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ESCOLABÁSICADAVENDADO PINHEIRO

PORTUGUÊS
FICHA DE AVALIAÇÃO - 9.º ANO
2012/2013 Prof.ª Sílvia Rebocho

GRUPO I

Assinala as seguintes afirmações com V (verdadeiro) ou F (falso) e corrige as que são falsas. Deves
elaborar respostas completas.

a) Camões foi um autor renascentista.


b) Camões recorreu a textos de cronistas portugueses para elaborar Os Lusíadas.
c) Camões não se inspirou em qualquer epopeia para escrever Os Lusíadas. A epopeia
d) tem a sua origem no Renascimento. Os Lusíadas são uma epopeia.
e) O objetivo de Os Lusíadas é contar os factos heroicos de Vasco da Gama. A
f) nível externo, Os Lusíadas apresentam dez cantos.
g) A nível interno, Os Lusíadas dividem-se em quatro partes: Invocação, Dedicatória, Viagem e História de
h) Portugal.
Em Os Lusíadas são narrados episódios de vários tipos (mitológicos, bélicos, simbólicos, pictóricos e
i) líricos).
A Proposição constitui um sumário da obra.
j) Na Proposição, Camões diz que vai cantar apenas os feitos dos guerreiros e dos heróis imortais.
k) Na Proposição, Camões demonstra já a sua vontade em tornar a sua obra universal e intemporal.
l) Na Proposição, compara os portugueses a outros povos com o objetivo de elogiar os primeiros.
m) Na Proposição, o facto de Marte e Neptuno serem os primeiros deuses a serem referidos na obra não
n) tem qualquer valor simbólico.
Tendo em conta o assunto desenvolvido, a Proposição pode ser dividida em duas partes. Na
o) Proposição apenas estão presentes dois planos: o do poeta e o da viagem.
p) A figura de estilo presente no verso "Que da Ocidental praia Lusitana" (Proposição) é o eufemismo. Na
q) Invocação, Camões pede inspiração a Calíope. Camões dedica Os Lusíadas a D. Sebastião.
r)
s) GRUPO II

Lê atentamente as estrofes de Os Lusíadas que se seguem e responde, de forma clara,


correta e completa, às questões que te são colocadas.

19
Já no largo Oceano navegavam, As 24
inquietas ondas apartando; «Eternos moradores do luzente, 27
Os ventos brandamente respiravam, Estelífero Pólo e claro Assento: Agora vedes bem que, cometendo
Das naus as velas côncavas inchando;1 Se do grande valor da forte gente O duvidoso mar num lenho leve,
Da branca escuma os mares se mostravam De Luso não perdeis o pensamento, Por vias nunca usadas, não temendo
Cobertos, onde as proas vão cortando Deveis de ter sabido claramente De Áfrico e Noto a força, a mais se atreve
As marítimas águas consagradas, Como é dos Fados grandes certo intento Que, havendo tanto já que as partes vendo
Que do gado de Proteu são cortadas, Que por ela se esqueçam os humanos Onde o dia é comprido e onde breve,
De Assírios, Persas, Gregos e Romanos. Inclinam seu propósito e perfia
20 A ver os berços onde nasce o dia.
Quando os Deuses no Olimpo luminoso, 25
Onde o governo está da humana gente, Já lhe foi (bem o vistes) concedido, 28
Se ajuntam em consílio glorioso, Cum poder tão singelo e tão pequeno, Prometido lhe está do Fado eterno,
Sobre as cousas futuras do Oriente. Tomar ao Mouro forte e guarnecido 3
Cuja alta lei não pode ser quebrada,
Pisando o cristalino Céu fermoso, Toda a terra que rega o Tejo ameno. Que tenham longos tempos o governo
Vem pela Via Láctea juntamente, Pois contra o Castelhano tão temido Do mar que vê do Sol a roxa entrada.
Convocados, da parte do Tonante, Sempre alcançou favor do Céu sereno: Nas águas tem passado o duro inverno;
Pelo neto gentil do velho Atlante.2 Assi que sempre, enfim, com fama e glória, A gente vem perdida e trabalhada.
Teve os troféus pendentes da vitória. Já parece bem feito que lhe seja
Mostrada a nova terra que deseja.»
1. A estrofe 19 dá início à Narração.
1.1 Identifica a ação que se desenrola, as personagens envolvidas e o espaço em que se situam.
1.2 Como explicas o facto de o início da narração não coincidir com o princípio da viagem?

2. Repara nas referências temporais que introduzem as estrofes 19 e 20.


2.1 O que te dizem quanto ao tempo em que se desenrolam os dois planos narrativos? Retira do texto as
palavras que justificam a tua resposta.

3. A estrofe 20 situa-nos no momento em que o poeta introduz a primeira intriga de Os Lusíadas: o "Consílio
dos deuses".
3.1 Classifica e situa este episódio, a nível externo, na obra estudada.
3.2 Qual é o objetivo desta sessão do Consílio?

4. Júpiter preside ao Consílio e já tem a sua opinião formada.


4.1 Indica-a, bem como os aspetos em que fundamenta a sua posição. Retira exemplos do texto que possam
justificar a tua resposta.
4.2 Qual a importância do "Fado" no ponto de vista de Júpiter?

5. Depois do discurso inicial de Júpiter, três deuses manifestam a sua opinião. 5.1.
Identifica-os e sintetiza os seus argumentos.

6. Comenta a importância deste episódio ao nível da glorificação do protagonista de Os Lusíadas e


relaciona-o com a mensagem transmitida na 3.ª estrofe da Proposição.

GRUPO III

1. Atenta agora no aspeto formal das estrofes transcritas.


1.1. Classifica-as quanto ao número de versos, sílabas métricas e rima.

2. Repara nos versos sublinhados das estrofes transcritas.


2.1. Identifica os recursos expressivos neles presentes e justifica.

3. Ao longo do texto, podes encontrar palavras que já caíram em desuso. Diz como se chamam e retira dois
exemplos que o comprovem.

GRUPO IV

1. Identifica a conjugação perifrástica presente nas frases, ou versos, e diz qual a sua tonalidade.
1.1 Estava para desistir, quando Marte interveio.
1.2 Andavam a colonizar novos mundos, mas tinham encontrado muitas dificuldades. 1.3
As naus iam chegando ao Oriente, depois de passadas tantas tormentas. 1.4 Baco tinha
mesmo de defender os seus interesses. 1.5 Marte sentiu que devia ajudar Vénus.
1.6 "E tendo guarnecida a lassa frota/Tornarão a seguir sua longa rota"

2. Indica qual o aspeto verbal presente nas frases que se seguem. 2.1
Os marinheiros de Vasco da Gama rezavam todos os dias. 2.2 Devido à
discussão, Apolo perdeu a sua luz, por instantes.

GRUPO V

Todas as reuniões pressupõem a existência de uma convocatória. Redige a convocatória que terá estado
na origem do "Consílio dos deuses no Olimpo".
Não te esqueças de obedecer às características subjacentes a este tipo de texto.

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