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CURSO: DIREITO
4º ANO
CADEIRA:
CONTENCIOSO ADMINISTRATIVO
BEIRA, 2023
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE
CURSO: DIREITO
4º ANO__1º SEMESTRE
CADEIRA:
CONTENCIOSO ADMINISTRATIVO
TEMA:
MODELOS DE ORGANIZAÇÃO DO CONTENCIOSO ADMINISTRATIVO
Discente:
Luís Alberto Mazuze
BEIRA, 2023
Índice
Introdução..................................................................................................................... 1
Conclusão ..................................................................................................................... 7
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OS MODELOS DE ORGANIZAÇÃO DO CONTENCIOSO ADMINISTRATIVO
O sistema do administrador-juiz;
O sistema dos Tribunais Administrativos;
O sistema dos Tribunais Judiciais.
O sistema do administrador-juiz
O modelo administrador–juiz ou de “jurisdição ou justiça reservada” ou “retenida”, é
aquele em que “a decisão final dos litígios administrativos compete aos órgãos superiores
da Administração activa” ou para parafrasear DIOGO FREITAS DO AMARAL: neste
sistema, as questões litigiosas entre a Administração e os particulares são apreciadas
através de um processo jurisdicionalizado por um órgão independente, mas esse órgão,
em vez de proferir uma sentença, limita-se a proferir um parecer, que é ou não
homologado pelo poder executivo.
Nesta perspectiva, não é a protecção dos direitos lesados que caracteriza este modelo de
justiça administrativa mas a defesa das medidas tomadas pelo Poder Público.
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Por outras palavras, neste modelo, o contencioso administrativo é “um modo de regulação
interno do bom funcionamento da Administração”.
Este modelo não foi exclusivamente organizado nos países europeus continentais. Pode-
se identificar também este modelo em alguns países anglo-saxónicos e, mais
particularmente, na Inglaterra.
Este último subsistema é também designado por germânico. O sistema dos tribunais
administrativos, no seu primeiro subsistema, teve início, em França, e foi, depois, seguido
em numerosos países, como a Holanda, o Luxemburgo, a Grécia, a Polónia, Portugal, a
Tunísia, etc.
O sistema germânico vigora, como o próprio nome indica, nos países de língua alemã,
como a Alemanha e a Áustria, tendo sido recentemente seguido por Portugal.
Não menos clássicos são os argumentos aduzidos contra o sistema dos tribunais
administrativos. A integração destes tribunais na Administração acabará sempre por os
fazer inclinar para o lado da parte mais forte, com perda de imparcialidade dos respectivos
juízes; mesmo como ordem autónoma há sempre uma tendência natural para nesses
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tribunais se dar uma especial e desequilibrada relevância ao interesse público; a dualidade
de jurisdições cria frequentes e dispensáveis conflitos entre elas com prejuízo para a
celeridade e eficiência da administração da justiça; uma ordem de tribunais
administrativos é uma fonte permanente de pressão financeira sobre o orçamento do
estado, pelo que implica de despesas com as infraestruturas e funcionamento desses
tribunais (v.g. despesas com a manutenção e limpeza das instalações e equipamentos
privativos, despesas com o pessoal, etc.).
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é verdadeiramente julgar”), quer se trate de tribunais comuns ou de tribunais
especializados em razão da matéria”. Pode-se distinguir três modelos básicos no tocante
à organização do controlo da Administração por tribunais integrados numa ordem
judicial.
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O terceiro, é o da especialização para o julgamento de litígios administrativos de
estruturas jurisdicionais colocadas no seio de uma ordem jurisdicional
separado/especializado no âmbito do Poder Judicial.
Por outro lado, é clássica a censura feita aos juízes comuns de terem uma especial
propensão para sacrificarem o interesse público ao interesse privado. Argumenta-se, por
fim, que o juiz não pode «brandir o machado de guerra contra quem o traz à cintura»
(Jean Rivero). O que quer dizer que o cumprimento dos julgados da jurisdição comum
ficará na prática dependente da consciência e vontade dos agentes administrativos.
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Conclusão
Com o desenvolvimento do tema em epígrafe concluí que os modelos de organização do
contencioso administrativo são as formas como os sistemas jurídicos de cada país
estruturam e organizam os órgãos responsáveis por julgar as questões contenciosas entre
a Administração Publica e os particulares.
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Referencias bibliográficas
Gilles Cistac, O Direito Administrativo em Mocambique