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DIREITO CONSTITUCIONAL

Princípios Fundamentais e DGF II


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PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS E DGF II

5. (FCC/AL-AP/ANALISTA LEGISLATIVO/2020) Ao disciplinar a liberdade religiosa como


direito fundamental e aspectos correlatos, a Constituição Federal
a. autoriza União, Estados, Distrito Federal e Municípios a agirem, na forma da lei, em
colaboração de interesse público com cultos religiosos ou igrejas
b. proíbe a instituição de impostos sobre patrimônio, renda e serviços de templos de
qualquer culto, ainda que não relacionados com suas finalidades essenciais.
c. assegura a prestação de assistência religiosa nas entidades de internação coletiva,
sujeita aos termos da lei, que poderá, no entanto, vedá-la nas entidades militares,
quando necessário aos imperativos da segurança nacional.
d. veda que se estabeleçam formas de proteção aos locais de culto e suas liturgias, sob
pena de ofensa à laicidade do Estado brasileiro.
e. impede que alguém seja privado de direitos por motivo de crença religiosa, exceto se
a invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta, caso em que terá direitos
políticos suspensos.

COMENTÁRIO
Deve-se ter cuidado com o tema da liberdade religiosa, pois ele tem ensejado muitos julga-
mentos no âmbito do Supremo Tribunal Federal.
Em relação à religião, sabe-se que o Estado é laico. Existem dois julgados do STF que se
destacam e podem ser cobrados nessa parte e na parte de Ordem Social. O primeiro deles
é saber se, nas escolas públicas, é possível ter o ensino religioso de natureza confessional
(que professa uma religião específica). Prevaleceu o entendimento de que sim, é possível
ter ensino religioso de natureza confessional. Em um segundo julgado, mais polêmico,
debateu-se sobre a possibilidade de eventos religiosos com sacrifícios de animais. Preva-
leceu a orientação unânime de que é possível ter sacrifício de animas. Houve uma diver-
gência, porque o ministro relator dizia ser possível sacrificar o animal em ritual religioso,
mas era necessário comer o animal. Não prevaleceu essa última parte.
a. O Brasil é laico, mas não é ateu. O art. 19 dispõe sobre a possibilidade de colaboração
com entidades religiosas.
A única Constituição Brasileira que não fez menção a Deus é a segunda constituição (1891).
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b. A ideia é que seja relacionado às atividades essenciais.


A maçonaria pediu a isenção do pagamento de imposto e o Supremo Tribunal Federal negou.
Conforme súmula vinculante recenete, o e-book e o e-reader têm imunidade de livros. O
iPad não entra na lista.
5m
c. É possível ter no âmbito de instituições civis e militares.
d. Brasil é laico, mas não é ateu.
e. Quando se tem a escusa de consciência e a pessoa deixa de cumprir a obrigação a to-
dos imposta e a prestação alternativa, a punição prevista é a perda dos direitos políticos.

6. (FCC/TRF3/ANALISTA JUDICIÁRIO/2019) À luz da Constituição Federal de 1988 e da


jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, caberá
a. habeas corpus, de competência originária do Supremo Tribunal Federal, impetrado
contra ato de Comissão Parlamentar de Inquérito instaurada no âmbito de Assem-
bleia Legislativa, para assegurar o direito ao silêncio a dirigente de autarquia estadual
intimado a comparecer como testemunha.
b. mandado de segurança, de competência originária de Tribunal Regional Federal, em
face de ato do Comandante da Marinha que teria indeferido pedido de promoção na
carreira militar a que, pelos critérios legais, faria jus o impetrante.
c. mandado de injunção, de competência originária do Superior Tribunal de Justiça, ajui-
zado por Deputado Federal, diante da omissão da Mesa da Câmara dos Deputados
em instaurar processo administrativo para apuração de quebra de decoro parlamen-
tar de outro Deputado Federal.
d. habeas data, de competência originária do Superior Tribunal de Justiça, impetrado
contra ato de Ministro de Estado que negou, à empresa mencionada em sede de
processo administrativo disciplinar instaurado contra servidor do órgão, acesso aos
autos respectivos.
e. ação popular, de competência de juiz federal, ajuizada por cidadão, visando à anula-
ção de ato do Conselho Nacional de Justiça, lesivo à moralidade administrativa e ao
erário público.
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COMENTÁRIO
a. Vale lembrar do caso do Marcos Valério e Delúbio Soares. Marcos Valério era investi-
gado. Vale lembrar que o investigado tem o direito de não produzir provas contra si. A tes-
temunha, em regra, precisa falar. Quando a CPI chama como “testemunha”, é uma “pega-
dinha”. Se a pessoa é investigada, ela deve ser chamada como investigada.
10m
Existe o cabimento de habeas corpus contra CPI para depor na condição de investigado.
Imagine uma CPI instalada na Câmara, Senado ou Mista. Para se entrar com habeas cor-
pus contra CPI, efetivamente é no Supremo Tribunal Federal.
No item, a CPI é na Assembleia Legislativa. A competência é originária do TJ.
b. Ministro de Estado e Comandante do “EMA” (Exército, Marinha e Aeronáutica):
• quem julga nos crimes comum? A expressão crime comum abrange crimes eleitorais,
militares e contravenções penais. Quem julga é o STF.
15m
• quem julga nos crimes de responsabilidade? STF.
• quem julga nos crimes de responsabilidade com conexão com o Presidente ou Vice-
-Presidente da República? Senado Federal. Na época do presidente Michel Temer,
houve um caso de um “cara da mala”, “deputado da mala”. De acordo com os irmãos
Wesley e Joesley Batista, a mala continha 500 mil reais de propina. O Joesley disse
que o dinheiro era para Michel Temer. Ou seja: o caso envolvia o Presidente da Repú-
blica, dois ministros de Estado (Eliseu Padilha e Moreira Franco) e Rodrigo Rocha
Loures (deputado federal, “homem da mala”). Quando o crime é conexo com o Pre-
sidente da República, é necessária a autorização da Câmara dos Deputados para
processar e julgar. Logo, precisaria também para os Ministros de Estado. Nesse caso,
quando chegou à Câmara, ela não deu autorização para julgar o presidente Temer.
Logo, o processo que tramitava contra Temer, Eliseu Padilha e Moreira Franco ficou
parado, aguardando o término do mandato. Quando terminou o mandato, o processo
desceu para primeira instância. O Rodrigo Rocha Loures também queria a suspensão
do processo em relação a ele, mas o Supremo Tribunal Federal disse que não poderia.
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 Obs.: nos crimes comuns e nos crimes de responsabilidade, o AGU tem uma regra diferen-
te. Nos crimes de responsabilidade, com ou sem conexão, vai para o Senado; nos
crimes comuns, STF.

• situação de habeas corpus em que o Ministro de Estado é paciente: STF.


• situação de habeas corpus em que o Ministro de Estado é coator: STJ.
• situação de habeas data e mandado de segurança quando o Ministro de Estado é o
coator: STJ.
• situação de mandado de segurança em que o coator é um órgão colegiado presidido
por Ministro de Estado: juiz de primeiro grau, conforme Súmula n. 177/STJ.
20m

 Obs.: ao falar Ministros de Estado nos casos acima, pode-se incluir o comandante do
“EMA”.

b. Se é comandante da Marinha e Ministro de Estado, o mandado de segurança contra ele


vai para o STJ.
c. Mandado de injunção é usado para falta de norma regulamentadora.
d. O Supremo Tribunal Federal entende que habeas data não pode ser usado para ter
acesso a processo administrativo disciplinar.
e. Ação popular, de competência de juiz federal, ajuizada por cidadão, visando à anula-
ção de ato do Conselho Nacional de Justiça, lesivo à moralidade administrativa e ao erá-
rio público.

7. (CESPE/SEFAZ-RS/AUDITOR FISCAL/2019) À luz do disposto na CF, assinale a op-


ção correta no que se refere aos princípios fundamentais da CF.
a. O Legislativo, o Executivo e o Judiciário — poderes independentes e harmônicos
entre si, integrantes da República Federativa do Brasil — não estão sujeitos ao prin-
cípio da indissolubilidade do vínculo federativo.
b. A República Federativa do Brasil é composta pela união entre os estados federados,
municípios e o Distrito Federal, não podendo ser nem mesmo objeto de deliberação
uma proposta de emenda constitucional tendente a abolir a forma federativa.
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c. A independência nacional como princípio significa a manifestação da soberania na


ordem interna com superioridade a todas as demais manifestações de poder em
âmbito global.
d. A solução pacífica dos conflitos é um dos objetivos fundamentais da República Fede-
rativa do Brasil.
e. O Legislativo, o Executivo e o Judiciário são poderes harmônicos e preservam o
equilíbrio no exercício das funções estatais essenciais, coibindo o sistema de freios e
contrapesos.

COMENTÁRIO
25m
a. O art. 34, VII dispõe sobre a possibilidade de intervenção federal.
b. A República Federativa do Brasil é composta pela união entre os estados federados,
municípios e o Distrito Federal, não podendo ser nem mesmo objeto de deliberação uma
proposta de emenda constitucional tendente a abolir a forma federativa.
As cláusulas pétreas, que são limitações materiais ao poder de emenda, estão no art. 60,
§ 4º, o qual dispõe sobre a forma federativa de estado; direitos e garantias individuais; voto
direto, secreto, universal e periódico; separação de poderes. Com base na forma federativa
de Estado, é proibido o direito de secessão (separação).
d. Vale lembrar de alguns mnemônicos. O art. 1º tem o SO CI DI VA PLU: soberania, cida-
dania, dignidade da pessoa humana, valores sociais do trabalho e da livre inciativa e plura-
lismo político, que são os fundamentos da República Federativa do Brasil.
No art. 3º: construir uma sociedade justa, livre e solidária; garantir o desenvolvimento na-
cional; promover o bem estar de todos; erradicar a pobreza e reduzir as desigualdades
sociais (COM GA PRO ERRE). São os objetivos.
Os princípios das relações internacionais aparecem no art. 4º, entre o quais a solução pa-
cífica dos conflitos.
e. Coibir é impedir. Na verdade, é preciso ter a ideia de freios e contrapesos.

8. (CESPE/TCE-RO/PROCURADOR/2019) Determinado cidadão solicitou acesso a do-


cumentos presentes em processo administrativo de prestação de contas de convênio
celebrado entre a União e o município onde ele residia. A autoridade competente para
analisar o pedido decidiu-se pelo seu indeferimento, com base no fato de que os docu-
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mentos solicitados não eram relacionados a dados pessoais do solicitante. Irresignado,


o cidadão ajuizou uma ação judicial. Nessa situação hipotética, a ação adequada ao
caso é o
30m
a. habeas corpus.
b. mandado de injunção.
c. direito de petição.
d. mandado de segurança.
e. habeas data.

COMENTÁRIO
É importante conhecer oito remédios constitucionais, sendo cinco judiciais no art. 5º da
Constituição, dois remédios administrativos no art. 5º da Constituição e um remédio judicial
do art. 129 (ação civil pública).
Os dois remédios administrativos são o direito de certidão e o direito de petição.
c. É remédio administrativo.
e. De acordo com o STF, para ter acesso a processo administrativo, não cabe o habeas data.

9. (CESPE/TJ-AM/ANALISTA/2019) Acerca dos direitos e das garantias fundamentais, jul-


gue o item subsequente.
É cabível mandado de segurança para proteger direito líquido e certo contra ilegalidade
praticada por diretor de sociedade de economia mista em decisão que homologa o re-
sultado de licitação ou em atos de gestão comercial.

COMENTÁRIO
Conforme Súmula n. 333/STJ, é cabível mandado de segurança para proteger direito lí-
quido e certo contra ilegalidade praticada por diretor de sociedade de economia mista em
decisão que homologa o resultado de licitação. No entanto, não cabe mandado de se-
gurança contra ato de gestão comercial, conforme jurisprudência e Lei n. 12.016/2019.

10. (CESP/TJ-AM/ASSISTENTE/2019) A respeito das dimensões dos direitos fundamen-


tais e de seus destinatários, julgue o item a seguir.
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As dimensões negativa e prestacional dos direitos sociais deixam de ser oponíveis às


relações entre particulares à medida que o Estado cumpre seu papel de provedor.
35m

COMENTÁRIO
Ainda que o Estado atue, os direitos sociais não deixam de ser oponíveis.
Os direitos sociais são de segunda geração, de prestação positiva.

GABARITO
5. a
6. e
7. b
8. d
9. E
10. E

�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pelo professor Aragonê Nunes Fernandes.
�A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
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