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Resumo – Sistemas Administrativos

Sistema Administrativo – modo jurídico de organização, funcionamento e controlo da AP.

Sistema Administrativo Tradicional:

Durante a Monarquia Absoluta vigorava o Sistema de Concentração de Poderes.

→Indiferenciação das funções administrativa e jurisdicional e consequentemente,


inexistência de uma separação rigorosa entre os órgãos do poder executivo e do poder
judicial

→Não subordinação da AP ao Princípio da legalidade e consequentemente insuficiência


do sistema de garantias jurídicas dos particulares face à Administração.

Assim se viveu na Europa durante séculos até ao final do período do Absolutismo.


→Sem separação de poderes e sem Estado de Direito

Panorama alterado com a Revolução Inglesa (1688) e fundamentalmente com a Revolução


Francesa (1789).

Após as Revoluções Liberais estabelecem-se os sistemas administrativos modernos,


baseados na:

→ Separação de Poderes e no Estado de Direito.

Todavia, a implantação destes sistemas, segue vias distintas em Inglaterra e em França.


Sistema de administração executiva/continental/Francês

Nasceu em França após a revolução Francesa.


Estado de Direito marcado pelo princípio da separação de poderes e por uma
administração fortemente centralizada.
O Direito vigente nas relações da AP é fundamentalmente o Direito Administrativo,
dominado pelo princípio da Supra-infra-ordenação (superioridade da AP e inferioridade dos
administrados).
Direito Administrativo é fruto de uma evolução → A AP francesa começou por se encontrar
subordinada ao Direito Privado.
Com o tempo foram aparecendo as normas do Direito Administrativo, como novo ramo do
Direito.
Direito Administrativo trata-se de um ramo do Direito Público que confere prerrogativas
especiais à AP (ius imperii) mas também lhe impõe encargos, deveres e ónus.
A AP visa a prossecução do interesse público → por isso, dispõe de poderes de
autoridade:
Privilégio da execução prévia
Habilita a AP a impor os seus atos aos particulares sem ter que previamente recorrer aos
tribunais. → Presunção da legalidade da atuação administrativa, o particular tem de acatar
a atuação da AP.
Em caso de litígio resultante da atividade administrativa e da relação da AP e os
particulares, existem tribunais específicos: Tribunais Administrativos → Julgam com
poderes de mera anulação.

Palavra chave: Dualidade de tribunais

A Responsabilidade Civil administrativa consiste no conjunto das circunstâncias da qual


emerge, para a administração e para os seus titulares de órgãos, funcionários ou
agentes, a obrigação de indemnização dos prejuízos causados a outrem, no exercício da
atividade administrativa.
A AP goza do poder regulamentar → Pode elaborar regulamentos, que são normas gerais
e abstratas, editadas no exercício de poderes administrativos.

(Evolução)
O sistema de administração executiva foi sofrendo algumas influências do sistema de
administração judiciária.
Ex. os tribunais administrativos apenas apareceram com o tempo. Inicialmente os litígios
eram resolvidos pela própria AP. – sistema de administrador juiz → por força da lei e do
princípio da separação de poderes estes órgãos foram transformados em Tribunais
Administrativos.

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