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EXTENSÃO DE NACALA-PORTO
Nacala-Porto, 2024
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE
EXTENSÃO DE NACALA-PORTO
Nacala-Porto, 2024
Índice
1. Introdução ........................................................................................................................ 4
Conclusão ............................................................................................................................. 10
Bibliografia ........................................................................................................................... 11
1. Introdução
Objectivo Geral
Objectivos Específicos
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2. Evolução histórica do direito administrativa
2.1 Generalidades1
O Direito Administrativo tem sua origem na França, no século XVIII e no início do século
XIX, sendo reconhecido como um ramo Autónomo do direito no início do processo de
desenvolvimento do Estado de Direito, baseado no princípio da legalidade e da separação.
A primeira grande distinção a fazer é a que espera, historicamente, o sistema tradicional que
vigorou na Europa até aos séculos XVII e XVIII, dos sistemas modernos que se implantaram
nessa altura ou posteriormente.
De entre estes, haverá depois que fazer uma nova subdivisão, porque a estruturação da
administração pública seguiu caminhos diversos conforme os países, designadamente em
Inglaterra e em França.
Conforme este autor existem assim três tipos fundamentais do sistemas administrativo o
sistema tradicional, sistema de tipo britânico ou de administração judiciária e o sistema de
tipo francês ou de administração executiva.
3 Sistemas Administrativos
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DO AMARAL, Diogo Freitas, Manual de Direito administrativo – volume I, Almedina, 4ª edição, 2016
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Idem pp.88
3
Idem
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ii. Não subordinação da administração publica ao principio da legalidade e,
consequentemente, insuficiência do sistema de garantias jurídicas dos particulares face
a administração.
O sistema tipo francês ou de Administração executiva, podemos apontar desde logo o seu
surgimento em França através de uma revolução levada a cabo pelo conselho de Estado e o
seu desenvolvimento ao longo do século XIX. Este sistema vigora em Portugal desde 1832 e
em quase toda a Europa continental ocidental e em muitas ex-colónias tornadas independentes
no século XX, incluindo Moçambique. As suas principais características são:
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https://psicanalisarodireitoadministrativo16b.blogs.sapo.pt/os-sistemas-administrativos-3345
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Existia neste sistema uma jurisdição própria caracterizada pela existência de uma ordem de
tribunais judiciais e uma ordem de tribunais administrativos, sendo que nestes últimos
existiam níveis de jurisdição distintos caracterizados pela existência de dois tribunais:
Tribunais Administrativos Centrais e o Supremo Tribunal Administrativo.
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3.3 Sistema Tipo Britânico ou Judiciária5
iv. Sujeição da Administração aos tribunais comuns: Trata-se da tão conhecida unidade
de jurisdição. De facto, os tribunais comuns, também denominados de “courts of law”,
julgam tanto os litígios referentes á Administração Pública como os litígios entre aqueles
que não são funcionários desta, ou seja, os particulares. Assim, a Administração Pública
está sujeita á aplicação da lei por parte de tribunais judiciais comuns e não de tribunais
administrativos (uma vez que estes últimos não existem neste sistema). A lei é igual para
todos os cidadãos e não pode nenhuma autoridade invocar privilégios e imunidades.
Temos assim uma jurisdição única uma vez que não existem tribunais encarregados de
julgar especialmente a Administração. As questões administrativas são julgadas pelos
tribunais comuns pelo que não havia diferenciação de matérias.
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DO AMARAL, Diogo Freitas, Manual de Direito administrativo – volume I, Almedina, 4ª edição, 2016
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v. Subordinação da Administração ao Direito Comum: Todas as pessoas se regem pelo
mesmo Direito, o chamado “The common law of the land”, tanto o Rei como os
funcionários, os conselheiros e os cidadãos anónimos. Não existe um Direito
Administrativo mas sim o Direito Comum aplicado pelos tribunais comuns.
Consequentemente, a Administração está subordinada ao Common Law, logo a
Administração não dispõe de poderes exorbitantes nem de privilégios de autoridade
pública. Apesar disto, mesmo não existindo um Direito Administrativo, existem regras
que regulam a Administração e a forma como esta emite as suas decisões, regras estas
que formam o chamado “Procedimento Administrativo”.
vi. Execução judicial das decisões administrativas: A Administração não goza de poderes
de execução das suas decisões pelo que se pretende executar essas decisões terá de se
dirigir a um tribunal. Isto não quer dizer que a Administração no sistema britânico não
pudesse praticar nenhum acto administrativo sem recorrer aos tribunais, uma vez que a
questão da execução só se coloca quando a ordem administrativa não é voluntariamente
cumprida por um particular. Assim, se o particular não cumprir o seu dever, terá a
Administração de recorrer a um tribunal com vista á obtenção de uma sentença, para
garantir que o particular cumpra. A intervenção dos tribunais só acontece quando o
particular não cumpre voluntariamente o que a Administração ordena unilateralmente.
Podemos assim constatar que a Administração atua sem dispor de auto-tutela visto que
não pode por si só empregar meios coativos, necessitando para tal de recorrer aos
tribunais. Assim, o sistema anglo-saxónico caracteriza-se pela tutela garantida pelos
tribunais.
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Conclusão
Contudo existem algumas características que distinguem nitidamente estes dois sistemas:
quanto à organização administrativa um é um sistema descentralizado o outro é centralizado;
quanto ao controle jurisdicional da administração o primeiro entrega aos tribunais comuns, o
segundo aos tribunais administrativos; quanto ao direito regulador da administração no
sistema de tipo britânico é o direito comum, que basicamente é direito privado mas no sistema
tipo francês é o direito administrativo, que é o direito público; quanto execução das decisões
administrativa o sistema de administração judiciária fá-la depender de sentença do tribunal,
ao passo que o sistema da administração executiva atribui a autoridade administrativa.
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Bibliografia
Livro:
Links:
https://psicanalisarodireitoadministrativo16b.blogs.sapo.pt/os-sistemas-administrativos-3345
https://jus.com.br/artigos/97997/principios-basilares-que-norteiam-a-administracao-em-
mocambique
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