estava construído.
É fato que o Colégio que tem a princípio como orientação o ensino laico, com a
presença de Dona Emília, se aproxima da Igreja, propiciando a formação das práticas do
catolicismo. Exemplo disso é o fato da diretora conseguir autorização para construir e
inaugurar em 1906 a capela São Luiz Gonzaga em edifício anexo a escola. No entanto
nas plantas presentes no arquivo não existe nenhuma referência à capela. Em 1914 o
edifício em que a escola funcionava foi escolhido para abrigar o Palácio Episcopal e é
cedido a Igreja para servir de moradia para o primeiro bispo da cidade, Dom João

6
No verso da folha, uma anotação faz referência ao edifício do Largo do Pará onde funcionou o Colégio
entre 1904 e 1914. O desenho não possui data nem autoria.
Colégio Progresso Campineiro 8

Batista Correia Nery, que se estabelece com o intuito de instaurar a Diocese de


Campinas7.
Três casarões são reformados para sediar o Colégio que abre suas portas
novamente na esquina das ruas José Paulino e Bernardino de Campos. Nesta época já
estavam sendo feitos estudos para a construção de uma nova sede. Anotações e
rascunhos de plantas encontradas nos arquivos da instituição fazem entender que um
projeto começou a ser feito para um terreno situado na esquina das ruas Culto a Ciência
e Marechal Deodoro. Terreno este pertencente a Dona Emilia, adquirido em 1912 do Sr.
Orosimbo Maia. Em 1915 este terreno é vendido com a ajuda de Orosimbo para a
compra de um terreno de maiores proporções situado na rua Augusto César.

Figura 06 – Planta Baixa – Pav. Superior


Projeto para edifício na rua Culto à
Ciência – sem escala

Figura 07 – Detalhe
Cálculos para o dimensionamento do
edifício
7
Corrêa, Priscila Kaufmann, 2005. p. 70
Colégio Progresso Campineiro 9

Porém é possível arriscar, baseado nos desenhos das plantas, que a dimensão do
terreno no projeto era maior que o que de fato era de posse de Dona Emília. Anotações
presentes nos arquivos fazem referência à venda de cinco metros e vinte centímetros de
terreno ao lado deste, pelo Sr Lemos ao Sr André Masini. O que levanta a suspeita de
que o edifico estava sendo pensado com a inclusão deste acréscimo que tendo sido
vendido, inviabilizou o projeto.
Também nos arquivos da escola, existem anotações e cartas sobre a venda do
terreno na rua Culto a Ciência que apontam também o Sr André Masini como
comprador da propriedade pertencente a Dona Emilia. Posteriormente, o Sr Masini
reclama por uma diferença na metragem após a medição do terreno. Em carta enviada a
diretora, o mesmo transcreve correspondência trocada com o sr. Orosimbo Maia, onde
aponta a falta:

Cumpre-me vir por meio desta levar ao seu conhecimento que, tendo
procedido a nova e escrupulosa medição do terreno que comprei de
Dona Emilia Meira, constatei haver uma diferença a meu desfavor de
41,78 m².8

Figura 08
Recibo do pagamento
de Dona Emilia ao Sr
André Masini.

8
Colégio Progresso Campineiro 10

A dimensão original era de 3.163 m² e a constatada era de 3.121,22 m².


Anexado a esta se encontra o recibo do pagamento feito por dona Emilia ao Sr Masini
no valor de 156.600 réis e datado de 8 de março de 1917, como pode ser visto na figura
acima. E no mesmo documento, uma conta feita a lápis, apontando o valor da venda
baseado em 3.750 réis por metro quadrado de terreno. Contudo outra anotação leva a
crer que comprara o terreno do Sr. Orosimbo Maia pelo valor de 15.831.000 réis o que
consistiria em um valor de aproximadamente 5.000 réis por metro quadrado. No entanto
não é possível afirmar corretamente esses valores com base apenas nessas anotações,
mas sim ter uma aproximação dos mesmos.
O terreno da rua Augusto César, aparece em anotação citada acima, com a
dimensão de 30.000 m², para mais ou menos, sendo negociado por 30 milhões de réis, o
que se aproximaria do valor de 1 mil réis pelo metro quadrado. Embora como dito
anteriormente esses valores não sejam exatos, podem nos fornecer mais alguns
parâmetros para entender porque a construção do Colégio na rua Culto a Ciência foi
descartada e então executada na rua Augusto César (Julio de Mesquita). A possibilidade
de adquirir um terreno maior por um preço menor que um terço do anterior, pode ter
influenciado a decisão de Dona Emilia. A diferença de valores era acentuada,
provavelmente pela ocupação de cada região da cidade. Enquanto a rua Culto a Ciência,
pela proximidade da Estação Ferroviária, tinha uma ocupação industrial acentuada no
início do século XX, a rua Augusto César, no antigo bairro do Frontão ainda tinha uma
ocupação tímida, sendo em sua maioria de chácaras.
A construção da escola teve o acompanhamento direto do Sr. Orosimbo Maia,
que foi o fiador de Dona Emília até o ano de 1930. Aparece também nos arquivos do
Colégio, um rascunho escrito a mão de um contrato de empréstimo pedido por Dona
Emilia a família Florence em São Paulo, destinado ao fim das obras de construção do
edifício. Dona Emília era também uma pessoa de posses, o que certamente possibilitou
a construção e o pagamento das dívidas em parcelas que foram registradas pela diretora
em suas anotações.
Colégio Progresso Campineiro 11

Figura 09 – Colégio Progresso Campineiro. 2007

Figura 10 – Colégio Progresso Campineiro. 2007


Colégio Progresso Campineiro 12

LOCALIZAÇÃO

Após ter passado, em 17 anos, por três lugares diferentes, todos no centro ou nas
proximidades deste, sendo o mais distante o bairro Guanabara, o Colégio Progresso
Campineiro se instala no quarto e definitivo endereço na rua Augusto César. A rua,
estava localizada no antigo bairro do Frontão, também conhecido por Cambuizal, hoje
bairro do Cambuí, que abriga histórias sobre o início da formação da cidade de
Campinas. Nele ficava o Largo da Santa Cruz, um dos três pequenos campinhos onde se
localizavam os pontos de parada dos tropeiros que viajavam pela estrada dos Goiases. O
caminho que vinha através da atual rua Coronel Quirino e descia pela rua Major Sólon,
então conhecida como rua da ponte, pois atravessava o córrego do Serafim, hoje
Avenida Orosimbo Maia, em direção a Mogi. O Largo fica onde hoje está a Praça XV
de Novembro e já abrigava a Capela de Santa Cruz. Construída por escravos, no século
XVIII, formou a primeira paróquia de Campinas, perdendo o título em 1781. No Largo
foi instalada a primeira forca da cidade no ano de 1835, ficando conhecido também por
Largo da Forca (anexo 05).
Durante o século XIX, o bairro do Frontão teve uma ocupação predominante de
chácaras. Somente após a epidemia de febre amarela e a retomada de crescimento da
cidade é que o bairro inicia sua ocupação urbana mais intensa, tornando-se então
endereço de famílias nobres e importantes da sociedade local. A rua Augusto César, que
durante o século XVIII, foi chamada de Rua da Boa Vista, foi a primeira a ser ocupada.
O primeiro edifício a ser construído nas proximidades foi a Santa Casa de Misericórdia
(anexo 06), embora esta ficasse na rua da Boa Morte, atual Antonio Cesarino com frente
para o centro da cidade, a construção de um edifício anexo para abrigar o Hospital
Irmãos Penteado, em 1936 avança até a avenida Julio de Mesquita.
A construção do Colégio Progresso, com seu estilo sóbrio, inspirado no
neoclássico e também o edifício da Santa Casa de Misericórdia e do Hospital Irmão
Penteado, valorizaram a região, que a partir de então começa a ser ocupada por
pequenos palacetes, em estilos elegantes e variados, com influências como o estilo Neo
Colonial, o Português, o Italiano, o Mourisco, o Art Noveu (anexo 7, 8 e 16). Retratos
da efervescência cultural e do progresso econômico da cidade. As primeiras casas foram
Colégio Progresso Campineiro 13

convenientemente construídas no lado par da avenida com vista para o vale e para o
centro da cidade.
Está em andamento, desde o ano de 2001, o processo de tombamento dos
imóveis remanescentes na avenida pelo Condepacc e que segundo o estudo feito pelo
mesmo, foram erguidos principalmente durante as décadas de 20 e 30 do século XX,
período de grande crescimento urbano em Campinas. No entanto, nem todos possuem
um registro exato da data de construção, assim como alguns são de autoria ainda
desconhecida. O edifício do Colégio Progresso e o da Santa Casa de Misericórdia
também fazem parte do processo de tombamento, reiterando a importância de
preservação da história da cidade.
O bairro do Frontão, no ano de 1905, abrigou na esquina das ruas Antonio
Cesarino e Ferreira Penteado uma praça de touros chamada Coliseu Taurino
Campineiro (anexo 09), conseqüência da cultura européia trazida pelos imigrantes.
Contudo, no mesmo ano começa a funcionar outro local para as touradas, na atual rua
César Bierrembach, local que passa a funcionar como cinema em 1916, ficando
conhecido como Cine Coliseu. A primeira praça de touros não se sabe exatamente
quando foi demolida. Hoje em seu lugar existe um edifício de apartamentos.
No outro lado do bairro, próximo ao largo da Santa Cruz, existiu entre os anos
de 1927 e 1930, um estádio de futebol, construído em 1927 pelo engenheiro Lix da
Cunha para sediar os jogos do time da Ponte Preta, primeiro time do país, formado em
1900. Por problemas financeiros a Ponte Preta precisou entregar o estádio hipotecado
aos seus credores e seus jogos foram disputados no campo da Mogiana até 1948,
quando foi inaugurado o atual estádio Moisés Lucarelli. O antigo Estádio ficava
próximo ao Colégio Progresso, entre as ruas Alferes Domingos, Pedro Magalhães e rua
Guilherme da Silva, onde ainda pode ser visto parte do muro do antigo estádio, que foi
preservado (anexo 10).
Outra importante referência, embora mais recente, para o bairro do Cambuí é o
Centro de Convivência Cultural de Campinas, construído em 1976, composto por
Teatro de Arena, Teatro interno e locais para exposições. Entre os anos de 1876 e 1883,
por iniciativa e financiamento de particulares o então Largo Municipal (anexo 11), foi
reformado e instituído como Passeio Público. Em 1889 é denominado Praça Imprensa
Fluminense, em homenagem a atenção prestada pela imprensa carioca durante a
epidemia de febre amarela. O espaço era amplamente arborizado, possuía chafariz e
coreto, e foi estabelecido como um novo espaço de lazer público para as famílias. A
Colégio Progresso Campineiro 14

construção do Teatro de Arena, projeto do arquiteto Fabio Penteado, que teve como
princípio suprir o desaparecimento do Teatro Municipal de Campinas e a iniciativa de
imprimir um novo conceito de espaço de cultura na cidade.
Um outro espaço de lazer importante é a praça Carlos Gomes (anexo 13), situada
na atual avenida Irmã Serafina, região de brejo que era conhecida como Largo do Lixo,
pois era uma das áreas de despejo do lixo da cidade. As outras ficavam nos Largos do
Pará e do Mercado. Em 1883 foram plantadas as palmeiras imperiais e em 1914 foram
feitos o nivelamento do passeio e do jardim e a construção do coreto. A praça se tornou
uma referência para o lazer com apresentações musicais. As palmeiras imperiais são
uma marca forte na paisagem da cidade, pois conservam sua imponência frente aos altos
edifícios que foram construídos na área envoltória. Na década de noventa é fechada com
tapumes para uma reforma que durou vários meses e depois reaberta. As Palmeiras e as
centenárias árvores da praça foram mantidas, assim como o coreto. Foram feitas
modificações no piso e nos jardins. Ao seu Lado o já citado colégio Carlos Gomes,
mantém sua majestade arquitetônica, embora tenha sido cercado com grades após a
recuperação do edifício, comandada pelo arquiteto Antônio da Costa Santos, para que se
adaptasse ao movimento de veículos nas vias que a circundam e também para evitar o
vandalismo.
Incorporado ao conjunto, também o Largo das Andorinhas, local onde funcionou
o antigo Mercado das Andorinhas (anexo 14), que funcionou até a construção do atual
Mercado Municipal em 1908. Posteriormente foi demolido e o local foi transformado
em uma praça, onde se encontra atualmente o monumento em comemoração ao
bicentenário da cidade de Campinas, criado pelo escultor Lélio Coluccini em 1947.
O atual edifício da Prefeitura Municipal de Campinas (anexo 15), foi construído
somente em 1959, quando então deixou o Palácio dos Azulejos, antiga sede. A
construção da Prefeitura foi feita em frente a Santa Casa de Misericórdia, onde existia
um bosque, entre o bairro do Cambuí e do centro da cidade. É uma referência
importante também na paisagem, em suas formas retas inspiradas pelo modernismo
contrastando com a arquitetura do Colégio Carlos Gomes e da Santa Casa.
O bairro do Cambuí se desenvolveu com ocupação de caráter residencial até o
meio do século XX. Com a construção da Prefeitura e a proximidade com o centro da
cidade, considerando a expansão urbana e populacional da cidade nesse momento, faz
com que o bairro receba parte do movimento de veículos e pedestres, assim como
também tornar-se atrativo para os moradores de outras regiões da cidade buscando a
Colégio Progresso Campineiro 15

proximidade com o trabalho e a facilidade com o transporte urbano, pela proximidade


com o centro. O bairro começa a modificar sua ocupação, recebendo alguns pontos de
comércio como restaurantes bares e escritórios. Seu caráter residencial se mantém,
contudo com o surgimento de um comércio diferenciado do centro. O processo de
verticalização do bairro foi bastante acentuado em sua ocupação por uma camada menos
abastada que as antigas e tradicionais famílias que nele residiam, em busca da
modernidade e do status do lugar. O que faz com que os palacetes e residências dêem
lugar aos edifícios, abrigando então famílias menos numerosas, e portanto, aumentando
a população do bairro.
Com toda a transformação do Cambuí, o terreno do Colégio Progresso
Campineiro sofre uma considerável diminuição, talvez arrebatado pela especulação
imobiliária e pela crescente valorização da região. O fato é que o entorno do Colégio foi
ocupado também por edifícios que modificaram a paisagem do lugar, além de modificar
o sentido do espaço, tornando-o cercado por janelas e expectadores. A avenida Julio de
Mesquita onde outrora circulava o bonde, hoje é passagem de centenas de veículos
todos os dias e, as antigas construções que ainda restam do tempo em que era conhecida
por rua Augusto César, tornaram-se escolas e bancos. Assim, entende essa pesquisa,
como tudo se modifica e o espírito de preservação histórica da cidade é algo bastante
recente é importante considerar que o Colégio, assim como as outras construções
preservadas são importantes exemplos de que as marcas do tempo devem ser percebidas
e incorporadas no desenvolvimento do espaço urbano (anexo 16).
Colégio Progresso Campineiro 16

O PROJETO E A CONSTRUÇÃO DO COLÉGIO.

A data precisa do início de construção do Colégio é desconhecida deste


pesquisador, assim como a de sua conclusão, contudo documentos e anotações em seus
arquivos apontam para alguns fatos que podem ser relacionados. No dia 24 de março de
1916, um memorando da Prefeitura Municipal enviado ao Sr Orosimbo Maia notifica
que:

Figura 11 – Memorando da Prefeitura

Com respeito a pretensão da Exma. Sra, Dona Emilia Meira no


sentido de fechar com cerca de arame o terreno em que vai ser
construído o edifício do “Colégio Progresso”, levo ao seu
conhecimento que o desejo dessa Sra Não pode ser atendido, visto a
legislação municipal somente permitir tais cercas em terrenos em que
sejam abertas novas ruas por doação dos respectivos proprietários.
Assinado: Raphael Duarte.
Colégio Progresso Campineiro 17

O documento, assinado por Raphael Duarte, indica que nesta data o edifício
estava ainda para ser construído. Em uma folha com anotações sobre pagamentos,
dívidas e gastos reproduzida na figura abaixo, Dona Emilia registra os pagamentos
feitos ao engenheiro Montesanti.

Figura 12 – Anotações de Dona Emilia de Paiva Meira.

Supõe esta pesquisa, que se trata do engenheiro Mariano Montesanti. Este esteve
envolvido em obras como a construção da rodovia que liga as cidades de Taubaté e
Ubatuba (Rodovia Oswaldo Cruz), concluída em 19339, aparece também como segundo
tesoureiro na reunião de fundação da Associação Campineira de Imprensa (ACI) em
192710 e também se envolveu na construção do Teatro Carlos Gomes em Campinas,

9
http://www.costaverdesp.com.br/ubatuba/historiaecultura_u/index.htm
10
http://pro-memoria-de-campinas-sp.blogspot.com/2007/03/curiosidades-1927-associao-
campineira.html
Colégio Progresso Campineiro 18

durante a gestão do Prefeito Miguel de Barros Penteado, tendo seu contrato rescindido
em 1926, quando Orosimbo Maia assumiu a prefeitura e o término da construção do
Teatro, iniciada em 1924 e estendida até 1930 quando é inaugurado, ainda em sua
gestão11.
Os pagamentos de Dona Emília ao engenheiro têm início na data de 3 de abril de
1916 e terminam em 3 de setembro de 1917, com um total de 13 parcelas de 12 milhões
de réis. Tais anotações não levam a crer que Mariano Montesanti foi o autor do projeto,
sobretudo por não ser ele quem assina as plantas. No entanto foi o profissional
responsável pela construção do edifício que é inaugurado no mesmo ano em que a
dívida é saudada. O que leva a crer que a construção da escola tem inicio após ou
durante os meses de março e abril de 1916 e seu término no segundo semestre de 1917.
Reforçando tal previsão sobre a data de conclusão do edifício, algumas
correspondências trocadas pela diretora com parentes e amigos indicam que o edifício
deve ter sido concluído entre os meses de setembro e outubro. E finalmente em discurso
feito na solenidade de comemoração do 63° aniversário do Colégio, Octavia Maia de
Freitas Guimarães, uma das três filhas do sr Orosimbo Maia, esta cita a inauguração do
prédio na noite de natal do ano de 1917.
Retomando a questão colocada anteriormente sobre a construção de uma cerca
de arame nos fundos da escola e o impasse criado pela prefeitura, um bilhete não
datado, escrito em punho pelo Sr Orosimbo Maia em um pequeno cartão personalizado
e dirigido a Dona Emilia traz o seguinte recado:

Orosimbo Maia Participa que se


entendeu com o Sr. Heitor Penteado,
e este consente no fundo do terreno,
em caráter provisório – cerca de
arame. Logo, porém que estiver
concluído o edifício será feito muro.

Figura 13 – Bilhete do Sr Orosimbo


Maia para Dona Emilia de Paiva
Meira

11
http://www.geocities.com/clipsbrasil/arquivo2.htm
Colégio Progresso Campineiro 19

O bilhete pessoal de Orosimbo Maia demonstra ainda sua influência política em


Campinas, resolvendo o impasse diretamente com o prefeito da cidade. O recibo
reproduzido na figura a seguir, com data de 23 de abril de 1916, no valor de 300 mil réis
comprova o pagamento pelo serviço de instalação da cerca.

Figura 14 – Recibo de pagamento pela instalação de cerca de arame

O projeto da escola foi elaborado pelo engenheiro-arquiteto Henrique Fortini.


Seu nome consta no processo de tombamento pelo Condepacc, em documentos nos
arquivos do próprio Colégio e na planta do edifício, com o carimbo de aprovação da
Prefeitura Municipal de Campinas, datada em 5 de julho de 1915, como mostra a figura
a seguir. Ano em que é lançada a pedra fundamental para a construção do edifício.
Colégio Progresso Campineiro 20

Figura 15 – Planta do Piso Superior do edifício do


Colégio. Sem escala.
Com carimbo de aprovação da prefeitura e assinada
por Henrique Fortini

Seu nome consta também em uma resenha histórica do colégio feita para a
ocasião. Henrique Fortini aparece citado como Enrico Fortini, sendo este, responsável
pelas modificações e a finalização do edifício da atual Casa de Saúde de Campinas, em
1920, cujo projeto original data de 1988, de autoria do Engenheiro Samuelle Malfatti,
com a colaboração de Ramos de Azevedo. O edifício abrigava o Circolo Intaliani Unit,
onde funcionava uma escola e um hospital em duas alas simétricas. Após o fechamento
da escola o edifício é ampliado e passa a brigar o hospital, como funciona ainda hoje.12
Aparentemente foram feitos também, estudos, por outros arquitetos, mas foi
aprovado o de Fortini. Nos arquivos da escola existem alguns rascunhos de projetos que
evidenciam o andamento dos estudos feitos por ele, assim como o um estudo para o
pavilhão central do Colégio e que no verso constam os dizeres: não aprovado. Tal
desenho, como pode se visto na figura a seguir não apresenta a assinatura do arquiteto,
porém a proximidade dos traços com os do projeto construído evidencia sua autoria.

12
http://www.fec.unicamp.br/~arquitetura/pesquisas/ramos/circolo.htm
Colégio Progresso Campineiro 21

Figura 16 – Planta “não aprovada” do corpo central do Colégio. Sem escala.


Atribuída a Henrique Fortini

Outros desenhos ainda podem ser vistos no arquivo, no entanto se referem a


outros edifícios. Existem plantas do imóvel localizado no Largo do Pará (figura 04),
onde funcionou a escola entre os anos de 1904 e 1903 e também estudos para a
construção da escola no terreno já citado nesta pesquisa, localizado na rua Culto a
Ciência. São dois estudos, em um deles há um rascunho já citado neste trabalho (figuras
05 e 06). Contudo, existe ainda um outro estudo, de menores dimensões, o único entre
todos os projetos que apresenta além da planta de um dos pavimentos (superior),
desenhos de duas fachadas para o edifício (figuras 14, 15 e 16). Datados de 1913 e
ambos com a assinatura de Euclides Vieira que posteriormente viria a ser prefeito da
Colégio Progresso Campineiro 22

cidade em dois períodos, o primeiro entre os anos de 1938 e 1941 e posteriormente


numa rápida passagem no cargo de junho a outubro de 1938. Tais estudos indicam
definitivamente que Dona Emilia, antes de vender este terreno e adquirir o atual, fazia
planos para construir nele a escola.

Figura 17 – Planta estudo de Euclides Vieira.


Para o terreno na rua Culto à Ciência.
Sem escala.
Colégio Progresso Campineiro 23

Figura 18 – Fachada
rua Marechal Deodoro
sem escala

Figura 19 – Fachada rua Culto à Ciência. sem escala

Quanto ao projeto de Fortini, o ecletismo fortemente voltado ao estilo


neoclássico é o que dá formas ao edifício. Com seus volumes geométricos e o uso
moderado de ornamentos nas fachadas externas, o edifício passa uma idéia de força e de
grandiosidade, amplamente apoiadas no racionalismo, sem elementos de subjetividade.
A orientação horizontal dos volumes e a valorização de formas quadradas e retangulares
nas plantas também indicam o pensamento neoclássico. A platibanda retangular também
é característica do estilo, embora os volumes laterais recebem um coroamento em arco
sobre a platibanda que reforça o ecletismo presente nas construções da época. Exemplos
de outras construções em estilo neoclássico em Campinas são o Palácio dos Azulejos, o
Jóquei Clube, o Colégio Carlos Gomes, a Santa Casa de Misericórdia, entre outros.
Colégio Progresso Campineiro 24

O estilo neoclássico surge na Europa durante o século XVIII, em movimento


oposto ao barroco e o rococó, apoiado na valorização da razão. Era um movimento da
burguesia revolucionária que defendia a democracia e os direitos humanos em oposição
a monarquia e a nobreza já em processo de decadência. No Brasil, o estilo chega ainda
no século XVIII e sua influência dura cerca de um século, quando surge o estilo eclético
durante o século XIX, mais precisamente após a proclamação da República, que
pretendia criar uma nova cultura arquitetônica no país como marca da modernidade.
Contudo, o estilo eclético faz uma mistura de vários outros estilos e, se manifesta
também através da influência do neoclássico, assim como de outros movimentos
surgidos nas primeiras décadas do século XX, como o art nouveau, o art dèco e o
moderno.
A construção do Colégio Progresso Campineiro foi de certa forma, a
possibilidade de criar um espaço que atendesse qualitativamente suas atividades
pedagógicas. Com salas para as aulas e outras salas específicas para algumas atividades
características como a sala para aulas de música e o laboratório de física e o de química,
também abrigava dormitórios para as moças, já que a instituição funcionava como
internato. Com o passar dos anos e as modificações curriculares pelas quais a escola
atravessou ao longo dos tempos, foram feitas readaptações nos ambientes, porém sem
grandes modificações estruturais. No ano de 2003, a instituição passou por um difícil
período, com o fechamento da Sociedade Brasileira de Educação e Instrução de
Meninas, quase fechando suas portas. A Metrocamp, então compra e assume o Colégio
a partir do ano de 2004, implantando também no currículo da instituição cursos de
ensino superior. Este pesquisador, ainda não teve acesso a nenhum tipo de documento
ou projeto das transformações implantadas neste período.
Colégio Progresso Campineiro 25

O EDIFÍCIO.

1. Dados do Edifício13:

Endereço:....................................... Avenida Julio de Mesquita


Zona Urbana. Sede do Município.
Terreno Original (Área):................. 30.000 m² (aproximadamente)
Terreno Atual (Área):..................... 12.000 m² (estimativa)14
Data de início da construção: ........ março / abril de 1916.
Data de término da construção:...... setembro / outubro de 1917.
Inauguração:................................... 25 de dezembro de 1917.
Propriedade:.................................... 1900 - Orosimbo Maia e associados.
..................................... 1913 - Dona Emilia de Paiva Meira.
..................................... 1937 - Sociedade Brasileira de Educação e
Instrução
..................................... 2003 - Metrocamp
Autor do Projeto:............................ Arquiteto-engenheiro Henrique Fortini.
Construtor:...................................... Engenheiro Mario Montesanti.

O projeto foi concluído em 1915 e no mesmo ano foi realizada a cerimônia de


inauguração da pedra fundamental do edifício.

13
Dados com referência nos documentos e anotações existentes no arquivo do Colégio Progresso
Campineiro coletados pelo Memorial do Colégio e pelo Centro de Memória da Educação da Faculdade de
Educação da Unicamp.
14
A estimativa da área atual do terreno foi feita com base em imagens geradas pelo Google Earth.
Colégio Progresso Campineiro 26

Figura 20 – Planta Baixa do Pavimento Térreo. Sem escala


Projeto original do Colégio Progresso Campineiro
Colégio Progresso Campineiro 27

Figura 22 – Planta Baixa do 1° Piso.


Projeto original do Colégio
Progresso Campineiro

Figura 21 – Planta Baixa do Pavimento Superior. Sem escala.


Projeto original do Colégio Progresso Campineiro
Colégio Progresso Campineiro 28

2. Quadro de Áreas do Edifício Original

Área do Terreno: ................. Original:........ 30.000 m²


Atual:................... 12.000 m² (estimativa)15
Área Construída................... Original:........3.680 m²
N° de Pavimentos................. Original: 3 (três) pavimentos porão e
sótão.
Atual: 3 (três) pavimentos e sótão.
Área disponível (livre)......... Original:..... 26.320 m²

É de conhecimento também a construção de uma casa anexa ao colégio, onde


morava Dona Emilia e onde hoje funciona o Memorial da instituição, no entanto não
existe um registro de sua planta original. O programa original previsto para o edifício,
consistia nos seguintes ambientes:

PAV. TÉRREO:
Corpo Central:
- Varanda (Entrada)
- Saguão de Entrada
- Escritório
- Sala de Visitas
- Escada de acesso ao Pavimento Supeiror
- Biblioteca
- Sala de Dentista
- Secretaria
- Sanitário

Ala Esquerda:
- Sala de Aula pequena (04)
- Sala de Aula Grande (02)

15
A estimativa da área atual do terreno foi feita com base em imagens geradas pelo Google Earth.
Colégio Progresso Campineiro 29

• (01) – Sala de aula com dois quartos em anexo e escada para o Pav.
Superior.
• (01) – Sala de aula com outra pequena sala e um quarto em anexo.
- Sanitários (04)
- Sala de Jantar
- Cozinha
- Copa (02)
- Quarto Criadas com Sanitário
- Talha p. merenda
- Pátio Coberto para Ginástica e Recreio

Ala Direita:
- Sala de Professores
- Inspetoria
- Sala de Trabalhos Manuais
- Entrada Externas – com escada de acesso ao Segundo Pavimento
- Capela
- Salas de Aula (03)
- Laboratório de Física
- Laboratório de Química

Área Externa:
- Pátio descoberto para Recreio
- Quadras

1° PAVIMENTO:
Corpo Central:
- Rouparia
- Sala de Música
- Quarto (02)
- Sanitários
- Enfermaria com Sanitário

Ala Direita:
- Consultório Médico
- Rouparia
- Quartos (04)
- Salão de Festas com Palco
- Dormitório / Sanitários com Lavatórios

2° PAVIMENTO:
Corpo Central:
Dormitório / Sanitários com Lavatórios
Colégio Progresso Campineiro 30

O programa descrito acima foi baseado nas plantas da escola encontradas no


arquivo do memorial (Figuras 20, 21 e 22). Nem todos os desenhos encontrados estão
datados ou assinados, contudo são visivelmente iguais ao desenho da planta Edifício do
segundo pavimento feito pelo arquiteto Fortini, onde consta o carimbo certificando a
aprovação do projeto pela Prefeitura Municipal de Campinas (figura 15).
O Terreno em que foi erguido o Colégio era muito amplo, com isso, o espaço
para as atividades ao ar livre era generoso Um desenho, também presente nos arquivos
da escola, indica o que se pretendia para a área externa do Colégio. Junto aos desenhos
do projeto se encontram outros, complementares a este. Um dos desenhos, sem data,
enunciado como Plano de área aberta e campos de ‘bola ao cesto’, indica a ocupação
da área atrás da escola.

Figura 23 – Planta Baixa da Área Externa do Edifício. Sem escala.

No projeto estão previstos:


ÁREA EXTERNA (fundos):
- Horta - logo atrás do ginásio, na ala esquerda do edifício, se estendo até os
fundos do terreno.
- Pomar - distante me 10,20 metros do espaço reservado para a horta,
localizado atrás da ala direita do edifício.
- Campos de Bola ao Cesto - dois campos estão indicados, situando-se entre o
pomar e o edifício.
Colégio Progresso Campineiro 31

- Ampliação - o desenho mostra também uma ampliação que foi executada


estendendo a ala direita da escola. A única data que aparece no desenho é a
que indica esta ampliação no ano de 1939.
- Avenida de Bambus

Outros desenhos encontrados revelam estudos para disposição de mobiliários em


diversos ambientes: para os dormitórios, sala de desenho, sala de geografia, sala de
música, biblioteca, sala dos professores, administração, laboratório de física, de química
e de história natural e salas de aulas.

Figura 24 – Planta para estudo de ocupação dos ambientes Sem escala.

Nestes desenhos reproduzidos nesta figura, destacam-se as plantas de cada um


desses ambientes em separado, com medidas gerais e uma proposta para a disposição do
mobiliário. Também existem rascunhos para ocupação da capela do Colégio. Tais
estudos demonstram a preocupação com o conforto espacial e o dimensionamento para
correto para o numero de alunas que o Colégio poderia abrigar.
Colégio Progresso Campineiro 32

Na plantas riscadas a lápis, em estudo para o antigo terreno da Culto a Ciência


(figura 07), possui no canto superior da folha um cálculo, também a lápis, quase
ilegível, que segue uma indicação das dimensões que cada aluna deveria ocupar em
duas situações: “ lugar por aluna: m² / 1,25” e “dormitório cada aluna: cm³/ de 14,00
cada uma”. São exatamente os valores apontados pelo Código de Obras do Estado, o
primeiro em um artigo relacionado às escolas e o segundo referente às habitações
coletivas.

Artigo 195: Cada aluno disporá de 1 metro e 25 centimetros quadrados


de superfície em uma sala, cuja altura for de 4 a 5 metros e deverá
dispor no mínimo de 30 metros cúbicos de ar renovado por hora.
Artigo 122. Nos internatos deverão ser os dormitórios proporcionais ao
numero de alunos que alojarem, de modo que cada aluno disponha de
14 a 20 metros cúbicos de espaço pelo menos. (SÃO PAULO, 1894. p.
83 e 88)

Tais anotações demonstram a atenção da escola e dos projetistas com o Código


de Obras vigente na época, demarcando a preocupação com a higiene e o bem estar,
embora tais desenhos não se aproximem nem do projeto do Edifício construído e nem
mesmo com o estudo feito por Euclides Vieira para o mesmo local, servem de exemplo
para analisarmos também os desenhos e as diretrizes seguidas em sua construção.
Também existiam inúmeros parâmetros para os detalhes da construção, entre outros, era
estabelecido por exemplo um tamanho para as janelas, na garantia de uma insolação e
ventilação eficientes e também uma quantidade máxima de alunos por sala de aula,
ainda que respeitadas as metragens necessárias. No livro de 1894, o código estabelecia
um total de 50 alunos, em 1929, a quantidade já havia sido reduzida para 40.
Quanto aos parâmetros exigidos para o caso dos internatos, seguem em geral os
mesmos de outras habitações coletivas, como as prisões por exemplo. Eram exigidos
por exemplo, um mínimo de latrinas e outras instalações higiênicas, tendo respeitada a
média de uma para cada 20 moradores.16
O edifício ainda contou com a presença de um porão que existiu até a reforma
feita pela Metrocamp em 2003, quando esta concretou o porão para resolver um
16
“ Artigo 114. As latrinas e todas as instalações higiênicas deverão obedecer aos princípios estabelecidos
para as habitações em geral” e “ Artigo 115. Deverá haver uma latrina para cada grupo de 20 moradores”.
(SÃO PAULO, 1894. p. 83)
Colégio Progresso Campineiro 33

problema de instabilidade estrutural na fundação do edifício. O porão era também uma


exigência sanitária do Estado, tanto em escolas quanto em habitações, por afastar o piso
do solo, garantindo o isolamento de possíveis doenças. Não existe registro desse porão
nos projetos presentes nos arquivos da escola, contudo é sabida sua existência através de
funcionários da escola.
Modificações foram feitas também na fachada do edifício, como por exemplo a
cobertura de entrada do Colégio, que em sua forma original era apenas um telhado de
barro de três águas sem nenhum tipo de vedação ou fechamento lateral. Atualmente esta
cobertura foi ampliada, o telhado deu lugar a uma laje com fechamentos laterais em
alvenaria e grandes aberturas em vidro. A linguagem moderna se mistura ao edifício
sem descaracterizá-lo, portanto evidenciando o que foi acrescentado.
As platibandas foram modificadas também, no entanto essa modificação é antiga
e não há registros de sua execução, contudo em fotografias nota-se que posteriormente é
retirado o coroamento em arco sobre a platibanda dos volumes laterais e também os
poucos ornamentos que nela estavam. Modernizando e acentuando a sobriedade e a
força buscada através da linguagem neoclássica do edifício do Colégio.
Colégio Progresso Campineiro 34

BIBLIOGRAFIA

BADARÓ, Ricardo de Souza Campos. Campinas, o Despontar da Modernidade.


Campinas, Unicamp/CMU, 1996.

BARRETO, Margarita. Vivendo a História de Campinas. Campinas, Mercado das


Letras,1995.

CANTUÁRIA, A. L.. A escola pública e a competência escolar: o caso do Colégio


Culto à Ciência de Campinas. Dissertação (Mestrado em Educação) - Faculdade de
Educação, Universidade Estadual de Campinas, Campinas. Orientadora Prof. Dra. Ana
Maria Fonseca de Almeida 2.000

CORRÊA, Maria Elizabeth Peirão. Arquitetura Escolar Paulista: 1890-1920. São


Paulo, FDE - Diretoria de Obras e Serviços, 1991.

CORRÊA, Priscila Kaufmann, Decifra-me ou te devoro: Levantamento e Análise das


Fontes sobre Ensino religioso do Colégio Progresso Campineiro na Primeira
República (1900 - 1937). Iniciação Científica. (Graduanda em Pedagogia), Centro de
Memória da Educação – Faculdade de Educação - Universidade Estadual de Campinas.
Orientador: Maria do Carmo Martins.2005

GOMES, Rosângela. Escolas Secundárias de Campinas (1890 -1930) uma referência


para história das disciplinas escolares. 2003. 0 f. Iniciação Científica. (Graduando em
História) - Universidade Estadual de Campinas, Conselho Nacional de
Desenvolvimento Científico e Tecnológico. Orientador: Maria do Carmo Martins.

RIBEIRO, A. I. M. . A Educação Feminina durante o século XIX: O Colégio


Florence de Campinas (19863-1889). Campinas: Área de publicações do Centro de
Memória, 1996. 179 p.

ROSSETTO, Pedro Francisco. Reconstituição do Traçado da “Estrada dos Goiases”


no Trecho da Atual Mancha Urbana de Campinas. In Anais do Museu Paulista,
julho-dezembro, ano/vol. 14, número 002. Universidade de São Paulo. Pp. 141-191.
2006

SÃO PAULO, Coleção de Leis e Decretos do Estado de São Paulo de 1894, tomo IV.
Diário Oficial. São Paulo. 1918

____________, Coleção de Leis e Decretos do Estado de São Paulo de 1911, tomo


XXI. Diário Oficial. São Paulo. 1912
Colégio Progresso Campineiro 35

____________, Coleção de Leis e Decretos do Estado de São Paulo de 1916, tomo


XXIV. Diário Oficial. São Paulo. 1917

____________, Coleção de Leis e Decretos do Estado de São Paulo de 1917, tomo


XXIV. Diário Oficial. São Paulo. 1918

Outras Fontes de pesquisa (documentos):

• Memorial do Colégio Progresso e Centro de Memória da Educação - Unicamp

• Museu da Imagem e do Som de Campinas

• Biblioteca Municipal de Campinas

• CONDEPACC

Sites:
http://www.campinas.sp.gov.br/campinas/atracoes/culturais/patrimonio/colegio_cciencia/

http://antigo.campinas.sp.gov.br/servlets/newstorm.notitia.presentation.NavigationServlet?publicationCod
e=1&pageCode=67&textCode=11750&date=currentDate

http://www.costaverdesp.com.br/ubatuba/historiaecultura_u/index.htm

http://pro-memoria-de-campinas-sp.blogspot.com

http://www.geocities.com/clipsbrasil/arquivo2.htm

http://www.fec.unicamp.br/~arquitetura/pesquisas/ramos/circolo.htm

http://www.crmariocovas.sp.gov.br
Colégio Progresso Campineiro 36

Imagens (Texto):

Figura 01 - acervo do Museu da Imagem e do Som (MIS) - Campinas........................................ (p. 3)


Figura 02 - acervo do Museu da Imagem e do Som (MIS) - Campinas........................................ (p. 5)
Figura 03 - Memorial do Colégio Progresso Campineiro. Campinas............................................ (p. 5)
Figura 04 - Memorial do Colégio Progresso Campineiro. Campinas............................................ (p. 8)
Figura 05 - Memorial do Colégio Progresso Campineiro. Campinas............................................ (p. 9)
Figura 06 - Memorial do Colégio Progresso Campineiro. Campinas............................................ (p. 9)
Figura 07 - Memorial do Colégio Progresso Campineiro. Campinas............................................ (p. 9)
Figura 08 - Memorial do Colégio Progresso Campineiro. Campinas............................................ (p. 10)
Figura 09 - Autoria própria............................................................................................................ (p. 12)
Figura 10 - Autoria própria............................................................................................................. (p. 12)
Figura 11 - Memorial do Colégio Progresso Campineiro. Campinas............................................ (p. 17)
Figura 12 - Memorial do Colégio Progresso Campineiro. Campinas............................................ (p. 18)
Figura 13 - Memorial do Colégio Progresso Campineiro. Campinas............................................ (p. 19)
Figura 14 - Memorial do Colégio Progresso Campineiro. Campinas............................................ (p. 20)
Figura 15 - Memorial do Colégio Progresso Campineiro. Campinas............................................ (p. 21)
Figura 16 - Memorial do Colégio Progresso Campineiro. Campinas............................................ (p. 22)
Figura 17 - Memorial do Colégio Progresso Campineiro. Campinas............................................ (p. 23)
Figura 18 - Memorial do Colégio Progresso Campineiro. Campinas............................................ (p. 24)
Figura 19 - Memorial do Colégio Progresso Campineiro. Campinas............................................ (p. 24)
Figura 20 - Memorial do Colégio Progresso Campineiro. Campinas............................................ (p. 27)
Figura 21 - Memorial do Colégio Progresso Campineiro. Campinas............................................ (p. 28)
Figura 22 - Memorial do Colégio Progresso Campineiro. Campinas............................................ (p. 28)
Figura 23 - Memorial do Colégio Progresso Campineiro. Campinas............................................ (p. 31)
Figura 24 - Memorial do Colégio Progresso Campineiro. Campinas............................................ (p. 32)

Imagens (anexo):

Figura 25 - http://www.campinas.sp.gov.br/portal_2003_sites/conheca_campinas/cc_galeria_de_fotos_escolas.htm..... Anexo 01


Figura 26 - http://www.campinas.sp.gov.br/portal_2003_sites/conheca_campinas/cc_galeria_de_fotos_escolas.htm..... Anexo 01
Figura 27 - http://www.campinas.sp.gov.br/portal_2003_sites/conheca_campinas/cc_galeria_de_fotos_escolas.htm..... Anexo 02
Figura 28 - http://www.campinas.sp.gov.br/portal_2003_sites/conheca_campinas/cc_galeria_de_fotos_escolas.htm..... Anexo 02
Figura 29 - http://www.campinas.sp.gov.br/portal_2003_sites/conheca_campinas/cc_galeria_de_fotos_escolas.htm..... Anexo 03
Figura 30 - http://www.campinas.sp.gov.br/portal_2003_sites/conheca_campinas/cc_galeria_de_fotos_escolas.htm..... Anexo 03
Figura 31 - http://pro-memoria-de-campinas-sp.blogspot.com/ ....................................................... Anexo 04
Figura 32 - http://pro-memoria-de-campinas-sp.blogspot.com/ ....................................................... Anexo 04
Figura 33 - http://pro-memoria-de-campinas-sp.blogspot.com/ ....................................................... Anexo 05
Figura 34 - http://pro-memoria-de-campinas-sp.blogspot.com/ ....................................................... Anexo 05
Figura 35 - http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?s=722834d6226de6083bcfa5bac7a40206&t=523941 ..... Anexo 05
Figura 36 - http://pro-memoria-de-campinas-sp.blogspot.com/ ....................................................... Anexo 06
Figura 37 - http://pro-memoria-de-campinas-sp.blogspot.com/ ....................................................... Anexo 06
Figura 38 - Acervo do Museu da Imagem e do Som (MIS) – Campinas........................................... Anexo 07
Figura 39 - Acervo do Museu da Imagem e do Som (MIS) – Campinas........................................... Anexo 07
Figura 40 - Autoria própria................................................................................................................ Anexo 08
Figura 41 - Autoria própria................................................................................................................ Anexo 08
Figura 42 - http://pro-memoria-de-campinas-sp.blogspot.com/ ....................................................... Anexo 09
Figura 43 - http://pro-memoria-de-campinas-sp.blogspot.com/ ....................................................... Anexo 09
Figura 44 - http://pro-memoria-de-campinas-sp.blogspot.com/ ....................................................... Anexo 10
Figura 45 - http://pro-memoria-de-campinas-sp.blogspot.com/ ....................................................... Anexo 11
Figura 46 - http://pro-memoria-de-campinas-sp.blogspot.com/ ....................................................... Anexo 11
Colégio Progresso Campineiro 37

Figura 47 - http://pro-memoria-de-campinas-sp.blogspot.com/ ..................................................... Anexo 11


Figura 48 - http://pro-memoria-de-campinas-sp.blogspot.com/ ....................................................... Anexo 12
Figura 49 - http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?s=722834d6226de6083bcfa5bac7a40206&t=523941 ....... Anexo 12
Figura 50 - http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?s=722834d6226de6083bcfa5bac7a40206&t=523941 ....... Anexo 12
Figura 51 - http://pro-memoria-de-campinas-sp.blogspot.com/ ....................................................... Anexo 13
Figura 52 - http://pro-memoria-de-campinas-sp.blogspot.com/ ....................................................... Anexo 13
Figura 53 - http://pro-memoria-de-campinas-sp.blogspot.com/ ....................................................... Anexo 13
Figura 54 - http://pro-memoria-de-campinas-sp.blogspot.com/ ....................................................... Anexo 13
Figura 55 - http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=514130........................................... Anexo 13
Figura 56 - http://pt.trekearth.com/gallery/South_America/Brazil/Southeast/Sao_Paulo/Campinas/photo452201.htm Anexo 13
Figura 57 - http://pt.trekearth.com/gallery/South_America/Brazil/Southeast/Sao_Paulo/Campinas/photo452201.htm Anexo 13
Figura 58 - http://pro-memoria-de-campinas-sp.blogspot.com/ ....................................................... Anexo 14
Figura 59 - http://pro-memoria-de-campinas-sp.blogspot.com/ ....................................................... Anexo 14
Figura 60 - http://pro-memoria-de-campinas-sp.blogspot.com/ ....................................................... Anexo 14
Figura 61 - Acervo do Museu da Imagem e do Som (MIS) – Campinas........................................... Anexo 15
Figura 62 - www.cto.med.br/campinas/campinas_fotos.htm............................................................. Anexo 15
Figura 63 - Autoria própria................................................................................................................ Anexo 16
Figura 64 - Autoria própria................................................................................................................ Anexo 16
Figura 65 - Autoria própria................................................................................................................ Anexo 16
Figura 66 - Autoria própria................................................................................................................ Anexo 16
Figura 67 - Autoria própria................................................................................................................ Anexo 16
Colégio Progresso Campineiro 38
ANEXOS

Colégio Progresso
Campineiro
A Arquitetura e o Tempo
Autor: Rodrigo Martins Bryan [1]

Este relatório faz parte do projeto “Memórias da


educação escolar – Cultura material e organização de
arquivos históricos”, processo CNPq 473772/2004-3, sob
orientação da Profa Dra Maria do Carmo Martins e vinculado
ao Centro de Memória da Educação – Faculdade de Educação
– Unicamp.

[1] Graduado pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da PUC Campinas e mestrado pela Faculdade de Educação da Unicamp – Laboratório Olho.
39
Anexo 01
Colégio Progresso Campineiro
Colégio Culto à Ciência

Figura 25 - s/ data

1 8 7 4 – C o l é g i o Cu l t o à C i ê n c i a Figura 26 - s/ data
1 896–GinásiodeCampinas
1 942–ColégioEstadualdeCampinas
1 947–ColégioEstadualJoséBonifácio
1 9 4 7 – C o l é g i o E s t a d u a l Cu l t o à C i ê n c i a
A t u a l : E E Cu l t o à C i ê n c i a
40
Anexo 02
Colégio Progresso Campineiro
Colégio Sagrado Coração de Jesus

Figura 28 - s/ data

Figura 27 - s/ data
41
Anexo 03
Colégio Progresso Campineiro
Colégio Carlos Gomes

Figura 29 – 1928.
esquina: av Anchieta com av Irmã
Serefina

Figura 30 – década de 40.


esquina: av Anchieta com rua Benjamim Constant
42
Anexo 04
Colégio Progresso Campineiro
Teatro São Carlos.
Teatro Municipal Carlos Gomes.

Figura 31 – Teatro São Carlos, s/ data.


Foi construído 1850 e foi demolido em 1922
para dar lugar ao Teatro Municipal

A construção Teatro Municipal foi


concluída em 1933. Em 1959 passou a
chamar-se Teatro Municipal Carlos
Gomes. Foi demolido em 1965. Teatro Municipal Carlos
Figura 32 –
Gomes, 1950.
43
Anexo 05
Colégio Progresso Campineiro
Largo da Santa Cruz.

Figura 33 – 1900.

Figura 34 – 1910.
Ao fundo desta imagem é possível ver a torre da
Catedral

Figura 35 – Praça XV de Novembro, 2000.


44
Anexo 06
Colégio Progresso Campineiro
Santa Casa de Misericórdia

Figura 36 – Litogravura de Jules Martin, 15-08-1876

Figura 37 - sem data


Rua Augusto César 45
Anexo 07
Colégio Progresso Campineiro

Avenida Julio de Mesquita

No detalhe: casarão da década de 20 preservado


na avenida Julio de Mesquita, n° 670. Projeto de
Hoche N. Segurado.

Figura 38 – década de 20

A rua Augusto César passa a se chamar avenida


Julio de Mesquita em 1927.

Figura 39 – década de 20
Rua Augusto César 46
Anexo 08
Colégio Progresso Campineiro

Avenida Julio de Mesquita

Casarões preservados na avenida


Julio de Mesquita, antiga rua
Augusto César.

Figura 41 – 2007

Figura 40 – 2007
Anexo 09
Colégio Progresso Campineiro
Praças de Touros.
47

Figura 42 - Coliseu Taurino Campineiro, 1905


Esquina das ruas Antonio Cesarino e Ferreira
Penteado

Figura 43 – Praça de Touros, 1946


Atua rua César Bierrembach, em 1916
se transformou no Cine-Coliseu.
Anexo 10
Colégio Progresso Campineiro
Estádio de Futebol Julio de Mesquita
48

Figura 44 - 1929

No detalhe: mureta preservada na rua Guilherme da Silva, vista ao


fundo do campo na imagem acima.

O Estádio foi construído em 1927 e demolido em 1930. Detalhe.


Ao fundo na imagem, pode ser visto o edifício do Colégio Progresso.
Anexo 11
Colégio Progresso Campineiro
Largo Municipal – Praça Fluminense
49

Centro de Convivência Cultural de Campinas

Figura 46 - 1911

Figura 45 – sem data

Figura 47 - 1920
Anexo 12
Colégio Progresso Campineiro
Largo Municipal – Praça Fluminense
50

Centro de Convivência Cultural de Campinas

Figura 49 – Centro de Convivência


Cultura de Campinas, década de 90

Figura 50 – Centro de Convivência


Cultura de Campinas, 2005
Figura 48 – Mapa de Campinas em 1878
Anexo 13
Colégio Progresso Campineiro
Largo do Lixo - Praça Carlos Gomes
51

O local era conhecido como Largo do Lixo,


pois era um dos três depósitos da cidade.
Posteriormente passa a se chamar Praça
Carlos Gomes

Figura 51 – Largo do Lixo, 1895


Na imagem podem ser vistas as palmeiras
imperiais plantadas em 1883 Figura 52 – Coreto, 1934.

Figura 53 – 1905. esquina da rua General Figura 54 – 1913. esquina da rua General
Osório com Av. Anchieta. Osório com Av. Anchieta.
fonte - http://pro-memoria-de-campinas-sp.blogspot.com/
Anexo 13
Colégio Progresso Campineiro
Largo do Lixo - Praça Carlos Gomes
52

Figura 56 – sem data

Figura 55 – 2007
Foto tirada do edifício atual da Prefeitura de Campinas

Figura 57 – Coreto. sem data


fonte:http://pt.trekearth.com/gallery/South_America/Brazil/Southeast/Sao_
Paulo/Campinas/photo452201.htm
Anexo 14
Colégio Progresso Campineiro
Mercado das Andorinhas
53

Figura 59 – 1928
Foto tirada no em
ao Colégio Carlos
Gomes

Figura 58 – 1896
Foto tirada no local onde está a atual
edifício da Prefeitura de Campinas
A Catedral pode ser vista ao fundo da
imagem.

Figura 60 – 1928
Na imagem pode ser visto o prédio do
Mercado em frente ao Colégio Carlos
Gomes e ao fundo as palmeiras da praça
Carlos Gomes.
fonte - http://pro-memoria-de-campinas-sp.blogspot.com/
Anexo 15
Colégio Progresso Campineiro
Prefeitura Municipal de Campinas
54

Figura 61 – década de 50. Figura 62 – 2000.


Na imagem pode ser visto o prédio do Colégio Carlos Na imagem pode ser visto o edifício da
Gomes, em frente a ele a Praça das Andorinhas, local do atual Prefeitura de Campinas, ao seu
antigo Mercado e o lugar onde foi construído o edifício da lado o prédio do Colégio Carlos Gomes,
atual Prefeitura de Campinas ainda ocupado por um bosque e a Praça Carlos Gomes e atrás dele a
e ao fundo as palmeiras da Santa Casa de Misericórdia. Santa Casa de Misericórdia.

fonte – Acervo do Museu da Imagem e do Som (MIS). Campinas. fonte: www.cto.med.br/campinas/campinas_fotos.htm


Anexo 16
Colégio Progresso Campineiro
Avenida Julio de Mesquita
55

Figura 65 – 2007
Casarão preservado, onde
funciona o Colégio Integral.

Figura 64 – 2007
Casarão preservado, tendo ao
fundo os edifícios modernos.

Figura 63 – 2007
O Colégio Progresso cercado por
altos edifícios.
Figura 67 – 2007
Av. Julio de Mesquita.
Figura 66 – 2007
Av. Julio de Mesquita.

Você também pode gostar