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Unidade Orgânica de Xai-Xai

Tema: Questionarios

Nome:

Curso: Licenciatura Em Administração Pública


Disciplina:
Ano de Formação: 2022

Xai-Xai, Novembro de 2022


1.Democracia

A palavra democracia tem origem no grego demokratía, composta por demos (que significa
“povo”) e Kratos (que significa “poder” ou “forma de governo”.

Democracia é um regime político em que todos os cidadãos elegíveis participam igualmente –


diretamente ou através de representantes eleitos na proposta, no desenvolvimento e na criação de
leis, exercendo o poder da governação através do sufrágio universal.

Assim, a democracia é uma serie de princípios que orientam a atuação dos governos para que
estes garantam o respeito às liberdades e cumpram a vontade geral da população.

Na democracia, todas as decisões políticas devem estar em conformidade com o desejo do povo.
Atualmente, a maioria dos países possui modelos de democracia representativa. Neles, os
cidadãos elegem seus representantes por meio do voto.

A democracia admite diversos sistemas políticos, como o presidencialista, onde o presidente é o


maior representante do povo, ou o sistema parlamentarista, onde o presidente é o chefe de
estado, mas o primeiro ministro que toma as principais decisões políticas.

Um sistema político é democrático desde que sejam respeitados os princípios que protegem a
liberdade humana e baseado no governo da maioria, associado aos direitos individuais e das
maiorias.

Uma das principais funções da democracia é a proteção dos direitos humanos fundamentais,
como as liberdades de expressão, de região, a proteção legal, as oportunidades de participação na
vida política, econômica e cultural da sociedade.

Exemplo1: o presidente da República, Filipe Nyusi, considerou, o Quénia um exemplo de


democracia em África, elogiando a forma cíclica com que o país tem realizado eleições gerias.

Ex2: o exemplo mais marcante das primeiras democracias diretas é a de Atenas (e de outras
cidades gregas), nas quais o povo se reunia nas praças e ali tomava decisões políticas.

2.Democracia em Moçambique
Apesar de a constituição multipartidária vigorar em Moçambique desde 1990, sem interrupções
desde a sua provação, prevalecem desafios que afetam a qualidade da democracia e que estão
relacionados com a violação dos direitos humanos, de liberdade de imprensa, de expressão e de
pensamento. O fim do monopartidarismo é visto em Moçambique como o início do processo
democrático. A constituição de 1990 transformou o estado numa democracia multipartidária. O
partido FRELIMO permanece, desde então, no poder, tendo ganho por seis vezes as eleições
legislativas e presidenciais realizadas em 1994, 1999, 2004, 2009, 2014 e 2019. A RENAMO é o
principal partido da oposição. O regime político em Moçambique é presidencialista: o chefe de
Estado é igualmente chefe do Governo, embora exista também o cargo de primeiro-ministro que
tem um papel coordenador entre os vários ministérios.

Exemplo: assinatura dos Acordos Gerais de Paz em Roma, em 1992 entre as partes beligerantes,
Frelimo e Renamo ( Resistencia Nacional Moçambicana), assim, desde 1994, realizam-se
regularmente no país eleições que até a atualidade são dominadas pela Frelimo.

3.Descentralização

Descentralizar é afastar do centro. Trata-se da distribuição de competências de uma para outra


pessoa, física ou jurídica. Nela pressupõe-se a existência de pelo menos duas pessoas, entre as
quais as competências são divididas.

Descentralização é o processo de transferência de competências, que atualmente são exercidas


pelo estado central, para as autarquias.

A descentralização é um fenômeno de grande importância e bastante positivo para que se possa


administrar um país como o nosso, entretanto, é necessário que haja o combate a práticas de
improbidade e outros crimes contra o patrimônio público.

Tipos de descentralização:

Descentralização administrativa: é a circunstância na qual um ente central empresta atribuições a


órgãos periféricos ou locais dotados de personalidade jurídica.
Descentralização territorial: é própria de países que adotam a forma unitária de estado, como
Bélgica, França e Portugal, que se dividem em departamentos, províncias e regiões.

Descentralização por serviços: assim se denomina a descentralização administrativa em que o


poder Público cria uma pessoa jurídica e atribui a titularidade e a execução de serviço público,
como exemplos clássicos há a criação de entes da administração indireta, isto é, autarquias,
fundações, sociedades de economia mista e empresa públicas.

Descentralização por colaboração: é feita por concessão ou permissão de serviço, sendo que o
poder Público conserva a titularidade do serviço público, cujo exercício é repassado ao
particular.

Exemplo: a criação de municípios de empresas públicas municipais e intermunicipais.

4.Centralização

A centralização é a acção que tende a reunir em um centro único as iniciativas e a autoridade. Ou


seja, é política ou sistema de governo em que as diversas atribuições do poder público e a
decisão de todos os negócios importantes estão nas mãos do poder central.

A centralização é tida como “o sistema em que todas as atribuições administrativas de


um dado país são por lei conferidas ao Estado, não existindo, portanto, quaisquer outras pessoas
coletivas públicas incumbidas do exercício da função administrativa” e, diz-se
descentralização administrativa quando certos interesses locais são atribuídos a pessoas
coletivas territoriais cujos órgãos estão dotados de autonomia, podendo atuar livremente no
desempenho dos poderes, apenas sujeitos à fiscalização da legalidade dos seus atos pelos
tribunais

Objectivo da centralização

Dentro da administração, a centralização mostra que a pessoa que está no topo da hierarquia
possui a mais alta autoridade dentro de uma empresa, e que as demais acatam essa autoridade.

Características da centralização

Uma empresa é centralizada, quando a maioria das decisões são tomadas pelas chefias
posicionadas nos seus níveis hierárquicos superiores, ocorrendo uma redução dos centros
decisórios. A centralização significa que a autoridade para decidir está localizada no topo da
organização.

Diferença entre centralização e descentralização

Na centralização os serviços públicos são prestados diretamente pelos órgãos do Estado,


integrantes de uma mesma pessoa jurídica.

Na descentralização quando outras pessoas jurídicas desempenham atribuições e obrigações


típicas do Estado, indiretamente, na execução dos serviços públicos.

5.Diferença entre conselho municipal e conselho executivo

Um conselho municipal é o órgão executivo colegial do município, constituído pelo presidente


do conselho municipal e por vereadores por ele escolhidos e nomeados.

Conselho executivo é o órgão destinado a coadjuvar o Chefe do executivo na tomada de


decisões, ou seja, é um grupo de pessoas diretamente envolvidas na tomada de maioria das
decisões cruciais para uma organização.

6.Autarquia

Autarquia significa poder absoluto. É o tipo de governo em que uma pessoa ou um grupo de
pessoas concentram o poder sobre uma nação. Autarquia é quando o estado tem total autonomia
sobre si próprio, é autossuficiente.

Exemplos: Agencia Nacional de Telecomunicações, e o Instituto Nacional de Segurança Social


(INSS)

Tipos de Autarquias

A autarquia Federal: é uma entidade autônoma e descentralizada, fiscalizada pelo Governo


Federal que possui recursos próprios e consegue, desse modo, andar com as próprias pernas.

Estadual: assim como as de âmbito federal, a autarquia estadual tem um funcionamento parecido,
mas esta é fiscalizada pelo governo estadual.
Distrital: estas possuem o mesmo funcionamento das outras. O que chama atenção da autarquia
distrital é que ela é exclusivamente instituída pelo Distrito Federal.

Municipal: a autarquia municipal possui a mesma lógica de federal, no entanto, ela é fiscalizada
pelo governo Municipal.

7.Eleições autarquias em Moçambique

Em 1994, foi eleito Joaqui Chissano da FRELIMO como Presidente. Nas eleições de 1999
Chissano foi novamente o candidato vencedor. Em 2005, foi eleito Armando Guebuza, que
consegui a reeleição em 2009 (também da FRELIMO). Em 2014 e 2019, o candidato da
FRELIMO, Filipe Nyusi, também venceu as eleições. Nas eleições, os moçambicanos elegem
para além do seu Presidente da República, os seus deputados da Assembleia da República e os
deputados das Assembleias Provinciais. Várias eleições em Moçambique foram marcadas por
acusações de fraude eleitoral. Os partidos da oposição, acusaram a comissão nacional de
eleições-CNE de ser parcial a favor do partido do Governo, a FRELIMO.

8.Mandato das autarquias em Mocambique

A duração do mandato dos órgãos eleitos das autarquias locais é de cinco anos.

9.Autarquias Locais em Moçambique

Segundo artigo 1 da Lei n°.2/97, de 28 de Maio: 2.As autarquias Locais são pessoas coletivos
públicos dotadas de órgãos representativo próprio que visam a prossecução dos interesses das
populações respetivas, sem prejuízo dos interesses nacionais e da participação do Estado.

3. as autarquias locais desenvolvem a sua actividade no quadro de unidade do Estado e


organizam-se com pleno respeito de unidade do poder político e ordenamento jurídico nacional.

10.Atribuições das autarquias locais em Moçambique

Segundo artigo 6 da Lei n°.2/97, de 28 de Maio:


1. As atribuições das autarquias locais respeitam os interesses próprios, comuns e
específicos das populações respectivas e, designadamente:
a) Desenvolvimento econômico e social local;
b) Meio ambiente, saneamento básico e qualidade de vida;
c) Abastecimento público;
d) Saúde;
e) Educação;
f) Cultura, tempos livres e desporto;
g) Polícia da autarquia;
h) Urbanização, construção e habitação.
2. A prossecução das atribuições das autarquias locais é feita de acordo com os recursos
financeiros ao seu alcance e respeita a distribuição de competências entre os órgãos
autárquicos e os de outras pessoas colectivas de direito, nomeadamente o Estado,
determinadas pela presente lei e por legislação complementar.

11.Tutelas das autarquias locais em mocambique

Segundo artigo 9, n° 1,2 e 3 da Lei n°.2/97, de 28 de Maio:

1. As autarquias locais estão sujeitas à tutela administrativa do Estado, segundo as formas e


nos casos previstos na Lei.
2. A tutela administrativa sobre as autarquias locais consiste na verificação da legalidade
dos actos administrativos dos órgãos autárquicos nos termos fixados na Lei.
3. O exercício do poder tutelar pode ser ainda aplicado sobre o mérito dos actos
administrativos, apenas nos casos e nos termos expressamente previstos na Lei.

12.Os órgãos autárquicos locais

Segundo artigo 16 da Lei n°.2/97, de 28 de Maio:

As autarquias locais têm como órgãos uma Assembleia – dotada de poderes deliberativos, e um
órgão executivo que responde perante ela, nos termos fixados na Lei.
A Assembleia é eleita por sufrágio universal, directo, igual, secreto, pessoal e periódico sos
cidadãos eleitores residentes na circunscrição territorial da autarquia local, segundo o sistema de
representação proporcional.

O órgão executivo da autarquia local é dirigido por um presidente, eleito por sufrágio universal,
direto, igual, secreto e pessoal dos cidadãos eleitores residentes na respectiva circunscrição
territorial.

13.Articulação e cooperação no seu funcionamento

Segundo artigo 27 n° 1 e 2 da Lei n°.2/97, de 28 de Maio:

1. As autarquias locais e as estruturas locais da organização sociais e da administração


directa e indirectas do Estado coordenaram os respectivos projectos e programas e
articularão as suas acções e actividades com visita à realização harmoniosa das respetivas
atribuições.
2. A administração central do Estado aprovará, sempre que necessário, regras de cooperação
técnica e financeira com as autarquias locais para a prossecução de políticas e programas
de desenvolvimento local e para a implementação de políticas globais e sectoriais e ou
que impliquem a reconversão de sectores sociais e econômicos.

14.A função dos órgãos locais do Estado nas autarquias locais

Os órgãos locais nas autarquias têm como a função desenvolver as atividades no quadro da
unidade do Estado e organizar com pleno respeito da unidade do poder político e do
ordenamento jurídico nacional.

15.Autonomia das autarquias em Moçambique

As autarquias locais gozam de autonomia administrativa, financeira e patrimonial. (Segundo n°1


do artigo 7, da lei n°2/97, de 18 de Fevereiro). E comparando com a real imagem que estas
espelham, então pode-se entender que, o processo de autorização em Moçambique é uma utopia,
que só pesa a política. A autonomia administrativa compreende os seguintes poderes: a praticar
actos definitivos e executórios na área da sua circuncuscricao territorial.

Na autonomia financeira compreende-se que; elaborar, aprovar, alterar e executar planos de


actividade e orçamentos;

A autonomia patrimonial consiste em ter patrimônio próprio para a prossecução das atribuições
das autarquias locais.

16.Autarquias existentes em Moçambique

Existem 53 autarquias, onde são: Maputo (cidade); Boane, Manhiça, Matola; Chibuto; Chócue;
Macia, Manjacaze, Praia do Bilene, Xai-Xai, Inhambane, Massinga, Maxixe, Quissico,
Vilanculos, Beira, Dondo, Gorongosa, Marromeu, Nhamatanda, Catandica, Chimoio, Gondola,
Manica, Sussundenga, Angoche, Ilha de Mocambique, Malema, Manopo, Nacala Porto,
Nampula, Ribaué, Cuamba, Lichinga, Mandimba, Marrupa, Metangula, Chiure, Mocimboa da
praia, Montequez, Mueda, Pemba, Moatize, Nhamayabué, Tete, Ulongué, Alto Molócue, Gurué,
Maganja da Costa, Milange, Mocuba, Quelimane.

17.Papel das Assembleia Municipal

A mesa da Assembleia Municipal é o órgão que dirige a Assembleia Municipal e é constituída


por um presidente, um vice-presidente e um secretário. Estes constituintes são escolhidos pelos
membros da Assembleia Municipal.

São competências da AM as seguintes:

 Pronunciar e deliberar/decidir sobre os assuntos e questões que sejam fundamentais


para o desenvolvimento económico, social e cultural da comunidade municipal.
 Deliberar sobre questões que tem a ver com a satisfação das necessidades colectivas e à
defesa dos interesses das respectivas populações;
 Acompanhar e fiscalizar a actividade dos demais órgãos e dos serviços e empresas
municipais;
 Discussão e aprovação do Plano de Actividades e do Orçamento Anual (PAO),
elaborados e propostos pelo Conselho Municipal;
 Discussão e aprovação da Conta da Gerência anual, ou seja, as contas da gestão do
orçamento, elaboradas pelo CM no fim do ano fiscal;
 Discussão e aprovação do Código de Posturas da autarquia. (O Código de Posturas inclui
a fixação de taxas para os impostos autárquicos, bem como para os serviços públicos
prestados pela autarquia)
 Protecção do meio ambiente, competindo à Assembleia Municipal a respectiva aprovação
mediante proposta do Conselho Municipal.

Na Assembleia Municipal qualquer pessoa pode ser eleito à função de conselho municipal ou
como executivo, desde que reúna os requisitos básicos para concorrer (ser cidadão
moçambicano; ter atingido a idade eleitoral, estar inscrito nos cadernos eleitorais e, tendo se
candidatado para esse efeito, obtenha um número mínimo de votos requeridos. No caso de
candidaturas colectivas, quantos mais votos tiver o conselho municipal, maior numero de
executivos pode eleger para o parlamento.

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