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ELEMENTOS DO ESTADO
Povo- conjunto de pessoas ligadas a um estado pelo vínculo jurídico da
nacionalidade e sem o qual o estado não existiria (estrangeiros fazem parte do
povo)
Território- espaço onde residem e podem atuar a comunidade que habita o
solo de um estado, delimita o espaço onde podem atuar os órgãos de
soberania.
Poder político- governo da coletividade de um estado em que a soberania é
considerada uma qualidade especial de um poder com uma identidade própria.
Ordenamento jurídico-sistema composto por atos jurídicos e por autoridades
competentes para aplicar esses atos.
O Povo
População- conjunto de pessoas que residem num Estado, nomeadamente
estrangeiros e apátridas. [...]
Não há obviamente coincidência entre povo e população, na medida em que nem
todos os residentes são cidadãos e nem todos os cidadãos de um Estado se podem
contar entre a população residente
Nação- Conceito sociológico e cultural que abrange as pessoas unidas por
tradições, necessidades e objetivos comuns. [...]
Não há coincidência entre o conceito de nação e o conceito de povo, uma vez que, há
nações não organizadas em Estados ou que estão repartidas em mais do que um
Estado
Regime da nacionalidade
Artº 4ºC - “São cidadãos portugueses todos aqueles que como tal sejam considerados
por lei ou por convenção internacional”
- A noção jurídica e política de um povo tem assento constitucional, mas encontra-se
regida pela lei da nacionalidade. A constituição fala em cidadania e a lei fala em
nacionalidade, são sinónimos.
Cidadania Europeia
Todos os cidadãos dos estados membros da UE também são cidadãos europeus. A
cidadania europeia confere aos seus titulares uma pluralidade de direitos reconhecidos
nos tratados e no direito derivado da UE, como:
- Livre circulação do espaço europeu;
- Eleger e ser eleito em regiões locais;
- Eleger ou ser eleito para o parlamento europeu;
- Proteção diplomática das instituições europeias em caso de guerra civil ou ditadura,
no estado onde nos encontramos;
O Território
Espaço geográfico onde o Estado exerce os seus poderes de domínio, território onde
habitam e podem atuar os residentes de um determinado estado.
Delimitado por fonteiras:
Terrestre- solo e subsolo, linhas de fronteira à superfície
Aéreo- espaço suprajacente
Marítimo- águas territoriais, zona contígua, ZEE, plataforma continental
Presidente da República
O presidente é o chefe de estado, é o órgão de soberania que representa a república
portuguesa, tem também uma função representativa da comunidade nacional como
um todo e assume simultaneamente a representação externa do Estado. Tem o dever
de defender, cumprir e fazer cumprir a constituição [...]
Estado Unitário
A natureza unitária implica que exista apenas uma Constituição. Sendo assim, esta
rege tanto a organização e funcionamento do poder político central como a dos
poderes das coletividades territoriais.
Estado Federal
Identifica-se com a ideia de que uma dada coletividade territorial soberana é um
Estado composto por diversos outros Estados federados, cada qual servido por uma
Constituição e um poder constituinte próprio. Esta deve vincular-se à Constituição
federal, sob pena de invalidade, já́ que a Constituição federal é hierarquicamente
superior à dos Estados federados (exº suíça, Alemanha, EUA).
Modalidades de Federalismo:
Federalismo Originário: (ou centrípeto) os Estados federais são constituídos
a partir da prévia existência de Estados autónomos (a sua junção). Estados
previamente independentes que acordam renunciar à sua soberania para
constituir uma federação.
Com este tipo de federalismo advém o reconhecimento e um maior grau de
autonomia constitucional, política, administrativa e financeira aos Estados
federados, já́ que estes possuíam originariamente as suas próprias ordens
políticas e constitucionais soberanas, que foram reformadas de forma a
OS REGIMES POLÍTICOS
Regimes políticos ≠ forma de Estado modelo doutrinal ou ideológico que justifica ou
fundamenta a legitimidade do poder de um Estado e a relação entre governantes e
governados.
a ideologia consiste na simplificação de uma doutrina política com ideologias que
justificam o poder de autoridade através de uma ideia forçada de Direito- organização
do poder
Sufrágio (voto)
Universal
Secreto
Direto
Periódico (novas eleições depois de terminados os mandatos)
Pirâmide Hierárquica
CR
Um Decreto de Lei pode revogar uma lei porque são
P hierarquicamente igualitários. Norma mais recente é a que
Leis e decretos
de leis
prevalece devido à cronologia. Mas ambos dão
hierarquicamente inferiores à constituição (art. 112-2).
Regulamentos
Ato administrativo
Tipos de inconstitucionalidade
Orgânica- quando um órgão aprova um ato que não é da sua competência. -
violar normas de competência. Quando um órgão aprova um ato que não é da
sua competência
Formal- quando a ordem de procedimento de um ato é violada. violar
exigências de forma ou de procedimento (não segue os passos necessários para
realizar um ato
Material- quando uma norma de conteúdo é violada (descriminação). violar um
princípio material da constituição
[órgãos do estado só podem atuar se tiverem uma norma que os permita fazê-lo]
[...]
SISTEMA DE GOVERNO
Sistema político – modelo de estruturação e de relacionamento dos órgãos de
soberania
no exercício do poder político.
Os três sistemas de governo típicos dos regimes democráticos consistem nos sistemas
parlamentaristas, presidencialistas e semipresidencialistas. Como categoria isolada e
atípica cumpre, ainda, mencionar o sistema diretorial.
Contudo, o processo de designação do chefe de Estado deve ser colocado fora de uma
definição abrangente de parlamentarismo, já que a par de Monarcas e Presidentes
eleitos pelo Parlamento, surge um número significativo de Estados em que o
Presidente é eleito por sufrágio universal (e.g. Irlanda, Finlândia e Lituânia).
Sistemas presidencialistas
Caraterísticas:
▪ Legitimação popular do PR por via de uma eleição por sufrágio universal.
▪ Chefia direta do Governo ou administração pelo mesmo chefe de Estado.
▪ Independência política e funcional estabelecida entre o Chefe de Estado e o
Parlamento, sem prejuízo da existência de controlos recíprocos.
Este é o sistema, segundo BM, onde a separação de poderes teorizada por
Montesquieu se encontra mais presente.
Presidencialismo- o chefe de estado tem legitimidade democrática (pode
exercer as suas competências com autonomia) e é o líder do governo ou
executivo. O parlamento também tem legitimidade democrática mas o governo
não responde politicamente perante o parlamento, o que significa que nem o
chefe de estado pode dissolver o parlamento e nem o parlamento pode
destituir o chefe de estado, os mandatos não podem ser encurtados
SISTEMAS ELEITORAIS
O sufrágio eleitoral pode ser:
→ Direto – englobando um colégio eleitoral geral e homogéneo, que consagre os
cidadãos eleitores, correspondentes aos círculos eleitorais ordenados
geograficamente.
→ Indireto – sucessão ordenada de colégios em que os eleitores de um colégio
eleitoral vão designar os eleitores de outro colégio de grau superior sendo,
eventualmente, estes que elegeram o titular ou os titulares do poder (e.g. eleição
presidencial norte-americana).
CONSTITUIÇÃO
Com raras exceções, os Estados são regidos por Constituições, independentemente de
serem regimes democráticos ou ditatoriais. Assim, é de concluir que a Constituição é
um estatuto identitário do poder político estadual e o estatuto da sociedade nas
relações entre os governados e esse poder (detido pelos governantes).
É a Constituição também quem fundamenta o poder dos governantes e disciplina
juridicamente a sua organização.
Fim estruturante
A Constituição corporiza instrumentalmente um fim estruturante da ordem estadual
que é o de legitimar e regular o poder político, bem como o de traçar os princípios
ordenadores da sociedade.
A Constituição justifica o poder político de um Estado, já que, como ato soberano,
justifica a autoridade de uma forma de poder público em torno de um conjunto de
valores e princípios políticos, jurídicos, éticos, sociais e até religiosos, que erige a favor
de uma unidade coletivamente aceite, de forma expressa ou tácita. Trata-se de uma
legitimação com uma dimensão política e com uma componente “legal, racional”.
Por outro lado, a Constituição, como norma de organização, regula e imita o mesmo
poder político, disciplinando as suas instituições fundamentais no que respeita à
designação dos seus titulares, exercício de competências e relações de controlo
interorgânico.
Finalmente, a Constituição, toma posição sobre princípios de organização social,
definindo aspetos de relacionamento das pessoas com os órgãos de poder, em termos
de direitos, prerrogativas e deveres.
Note-se que são os direitos fundamentais das pessoas que constituem o núcleo da
organização social das Constituições modernas, já que estes direitos fazem- se valer
frente aos poderes públicos e constituem um limite à atuação destes.