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Universidade Aberta UnISCED

Faculdade de Ciências Sociais e Humanas


Curso de Licenciatura em Administração Pública

Regime Político Moçambicano

Faustino Anselmo

Código:81231438

Nampula, Agosto 2023


Universidade Aberta Isced (UnISCED)

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Universidade Aberta UnISCED

Faculdade de Ciências Sociais e Humanas


Curso de Licenciatura em Administração Pública

Regime Político Moçambicano

Faustino Anselmo

Código: 81231438

Trabalho de Carácter avaliativo,


desenvolvido no Campo a ser submetido na
Coordenação do Curso de Licenciatura em
Administração Pública da UnISCED.

Tutor:

Nampula, Agosto 2023

II 2
Sumário

Introdução………………………………………………………………………………………4

Regime Político…………………………………………………………………………………5

Tipos de Regime Político……………………………………………………………………….5

Democracia……………………………………………………………………………………..5

Autoritarismo…………………………………………………………………………………...5

Totalitarismo……………………………………………………………………………………6

Regime Político Moçambicano…………………………………………………………………6

Eleições e sistemas eleitorais…………………………………………………………………...6

Organização do poder político em Moçambique……………………………………………….7

Órgãos de soberania…………………………………………………………………………….7

Presidente da República………………………………………………………………………...7

Assembleia da República……………………………………………………………………….8

O Governo………………………………………………………………………………………8

Conclusão…………………………………………………………………………..…………..9

Bibliográfica…………………………………………………………………………………..10

III
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Introdução

Neste presente trabalho que tem como tema Regime Político Moçambicano, abordarei os
conceitos básicos e fundamentais do tema em alusão, espelhando-me no Regime Político
Moçambicano.

Objectivo

O objectivo deste trabalho é de trazer conhecimentos teóricos e práticos relativos ao tema em


causa.

Metodologia

Metodologias: Para que fosse possível a realização do presente trabalho, tive como metodologia
de trabalho a consulta bibliográfica.

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Regime Político

Regime político, na ciência política, é o nome que se dá ao conjunto de instituições políticas por
meio das quais um Estado se organiza de maneira a exercer o seu poder sobre a sociedade. Cabe
notar que esta definição é válida mesmo que o governo seja considerado ilegítimo.

Tais instituições políticas têm por objectivo regular a disputa pelo poder político e o seu
respectivo exercício, inclusive o relacionamento entre aqueles que detêm o poder político
(autoridade) e os demais membros da sociedade (administrados).

Tipos de Regime Político

Existem três tipos de regimes que ditam, de maneira geral, o maior ou o menor autoritarismo de
um governo e a legitimidade dele. São eles: Regime Democrático, Regime Autoritário e Regime
Totalitário.

Democracia

Democracia é o regime de governo cuja origem do poder vem do povo. Em um


governo democrático, todos os cidadãos possuem o mesmo estatuto e têm garantido o direito à
participação política. Um dos aspectos que define a democracia é a livre escolha de governantes
pelos cidadãos através de eleições diretas ou indiretas.

Os regimes políticos democráticos se caracterizam por eleições livres, liberdade de imprensa,


respeito aos direitos civis constitucionais, garantias para a oposição e liberdade de organização e
expressão do pensamento político.

Autoritarismo

Autoritarismo é uma forma de governo que é caracterizada por obediência absoluta ou cega à
autoridade, oposição a liberdade individual e expectativa de obediência inquestionável da
população.

Os regimes políticos autoritários, como os que existiram na América Latina nos anos 1960/1970,
operavam através da suspensão das garantias individuais e das garantias políticas. No regime
político autoritário as normas constitucionais são manipuladas ou reeditadas conforme os
interesses do grupo ou partido que detêm o poder.

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Totalitarismo

Totalitarismo é um sistema político ou uma forma de governo que proíbe partidos de oposição,
que restringe a oposição individual ao Estado e às suas alegações e que exerce um elevado grau
de controle na vida pública e privada dos cidadãos. É considerado a forma mais extrema e
completa de autoritarismo. Nos estados totalitários, o poder político é geralmente detido
por autocratas que recorrem a extensas campanhas de propaganda difundidas por meios de
comunicação de massa detidos pelo Estado.

Regime Político Moçambicano

Moçambique é um país democrático baseado num sistema político multipartidário. A


Constituição da República consagra, entre outros, o princípio da liberdade de associação e
organização política dos cidadãos, o princípio da separação dos poderes legislativo, executivo e
judiciário, e a realização de eleições livres.

Moçambique caracteriza-se no sistema de governo presidencialista, o sistema em que o Chefe de


estado é um órgão decisivo, que exerce poderes importantes, e em que o execute não responde
politicamente perante o Parlamento, pelo menos no que respeita á possibilidade de o parlamento
demitir o Governo. A democracia é o governo do povo. Implica, que a legitimação do poder
político, em palavras mais simples: o governo, deve sair do próprio povo. O número dos
habitantes

em Moçambique não permite que todos possam estar presentes numa reunião. Por isso, os
cidadãos elegem representantes com a tarefa de exprimir a vontade do povo e, deste modo,
governar o país. A Constituição da República prevê que a população elege deputados para a
Assembleia da República, que são representantes do povo. Para a escolha dos representantes, arts.
73º e 135º da Constituição da República exige eleições transparentes, livres e justas, onde todos
os cidadãos maiores de 18 anos têm o direito de participar (arts. 147 n.º 1 e 170º n.º 1 da
Constituição da República de Moçambique).

Eleições e sistemas eleitorais.

A eleição dos deputados para a Assembleia da República, que exercem o poder político em
representação dos cidadãos, caracteriza a democracia em Moçambique como democracia

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directa. Além disso, na Constituição da República consta um elemento da democracia directa,
que é o referendo (arts. 73º e 136º da Constituição da República de Moçambique). O referendo é
uma consulta feita aos cidadãos eleitores sobre uma questão de relevante interesse nacional.

Organização do poder político em Moçambique

O Estado existe para facilitar a vida dos cidadãos que vivem dentro dele. Para executar a vontade
do povo dentro da democracia em Moçambique, o Estado precisa de órgãos, que trabalham
para ele e implementam aquilo que o povo através dos seus representantes decidiu.
Assim como o nosso corpo humano tem órgãos para lhe servir, o Estado tem órgãos para interagir
com terceiros, para actuar para fora. Portanto, são os órgãos, que vão aos encontros e reuniões,
escrevem e respondem cartas etc. Mas sempre em coordenação com o "corpo", neste caso o povo
moçambicano, porque os órgãos só têm a sua legitimidade da sua existência para facilitar as
actividades do Estado, que têm como elemento mais importante o povo. Assim, os órgãos não
podem ultrapassar os limites da autorização deles.

Órgãos de soberania

São órgãos da soberania o Presidente da República, a Assembleia da República, o Governo, os


Tribunais e o Conselho Constitucional (art. 133º da Constituição da República de
Moçambique).

Presidente da República

O Presidente da República é o chefe do Estado de Moçambique. Ele representa


Moçambique internamente e no estrangeiro. Ele tem a tarefa de controlar o
funcionamento correcto dos órgãos do Estado (art. 146º da Constituição da República de
Moçambique). O Presidente da República deve zelar que as garantias da constituição serão
cumpridas.

O Presidente da República é eleito pelo povo. A eleição deve ser directo, igual, secreto, pessoal e
periódico. Eleições têm lugar de cinco em cinco anos. O Presidente da República só pode ser
eleito de novo uma vez (art. 147º da Constituição da República de Moçambique). Para as demais
competências do Presidente da República veja 146º a 163º da Constituição da República.

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Assembleia da República.

A Assembleia da República é a assembleia representativa de todos os cidadãos


moçambicanos (art. 168º da Constituição da República de Moçambique). A Assembleia da
República é o mais alto órgão legislativo na República de Moçambique. Ela
determina as normas que regem o funcionamento do Estado e a vida económica e social através
de leis e deliberações (art. 169º da Constituição da República de Moçambique).

A Assembleia da República é constituída por 250 deputados. Esses são eleitos em eleições
directas, iguais, secretos, pessoais e periódicos (art. 170º da Constituição da República de
Moçambique).

Os deputados são os representantes do povo moçambicano. Eles devem exprimir a vontade dos
cidadãos nas deliberações da Assembleia da República. As leis aprovadas pela Assembleia da
República espelham aquilo que o povo quer. As leis são implementadas pelo governo
e pela administração pública. Pelo cumprimento das leis velam os tribunais. Deste modo, a nossa
constituição consta o controlo mútuo dos poderes dos órgãos da soberania.

O Governo

O Governo de Moçambique é o Conselho de Ministros (art. 200º da Constituição da República).


Esse é composto pelo Presidente da República, Primeiro/a Ministro/a e pelos Ministros (art. 201º
da Constituição da República de Moçambique). Ministro/a da Educação, da Agricultura, das
Obras Públicas e Habitação, do Trabalho, do Interior, da Justiça, e outros. Estes compõem
o governo de Moçambique chefiados pelo Presidente da República.

A função principal do Conselho de Ministros é assegurar a administração do país (veja art. 203º
da Constituição da República de Moçambique para mais funções). O Conselho de Ministros
observa as decisões do Presidente da República e as deliberações da Assembleia da República
(art. 202º da Constituição da República de Moçambique).

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Conclusão

Com base no estudo o tema realizado conclui-se que O primeiro passo para a
democracia multipartidária deu-se com a elaboração da nova constituição em 1990 que inaugura
uma abertura para a liberdade de criação de partidos políticos e concorrer para o poder político. O
segundo passo deu-se com a materialização do estipulado na nova constituição, quando em
1994 decorrem as primeiras eleições envolvendo vários partidos.

A constituição da República de Moçambique estipula um sistema presidencialista, no qual o


Presidente da República é o chefe de estado, chefe do governo presidindo o Conselho de
Ministros e comandante chefe das Forças Armadas (artig.146). O presidente detém uma
série de poderes como nomear, exonerar demitir o Primeiro- Ministro e outros ministros, os
governadores provinciais, o Procurador-Geral e o vice Procurador-Geral da República, nomear o
Presidente e o Vice-Presidente do Tribunal Supremo e o Presidente do Conselho Constitucional.
Em caso de impedimento ou ausência, ou na necessidade de uma substituição interina, o
Presidente da Assembleia da República substitui o Presidente da República. O governo
é representado a nível provincial por governadores. O poder legislativo é desempenhado pela
Assembleia da República com 250 deputados. As Assembleias Provinciais são um
órgão de representação democrático competindo-lhes a função de aprovar o programa do
governo provincial e de supervisionar a sua implementação. A constituição da República de
Moçambique estipula uma democracia multipartidária fundada em eleições periódicas, com
mandatos de cinco anos, através de sufrágio universal, directo, igual e secreto. O presidente da
República é eleito quando reúna mais de metade dos votos expressos maioria absoluta, caso
contrário, uma segunda volta das eleições presidenciais é realizada dentro de 30 dias da data de
declaração de resultados pelo conselho constitucional, na qual participam os dois candidatos mais
votados.

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Bibliográfica

Carvalho, Manuel Proença de (2010). Manual de Ciência Política e Sistemas Políticos e

Constitucionais. (3ª ed.). Lisboa: Quid júris

Azevedo-Harman, Elisabete (2011). Trajectórias democráticas dos PALOP – o

equilíbrio (ou não) entre parlamentos e executivo. Lisboa

Roget’s II: The New Thesaurus (1995). «authoritarianism». Houghton Miffl in Company.
Consultado em 30 de julho de 2023. Cópia arquivada em 24 de junho de 2008

Richard Shorten, Modernism and Totalitarianism: Rethinking the Intellectual Sources of Nazism
and Stalinism, 1945 to the Present (Palgrave Macmillan, 2012), p. 256 (note 67).

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