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DIREITO COLETIVO

DO TRABALHO
1ª edição — novembro, 2001
2ª edição — setembro, 2003
3ª edição — setembro, 2008
3ª edição — 2ª tiragem — março, 2010
4ª edição, revista, atualizada, ampliada — setembro, 2011
5ª edição, revista, atualizada, ampliada — maio, 2014
6ª edição, revista, atualizada, ampliada — maio, 2015
7ª edição, revista, atualizada, ampliada — março, 2017
MAURICIO GODINHO DELGADO

DIREITO COLETIVO
DO TRABALHO
7ª edição

Revista, Atualizada, Ampliada


R

EDITORA LTDA.
 Todos os direitos reservados
Rua Jaguaribe, 571
CEP 01224-003
São Paulo, SP — Brasil
Fone (11) 2167-1101
www.ltr.com.br
Março, 2017

Versão impressa — LTr 5722.7 — ISBN 978-85-361-9105-8


Versão digital — LTr 9101.9 — ISBN 978-85-361-9149-2

Atualizado até 01.02.2017

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)


(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Delgado, Mauricio Godinho


Direito coletivo do trabalho / Mauricio Godinho
Delgado. — 7. ed., rev, atual. e ampl. — São Paulo : LTr, 2017.

Bibliografia.

1. Direito do trabalho 2. Direito do trabalho —


Brasil I. Título.

16-00132 CDU-34:331.88(81)

Índice para catálogo sistemático:


1. Brasil : Direito coletivo do trabalho
34:331.88(81)
Dedico este livro à memória de meu irmão,
Luiz Eugênio Godinho Delgado,
cuja vida dedicada à Medicina Social
harmonizava ideais de saúde, bem-estar e justiça.
SUMÁRIO

CAPÍTULO I
DIREITO COLETIVO DO TRABALHO — CARACTERIZAÇÃO

I. Introdução...................................................................................................... 17
II. Denominação................................................................................................ 18
1. Denominações Arcaicas............................................................................ 18
2. Denominações Atuais............................................................................... 20
A) Direito Coletivo do Trabalho................................................................. 20
B) Direito Sindical..................................................................................... 21
C) Direito Social ....................................................................................... 21
III. Definição...................................................................................................... 22
IV. Conteúdo...................................................................................................... 23
V. Função.......................................................................................................... 25
1. Funções Justrabalhistas Gerais................................................................ 25
Extensão ao Direito Coletivo.................................................................... 31
2. Funções Juscoletivas Específicas............................................................ 36
VI. Conflitos Coletivos de Trabalho e sua Resolução....................................... 38
1. Modalidades de Conflitos Coletivos.......................................................... 39
2. Modalidades de Resolução de Conflitos Coletivos................................... 39
3. Modalidades de Resolução de Conflitos Coletivos: uma fórmula contro-
vertida — dissídio coletivo........................................................................ 40
A) Dissídio Coletivo: econômico; de greve; jurídico ................................ 42
B) Sentença Normativa: traços distintivos ............................................... 44
a) Caracterização da Sentença Normativa........................................... 44
b) Sentença Normativa: vigência e integração contratual.................... 46
c) Sentença Normativa: restrições ...................................................... 48
d) Sentença Normativa: conteúdo........................................................ 51
VII. O Problema da Autonomia do Direito Coletivo do Trabalho ...................... 51
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CAPÍTULO II
PRINCÍPIOS ESPECIAIS DO DIREITO COLETIVO DO TRABALHO

I. Introdução...................................................................................................... 55
II. Princípios Especiais do Direito Coletivo — Tipologia.................................... 56
Tipologia de Princípios.............................................................................. 57
III. Princípios Assecuratórios da Existência do Ser Coletivo Obreiro................ 59
1. Princípio da Liberdade Associativa e Sindical........................................... 60
Liberdade Individual e Liberdade Coletiva........................................... 61
A) Cláusulas de Sindicalização Forçada.................................................. 62
Imperatividade Justrabalhista............................................................... 63
B) Práticas Antissindicais.......................................................................... 64
C) Garantias à Atuação Sindical............................................................... 65
2. Princípio da Autonomia Sindical................................................................ 67
IV. Princípios Regentes das Relações entre os Seres Coletivos Trabalhistas.. 71
1. Princípio da Interveniência Sindical na Normatização Coletiva................ 71
2. Princípio da Equivalência dos Contratantes Coletivos.............................. 73
Obstáculos à Efetividade do Princípio Jurídico.................................... 74
3. Princípio da Lealdade e Transparência na Negociação Coletiva.............. 78
V. Princípios Regentes das Relações entre Normas Coletivas Negociadas e
Normas Estatais............................................................................................ 79
1. Princípio da Criatividade Jurídica da Negociação Coletiva ...................... 80
2. Princípio da Adequação Setorial Negociada............................................. 82
VI. Novas Interpretações Sobre os Princípios do Direito Coletivo do Trabalho:
Decisões do STF........................................................................................... 89

CAPÍTULO III
SUJEITOS DO DIREITO COLETIVO DO TRABALHO — O SINDICATO

I. Introdução...................................................................................................... 99
II. Definição....................................................................................................... 100
III. Sistemas Sindicais....................................................................................... 101
1. Critérios de Agregação dos Trabalhadores no Sindicato ......................... 102
A) Ofício ou Profissão .............................................................................. 102
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B) Categoria Profissional.......................................................................... 104


a) Agregação versus Especialização.................................................... 104
b) Terceirização Trabalhista e Categoria Profissional.......................... 106
C) Empresa............................................................................................... 107
D) Ramo Empresarial de Atividades......................................................... 108
2. Unicidade versus Pluralidade. A Unidade Sindical.................................... 109
A) Unicidade no Brasil: modelo tradicional............................................... 111
B) A Posição da Constituição de 1988...................................................... 111
C) Liberdade Sindical no Brasil: problemas, conquistas e desafios......... 113
D) Garantias à Atuação Sindical............................................................... 114
IV. Organização Sindical Brasileira Atual.......................................................... 116
Direito Intertemporal: Constituição versus CLT............................................. 116
1. Estrutura Sindical...................................................................................... 118
A) Estrutura do Sistema Sindical.............................................................. 118
a) Pirâmide Sindical ............................................................................. 119
Centrais Sindicais............................................................................ 119
b) Critério da Categoria........................................................................ 121
c) Dissociação de Categorias............................................................... 123
Especialização versus Agregação................................................... 123
d) Categoria Profissional e Terceirização............................................. 124
B) Estrutura e Funcionamento Internos.................................................... 126
2. Registro Sindical....................................................................................... 128
3. Funções e Prerrogativas Sindicais............................................................ 129
A) Funções e Prerrogativas...................................................................... 129
a) Função Representativa.................................................................... 129
b) Função Negocial.............................................................................. 130
c) Função Assistencial.......................................................................... 131
d) Um Debate: funções econômicas e políticas................................... 131
B) Proteções à Atuação Sindical.............................................................. 132
a) Proteções Normativas...................................................................... 133
b) Condutas Antissindicais................................................................... 135
c) Abusos na Atuação Sindical ............................................................ 136
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4. Receitas Sindicais..................................................................................... 137


A) Contribuição Sindical Obrigatória......................................................... 138
B) Contribuição Confederativa.................................................................. 139
C) Contribuição Assistencial ou Negocial (cota de solidariedade)........... 140
D) Mensalidade dos Associados .............................................................. 142
5. Sindicato no Segmento Público — especificidades.................................. 142
V. Garantias Sindicais....................................................................................... 145
1. Garantia Provisória de Emprego............................................................... 145
A) Restrições Jurisprudenciais................................................................. 146
B) Dirigentes Alcançados pela Garantia................................................... 149
C) Atuação Judicial — Liminar.................................................................. 149
2. Inamovibilidade do Dirigente Sindical....................................................... 150
3. Garantias Oriundas de Normas da OIT.................................................... 151
VI. Natureza Jurídica do Sindicato.................................................................... 152
VII. Sindicato: Balanço Histórico-Analítico........................................................ 154
1. Evolução do Sindicalismo nos Países de Capitalismo Central................. 156
2. Desafios Tradicionais: autoritarismo político e refluxo sindical................. 159
3. Desafios Renovados: práticas antissindicais............................................ 161
4. Novos Desafios: políticas públicas mercadológicas................................. 162
VIII. O Sindicato no Brasil: Balanço Histórico-Analítico.................................... 164
1. Período Inicial do Sindicalismo Brasileiro: a fase precedente a 1930...... 164
2. O Modelo Sindical Corporativista Brasileiro: a fase de 1930 a 1988........ 166
A) Implantação do Modelo Sindical Corporativista nas Décadas de
1930/40 e sua Estrutura Institucional................................................... 167
B) Continuidade do Modelo Sindical Corporativista nas Décadas Subse-
quentes................................................................................................. 170
C) Reflexão Necessária: modelo trabalhista e modelo sindical................ 172
3. Constituição de 1988: mudanças e continuidades.................................... 173
A) Avanços Democráticos do Texto Original de 1988............................... 175
B) Carta de Direitos de 1988.................................................................... 176
C) Contradições Antidemocráticas do Texto Original de 1988 e Mudan-
ças Constitucionais Retificadoras......................................................... 178
DIREITO COLETIVO DO TRABALHO 11

D) Outros Aperfeiçoamentos Normativos: Convenções n. 135 e n. 151 da


OIT e Lei das Centrais Sindicais.......................................................... 180
E) Novo Modelo Sindical Constitucional: democratização com garantias
legais.................................................................................................... 182
IX. Atualidade do Sindicato no Capitalismo e Democracia Contemporâneos... 183
Atualidade dos Sindicatos e do Sindicalismo....................................... 184

CAPÍTULO IV
NEGOCIAÇÃO COLETIVA TRABALHISTA

I. Introdução...................................................................................................... 188
II. Funções da Negociação Coletiva.................................................................. 190
1. Funções Específicas................................................................................. 190
2. Funções Justrabalhistas Gerais Pertinentes ............................................ 193
Extensão à Negociação Coletiva.............................................................. 197
III. Importância da Negociação Coletiva........................................................... 198
1. Parâmetros dos Modelos Justrabalhistas Democráticos ......................... 199
A) Normatização Autônoma e Privatística ............................................... 199
B) Normatização Privatística Subordinada .............................................. 200
2. Parâmetros do Modelo Justrabalhista Autoritário .................................... 201
3. Democracia e Normatização Estatal: reflexões complementares ............ 202
4. Constituição de 1988 e Negociação Coletiva: novas reflexões................ 205
IV. Diplomas Negociais Coletivos — Convenção e Acordo Coletivos de Trabalho... 209
1. Convenção e Acordo Coletivos de Trabalho: definição ............................ 209
2. Convenção e Acordo Coletivos de Trabalho: distinções .......................... 211
V. Convenção e Acordo Coletivos de Trabalho — Aspectos Característicos.... 212
1. CCT e ACT: normatização aplicável ......................................................... 212
2. CCT e ACT: caracterização ...................................................................... 215
A) Legitimação ......................................................................................... 215
B) Conteúdo (dispositivos normativos e obrigacionais)............................ 218
C) Forma .................................................................................................. 219
D) Vigência .............................................................................................. 221
E) Duração ............................................................................................... 222
Incorporação aos Contratos (ultratividade).......................................... 222
F) Prorrogação, Revisão, Denúncia, Revogação, Extensão ................... 223
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VI. Diplomas Negociais Coletivos — Contrato Coletivo de Trabalho................ 223


1. Denominação: dubiedades....................................................................... 223
2. Caracterização.......................................................................................... 224
VII. Diplomas Negociais Coletivos: Efeitos Jurídicos........................................ 225
1. Regras Coletivas Negociadas e Regras Estatais: hierarquia................... 226
A) Hierarquia Normativa: teoria geral....................................................... 227
B) Hierarquia Normativa: especificidade justrabalhista............................ 228
a) Princípio da Norma Mais Favorável................................................. 229
b) Acumulação versus Conglobamento................................................ 230
2. Regras de Convenção e Acordo Coletivos: hierarquia ............................ 232
3. Regras Negociais Coletivas e Contrato de Trabalho: relações ................ 233
A) Aderência Irrestrita (ultratividade plena).............................................. 234
B) Aderência Limitada pelo Prazo (sem ultratividade).............................. 234
C) Aderência Limitada por Revogação (ultratividade relativa).................. 235
a) Equivalência dos Contratantes Coletivos e Ultratividade Provisória
de ACTs/CCTs.................................................................................. 235
a) A Suspensão Liminar da Súmula n. 277 do TST.............................. 238
c) Outros Aspectos Relevantes ........................................................... 242
VIII. Negociação Coletiva — Possibilidades e Limites...................................... 242
1. Possibilidades Jurídicas da Negociação Coletiva..................................... 243
2. Limites Jurídicos da Negociação Coletiva................................................ 244
3. Um Debate em Recidiva: o negociado sobre o legislado......................... 249
A) 2015/16 — decisões do STF sobre o tema.......................................... 250
B) Riscos da Flexibilização sem Peias..................................................... 260
IX. Diplomas Coletivos Negociados: Natureza Jurídica.................................... 261
1. Teorias Explicativas Tradicionais.............................................................. 262
A) Teorias Contratuais (ou Civilistas)........................................................ 262
B) Teorias de Transição............................................................................ 263
C) Teorias Jurídico-Sociais (ou Normativistas)......................................... 263
2. Teoria do Contrato Social Normativo........................................................ 264
X. Negociação Coletiva no Segmento Público — Especificidades................... 264
DIREITO COLETIVO DO TRABALHO 13

CAPÍTULO V
IMPASSES NA NEGOCIAÇÃO COLETIVA — GREVE

I. Introdução...................................................................................................... 267
II. Locaute.......................................................................................................... 268
1. Caracterização.......................................................................................... 269
Locaute Extratrabalhista (ou “locaute político”)........................................ 269
2. Distinções.................................................................................................. 270
3. Regência Jurídica..................................................................................... 271
4. Efeitos Jurídicos........................................................................................ 273
III. O Instituto da Greve..................................................................................... 274
1. Caracterização.......................................................................................... 274
A) Caráter Coletivo do Movimento............................................................ 274
B) Sustação de Atividades Contratuais.................................................... 275
“Lock-in”................................................................................................ 275
C) Exercício Coercitivo Coletivo e Direto.................................................. 276
D) Objetivos da Greve.............................................................................. 277
E) Enquadramento Variável do Prazo de Duração da Greve................... 279
a) Suspensão Total versus Suspensão Parcial do Contrato de Trabalho.... 279
b) Duração da Greve e Poder Normativo............................................. 280
2. Distinções ................................................................................................. 281
A) Figuras Próximas ou Associadas ........................................................ 281
B) Formas de Pressão Social .................................................................. 283
C) Condutas Ilícitas de Pressão .............................................................. 283
3. Extensão e Limites ................................................................................... 284
A) Extensão do Direito ............................................................................. 284
B) Limitações ao Direito ........................................................................... 286
4. Requisitos da Greve — licitude versus abusividade................................. 288
A) Requisitos Legais da Greve................................................................. 288
B) Descumprimento dos Requisitos: efeitos jurídicos.............................. 289
5. Direitos e Deveres dos Grevistas ............................................................. 290
A) Direitos dos Grevistas ......................................................................... 290
B) Deveres dos Grevistas ........................................................................ 291
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6. Greve no Segmento Público: especificidades .......................................... 291


A) Eficácia de Regra Constitucional: permanência de um debate?......... 293
a) Vertente Tradicional ......................................................................... 294
b) Vertente Moderna ............................................................................ 295
B) Especificidade da Greve no Segmento Público .................................. 299
7. Greve: natureza jurídica e fundamentos .................................................. 301
A) Natureza Jurídica ................................................................................ 301
Outras Concepções.............................................................................. 303
B) Fundamentos ...................................................................................... 305
8. Greve: retrospectiva histórico-jurídica ...................................................... 305
9. Greve: aspectos processuais ................................................................... 308

CAPÍTULO VI
ARBITRAGEM E MEDIAÇÃO NO DIREITO COLETIVO

I. Introdução ..................................................................................................... 310


II. Meios de Solução de Conflitos: Autotutela, Autocomposição, Heterocom-
posição.......................................................................................................... 310
1. Autotutela.................................................................................................. 311
2. Autocomposição........................................................................................ 312
3. Heterocomposição.................................................................................... 313
A) Enquadramento Jurídico: controvérsias............................................... 313
B) Métodos Existentes.............................................................................. 314
III. Arbitragem no Direito Coletivo do Trabalho.................................................. 316
1. Distinções Relevantes............................................................................... 317
2. Tipos de Arbitragem.................................................................................. 318
3. Arbitragem no Direito Individual do Trabalho............................................ 320
4. Arbitragem no Direito Coletivo do Trabalho.............................................. 323
Arbitragem e Poder Normativo................................................................. 326
IV. Mediação no Direito Coletivo do Trabalho................................................... 328
Conflitos Coletivos do Trabalho: tipos de mediação................................. 328
V. Comissões de Conciliação Prévia — Enquadramento Jurídico.................... 330
1. Enquadramento Jurídico........................................................................... 331
2. Dinâmica das Comissões de Conciliação Prévia...................................... 331
DIREITO COLETIVO DO TRABALHO 15

CAPÍTULO VII
INTERESSES E DIREITOS METAINDIVIDUAIS NO
PLANO JUSCOLETIVO TRABALHISTA

I. Introdução...................................................................................................... 335
II. Massividade de Danos e Pretensões na Sociedade Contemporânea —
Adequação Jurídica...................................................................................... 335
III. Interesses e Direitos Metaindividuais no Plano Justrabalhista.................... 338
1. Interesses Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos........................ 338
2. Aplicação ao Plano Justrabalhista............................................................ 341

CAPÍTULO VIII
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA, SISTEMA TRABALHISTA BRASILEIRO E
DIREITO COLETIVO DO TRABALHO — REFLEXÕES COMPLEMENTARES

I. Introdução...................................................................................................... 347
II. Direito Coletivo do Trabalho: Avanços Promovidos pela Constituição da
República...................................................................................................... 347
1. Avanços Democráticos no Texto Constitucional Original.......................... 348
A) Liberdade e Autonomia Sindicais......................................................... 348
B) Fortalecimento do Papel Representativo dos Sindicatos..................... 350
Contrapontos ao Fortalecimento Sindical............................................. 351
C) Fortalecimento da Negociação Coletiva Trabalhista............................ 355
D) Garantia do Direito de Greve............................................................... 357
E) Fortalecimento das Ações Coletivas no Processo do Trabalho........... 358
F) Atribuição de Novo e Destacado Status ao Direito Individual do
Trabalho .............................................................................................. 360
G) Fortalecimento e Universalização da Justiça do Trabalho.................. 360
H) Transformação, Fortalecimento e Universalização do Ministério Pú-
blico do Trabalho.................................................................................. 362
2. Novos Avanços Democráticos Por Meio de Reformas do Texto Constitu-
cional (ECs).............................................................................................. 363
A) Extinção da Representação Classista na Justiça do Trabalho (EC n. 24,
de 1999)................................................................................................ 363
B) Ampliação da Competência Jurisdicional da Justiça do Trabalho (EC
n. 45, de 2004)..................................................................................... 364
C) Restrição do Poder Normativo da Justiça do Trabalho nos Dissídios
Coletivos de Natureza Econômica (EC n. 45, de 2004)....................... 364
16 MAURICIO GODINHO DELGADO

3. Novos Avanços Democráticos Por Meio de Normas Infraconstitucionais... 365


A) Lei n. 11.648, de 2008 — reconhecimento e institucionalização das
Centrais Sindicais ................................................................................ 366
B) Ratificação de Convenções Internacionais da OIT que Fortalecem e
Aperfeiçoam o Direito Coletivo do Trabalho — Convenção n. 135 e
Convenção n. 151................................................................................ 367
III. Direito Coletivo do Trabalho no Brasil: Institutos Controvertidos do Antigo
Corporativismo que Foram Preservados pela Nova Ordem Jurídica Pós
1988 até a Atualidade................................................................................... 369
1. Unicidade Sindical e Critério de Enquadramento Sindical (art. 8º, II, CF).... 369
2. Financiamento Sindical Compulsório (art. 8º, IV, in fine, CF)................... 371
IV. Direito Coletivo do Trabalho: Problemas Atuais e Perspectivas no Brasil
Contemporâneo............................................................................................ 371
1. O Debate Sobre a Estrutura Sindical........................................................ 372
2. O Debate Sobre o Financiamento Sindical............................................... 374
3. O Debate Sobre as Garantias Sindicais e a Democracia Sindical............ 376
V. Conclusão..................................................................................................... 377

Bibliografia....................................................................................................... 379

Autor e Obras.................................................................................................. 387


CAPÍTULO I

DIREITO COLETIVO DO TRABALHO —


CARACTERIZAÇÃO

I. INTRODUÇÃO

Direito do Trabalho é o complexo de regras, princípios e institutos jurídicos


que regulam as relações empregatícias, quer no plano especificamente das
obrigações contratuais de caráter individual, quer no plano mais largo dos
vínculos estabelecidos entre os entes coletivos que representam os sujeitos
desse contrato.
Regula o Direito do Trabalho, ainda, outras relações laborativas não
empregatícias especificadas em lei.
É ramo especial do Direito, desprendido, desde meados do século XIX,
da matriz civilista originária, em direção à construção de uma cultura jurídica
com regras, instituições, teorias, institutos e princípios próprios, os quais, em
seu conjunto, asseguram-lhe autonomia no universo diversificado do Direito.
Sua particularidade intensifica-se, inclusive, no tocante a seu direcionamento,
vinculado ao objetivo histórico de aperfeiçoar as condições de pactuação da
força de trabalho no sistema socioeconômico.
Engloba o Direito do Trabalho dois segmentos, um individual e um
coletivo, cada um contando com regras, instituições, teorias, institutos e
princípios próprios.
O Direito Individual do Trabalho trata da regulação do contrato de emprego,
fixando direitos, obrigações e deveres das partes. Trata, também, por exceção,
de outras relações laborativas especificamente determinadas em lei.
O Direito Coletivo do Trabalho, por sua vez, regula as relações inerentes
à chamada autonomia privada coletiva, isto é, relações entre organizações
coletivas de empregados e empregadores e/ou entre as organizações
obreiras e empregadores diretamente, a par das demais relações surgidas
na dinâmica da representação e atuação coletiva dos trabalhadores.
Prevalece, ainda, certa controvérsia acerca da autonomia do segmento
juscoletivo trabalhista, com a existência ou não de princípios específicos, ou
18 MAURICIO GODINHO DELGADO

sobre a aplicabilidade plena dos princípios do Direito Individual do Trabalho


sobre o segmento juscoletivo. Este debate será examinado, logo a seguir,
neste capítulo e no próximo do presente livro.
Registre-se que, independentemente da referida controvérsia, há insti-
tutos e particularidades do Direito Coletivo do Trabalho que reclamam exame
circunstanciado. Trata-se, por exemplo, da negociação coletiva e seus instru-
mentos, dos sujeitos coletivos trabalhistas, especialmente os sindicatos, da
greve, da mediação e da arbitragem coletivas, dos interesses metaindividu-
ais e seu impacto nesta seara jurídica. O exame específico desses temas é
o que este livro procurou realizar.
Contudo, a presente obra também justifica-se pela necessidade de se
aprofundarem as reflexões sobre o Direito Coletivo no Brasil, em face de seu
reiterado ofuscamento ao longo da evolução justrabalhista no País, desde o
século XX.
A Constituição de 1988, a propósito, é que resgatou o Direito Coletivo
do Trabalho do assédio político-normativo que sofria na fase anterior.
A importância do mais recente Texto Magno da República nessa seara é
examinada ao longo de toda esta obra. Por fim, no último capítulo do livro,
é apresentado um balanço panorâmico dessa influência nas últimas duas
décadas e meia.

II. DENOMINAÇÃO

Este segmento justrabalhista tem recebido distintas denominações


desde seu surgimento no século XIX. Hoje, disputam hegemonia dois epítetos,
Direito Coletivo do Trabalho e Direito Sindical, com certa concorrência, ainda,
da expressão Direito Social.

1. Denominações Arcaicas

Há que se registrar, no estudo, a presença de certas denominações hoje


consideradas arcaicas. Trata-se de epítetos que designaram, em épocas
mais remotas, o Direito do Trabalho em geral, embora também referindo-
se ao Direito Coletivo. São: Direito Industrial, Direito Operário e Direito
Corporativo. Nenhuma delas, entretanto, mereceu permanecer no tempo, em
face de suas próprias debilidades.
O designativo Direito Industrial é, de fato, claramente inadequado para
espelhar o objeto a que pretende se referir, seja todo o Direito do Trabalho,
seja apenas seu segmento, Direito Coletivo.
DIREITO COLETIVO DO TRABALHO 19

O epíteto foi influenciado pela circunstância de que o ramo justrabalhista


surgiu, na Europa de século e meio atrás, efetivamente vinculado à dinâmica
da crescente industrialização. Mas esse ponto de referência mostrava-se
inadequado para justificar a denominação escolhida, uma vez que ela era, sob
certa ótica, muito mais ampla do que o fenômeno justrabalhista a que se queria
reportar. De fato, na expressão Direito Industrial, está sugerida a presença
de regras, institutos e princípios que não se circunscrevem propriamente à
área justrabalhista, interessando também ao Direito Comercial/Empresarial e
Direito Econômico (por exemplo, invenções, patentes, relações tecnológicas,
etc.). É inadequado para designar, portanto, não só o Direito do Trabalho
como seu segmento juscoletivo.
Há uma segunda inadequação nesse superado epíteto: ao mesmo
tempo em que se mostra excessivamente amplo (sugerindo relações de
Direito Econômico ou Comercial/Empresarial), ele também mostra-se, por
outro lado, inábil a captar todo o universo de relações justrabalhistas que
se estabelecem e se desenvolvem por muito além do estrito segmento
industrial (ilustrativamente, setores de serviços e agropecuário). Ao fixar,
desse modo, em um setor econômico (a indústria), o critério de escolha de
sua denominação, o epíteto Direito Industrial lançou uma enganosa pista
acerca do ramo jurídico que pretendia identificar, comprometendo de modo
definitivo a validade de sua própria existência, enquanto denominação desse
universo jurídico.
A expressão Direito Operário tem história e destino semelhantes aos do
epíteto anterior. Também influenciada pela circunstância de que o Direito do
Trabalho, de fato, originalmente surgiu no segmento industrial, envolvendo,
portanto, as relações entre operários e empregadores, esse epíteto elegeu
como critério para identificação do novo ramo jurídico o tipo específico de
empregado da indústria, o operário.
Ao incorporar tal critério, essa segunda denominação também iria se
mostrar inadequada à identificação do objeto a que se pretendia referir: de
um lado, reduzia o fenômeno amplo e expansionista do Direito do Trabalho a
seu exclusivo segmento original, o operariado (e logo, à indústria); de outro
lado, enfocava preferentemente o novo ramo jurídico a partir somente de
um de seus sujeitos (o empregado operário), ao invés de enfatizar a sua
categoria nuclear, a relação jurídica empregatícia. Por fim, a designação era
incapaz de sugerir quase nada no tocante ao Direito Coletivo, propriamente.
A expressão Direito Corporativo é também flagrantemente inadequada.
Tornou-se corrente durante as experiências juspolíticas características dos
modelos de normatização estatal e subordinada, em especial o fascismo
italiano do entreguerras do século XX. Esse epíteto, entretanto, construiu-se
mais como instrumento de elogio ao tipo de modelo de gestão sociopolítica a

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