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EXTENSÃO DE NACALA-PORTO
CASAMENTO PUTATIVO
PROMESSA DE CASAMENTO
Nacala-Porto, 2024
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE
EXTENSÃO DE NACALA-PORTO
CASAMENTO PUTATIVO
PROMESSA DE CASAMENTO
Nacala-Porto, 2024
Índice
1. Introdução ........................................................................................................................ 4
Objectivo geral: .................................................................................................................... 4
Objectivos específicos ........................................................................................................... 4
2. Casamento Putativo ........................................................................................................... 5
2.1 Generalidades ............................................................................................................ 5
2.2 Efeitos Jurídicos do casamento putativo ....................................................................... 6
3. Promessa de Casamento ..................................................................................................... 6
3.2 Efeitos Jurídicos .............................................................................................................. 6
Conclusão ............................................................................................................................... 8
Bibliografia ............................................................................................................................. 9
1. Introdução
Objectivo geral:
Este trabalho tem como objectivo geral analisar e compreender o instituto do casamento
putativo e da promessa de casamento sob o prisma do Direito da Família, destacando suas
características, efeitos jurídicos e relevância no contexto jurídico moçambicano.
Objectivos específicos
Investigar os efeitos jurídicos do casamento putativo, em especial no que diz respeito aos
cônjuges envolvidos e à prole decorrente dessa união.
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2. Casamento Putativo
2.1 Generalidades
Em outras palavras, casamento putativo é um casamento reputado ser o que não é, por meio
de uma ficção, tendo em vista a boa-fé dos contraentes ou de um deles, podendo ser anulável
e, se nulo, os seus efeitos são válidos até a data da sentença que o invalidou.
Assim, o casamento putativo pode ser anulado, mas a protecção da boa-fé faz com que ele
mantenha seus efeitos válidos até a data da sentença que o invalidou. A manutenção protege a
boa-fé da parte inocente e aos seus filhos, se estes existirem.
A disciplina legal do casamento putativo é feita pelo art. 75 da Lei da família, que dispõe:
“Art. O casamento anulado, quando contraído de boa-fé por ambos cônjuges, produz os seus
efeitos em relação a estes e a terceiros ate ao trânsito em julgado da respectiva sentença.
§ 2. Apenas um dos cônjuges o tiver contraído de boa-fé só estes cônjuges pode arrogar-se os
benefícios do estado patrimonial e opô-los a terceiros, desde que, relativamente a estes, se
trate de mero reflexo das relações avidas entre os cônjuges.
1
Lei da família (Lei n. 22/2019 de 11 de Dezembro)
5
§ 3. O casamento declarado nulo não produz efeitos putativos, excepto para presunção de
maternidade e paternidade.
3. Promessa de Casamento
É a promessa de casamento entre os nubentes. São atitudes tomadas pelos nubentes que
indicam que pretendem casar-se. Ex.: noivado, confecção dos convites, habilitação.
Segundo o art. 21 LF: “o contrato pelo qual, a título de esponsais, desposórios ou qualquer
outro, duas pessoas se comprometem a contrair matrimónio não dá direito a exigir a
celebração do casamento, nem a reclamar, na falta de cumprimento, outras indemnizações que
não sejam as previstas no artigo 24, mesmo quando resultantes de cláusula penal”
“Se algum dos contraentes romper a promessa sem justo motivo e por culpa der lugar a que
o outro se retracte, deve indemnizar o esposado inocente, bem como os pais deste ou
terceiros que tenham agido em nome dos pais, quer das despesas feitas, quer das
obrigações contraídas na previsão do casamento”.
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Daniele Sousa: https://www.jusbrasil.com.br/artigos/o-que-e-o-casamento-putativo-e-quais-seus-
efeitos-juridicos/1181975428
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nome destes) apenas pode ser indemnizado pelas despesas que hajam sido feitas e pelos
compromissos assumidos tendo em vista a realização do casamento.
Estão assim excluídos danos não patrimoniais sofridos com a não celebração do mesmo.
Segundo o n. 3 do artigo 24, na fixação da indemnização, o tribunal deve julgar segundo a
equidade e ter em conta se as despesas e obrigações assumidas eram razoáveis, bem como se
ainda são susceptíveis de proporcionar vantagens, independentemente da realização do
casamento.
Quanto aos donativos que tenham sido feitos pelos esposados um ao outro, ou por terceiros
tendo em vista o casamento, a lei distingue consoante o casamento deixe de celebrar-se por
incapacidade ou retractação de algum dos promitentes ou em virtude de morte. 3
Já no segundo caso, o esposado sobrevivo pode conservar os donativos que tenha recebido,
perdendo, neste caso, o direito de exigir os que haja feito ao falecido. Quanto à
correspondência e retractos pessoais, o esposado sobrevivo pode conservar os do falecido e
exigir a restituição dos que este haja recebido da sua parte (vide artigo 23 da LF). O direito de
exigir a restituição dos donativos ou o pagamento de uma indemnização caduca no prazo de
seis meses contado a partir do rompimento da promessa ou da morte do promitente, de acordo
com o disposto no artigo 25 da LF.
3
https://diariodarepublica.pt/dr/lexionario/termo/promessa-casamento
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Conclusão
Diante da análise realizada sobre o casamento putativo e a promessa de casamento no
contexto do Direito da Família, foi possível observar a importância desses institutos jurídicos
na regulação das relações familiares e matrimoniais. O casamento putativo, ao ser realizado
com boa-fé por pelo menos um dos cônjuges, revela a necessidade de proteger os efeitos
jurídicos decorrentes dessa união, mesmo que posteriormente anulado.
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Bibliografia
Artigos e sites:
https://diariodarepublica.pt/dr/lexionario/termo/promessa-casamento
Legislação: