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Sumário
2. Regime Jurídico da Administração ................................................................... 4
2.2.2.21. Sancionabilidade................................................................................. 83
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O item está ERRADO. Não é uma questão trivial. A expressão regime jurídico administrativo, em
sentido amplo, pode ser utilizada como sinônimo para Regime Jurídico da Administração. Este, por sua
vez, refere-se ao conjunto de normas de Direito Público e Direito Privado. Perceba que, no quesito, há a
afirmação de que o Regime, em sentido amplo, assegura “regime especial”. Na verdade, apenas o
regime jurídico administrativo, em sentido estrito, é que garante prerrogativas.
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A resposta é letra A. Em todas as alternativas há atos praticados pelo Estado e regidos pelo Direito
Público, ou seja, pelo Regime Jurídico Administrativo. No entanto, na alternativa “A”, temos situação
regida pelo Direito Privado (contrato de locação).
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A resposta é letra “E”. A CEF e o BB são entidades integrantes da Administração Indireta, no entanto,
pessoas jurídicas de Direito Privado. Não estão sujeitas, em estrito senso, ao regime jurídico-
administrativo, assim entendido como conjunto de normas e princípios de Direito Público.
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O item está CERTO.
ESAF - AFRFB/SRFB/Auditoria/2003
O estudo do regime jurídico-administrativo tem em Celso
Antônio Bandeira de Mello o seu principal autor e formulador.
Para o citado jurista, o regime jurídico-administrativo é
construído, fundamentalmente, sobre dois princípios básicos,
dos quais os demais decorrem. Para ele, estes princípios são:
a) indisponibilidade do interesse público pela Administração e
supremacia do interesse público sobre o particular.
b) legalidade e supremacia do interesse público.
c) igualdade dos administrados em face da Administração e
controle jurisdicional dos atos administrativos.
d) obrigatoriedade do desempenho da atividade pública e
finalidade pública dos atos da Administração.
e) legalidade e finalidade.5
ESAF - AFT/MTE/2003
O regime jurídico administrativo consiste em um conjunto de
princípios e regras que balizam o exercício das atividades da
Administração Pública, tendo por objetivo a realização do
interesse público.
Vários institutos jurídicos integram este regime. Assinale, entre
as situações abaixo, aquela que não decorre da aplicação de tal
regime.
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A resposta é letra A.
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A resposta é letra C. Excelente questão. Em todos os itens há prerrogativas da Administração Pública,
enfim, sinal de força, de imperatividade, de verticalidade. Porém o “veto presidencial” não é praticado
pelo presidente da República no exercício da função administrativa. O veto faz parte do processo
legislativo, mais próximo, portanto, do conceito de atos de governo ou políticos.
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A resposta é letra “B”. Em todos os itens há prerrogativas, exceto na letra “B”. A realização de concurso
público não é um poder da Administração (prerrogativa), mas sim uma restrição (dever).
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A resposta é letra “E”. As prerrogativas são os direitos da Administração. É que lhe asseguram a
possibilidade de impor as medidas em desfavor dos administrados e em preservação ao interesse
público. Perceba que, no item “E”, há um dever do Estado, portanto, uma restrição.
Melhores momentos:
I) regime jurídico é um conjunto de normas e de
princípios aplicado à determinada situação;
II) o regime jurídico aplicável à Administração pode ser tanto
de direito público (administrativo), como de direito
privado (Regime Jurídico da Administração ou regime
jurídico-administrativo, em sentido amplo);
III) o regime jurídico-administrativo é um conjunto de
prerrogativas e sujeições concedido à Administração Pública,
para melhor cumprimento dos interesses públicos;
IV) ainda que se sujeite predominantemente a normas de
direito privado, a Administração Pública nunca se submete
de forma integral a normas de tal ramo jurídico. Por exemplo:
as empresas estatais estão sujeitas às restrições legais e
constitucionais (realização de concurso público e de licitações,
por exemplo);
V) O interesse público primário representa a
Administração Pública no sentido finalístico, extroverso,
com outras palavras, é o interesse público propriamente dito,
pois dirigido diretamente aos cidadãos (de dentro do Estado
para fora – Administração Extroversa). Já o interesse
público secundário diz respeito aos interesses do próprio
Estado, internos, introversos, portanto, inconfundíveis com
os primários (propriamente ditos). Por exemplo: a locação
de um galpão para guarnecer livros, enquanto a biblioteca
passa por reforma. É ato interno, porém, visa à proteção do
interesse público propriamente dito.
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A resposta é letra B. A realização de concursos públicos é ato interno da Administração. É o que a
doutrina reconhece como interesse público secundário. Porém é induvidoso que, a despeito de
secundário, deve ser regido por princípios da Administração.
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Celso Antônio Bandeira de Mello, por exemplo.
CONFLITO
LEIS PRINCÍPIOS
Hierarquia
Princípio da predominância
Cronológico
dos valores
Especialidade
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Gabarito: ERRADO.
12
Gabarito: CERTO.
13
Letra E.
14
Gabarito: CERTO.
2.2.1.3. Moralidade
A ilegalidade mais grave é a que se oculta sob a aparência de
legitimidade. A violação maliciosa encobre os abusos de direito
com a capa de virtual pureza (por Caio Tácito).
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Gabarito: CERTO. Apesar de ser tecnicamente ligada à moralidade, a probidade possui tratamento
próprio no § 4º do art. 37 da CF/1988.
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Acrescenta-se que, no Código Civil, o parentesco por afinidade é limitado ao 2º Grau.
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Gabarito: Certo.
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Gabarito: ERRADO. Relembre-se que a prática do nepotismo afronta, dentre outros
aspectos, a moralidade. Não carece a Administração Pública de lei específica para ter de
cumpri-lo.
19
Gabarito: ERRADO.
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Nome recebido pelo instrumento convocatório na modalidade convite.
21
Gabdarito: ERRADO. Nem sempre é necessário divulgação dos atos da Administração no Diário Oficial.
2.2.1.5. Eficiência
O núcleo do princípio é a procura de produtividade e
economicidade e, o que é mais importante, a exigência de
reduzir os desperdícios de dinheiro público, o que impõe a
execução dos serviços públicos com presteza, perfeição e
rendimento funcional (por Fernanda Marinela).
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Gabarito: CERTO.
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Gabarito: Letra C.
(2006/CESPE/TCE-AC/ANALISTA-ADMINISTRAÇÃO) O regime
jurídico de direito público encontra-se fundado nos princípios da
prevalência do interesse público sobre o privado e o da
indisponibilidade desse interesse público. No entanto, de acordo com
uma concepção moderna do direito administrativo, de cunho
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Gabarito: CERTO.
25
Gabarito: CERTO.
26
Gabarito: ERRADO.
27
Gabarito: CORRETO.
e) publicidade.28
29
Art. 54 da Lei 9.784/1999.
Aqui, uma rápida nota sobre este assunto que voltará a ser exposto
na aula referente aos processos administrativos: se a lei determina
que, nessas hipóteses, os atos administrativos deverão ser
motivados, em outras, evidentemente, poderão deixar de sê-
lo.
Assim, conclui-se que NEM SEMPRE a motivação prévia ou
concomitante dos atos é OBRIGATÓRIA. Ainda que desejável,
poderá não ser expressamente exigida. Com efeito, cite-se a
possibilidade de exoneração ad nutum (“movimento de cabeça”) de
um servidor ocupante de cargo em comissão (de chefia ou
assessoramento) (p. ex.: Ministro de Estado), para a qual a
Administração é eximida de apresentar motivação expressa.
Outro exemplo de situação que dispensa a motivação é a
homologação de processo licitatório, uma vez que as leis não
exigem expressa justificação. A desnecessidade de motivação é
absolutamente excepcional, já que, por princípio, a regra é que
a Administração motive seus atos.
A motivação pode ser contextual ou aliunde. A contextual, como o
nome denuncia, é aquela que é acompanhada de produção textual,
ou seja, você abre o ato administrativo, e, no interior deste, encontra
as razões de justificativa. Ocorre que a motivação do ato
administrativo não precisa estar expressa nele, sendo bastante o
indicativo da fonte de suas razões, é o que doutrina chama de
motivação aliunde.
Por fim, pede-se aos amigos que não confundam motivo com
motivação. Este assunto será estudado na parte de atos
administrativos com mais detalhes. Mas se antecipa que motivo é
elemento de formação do ato em si, e SEMPRE existirá.
Exemplo disso: na exoneração de um ocupante do cargo em
comissão é desnecessária a motivação do ato. Todavia, claro que
haverá um motivo para tal exoneração, o qual, por permissão da
lei, não precisa ser exposto. Captaram? Fica assim, então: TODO
ato tem motivo, mas NEM TODO ato precisa ser motivado.
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Gabarito: ERRADO
2.2.2.15. Razoabilidade
Vimos que a Administração Pública Direta e Indireta de qualquer
dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios é regida por um conjunto de normas e de princípios
de Direito Público, estes verdadeiros vetores fundamentais dos atos
Estatais, por vezes, expressos no texto constitucional (legalidade e
eficiência, por exemplo), em outros momentos implícitos
(segurança jurídica e concurso público, por exemplo).
Tal como os princípios da segurança jurídica e do concurso público, o
princípio da razoabilidade permanece implícito no texto
constitucional, sendo reconhecido, entre outras passagens, no art.
5.º, inciso LXXVIII, introduzido com a EC 45/2004, o qual exige a
duração razoável dos processos judiciais e administrativos.
No entanto, referido princípio encontra previsão expressa na
Constituição Estadual do Estado de São Paulo e, mais
recentemente, na Lei de Processo Administrativo Federal, na
qual o princípio pode ser traduzido como a vedação de obrigações,
restrições e sanções superiores àquelas estritamente
necessárias.
Nesse contexto, o princípio da razoabilidade destaca-se como
importante instrumento de controle da atividade legislativa,
bem como na aplicação no exercício da discricionariedade
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A resposta é letra C.
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Gabarito: ERRADO. O fundamento para a manutenção do ato, na hipótese descrita, é a teoria do
agente de fato ou da aparência.
a) Princípio da legalidade.
b) Princípio da sindicabilidade.
c) Princípio da responsividade.
d) Princípio da sancionabilidade.
e) Princípio da subsidiariedade.
Achou que o curso fosse só com questões de ESAF e Cespe, não é verdade?
Abaixo, uma boa bateria de questões de FCC, e todas comentadas.
Gabarito: alternativa A.
e) moralidade administrativa.
Comentários:
O princípio da continuidade é assim enunciado por Cretella Júnior: a
atividade da Administração é ininterrupta, não se admitindo a
paralisação dos serviços públicos. Com outras palavras, os
serviços públicos não podem sofrer solução de continuidade.
Algumas consequências práticas advindas do princípio, em tela,
podem ser destacadas:
Restrição ao direito de greve, nos termos do art. 37, VII, daí,
inclusive, a correção da alternativa “A”.
Institutos da substituição, interinidade, suplência, “o
responder pelo expediente nos casos de vacância”.
Na hipótese de rescisão do contrato administrativo, a
Administração Pública detém a prerrogativa de, nos casos de
serviços essenciais, ocupar provisoriamente bens móveis, imóveis,
pessoal e serviços vinculados ao objeto do contrato.
A não oposição restrita da exceção do contrato não
cumprido. Nesse caso, o Estado pode ficar até 90 dias sem pagar
e a empresa contratada ainda assim tem o dever de manter a
execução dos serviços, regidos pela Lei 8.666/1993.
Comentários:
I - FALSO. O princípio da publicidade, previsto na Constituição
Federal, exige a ampla divulgação, sem COM exceção, de todos os
atos praticados pela Administração Pública.
II - VERDADEIRO. A regra estabelecida na Lei n o 9.784/99 de que
o processo administrativo deve observar, dentre outros critérios, o
atendimento a fins de interesse geral, vedada a renúncia total ou
parcial de poderes ou competências, salvo autorização em lei, traduz
o princípio da supremacia da prevalência do interesse público.
III - FALSO. Os princípios da eficiência e da impessoalidade, de
ampla aplicação no Direito Administrativo, não estão expressamente
previstos na Constituição Federal.
IV - VERDADEIRO. O princípio da fundamentação OU MOTIVAÇÃO
exige que a Administração Pública indique os fundamentos de fato e
de direito de seus atos e decisões.
Gabarito: alternativa B.
Trata-se do princípio da
a) motivação.
b) eficiência.
c) legalidade.
d) razoabilidade.
e) moralidade. Comentários:
A lealdade, boa-fé e a honestidade são preceitos éticos desejados
pela sociedade que nos remunera direta ou indiretamente. O
princípio da moralidade pode ser considerado a um só tempo
dever do administrador e direito público subjetivo.
Gabarito: alternativa E.
b) controle.
c) autotutela.
d) supremacia do interesse público.
e) legalidade.
Comentários:
Questão maldosa!
Imagino que bons candidatos foram direto à alternativa “C”, que
menciona o princípio da autotutela.
Esclareço que a autotutela é autocontrole, ou seja, é o controle do
ato administrativo pela própria pessoa jurídica emissora, como
salienta a Súmula 473 do Supremo Tribunal Federal.
A Administração Indireta é formada por um conjunto de entidades
administrativas, de pessoas jurídicas, suscetíveis de supervisão pelo
Ministério da área temática, situado na Administração Direta.
Entre a Administração Direta e Indireta não existe subordinação, mas
sim vinculação, o que indica que estão sujeitas, igualmente, a
controle, porém do tipo finalístico e não hierárquico. Daí a correção
da alternativa “B”.
Gabarito: alternativa B.