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EXTENSÃO DE NACALA-PORTO
Geraldo Tarcísio
SISTEMAS ELEITORAIS
E PARTIDOS POLITICOS
Nacala-Porto, 2024
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE
EXTENSÃO DE NACALA-PORTO
Geraldo Tarcísio
SISTEMAS ELEITORAIS
E PARTIDOS POLITICOS
Nacala-Porto, 2024
Índice
Introdução ....................................................................................................................................... 4
1.1.2 Referendo........................................................................................................................ 7
Conclusão...................................................................................................................................... 13
Objectivos
Objectivos Específicos:
Problemática e Justificativa
A escolha e compreensão dos sistemas eleitorais e políticos em Moçambique são cruciais para o
fortalecimento da democracia no país. No entanto, apesar dos avanços democráticos alcançados
desde sua independência, Moçambique enfrenta desafios contínuos em relação à
representatividade, transparência e participação política.
Portanto, é fundamental investigar e entender as características, princípios e funcionamento
desses sistemas, bem como o papel dos partidos políticos, a fim de identificar possíveis áreas de
melhoria e promover uma governança mais inclusiva e eficaz.
Metodologia
Para atender aos objectivos propostos, será realizada uma pesquisa bibliográfica e documental,
utilizando fontes primárias, como a Constituição de 2018 de Moçambique, leis eleitorais e
documentos oficiais do governo, bem como fontes secundárias, como artigos académicos, livros
Estrutura do Trabalho
O chamado sistema eleitoral e a sua escolha é uma das resoluções institucional de maior
importância num estado democrático, uma vez que vai ter um enorme impacto na sociedade em
que se vai praticar, a nível político e onde se irão manter relativamente firmes durante a
consolidação dos interesses políticos.
Pode-se dizer que existem duas posições particularmente importantes no que concerne ao grau de
centralização de poder e à escolha entre parlamentarismo e presidencialismo.
1.1.2 Referendo
Os cidadãos eleitores recenseados no território nacional podem ser chamados a pronunciar-se
directamente, a título vinculativo, através de referendo, por decisão do Presidente da República.
A iniciativa de proposta de realização de Referendo Nacional pertence à Assembleia da
República, ao Governo, em matérias das respectivas competências. O referendo pode ainda
resultar da iniciativa de cidadãos dirigida à Assembleia da República.
1
Friedrich, Carl J. Sistemas e Processos Eleitorais– funções, implicações e experiências. Universidade Católica de
Angola, Faculdade de Direito/Fundação Friedrich Ebert, Representação em Angola. Luanda, Maio de 2002.
O referendo só pode ter por objecto questões de relevante interesse nacional que devam ser
decididas pela Assembleia da República ou pelo Governo através da aprovação de convenção
internacional ou de ato legislativo.
As questões (no máximo três) devem ser formuladas com objectividade, clareza e precisão, para
respostas de sim ou não. O referendo só tem efeito vinculativo quando o número de votantes for
superior a metade dos eleitores inscritos no recenseamento.
O direito de voto é único, pessoal, directo, presencial, secreto e universal, sendo condição
fundamental do exercício do direito de voto a inscrição no recenseamento. Em Moçambique têm
capacidade eleitoral activa os cidadãos com mais de 18 anos de idade.
De acordo com a Constituição, no número 1 do artigo 146, o presidente da republica pode ser
eleito por sufrágio universal directo, igual, secreto, pessoal e periódico.
Vigora o sistema eleitoral maioritário a 2 voltas (art. 147 da CRM). Será eleito o candidato que
obtiver mais de metade dos votos validamente expressos, não se considerando como tal os votos
em branco. Se nenhum dos candidatos obtiver esse número à primeira volta haverá uma segunda
votação a que concorrem apenas os dois candidatos mais votados.
Nas eleições para Presidente da República podem candidatar-se os cidadãos portugueses de
origem com mais de 35 anos de idade.
Podem votar os cidadãos Moçambicanos recenseados no território nacional. São também
eleitores os cidadãos portugueses residentes no estrangeiro desde que recenseados.
A duração do mandato dos órgãos eleitos das autarquias locais é de cinco anos (artigo 20 da lei
supra citada).
Ao analisarmos o conceito de Ditadura, este indica ser um sistema de governo onde o governante
concentra todas a figuras políticas em si próprio (é o presidente, primeiro ministro, rei) sem
respeito pela democracia, governando aseu belo prazer onde apenas ele tem razão e poder para
mandar, sendo que todo o grupo político do qual faz parte lhe obedece. Neste sistema não existe
respeito pela divisão dos poderes executivo, legislativo e judicial, sendo estes praticados pelo
ditador. De forma a reprimir a oposição, nas ditaduras é frequente impedir e/ou fiscalizar os
partidos políticos, a existência de presos políticos, censurar a comunicação social, vigiar as
entidades sindicais, proibir manifestações públicas de oposição e eliminação dos direitos civis e
humanos. Não podemos esquecer que normalmente o ditador apoia e sustenta o seu poder no uso
das forças armadas.2
2
Cecília Reis. Sistemas Eleitorais. Universidade Aberta. 2020/2021, disponível em:
https://www.studocu.com/pt/document/universidade-aberta/organizacoes-politicas/sistemas-
eleitorais/22428392
3.1.2 TOTALITARISMO
No que diz respeito ao Totalitarismo, este foi um regime político que apareceu desapareceu na
Europa durante o século XX. Neste tipo de contexto político, controla-se totalmente a vida
pública e aquando da sua existência, nestes países foram eleitos líderes totalitários, os quais
concentraram em si próprios as distintas figuras do poder, a actuação estatal, apostando numa
propaganda agressiva e escolhendo inimigos concretos, específicos de forma a justificar
internamente o regime autoritário. Podemos frisar a título de exemplo, o nazismo (Hitler), o
fascismo (Mussolini) e o Estalinismo (antiga União Soviética).
Anarquismo é uma doutrina política que se sustenta no desígnio do fim do estado enquanto
ordem própria, politicamente estruturado e regulador do funcionamento da sociedade em geral. É
uma liga libertária que admite o fim de analogias hierárquicas e da ideologia governamental em
que o Estado é o fiscalizador da ordem da sociedade; por outras palavras, os anarquistas
defendem uma sociedade sem um governo instituído, uma vez que para estes defensores, o
Estado ao controlar a sociedade domina inevitavelmente a vidadas pessoas. No mesmo
seguimento, a filosofia anarquista diz que não devem existir controlos económicos, políticos,
sociais, culturais, religiosos, étnicos ou religiosos, criticando em última instância as sociedades
contemporâneas, as quais seu no entender, são guiadas por diferentes figuras de domínio, bem
como o efeito que o modo de vida capitalista pratica sobre essas mesmas sociedades.3
3.1.3 Democracia
Por último, a Democracia é uma administração de governo onde o poder é atribuído pelo povo,
sendo que todos os indivíduos têm o mesmo estatuto e os mesmos direitos, nomeadamente o
poderem participar na política.
3
Cecília Reis. Sistemas Eleitorais. Universidade Aberta. 2020/2021, disponível em:
https://www.studocu.com/pt/document/universidade-aberta/organizacoes-politicas/sistemas-
eleitorais/22428392
São várias as características que fazem parte da democracia, referindo-se como uma das mais
importantes a liberdade de escolha dos representantes governativos pelos cidadãos por
intermédio de eleições directas ou indirectas. A democracia é isto que defende, a inclusão de
todos os constituintes na sua estrutura política: parlamento, associações, movimentos sociais e
sindicais, entre outros. Dai podermos declarar que este poder político para além de ser uma
forma de Estado ou de Constituição, é uma ordem constitucional, eleitoral administrativa. Existe
efectivamente uma simetria entre os domínios e órgãos do Estado, a prioridade política do
Parlamento, a ideologia opcional de grupos governamentais e de oposição. Os pilares da
democracia apresentam-se como a liberdade do individuo face aos representantes do poder
político, sobretudo face ao Estado; o direito a ter opinião e expressividade da vontade política;
variedade ideológica; liberdade de imprensa e de informação, igualdade de oportunidades,
direitos e deveres entre população e partidos na prolação de resoluções de interesse comum e
onde a mudança de poder varia consoantes interesses dos cidadãos.4
Os sistemas unipartidários são aqueles nos quais apenas um partido está presente na arena
política nacional.
Os bipartidários são caracterizados pela presença de apenas dois partidos políticos competindo
pelo poder.
Por último, os pluripartidários são aqueles nos quais múltiplos partidos políticos entram na
competição pelo poder.
4
Cecília Reis. Sistemas Eleitorais. Universidade Aberta. 2020/2021, disponível em:
https://www.studocu.com/pt/document/universidade-aberta/organizacoes-politicas/sistemas-
eleitorais/22428392
Conclusão
Ao longo deste trabalho, exploramos os sistemas eleitorais, políticos e partidários em
Moçambique, com o objectivo de compreender suas características, princípios e funcionamento,
bem como o papel dos partidos políticos no contexto democrático do país.
Legislações:
Lei 6/2018 de 3 de agosto (aprova o quadro jurídico-legal para a implantação das autarquias
locais)