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Os órgãos

de
soberania
Composição, competências e
interligação
Estado de Direito Democrático é um conceito
que designa qualquer Estado que trabalha
para garantir o respeito das liberdades civis
O que é um ou seja, o respeito pelos direitos humanos e
pelas liberdades fundamentais, através do
Estado de estabelecimento de uma proteção jurídica.
Direito Num Estado de Direito, as próprias
Democrático? autoridades políticas estão sujeitas ao
respeito das regras jurídicas. Os três grandes
princípios constituintes de um Estado
submetido ao Direito são: o princípio da
legalidade, o princípio da igualdade e o
princípio da justiça.
A A Constituição da República Portuguesa
atualmente em vigor foi aprovada em 2 de Abril
Constituição de 1976, entrando em vigor a 25 de Abril.

da
República A Constituição de 1976 refletia as opções

Portuguesa decorrentes do período revolucionário,


consagrando a transição para o socialismo, a
nacionalização dos principais meios de
produção e a participação do Movimento das
Forças Armadas no exercício do poder político,
através do Conselho da Revolução.
Desde 1976, a Constituição sofreu várias
A revisões:

Constituição
da . A de 1982, diminuiu a carga ideológica,
flexibilizou o sistema económico e redefiniu
República as estruturas do poder político e criando o
tribunal Constitucional.
Portuguesa
. A de 1989, deu maior abertura ao sistema
económico, nomeadamente pondo termo ao
princípio da irreversibilidade das
nacionalizações.
. As de 1992 e 1997 adaptaram-nas aos Tratados da
União Europeia, Maastricht e Amsterdão, consagrando

A ainda alterações referentes à capacidade eleitoral de


estrangeiros, à possibilidade de criação de círculos
uninominais, ao direito de iniciativa legislativa aos
Constituição cidadãos, e reforçando os poderes legislativos
exclusivos da Assembleia da República.
da
República . A de 2001 permitiu a ratificação, por Portugal, da
Portuguesa convenção que criou o Tribunal Penal Internacional,
alterando as regras de extradição.
. A de 2004 aprofundou a autonomia político-administrativa
das regiões autónomas dos Açores e da Madeira,
aumentando os poderes das suas Assembleias Legislativas e

A
substituindo o Ministro da República pelo Representante da
república, alterou normas como a relativa à vigência na ordem
jurídica interna dos tratados e normas da União Europeia,
Constituição aprofundou o princípio da limitação dos mandatos dos cargos
políticos executivos, e reforçou o princípio da não
discriminação.
da
República . A de 2005, que através do aditamento de um novo artigo,

Portuguesa
permitiu a realização de referendo sobre a aprovação de
tratado que vise a construção e o aprofundamento da União
Europeia.
Símbolos:

• Bandeira
Quando foi implementada?
A Bandeira Nacional foi implementada, após a
instauração do regime republicano, através de um
decreto da Assembleia Constituinte datado de 19 de
Junho de 1911, substituindo a Bandeira da Monarquia
Constitucional que vigorava até então.
Bandeira Como é a Bandeira de Portugal?

A Bandeira Nacional de Portugal é dividida


verticalmente com duas cores fundamentais: verde
escuro do lado esquerdo (ocupando dois quintos) e
encarnado do lado direito (ocupando três quintos). Ao
centro, sobre a união das duas cores, tem o Escudo
das Armas Nacionais, e a Esfera Armilar Manuelina, em
amarelo e com contornos a negro.
O que significam as cores da Bandeira Nacional?

• O verde é a cor da esperança e foi escolhida para


consagrar a Revolta de 31 de Janeiro de 1891, onde
esta cor deu a vitória aos portugueses.

• O vermelho, é a cor da força, do calor, da virilidade,

Bandeira da coragem e da alegria e faz lembrar o sangue


derramado pelos portugueses nas batalhas em que
participaram.

• O branco, ao centro da bandeira, é a cor de


singeleza, de harmonia e de paz, e que assinala o
ciclo épico das nossas descobertas marítimas.
O que significam os símbolos da Bandeira
Nacional?
• A esfera armilar manuelina, que já fora
adotada como emblema pessoal de D.
Manuel I, consagra a epopeia marítima dos
Bandeira descobrimentos portugueses.
• O escudo branco com as quinas representa
a bravura, tenacidade, diplomacia e audácia
com que foi efetuada a defesa na
nacionalidade portuguesa.
• As cinco Quinas, a azul que estão no
escudo, representam as primeiras batalhas
na conquista do País (os cinco reis mouros
vencidos na Batalha de Ourique, em 1139,
por D. Afonso Henriques). Em cada uma das
quinas estão cinco pontos brancos que
Bandeira representam as chagas de Cristo que ajudou D.
Afonso Henriques a vencer esta batalha.
• Os sete castelos amarelos que estão na
faixa carmezim que rodeia o escudo
representam os castelos tomados aos
mouros por D. Afonso III.
Hino nacional

• O Hino Nacional é executado


oficialmente em cerimónias nacionais
civis e militares onde é rendida
homenagem à Pátria, à Bandeira
Nacional ou ao Presidente da
República. Também é ouvido quando
se trata de saudar oficialmente em
território nacional um chefe de Estado
estrangeiro.
Os órgãos de soberania –
sua composição,
competências e interligação

Presidente da República

O Presidente da República é o Chefe do Estado.


Assim, nos termos da Constituição, ele
"representa a República Portuguesa", "garante a
independência nacional, a unidade do Estado e
o regular funcionamento das instituições
democráticas" e é o Comandante Supremo das
Forças Armadas. O mandato do Presidente da
República tem a duração de cinco anos e
termina com a posse do novo Presidente
eleito.
• Como garante do regular funcionamento das instituições
democráticas tem como especial incumbência a de, nos
termos do juramento que presta no seu ato de posse,
"defender, cumprir e fazer cumprir a Constituição da
República Portuguesa".
Presidente da • Uma das competências mais importantes do Presidente da

República República no dia-a-dia da vida do País é o da fiscalização


política da atividade legislativa dos outros órgãos de
soberania. Ao Presidente não compete, é certo, legislar,
mas compete-lhe sim promulgar (isto é, assinar), e assim
mandar publicar, as leis da Assembleia da República e os
Decretos-Leis ou Decretos Regulamentares do Governo.
• No relacionamento com os outros órgãos de soberania,
compete-lhe, no que diz respeito ao Governo, nomear o
Primeiro-Ministro, "ouvidos os partidos representados na
Assembleia da República e tendo em conta os resultados
eleitorais" das eleições para a Assembleia da República. E,
Presidente da seguidamente, nomear ou exonerar, os restantes membros

República do Governo, "sob proposta do Primeiro-Ministro".

• No plano das relações com a Assembleia da República, o


Presidente da República pode dirigir-lhe mensagens,
chamando-lhe assim a atenção para qualquer assunto que
reclame, no seu entender, uma intervenção do Parlamento.
Pode ainda convocar extraordinariamente a Assembleia da República, de forma a
que esta reúna, para se ocupar de assuntos específicos, fora do seu período
normal de funcionamento.

Como Comandante Supremo das Forças Armadas, o Presidente da República


ocupa o primeiro lugar na hierarquia das Forças Armadas e compete-lhe assim,
em matéria de defesa nacional:

Presidente da o presidir ao Conselho Superior de Defesa Nacional;

República
o declarar a guerra em caso de agressão efetiva ou iminente e fazer a paz,
em ambos os casos, sob proposta do Governo, ouvido o Conselho de
Estado e mediante autorização da Assembleia da República;

o declarar o estado de sítio ou o estado de emergência, ouvido o Governo e


sob autorização da Assembleia da República, nos casos de agressão
efetiva ou iminente por forças estrangeiras, de grave ameaça ou
perturbação da ordem constitucional democrática ou de calamidade
pública. 
Assembleia da República (AR)

A Assembleia da República é o parlamento


nacional e é composta por todos os deputados
eleitos. Representa todos os cidadãos.

Só podem concorrer à Assembleia da República


pessoas integradas em listas de partidos políticos.

Cada partido elege deputados proporcionalmente


ao número de votos que recebe em cada círculo
eleitoral.
Assembleia da
República (AR)
A Assembleia da República é a assembleia representativa de
todos os cidadãos portugueses. É composta por 230 deputados.
Qualquer cidadão português (maior de 18 anos) pode ser deputado.
A lei eleitoral prevê algumas exceções que decorrem da natureza
de certas funções, tais como as de magistrado, militar no ativo,
diplomata, entre outras.

As eleições para a Assembleia da República realizam-se de 4 em 4


anos, mas a esta legislatura pode ser interrompida pela dissolução
da Assembleia caso em que se recorre à realização de novas
eleições.
Competências da AR
A Assembleia da República tem competência política e legislativa, de
fiscalização e ainda outras relativamente a outros órgãos.

• Competência Legislativa:

A Assembleia pode legislar sobre todas as matérias exceto aquelas que se


referem à organização e funcionamento do Governo.

Há matérias sobre as quais só a Assembleia pode legislar. São as matérias de


reserva absoluta, por exemplo, sobre eleições, partidos políticos, orçamento do
Estado, referendo, bases gerais do ensino e defesa nacional.

Os diplomas aprovados pela Assembleia designam-se por decretos que, após


promulgação e referenda, são publicados como Leis. São votados, em regra, por
maioria simples.
Competências da AR
•Competência de Fiscalização:

À Assembleia compete vigiar pelo cumprimento da


Constituição e das leis e apreciar os atos do Governo e da
Administração.

Os Deputados podem requerer a apreciação dos decretos-


leis que o Governo aprova exceto se estes disserem respeito
à competência exclusiva do Governo. A Assembleia pode
suspender, total ou parcialmente, a vigência de um decreto-
lei até à publicação da lei que o vier a alterar.
Competências da AR

• Competência relativamente a outros Órgãos:

Compete à Assembleia da República aprovar os


estatutos político-administrativos e as leis eleitorais
das Regiões Autónomas, pronunciar-se sobre a
dissolução dos seus órgãos de governo próprio e
conceder às respetivas Assembleias Legislativas
Regionais autorização para legislar sobre
determinadas matérias.
Governo Art.º 182º da Constituição da República
Portuguesa

«O Governo é o órgão de condução da


política geral do país e o órgão superior
da Administração Pública.»
Governo
O Governo conduz a política geral do país e dirige a Administração Pública, que executa a política do
Estado. Tem funções políticas, legislativas e administrativas.

O Governo tem como funções:

 Negociar com outros Estados ou organizações internacionais;

 Propor leis à Assembleia da República;

 Estudar problemas e decidir sobre as melhores soluções (normalmente fazendo leis);

 Fazer regulamentos técnicos para que as leis possam ser cumpridas;

 Decidir onde se gasta o dinheiro público.


Governo

O Governo é chefiado pelo Primeiro-Ministro que coordena a ação dos ministros, representa o


Governo perante o Presidente, a Assembleia e os Tribunais.

As principais decisões do governo são tomadas no Conselho de Ministros, que também discute e
aprova Propostas de Lei e pedidos de autorização legislativa à Assembleia da República  (para
leis que definem políticas gerais ou setoriais) discute e aprova Decretos-Lei e Resoluções (que
determinam medidas ou a forma de execução das políticas).
Governo

O Governo pode cair quando:

 apresenta um voto de confiança ao Parlamento e este o rejeita;

 a maioria absoluta dos deputados aprova uma moção de censura ao Governo;

 o seu programa não é aprovado pela Assembleia da República;

 o Presidente da República o demite para assegurar o regular funcionamento das instituições democráticas
portuguesas;

 o Primeiro-Ministro apresenta a demissão, morre ou fica física ou mentalmente impossibilitado.


Tribunais

Art.º 202º da Constituição da República


Portuguesa

• 1. Os tribunais são órgãos de soberania


com competência para Administrar a
justiça em nome do povo.
Tribunais

Os tribunais administram a justiça e são o único


órgão de soberania não eleito.
Os tribunais dos regimes democráticos caracterizam-
se por serem independentes e autónomos. Os juízes
são independentes e inamovíveis (que não podem
ser afastados do seu posto), e as suas decisões
sobrepõem-se às de qualquer outra autoridade.
Supremo Tribunal de
Justiça
É o órgão superior da
hierarquia dos tribunais
judiciais, sem prejuízo da
competência própria do
Tribunal Constitucional.
Tribunal Constitucional

O Tribunal Constitucional têm


múltiplas competências,
destacando-se a fiscalização da
conformidade das normas das
leis e dos decretos-leis com a
Constituição.
Supremo Tribunal
Administrativo
É o órgão superior da
hierarquia dos tribunais
administrativos e fiscais.
Compete-lhe o julgamento
de litígios emergentes das
relações jurídicas
administrativas e fiscais.
Tribunal de Contas
O Tribunal de Contas é a
instituição suprema de
fiscalização e controlo de
dinheiros e valores públicos.
Cabe ao Tribunal de Contas
pronunciar-se sobre a legalidade,
a economicidade, a eficiência e a
eficácia da gestão, bem como
sobre a fiabilidade dos sistemas
de controlo interno.
Tribunal de Contas
Trata de fazer de proceder à avaliação
técnica e económica sobre o modo
como os dinheiros públicos,
provenientes das receitas cobradas aos
contribuintes, é utilizado e aplicado.
Além da função de controlo
financeiro, o Tribunal de Contas
possui em exclusividade a
competência jurisdicional para julgar
infrações financeiras que envolvam
dinheiros ou valores públicos.
O poder local

O PODER LOCAL centra-se nas AUTARQUIAS –


Municípios e Freguesias.

O município é a autarquia local que visa a


prossecução de interesses próprios da população
residente na circunscrição concelhias, mediante
órgãos representativos por ela eleitos.
O poder local

As freguesias são autarquias locais


que, dentro do território municipal,
visam a prossecução de interesses
próprios da população residente em
cada circunscrição paroquial.
Os órgãos das autarquias

Assembleia Municipal

A assembleia municipal é o órgão deliberativo do município. É formada pelos presidentes das


juntas de freguesia e por membros eleitos por sufrágio universal, direto e secreto.

A assembleia municipal tem como funções:

 Acompanhar e fiscalizar a atividade da Câmara;

 Aprovar o Plano de Atividades, Orçamento e suas revisões, propostos pela Câmara;

 Aprovar o Plano Diretor Municipal.


Os órgãos das autarquias

Câmara Municipal

A câmara municipal é constituída por um presidente e por vereadores. É o órgão executivo


colegial do município, eleito pelos cidadãos eleitores recenseados na sua área.

Algumas áreas de intervenção da Câmara Municipal:

 Ação Social – disponibiliza apoio técnico e financeiro na área da infância, idosos,


pessoas com deficiência, sem abrigo, minorias e desenvolvimento comunitário;
Os órgãos das autarquias

 Educação – disponibiliza apoio a projetos da Escola de todos os níveis do ensino, do Pré-


Escolar ao Secundário.

 Ação Social Escolar – neste âmbito dão os seguintes apoios: cantinas, e atividades de
tempos livres, transportes escolares, colónias de férias, suplemento alimentar.

 Habitação Social e Reabilitação Urbana, Cultura e Desporto.


Os órgãos das autarquias

Assembleia de Freguesia

A Assembleia de Freguesia é eleita por sufrágio universal, direto e


secreto dos cidadãos recenseados na área da freguesia, segundo o
sistema de representação proporcional.
Os órgãos das autarquias

Junta de Freguesia

A Junta de Freguesia é o órgão colegial da freguesia. É constituída


por um presidente e por vogais, sendo que dois exercerão as funções
de secretário e de tesoureiro.
Os órgãos das autarquias

Junta de Freguesia

Compete à Junta de Freguesia, nomeadamente, deliberar as formas de apoio a


entidades e organismos legalmente existentes, com vista à prossecução de obras ou
eventos de interesse para a freguesia, bem como à informação e defesa dos direitos
dos cidadãos; passar atestados nos termos da lei; celebrar protocolos de colaboração
com instituições públicas, particulares e cooperativas que desenvolvam a sua
atividade na área da freguesia.

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