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Organização do Estado Democrático português

3.1.1.A Constituição da República Portuguesa

Numa República o Chefe de Estado (Presidente da República) é eleito


pelos cidadãos.

Portugal é uma república desde 5 de Outubro de 1910, antes dessa


data, desde a fundação do reino de Portugal, em 1143, vigorou a
monarquia.

Assim, o período compreendido entre 1910 e 1926 ficou conhecido


como a primeira república, de 1926 a 1974 por estado novo e a partir
de 1974 por estado democrático.

A Democracia é um regime de governo onde o poder de tomar


decisões políticas importantes reside no povo, que pode exercer esse
poder, direta ou indiretamente, por meio de representantes eleitos.

Em democracia são os cidadãos que escolhem os seus governantes.


A democracia repousa sobre a liberdade, a igualdade, o princípio da
escolha da maioria e o estado de direito.
A Democracia opõe-se à ditadura e ao totalitarismo, onde o poder
reside num grupo autoeleito.

Portugal viveu durante cerca de quarenta e oito anos um período de


ditadura, caracterizado pela concentração de poderes, restrição das
liberdades de opinião e de imprensa.

Portugal enfrentava uma guerra nos territórios das então colónias de


Angola, Moçambique e Guiné, iniciada em 1961, e vivia isolado no
contexto internacional onde era reivindicada a autodeterminação e a
independência dos, à data considerados, territórios africanos de
Portugal (Angola, Moçambique, Guiné, São Tomé e Príncipe e Cabo
Verde). Este período é conhecido por Estado Novo.

Foi na madrugada de 25 de Abril de 1974 que o Movimento da Forças


Armada (MFA) “derrubou” a ditadura e deu início a uma marcha, algo
conturbada, para restituir aos portugueses os direitos e liberdades
fundamentais e implantar a democracia no País.

Um ano depois foram organizadas eleições livres para a escolha dos


deputados à Assembleia Constituinte. Por se tratar do primeiro ato de
liberdade e de responsabilidade cívica, a maioria da população com
idade para exercer o direito de voto deslocou-se em massa às urnas.

Foi esta Assembleia que elaborou a Constituição de 1976 onde


ficaram plasmados os grandes objetivos da revolução.

Desde 1975 foram realizadas várias eleições, que contribuíram para a


institucionalização do regime democrático.

Constituição da República Portuguesa (CRP)


A Constituição da República Portuguesa (CRP), é o normativo
supremo do ordenamento jurídico de estado. É ela que define a
formação, a composição, a competência e o funcionamento dos
órgãos de soberania e prevê os direitos e garantias fundamentais.

A Constituição da República elaborada em 1976 inspira-se, no campo


dos direitos e liberdades fundamentais, na Declaração Universal dos
Direitos do Homem.

A Constituição da República Portuguesa (CRP) consagra um conjunto


de direitos, liberdades e garantias para todos os cidadãos. De igual
modo, diferentes leis e regulamentos nacionais corporizam e
densificam as normas constitucionais aplicáveis nesta matéria.

De acordo com o artigo 2.º da Constituição:

A República Portuguesa é um Estado de direito democrático, baseado


na soberania popular, no pluralismo de expressão e na organização
política e democrática, no respeito e na garantia de efetivação dos
direitos e liberdades fundamentais.

O artigo 13.º da CPR consagra o princípio da igualdade afirmando que


“Todos os cidadãos têm a mesma dignidade social e são iguais
perante a lei” e que “ninguém pode ser privilegiado, beneficiado,
prejudicado, privado de qualquer direito ou isento de qualquer dever
em razão de ascendência, sexo, raça, língua, território de origem,
religião”.

3.1.2.Os órgãos de soberania: competências e interligação

Órgãos de soberania e divisão dos poderes do estado


São órgãos de soberania o Presidente da República, a Assembleia da
República, o Governo e os Tribunais.

Os órgãos de soberania que exercem o poder político (o Presidente, a


Assembleia e o Governo) de acordo com a Constituição Portuguesa,
constituem um sistema de equilíbrio de poderes.

Os tribunais funcionam como ramo independente em relação às


instâncias do poder político supremo.

Este sistema de governo deve reunir as seguintes condições:


 Separação e equilíbrio de poderes;
 Limitação e controlo mútuo dos órgãos de poder;
 Estabilidade do sistema político;
 Eficácia do governo;
 Capacidade de superação de impasse político.

Presidente da República
O Presidente da República ocupa, nos termos da Constituição, um dos
três vértices do sistema de órgãos de soberania que exercem o poder
político.

O Presidente da República representa a República Portuguesa,


garante a independência nacional e a unidade do Estado e regula o
funcionamento das instituições democráticas. É, por inerência,
Comandante Supremo das Forças Armadas. (art.º 120.º da CRP).

O Presidente da República é eleito por sufrágio universal, direto e


secreto, dos cidadãos portugueses eleitores recenseados no território
nacional, bem como dos cidadãos portugueses residentes no
estrangeiro, que mantenham laços de efetiva ligação à comunidade
nacional, nos termos da lei.

A idade mínima para exercer o direito de voto é de 18 anos.

Assembleia da República
A Assembleia da República é a assembleia representativa de todos os
cidadãos portugueses. É na Assembleia da República que são feitas
as leis e são debatidos os grandes projetos nacionais.

O Primeiro-Ministro e os restantes membros do Governo prestam


contas a esta Assembleia. A Assembleia tem o mínimo de 180 e o
máximo de 230 deputados, nos termos eleitorais.

As candidaturas para deputado são apresentadas, nos termos da lei,


pelos partidos políticos, isoladamente ou em coligação. As listas
podem integrar cidadãos não inscritos nos respetivos partidos
políticos.

Os deputados representam todo o país e não os círculos porque são


eleitos. Os deputados eleitos por cada partido ou coligação de
partidos podem constituir-se em grupo parlamentar.

Governo
O Governo é o órgão encarregue de conduzir a política geral do país e
é, ao mesmo tempo, o órgão superior da administração pública.

O Governo é constituído pelo Primeiro-ministro, pelos Ministros e


pelos Secretários e Subsecretários de Estado e pode incluir um ou
mais Vice Primeiro-ministro. Os membros do Governo reúnem-se em
Conselho de Ministros.
O Primeiro-Ministro é nomeado pelo Presidente da República, ouvidos
os partidos representados na Assembleia da República e tendo em
conta os resultados eleitorais. Os restantes membros do governo são
nomeados pelo Presidente da República, sob proposta do Primeiro-
ministro.

O programa do governo é o instrumento onde constam as principais


orientações políticas e medidas a adotar, ou a propor, nos diversos
domínios da atividade governamental.

Tribunais
Os tribunais são órgãos de soberania com competência para
administrar a justiça em nome do povo. É nos tribunais que os
cidadãos, cujos direitos são violados, podem exigir a efetivação
desses mesmos direitos. Os tribunais são independentes e apenas
estão sujeitos à lei.

As decisões dos tribunais devem ser fundamentadas na forma


prevista na lei. As decisões do tribunal são obrigatórias para todas as
entidades públicas e privadas.

Existem as seguintes categorias de tribunais:


 Tribunal Constitucional
 Supremo Tribunal de Justiça
 Tribunais Judiciais de Primeira e Segunda Instância
 Supremo Tribunal Administrativo
 Tribunais Administrativos e Fiscais

Juízes
Os Juízes dos Tribunais Judiciais formam um corpo único e regem-se
por um só estatuto.
Ministério Público
O Ministério Público é o órgão do Estado encarregue de representar o
Estado, exercer a ação penal e defender a legalidade democrática e
os interesses que a lei determinar.

Compete-lhe, designadamente, exercer o patrocínio oficioso dos


trabalhadores e suas famílias na defesa dos seus direitos de carácter
social.
3.2.Regiões Autónomas e especificidades do seu regime
político-administrativo

O regime político-administrativo dos arquipélagos dos Açores e da


Madeira fundamenta-se nas suas características geográficas,
económicas, sociais e culturais e nas históricas aspirações
autonomistas das populações insulares.

Os poderes das regiões autónomas são definidos pela Constituição e


pelos respetivos estatutos político-administrativos, elaborados pelas
respetivas assembleias legislativas, discutidos e aprovados pela
Assembleia da República.

Para cada uma das regiões autónomas há um ministro da República,


nomeado e exonerado pelo Presidente da República, ouvido o
Governo, competindo-lhe, designadamente, assinar e mandar publicar
os decretos legislativos e regulamentares regionais e exercer o
direito de veto nos termos previstos na Constituição.
3.3.O Poder Local

3.3.1.Órgãos e atributos

Para além do poder central e das regiões autónomas, a Constituição


de 1976 institucionalizou em Portugal o poder local. O País está
dividido em Distritos, estes em Municípios, que por sua vez, se
dividem em Freguesias.

O Município é a autarquia local que visa a prossecução de interesses


próprios da população residente na circunscrição concelhia, mediante
órgãos representativos por ela eleitos.

As Freguesias são autarquias locais que, dentro do território


municipal, visam a prossecução de interesses próprios da população
residente em cada circunscrição paroquial.

Municípios
 Assembleia Municipal
 Câmara Municipal

Assembleia Municipal
A assembleia municipal é o órgão deliberativo do município. É
formada pelos presidentes das Juntas de Freguesia e por membros
eleitos por sufrágio universal, direto e secreto.

Competências da Assembleia Municipal


 Acompanhar e fiscalizar a atividade da Câmara;
 Aprovar o plano de atividades, orçamento e suas revisões,
propostos pela Câmara
 Municipal, bem como o relatório, balanço e a conta de gerência;
 Aprovar o Plano Diretor Municipal.

Câmara Municipal
A Câmara Municipal é constituída por um presidente e por vereadores.
É o órgão executivo colegial do município, eleito pelos cidadãos
eleitores recenseados na sua área.

Algumas áreas da intervenção da Câmara Municipal:


 Ação Social – disponibiliza apoio técnico e financeiro nas áreas
da infância, idosos, pessoas com deficiência, sem abrigo,
minorias e desenvolvimento comunitário;
 Educação – disponibiliza apoio a projetos da Escola de todos os
níveis do ensino, do pré-escolar ao secundário;
 Ação Social Escolar - cantinas e atividades de tempos livres,
transportes escolares, colónias de férias, suplemento alimentar;
 Habitação Social;
 Reabilitação Urbana;
 Cultura;
 Desporto.
Os municípios dispõem ainda de serviços no âmbito do atendimento
municipal que têm por função genérica atender e encaminhar os
munícipes, bem como receber e encaminhar todos os assuntos que o
munícipe pretenda apresentar à Câmara.

Freguesias
 Assembleia de Freguesia
 Junta de Freguesia

Assembleia de Freguesia
A Assembleia de Freguesia é eleita por sufrágio universal, direto e
secreto dos cidadãos recenseados na área da freguesia, segundo o
sistema de representação proporcional.

Constituição da Junta de Freguesia


A Junta de Freguesia é o órgão colegial da freguesia. É constituída
por um presidente e por vogais, sendo que dois exercerão as funções
de secretário e de tesoureiro.

Competências da Junta de Freguesia


As Juntas de Freguesia têm competências próprias e competências
delegadas pela Câmara Municipal.

Compete à Junta de Freguesia, nomeadamente:


 Deliberar as formas de apoio a entidades e organismos
legalmente existentes, com vista à prossecução de obras ou
eventos de interesse para a freguesia, bem como à informação
e defesa dos direitos dos cidadãos;
 Lavrar termos de identidade e justificação administrativa;
 Passar atestados nos termos da lei;
 Celebrar protocolos de colaboração com instituições públicas,
particulares e cooperativas que desenvolvam a sua atividade na
área da freguesia.

3.3.2.Os novos desafios do poder local

Tradicionalmente, cabiam ao Município, entre outras atribuições, o


abastecimento de água, o tratamento do saneamento, a recolha dos
resíduos, a limpeza, as vias de comunicação, o urbanismo, o
ordenamento do território e mais tarde, competências na educação,
na cultura, na acção social, rede de equipamentos públicos, na
segurança e protecção civil e por fim no desenvolvimento económico
e captação de investimento.

O contexto socioeconómico de globalização provoca mudanças e


desenvolvimento rápido na sociedade atual, o que são fatores que
induzem novos desafios ao nível dos governos locais, os quais se vêm
cada vez mais na necessidade de responder com rapidez às
mudanças de carácter social, económico, tecnológico e no âmbito da
gestão pública.

O primeiro dos desafios, que compete a todos, a todas as instituições


públicas e nesse contexto também aos municípios, parece residir na
necessidade de inverter uma tendência generalizada de afastamento
por parte dos cidadãos da sua atividade e do exercício dos seus
direitos, mas também das suas responsabilidades políticas perante o
sistema democrático vigente.

Prova disso são os estudos que indicam o continuado afastamento


dos cidadãos dos atos eleitorais a que são chamados a manifestar a
sua opinião.
Deverão ocorrer maiores responsabilidades em áreas anteriormente
da competência do governo central, (particularmente na área social),
maior abertura das instituições locais e dos seus órgãos à discussão
pública dos assuntos respeitantes à comunidade.

3.4.Contributos do cidadão na promoção, construção e


defesa dos princípios democráticos de participação e
representatividade: a responsabilidade e capacidade de
fazer escolhas
O voto
O voto é o instrumento de participação cívica mais conhecido. É o ato
de escolher per meio de votação.

Votamos periodicamente nas eleições autárquicas (poder local),


legislativas (poder central) e presidenciais para eleger os nossos
representantes no poder.

Ocasionalmente também votamos quando há um referendo, ou seja,


quando a população é consultada sobre um assunto em concreto.

Para exercer o direito de voto nas eleições e referendos é preciso ser


maior de idade (a partir dos 18 anos).

O vote é secreto porque, a menos que o próprio o divulgue, não há


forma de se saber em quem votou.

Votar é um direito, mas é, sobretudo, um dever de todos os cidadãos.

No entanto, a participação cívica dos cidadãos não se esgota no ato


de votar.
Ativismo político
O ativismo político, partidário ou não partidário, é a ação consciente
e continuada de defesa ativa de uma causa ou de uma mudança na
sociedade.

Militância política partidária


Portugal é um país democrático, cujo sistema assenta na existência
de partidos políticos.

Um partido político é um grupo organizado constituído por cidadãos e


cidadãs que partilham uma ideologia ou interesses políticos e sociais
comuns e que se propõe alcançar o poder para os implementar.

Para tal, os partidos necessitam do apoio popular manifestado


através do voto.

Cada partido político defende as suas ideias e apresenta propostas de


acordo com a sua ideologia. Para se pertencer a um partido político
deve-se ter conhecimento do seu enquadramento ideológico, do seu
programa, dos estatutos, enfim, das normas e princípios pelos quais
se rege.

Ao existir essa identificação e concordância com esses princípios e


valores, estão reunidas as condições para aderir a determinado
partido político.

Militância política não partidária


Organização ou participação em movimentos sociais (locais,
nacionais ou globais).
Os movimentos sociais são ações coletivas desenvolvidas pela
sociedade civil com o objetivo de alcançar uma mudança ou
transformação social em determinada comunidade.

De uma forma geral, esses movimentos cívicos são apartidários,


sendo constituídos por cidadãos e cidadãs que desenvolvem atividade
político-social em defesa de causas, por exemplo: do ambiente, dos
direitos humanos, feminismo, antiglobalização, etc. Estes movimentos
tentam influenciar o processo político.

Como desenvolvimento e a recente generalização do uso das


Tecnologias da informação e Comunicação (sobretudo a internet com
as redes sociais e outras ferramentas informáticas) surgiram também
novos contextos de intervenção social (espaços de debate e opinião
na "blogosfera", plataformas digitais, redes sociais, etc.).

A facilidade de disseminação e de acesso a informação, a


possibilidade de interação (transmissão de dados e retorno ou
feedback em tempo real) e a facilidade de mobilização (com custos
marginais) deram origem a uma participação social já nomeada de
ciberdemocracia ou democracia eletrónica.

É inegável o poder que as redes sociais virtuais têm na formação de


movimentos de mobilização e participação social, facto
particularmente visível na organização de manifestações de protesto
e de movimentos de solidariedade.

Direito de Petição
Apresentação, individual ou coletiva, de petições, representações,
reclamações ou queixas aos órgãos de soberania (à exceção dos
tribunais) ou às autoridades públicas sobre qualquer matéria desde
que a pretensão não seja ilegal e não se refira a decisões dos
tribunais.

Qualquer cidadão pode apresentar uma petição mesmo que subscrita


apenas por uma pessoa. Neste caso será ouvida em sede de comissão
parlamentar. Se a mesma for subscrita por um mínima de 1.000
cidadãos é, obrigatoriamente, publicada no Diário da Assembleia.

Se a petição for assinada por mais de 4.000 pessoas é apreciada em


sede de sessão plenária da Assembleia da República.

Estas exposições escritas em defesa de direitos, da própria


Constituição da República, da lei ou do interesse geral constituem um
direito universal e gratuito, isto é, não implicam o pagamento de
quaisquer taxas.

As petições podem tomar a forma de pedido, proposta, exposição de


opinião, chamada de atenção ou reclamação.

Direito de Ação Popular


A Constituição também assegura aos cidadãos o direito de individual
ou coletivamente organizados, através de associações de defesa de
interesses, desenvolverem uma ação junto dos tribunais para a
proteção de interesses públicos.

Direito de iniciativa legislativa


Este e um direito que permite a um conjunto de cidadãos eleitores
apresentar projectos de lei junto da Assembleia da República. Estes
têm de ser subscritos, no mínimo, por 35 .000 eleitores.

O exercício do direito de iniciativa legislativa é livre e gratuito, não


podendo ser dificultada ou impedida a recolha de assinaturas para
perfazer o número mínimo exigido por lei. A sua apresentação não
implica o pagamento de quaisquer taxas.

Existem muitas outras formas de participação social, como por


exemplo a redação ou subscrição de manifestos - declaração publica
de intenções; organização ou participação em manifestações; etc.

Participação na vida política local

Sessões da Assembleia Municipal

A Assembleia Municipal é o órgão deliberativo do município. Tem


como missão zelar pela defesa e promoção dos interesses dos
cidadãos e do seu bem-estar e qualidade de vida.

Ao Longo do ano realizam-se cinco sess6es ordinárias em Fevereiro,


Abril, Junho, Setembro e Novembro ou Dezembro devendo ser
publicitada a hora e o local da sua realização.

Nos termos da lei, as sessões são publicas, au seja, os cidadãos


podem assistir aos trabalhos, existindo um período de intervenção
destinado ao público presente, durante o qual os cidadãos podem
fazer uso da palavra, de acordo como Regulamento da Assembleia
Municipal em vigor.

Sessões da Assembleia de Freguesia


A Assembleia de Freguesia é o órgão deliberativo da Junta de
Freguesia.

Ao Longo do ano realizam-se quatro sessões ordinárias em Abril,


Junho, Setembro e Novembro ou Dezembro. Estas são convocadas em
edital.
As sessões da Assembleia de Freguesia também são publicas,
havendo um período para a intervenção do público durante o qual são
prestados os esclarecimentos solicitados.

Processos participativos
São instrumentos de governança local que promovem a participação
cívica, envolvendo os cidadãos nos processos de tomada de decisão.
Neste sentido, são ações ou iniciativas pontuais de democracia
direta.

Orçamento Participativo
E um mecanismo de democracia participativa através do qual os
cidadãos podem decidir o destine de uma parte do orçamento público
previsto para um determinado território, sendo aplicados geralmente
ao nível autárquico.

O Orçamento Participativo, apresenta-se como um modele inovador


de gestão partilhada, na medida em que "constitui uma nova forma de
governação assente na participação direta dos cidadãos, a diversos
níveis:
 na identificação dos problemas e das necessidades locais,
 na definição das prioridades,
 na implementação dos projetos,
 ou na monitorização e avaliação da sua implementação.

Em Portugal este processo participativo ainda não se generalizou e as


experiências de OP que existem não são de natureza deliberativa,
assumindo apenas a forma consultiva.
Frequentemente estes processes participativos de gestão e
planeamento Local recorrem a utilização das TIC para facilitar a
interação com as populações.

É usual a disponibilização de plataformas informáticas nas páginas


web das autarquias para sugestão de propostas, votação e
priorização de projetos, etc.

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