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Delegação de Xai-Xai
2.R: O direito é considerando uma ciência social ou de âmbito social porque estuda as normas e
regras que regulam as relações entre as pessoas na sociedade. Ele se preocupa com as interações
humanas, os direitos e deveres das pessoas a organização e funcionamento das instituições
jurídicas. Além disso, o direito reflete os valores e princípios sociais de uma determinada
comunidade, buscando promover e justiça e a harmonia nas relações sócias.
3.R: Quanto ao critério da fonte e do valor, existem diversos tipos ou espécies de interpretação
que o jurista deve conhecer. Alguns exemplos são:
1. Interpretação Literal: busca compreender o sentido literal e gramatical das palavras utilizadas
na lei, sem recorrer a outros elementos interpretativos.
2. Interpretação Histórica: considera o contexto histórico em que a lei foi elaborada, buscando
entender a intenção original do legislador.
4. Interpretação Sistemática: analisa a lei em conjunto com outras normas jurídicas relacionadas,
buscando harmonizar o ordenamento jurídico como um todo.
Esses são apenas alguns exemplos dos diferentes tipos ou espécies de interpretação que podem
ser aplicados com base no critério da fonte e do valor. Cabe ao jurista utilizar as técnicas
interpretativas adequadas para cada caso especifico.
4.R: A classificação das normas jurídicas quanto ao critério do âmbito material ou
circunstancial leva em consideração o conteúdo ou a matéria regulada pela norma. Nesse critério,
podemos identificar algumas categorias de normas, tais como:
1. normas de direito público: são aqueles que regulam as relações entre Estado e os cidadãos,
abrangendo, por exemplo, o direito constitucional, administrativo, penal e tributário.
2. Normas de Direito Privado: referem-se as relações entre particulares, como o direito civil,
comercial e do trabalho.
3. Normas de Direito Social: são voltadas para a proteção dos direitos sócias dos indivíduos,
como o direito previdenciário, do consumidor e do meio ambiente.
Essa classificação quanto ao âmbito material ou circunstancial permite uma organização das
normas jurídicas de acordo com as diferentes áreas do direito, facilitando a compreensão e a
aplicação das regras em cada contexto especifico.
5.R: O critério misto é um dos critérios de divisão do direito em ramos, que combina tanto o
critério material quando o critério formal. Ele leva em consideração tanto o conteúdo ou a
matéria regulada pelas normas jurídicas (critério material) quando a estrutura e a forma como
essas normas são aplicadas (critério formal).
Com base nesse critério, os ramos do direito são definidos levando em conta não apenas a
natureza das relações jurídicas reguladas, mas também os procedimentos e as instituições
envolvidas na aplicação dessas normas.
Um exemplo de ramo do Direito que se enquadra no critério misto é o Direito Processual Penal.
Ele abrange tanto o aspecto material, pois trata das normas que regulam os direitos e os deveres
das partes envolvidas em um processo penal, como também o aspecto formal, ao estabelecer as
regras e os procedimentos para a condução do processo penal.
6.R: Os princípios que norteiam o fundamento da aplicação das leis podem variar de acordo com
o sistema jurídico de cada pais. Em Moçambique, alguns exemplos de princípios que são
fundamentais para a aplicação das leis são:
1. Princípio da Legalidade: estabelece que ninguém pode ser punido ou ter seus direitos
restringidos, exceto nos casos previstos em lei. Isso significa que as ações do Estado e dos
cidadãos devem estar de acordo com o que está previsto na legislação moçambicana
2. Princípio da Igualdade: garante que todas as pessoas sejam tratadas de forma igual perante a
lei, sem discriminação. Isso implica que a lei deve ser aplicada de maneira imparcial, sem
distinção de raça, etnia, gênero, religião ou qualquer outra característica pessoal.
3. Princípio da Proporcionalidade: determina que as medidas adotadas pelo estado devem ser
proporcionais a gravidade do caso e aos objectivos buscados. Isso significa que as sanções e
restrições impostas pela lei devem ser adequadas e razoáveis em relação ao delito cometido.
4. Princípio da Presunção de inocência: estabelece que toda pessoa é considerada inocente até
que sua culpa seja comprovada de forma legal e convincente. Isso implica que o ônus da prova
recai sobre o acusador, e não sobre o acusado.
Na pratica em Moçambique, esses princípios são aplicados pelos tribunais e pela justiça
moçambicana. Por exemplo, quando um indivíduo é acusado de um crime, ele tem o direito de
ser informado sobre a natureza e a causa da acusação (princípio da legalidade) e de ser julgado
por um tribunal imparcial (princípio da igualdade). Além disso, as penas aplicadas devem ser
proporcionais ao delito cometido (princípio da proporcionalidade) e o acusado é considerado
inocente até que sua culpa seja comprovada além de qualquer dúvida razoável (princípio da
presunção de inocência).
Esses são apenas alguns exemplos de como os princípios que norteiam o fundamento da
aplicação das leis são aplicados na realidade moçambicana. É importante ressaltar que a
interpretação e aplicação desses princípios podem variar em cada caso especifico, levando em
consideração as circunstancias e as particularidades envolvidas.