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AS INSTITUIÇÕES

DEMOCRÁTICAS PORTUGUESAS

Escola Secundária Nuno Álvares - Cidadania – 9.º A


Duarte Silveira n.º 9
Pedro Dias, nº - 23
Constituição da República
A Constituição é a lei suprema do país. Consagra os direitos
fundamentais dos cidadãos, os princípios essenciais por que
se rege o Estado português e as grandes orientações políticas
a que os seus órgãos devem obedecer, estabelecendo
também as regras de organização do poder político.
Define a estrutura do Estado, ou seja, as funções dos quatro
órgãos de soberania - Presidente da República, Assembleia
da República, Governo e Tribunais - e dos órgãos de poder
político - regiões autónomas e autarquias -, assim como a
forma como se relacionam entre si. Foi redigida
pela Assembleia Constituinte eleita na sequência das
primeiras eleições gerais livres no país em 25 de
Abril de 1975, no 1.º aniversário da Revolução dos Cravos. A
Constituição da República Portuguesa foi aprovada em 1976
e, desde então, foi revista sete vezes.
Presidente da República
O Presidente da República é o Chefe de Estado. Nos termos da Constituição,
"representa a República Portuguesa", "garante a independência nacional, a
unidade do Estado e o regular funcionamento das instituições democráticas" e é o
Comandante Supremo das Forças Armadas.
Como garante do regular funcionamento das instituições democráticas tem como
especial incumbência a de, nos termos do juramento que presta no seu ato de
posse, "defender, cumprir e fazer cumprir a Constituição da República Portuguesa".
A legitimidade democrática que lhe é conferida através da eleição direta pelos
portugueses é a explicação dos poderes formais e informais que a Constituição lhe
reconhece, explícita ou implicitamente, e que os vários Presidentes da República
têm utilizado.
No relacionamento com os outros órgãos de soberania, compete-lhe, no que diz
respeito ao Governo, nomear o Primeiro-Ministro, "ouvidos os partidos
representados na Assembleia da República e tendo em conta os resultados
eleitorais" das eleições para a Assembleia da República. E, seguidamente, nomear,
ou exonerar, os restantes membros do Governo, "sob proposta do Primeiro-
Ministro".
Ao Primeiro-Ministro compete "informar o Presidente da República acerca dos
assuntos respeitantes à condução da política interna e externa do país".
Marcelo Rebelo de Sousa
O Presidente da República tem como residência oficial o Palácio Nacional de
Belém, em Lisboa.
O atual Presidente da Republica Portuguesa é Marcelo Rebelo de Sousa (desde
que venceu as eleições presidenciais em 2016).
Assembleia da República
A Assembleia da República é o órgão legislativo do Estado
Português. É o segundo órgão de soberania de uma República
Constitucional. É um parlamento unicameral, sendo composto por
230 Deputados, eleitos pelos portugueses para os representarem ao
nível nacional, para mandatos de 4 anos. A Assembleia da
República reúne-se diariamente no Palácio de São Bento, na
freguesia da Estrela (Lapa), em Lisboa. Nas traseiras do edifício
situa-se a Residência Oficial do Primeiro-Ministro. Assembleia da República
(Palácio de São Bento, Lisboa)
Além da função primordial de representação, compete à Assembleia
da República assegurar a aprovação das leis fundamentais da
República e a vigilância pelo cumprimento da Constituição, das leis
e dos atos do Governo e da Administração.
O atual Presidente da Assembleia da Republica é Eduardo Ferro
Rodrigues (partido Socialista)

Eduardo Ferro Rodrigues


Curiosidade: Os chamados partidos de direita ficam
sentados no parlamento do lado direto | Os chamados
partidos de esquerda ficam sentados do lado esquerdo.
Governo
O Governo conduz a política geral do país e dirige a Administração Pública, que executa a política do Estado. Exerce
funções políticas, legislativas e administrativas.
O Governo tem como funções:
 negociar com outros Estados ou organizações internacionais,
 propor leis à Assembleia da República,
 estudar problemas e decidir sobre as melhores soluções (normalmente fazendo leis),
 fazer regulamentos técnicos para que as leis possam ser cumpridas,
 decidir onde se gasta o dinheiro público.
A formação de um governo processa-se do seguinte modo: após as eleições para a Assembleia da República ou a
demissão do Governo anterior, o Presidente da República ouve todos os partidos que elegeram deputados à Assembleia
e, tendo em conta os resultados das eleições legislativas, convida uma pessoa para formar Governo.
O Primeiro-Ministro, nomeado pelo Presidente da República, convida as pessoas que entende. O Presidente da República
dá posse ao Primeiro-Ministro e ao Governo que, seguidamente, faz o respetivo Programa, apresentando-o à Assembleia
da República.
O Programa do Governo é um documento do qual constam as principais orientações políticas e as medidas a adotar ou a
propor para governar Portugal.
O Governo é chefiado pelo Primeiro-Ministro que coordena a ação dos ministros, representa o Governo perante o
Presidente, a Assembleia e os Tribunais.
O Governo termina o seu mandato quando o novo governo entra em funções, quer tenha sido formado após eleições para
a Assembleia da República, quer tenha sido formado após um rearranjo político das forças parlamentares. Sempre que
termina a legislatura ou que muda o Primeiro-Ministro, há um novo governo.
É primeiro-ministro de Portugal desde 26 de novembro de 2015, António Costa (Partido Socialista)
Tribunais
Os tribunais administram a justiça e são o único órgão de soberania não eleito.
Os tribunais dos regimes democráticos caracterizam-se por serem independentes e
autónomos. Os juízes são independentes e inamovíveis (que não podem ser afastados
do seu posto), e as suas decisões sobrepõem-se às de qualquer outra autoridade.
Entre os tribunais, destaca-se o Tribunal Constitucional.

O Tribunal Constitucional é o mais alto Tribunal do sistema judicial de Portugal e o


único Tribunal português cujas decisões são definitivas e inapeláveis.
Com sede em Lisboa, o Tribunal Constitucional exerce a sua jurisdição no âmbito de
toda a ordem jurídica portuguesa, sendo que as suas decisões são obrigatórias para
todas as entidades públicas e privadas e prevalecem sobre as dos restantes tribunais e  Tribunal Constitucional
de quaisquer outras autoridades.
Como órgão constitucional foi criado pela Revisão Constitucional de 1982, na sequência
da extinção do Conselho da Revolução. A sua competência nuclear é a fiscalização da
constitucionalidade das leis e dos decretos-leis, bem como da sua interpretação
conforme à Constituição. É ainda o Tribunal superior no âmbito do contencioso eleitoral
e tem competência para a fiscalização dos partidos políticos e dos titulares de cargos
políticos.
Desde 12 de Fevereiro de 2021 é Presidente do Tribunal Constitucional o
Conselheiro João Caupers. Embora o mandato seja de 4 anos e meio, Caupers
permanecerá no cargo até 6 de Março de 2023, data em que termina o seu mandato de João Caupers
9 anos como Juiz do Tribunal Constitucional.
Símbolos nacionais
A Constituição da República determina, no seu artigo 11º, nºs. 1
e 2:
A Bandeira Nacional, símbolo da soberania da República, da
independência, da unidade e integridade de Portugal é a
adotada pela República instaurada pela Revolução de 5 de
outubro de 1910.
A Bandeira Nacional é dividida verticalmente em duas cores -
verde escuro e vermelho - ficando o verde do lado da tralha ou
do mastro. Ao centro, sobreposto à união das cores, tem o
escudo das armas nacionais, orlado de branco, sobre a esfera
armilar, em amarelo e avivada de negro.

O Hino Nacional é ‘A Portuguesa’


O Hino Nacional é o outro símbolo nacional definido pelo artigo
11º da Constituição. Com música da autoria de Alfredo Keil e
letra de Henrique Lopes de Mendonça, A Portuguesa foi
proclamada como hino nacional na Assembleia Constituinte de
19 de junho de 1911, que aprovou também a Bandeira Nacional.

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