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DIREITO CONSTITUCIONAL

PÁG.137 E 141- MANUAL DE DIREITO CONSTITUCIONAL

O SENTIDO DO ESTADO GERAL

PARÁGRAFO III
Na definição de Estado encontramos os 3 elementos sem os quais o estado
não existe:

 Povo- conjunto de cidadãos que se vincula de forma individual ao


estado e em virtude desse vínculo jurídico-político têm direitos e deveres
para com esse estado. Esse vínculo jurídico-político designa-se por
cidadania.
 Território – é o espaço onde o estado exerce o seu poder.
 Soberania- consiste no exercício do poder livre de criar lei, impor a lei,
escolher livremente o seu regime político, celebrar tratados
internacionais e praticar todos os outros atos de poder no determinado
território.

a)

O estado é composto por órgãos que têm competências e funções


determinadas. Esta organização vai determinar não só o bom funcionamento
do Estado como também o sistema e forma de governo.

b)

Os órgãos políticos prosseguem o interesse público (o bem comum de todos)

No entanto apesar do estado prosseguir o interesse público em alguns casos,


nomeadamente em processos administrativos, tem de obrigatoriamente a
entidade pública ponderar os interesses privados.

Exemplos interesse público: saúde pública, o ambiente, ornamento do território,


proteção de património cultural, desenvolvimento económico, o equilíbrio das
contas públicas, redução do desemprego.

c)

A autonomia dos fins pressupõe uma institucionalização dos seus objetivos,


fins dos bem comum através de órgãos nesse sentido a responsabilidade pelas
ações praticadas no exercício dos poderes públicos (que não sejam crime
individual de cada titular da ordem do crime) são atos da responsabilidade do
estado e desta forma se diz que o estado tem personalidade coletiva.
Exemplo: quando o primeiro ministro exerce de acordo com a constituição ele
age não em nome próprio, mas em nome do Estado.

d)

É no Estado que reside a origem do poder político na medida em que o poder


constituinte, ou seja, o poder de criar uma constituição que é a lei fundamental
do Estado só existe no Estado (só existe se o Estado exigir).

e) O Estado carece num território físico.

f) as estruturas de coesão as forças armadas, forças de segurança e os


próprios tribunais são estruturas do Estado e não podem ser privatizadas.

PARÁGRAFO IV
Segurança externa: forças armadas

Segurança externa: Tribunais

Justiça comutativa- restabelecer relações de igualdade através, por exemplo


dos impostos, subsídios…

Justiça distributiva – criar condições para que cada pessoa poda ascender ao
patamar social que pretende sem ser excluído perante a sua condição social,
raça, etnia…

PARÁGRAFO V
O ELEMENTO HUMANO O POVO

PARÁGRAFO I
Para o direito constitucional a cidadania não significa nacionalidade. A
cidadania designa o vínculo jurídico-político de cada cidadão a um estado
quando um estado atribui a sua cidadania a um individuo está a atribuir direitos
e deveres e de natureza política que em alguns casos são vedados a cidadãos
que têm outra cidadania, como por exemplo, o direito de voto, de exercer
certos cargos de se eleger e ser elegido, o dever de defender a pátria.

A nacionalidade é um vínculo a uma nação, ou seja, um conjunto de valores


culturais, históricos, religiosos de cada indivíduo com a nação. Desta forma, a
lei da nacionalidade não devia se designar por lei da nacionalidade, mas sim
por lei da cidadania. Para além de que a nacionalidade pode ser utilizada para
navios ou para aeronaves.
No entanto, podemos utilizar o temo lei da nacionalidade, porque apesar deste
termo não definir o vínculo jurídico-político, define um vínculo com uma
comunidade cultural que em muitos casos é condição para a aquisição da
nacionalidade/cidadania.

PARÁGRAFO II
Na escolha dos governantes

Art.121

No desempenho de cargos públicos

Art.15

As funções de soberania (Art.110 n.1)

PARÁGRAFO IV
A cidadania confere

Os critérios que estão na base da atribuição da cidadania/nacionalidade

Exemplos de relações de sangue- filhos de portugueses são portugueses.

20-10-2022
PÁG.145

O ELEMENTO FUNDAMENTAL- A SOBERANIA

PARAGRÁFO I
Soberania interna- representa a supremacia política sobre qualquer
centro de poder político.

Resulta no poder livre de criar leis e aplicar essas leis num determinado
território sem interferência de qualquer outro poder político, apenas apoiado
numa lei suprema que é a constituição.

A soberania externa está relacionada com o poder soberano de um estado ser


sujeito de direito internacional, em pé de igualdade com outros estados que se
resume ao poder de celebrar tratados, estabelecer relações diplomáticas.

Os órgãos de soberania em Portugal são os seguintes: Art.110 n.1


Estes órgãos são órgãos de soberania porque são os únicos que tem poderes
de soberania, por exemplo o Art. 135, o facto de representar o estado
português ser um chefe de estado.

A assembleia da república e o governo tem um poder legislativo.

O tribunal tem poder soberano porque aplicam a justiça e a lei.

PARÁGRAFO III
Entidades intraestaduais- municípios, regiões autónomas- no caso das regiões
autónomas terem autonomia política administrativa e financeira, e as
autarquias regionais tem autonomia política e financeira. E só existem porque
são criações do Estado, ou seja, não tem soberania.

Nos termos do Art. 6, o Estado Português é um Estado unitário, ou seja, que


apesar de existir, para além da administração centralizada (Governo,
Administração Pública Central) existe também administração descentralizada
(Institutos públicos) e ainda regiões autónomas e autarquias locais. Todas
estas entidades exceto a administração central são entidades intraestaduais,
mas todas elas são regidas pela mesma constituição ao contrário, dos estados
compostos, por exemplo, os estados federativos, que apesar de submeterem a
uma constituição, que é a constituição federal, tem as suas próprias
constituições.

Em relação às regiões autónomas estas não são Estados federados, porque as


regiões autónomas não têm nem soberania interna nem externa, não tem uma
constituição.

O seu estatuto é provado por um órgão de soberania da república que é a


assembleia da república. Já o estado federado do Rio de Janeiro tem
soberania interna e não externa. Eles têm um governo próprio e podem criar
uma constituição própria.

Nas regiões autónomas dos Açores e da Madeira têm um parlamento próprio e


podem criar de forma autónoma as assembleias.

As autarquias locais ao contrário das regiões autónomas não têm autonomia


politico-legislativa, mas apenas autonomia administrativa e financeira, ou seja,
o município possui uma assembleia (assembleia municipal), mas as
assembleias não criam atos legislativos, apenas regulamentos (atos
normativos), isto é , pratica atos administrativos(conceder licencias e
autorizações) sem interferência do governo, o governo só exerce sobre as
autarquias uma tutela da legalidade e não uma tutela de mérito, apenas
fiscaliza a atividade se o município que está de acordo com a lei, não lhe dá
orientações para cumprir a lei.
As autarquias tal como as Regiões Autónomas têm os seus bens próprios e as
suas receitas próprias.

A região autónoma não tem soberania interna, mas tem autonomia para
criar as suas próprias leis.

PARÁGRAFO IV
A assembleia da República neste caso:

Ou seja, as competências pessoais inerentes a soberania interna tem a ver


com a aprovação pelos órgãos de soberania de estatuto jurídico político de
cada cidadão, ou seja, os seus direitos e deveres políticos em relação ao
Estado.

As competências territoriais têm a ver com um órgão de soberania fixar o


regime jurídico que regula a utilização ou aproveitamento do território do
estado.

PARÁGRAFO V
O princípio da independência nacional significa a não ingerência nos assuntos
internos e externos de cada estado, essa ingerência só poderá ser justificada
pelo consentimento do estado soberano e pelo próprio direito internacional
público.

A independência nacional não esta só também relacionada com a soberania


interna e externa, mas também com a ideia de identidade nacional, ou seja,
quanto mais forte for a ligação de cada individuo ao conjunto de valores
histórico e culturais que compõem uma nação mais difícil será um Estado
prever a sua independência.

A independência está relacionada ao desenvolvimento económico, tecnológico


e humano.

O estado semissoberano é um estado que tem soberania interna, mas tem a


sua soberania externa limitada ou extremamente limitada.

O estado não soberano, embora sendo verdadeiros estados somente o são


assim na ordem interna, mas não têm nenhuma soberania externa.

PARÁGRAFO VI
Estados confederados

A união Europeia na sua atual configuração, os Estados membros da União


Europeia são estados soberanos, no entanto, alguns órgãos dos Estados
Membros são comuns aos Estados Membros, como o parlamento europeu, o
tribunal de justiça europeu, as diretivas e regulamentos da União Europeia
fazem parte do ornamento jurídico de cada estado membro e a soberania de
cada estado membro está limitada por esse poder que a união europeia tem de
impor a sua legislação e até a sua política interna e externa.

É um estado semissoberano quando a sua soberania externa está limitada


(Estados federados).

Uns exemplos de estados federados semissoberanos são aqueles que não


federaram a totalidade da sua soberania externa. Por exemplo, alguns estados
da união soviética.

No entanto, atualmente a maior parte dos estados federados são considerados


estados não soberanos, porque possuem soberania interna, mas não possuem
soberania externa nenhuma (caso dos Estados Unidos, do Brasil e Alemanha).

28-10-2022
TERRITÓRIO- ELEMENTO ESPACIAL PÁG.153
Art. 5, diz respeito ao território e o Art.5 n.3 diz que o estado não pode vender
uma parte do território.

Art. 84, há bens que não podem ser apropriados por entidades privadas.

OS PRINCÍPIOS DA TERRITORIALIDADE:
O estado no seu território aplica a sua lei.

Evolução do estado

Vamos caracterizar o estado de acordo com alguns critérios:

1. A origem do poder político- apesar de não ser a mesma coisa que


soberania, o poder político é uma manifestação de soberania, pois no
sentido lato significa todo o poder seja legislativo, judicial ou
administrativo, é todo o poder que se manifesta em todo estado com a
garantia da existência de um poder soberano do Estado.
2. A legitimidade do poder político- quem é que escolhe o poder político e
os seus titulares? Quem é que pode ser e escolher os titulares de poder
político? Temos dois tipos de legitimidade: legitimidade democrática-
qualquer pessoa pode ser eleito ou eleger os titulares do poder político e
a legitimidade hereditária- nem todas as pessoas podem ser titulares de
poder político, depende da sua sucessão.
3. Liberdade política- garantia de direitos fundamentais de participação na
vida publica ou política, por exemplo a liberdade de expressão, liberdade
de oposição política, liberdade de constituir partidos políticos, ou seja, o
pluralismo da expressão.
A um estado que tem liberdade política dissemos que é um estado com
pluralismo da expressão, ou uma pluricarcia a um estado que não tem
liberdade de expressão/política e um estado regido pelo monismo/
monacracia.

4. Representatividade política se os órgãos políticos representam todo o


povo/a nação ou uma parte do povo, o poder político (art.147) mas há
estados que tem a representação política limitada, quando não
reconhece o sufrágio universal ou não reconhece que a soberania reside
no povo.
5. A separação dos poderes- um estado tem separação de poderes
quando o poder politico não está concentrado na mesma pessoa, mas
sim existem diferentes órgãos com competências definidas,
normalmente por uma lei constitucional e delimitadas, por exemplo, nas
competências tradicionais (legislativas- poder de criar leis, que pertence
ao parlamento, o poder judicial que consiste em aplicar a lei que
pertence aos tribunais, um poder executivo/administrativo poder da
condução da política interna/externa. Um estado que não tem separação
de poderes, estes pertencem a um monarca, por exemplo, que os
concentra a todos e este poder não tem limites.

O PODER POLÍTICO E O ESTADO (PÁG.110)


A anarquia não é poder político, a ditadura é um exemplo onde não existe
liberdade política.

Poder político é algo que se impõe, obriga e no sentido pelo respeito pela lei,
quem exerce o poder político também está limitado pela lei.

Definição de poder político (pág.110).

PARÁGRAFO III
Origem naturalista

Origem teológica

Origem voluntarista

O ESTADO GREGO (PÁG.170)

PARÁGRAFO IV
Importante: liberdade-participação e a liberdade- autonomia- pág. 173
O ESTADO MEDIEVAL (PÁG. 180)

PARÁGRAFO II
Legitimidade hereditária.

Estado medieval- estado moderno

Ausência de representatividade política; as assembleias são órgãos de


representação popular, apesar de existirem assembleias elas não
representavam o povo, mas apenas uma parte da população (aristocracia,
feudais e os interesses da igreja).

PARÁGRAFO IV
No estado medieval o poder político estava repartido entre os senhorios
feudais, o papado e o monarca, sendo que tal não se traduz numa efetiva
separação de poderes, mas sim numa confusão de poderes e que fomentava o
surgimento de guerras e o surgimento de pequenas unidades territoriais, cada
uma com a sua própria lei, que pareciam mais ser estados aparentes (não
eram verdadeiros estados, mas revoltavam-se contra o poder central) dentro de
um próprio estado. Não existe uma verdadeira ordem soberana embora o
papado exerça uma influência, de certa forma unificação dos poderes que
proliferam nos diferentes territórios.

De acordo com o princípio da separação de poderes existe uma clara definição


das competências de cada órgão do poder político, que se relacionam entre si
e limitam ao mesmo tempo, impedindo a usurpação de poderes.

Em relação à origem do poder político sendo sobretudo um sistema político


baseado na sucessão hereditária há uma ideia de origem de poder político
teológico.

ESTADO MODERNO (PÁG.184)

PARÁGRAFO I
Legitimidade hereditária.

A origem do poder político é teológica, numa segunda fase torna-se


voluntarista, com as teorias do Thomas Hobbs e de Jean Bodin.

PARÁGRAFO II
Nicolau Maquiavel- ausência de separação de poderes, estão todos
concentrados nos reis e não têm limites.
Jean Bodin- ao contrário de Maquiavel, entendia que o poder do monarca,
apesar de ser um poder concentrado e absoluto, tinha limites, o limite das leis
naturais (a vida, a paz…) princípios gerais de direito (princípio da boa fé,
princípio do mar livre [este princípio vai estender o conteúdo de soberania para
lá do Estado, todos os Estados podem livremente navegar no mar e aplicar a
sua lei] …) – teoria voluntarista da origem do poder.

Thomas Hobbs- Jean Bodin assim como Thomas Hobbs defendem uma teoria
voluntarista contratualista da origem do poder politico, ou seja, não existe para
eles uma verdadeira representação popular, mas sim uma relação como uma
espécie de contrato entre o monarca e os seus súbditos, em que o monarca
oferece a segurança e o bem-estar aos seus súbditos e em troca estes
submetem-se ao poder do monarca; diferentemente de Thomas Hobbs, Jean
Bodin considera que o poder do monarca ainda que absoluto é limitado pelas
leis naturais e pelos princípios gerais de direito, por esta forma o monarca que
desobedecer a estas leis e princípios pode ser deposto ou até se pode admitir
o tiranicídio, a isto se chama teoria do pacto de sujeição revogável.

Thomas Hobbs defende que o monarca tem o poder de vida e de morte sob os
seus súbditos, porque o monarca protege os seus cidadãos/súbditos e não
conhece limitações.

Sendo assim Thomas Hobbs reconhece que o pacto de sujeição entre o


monarca e os seus súbditos é irrevogável e absoluto.

PARÁGRAFO III
A intensificação do poder estadual com recurso ao conceito de soberania- esta
ideia de soberania tem haver com a soberania externa e interna e não com a
ideia de soberania popular.

“Numa palavra:” – aqui surgiu a ideia do voluntarismo na ideia do poder político


como também na ordem interna e externa (não podem resultar celebrações de
contratos sem a vontade dos Estados).

PARÁGRAFO IV
Estado Estamental- não existiam assembleias representativas, então aqui não
existe representatividade nem uma democracia representativa nem
participativa do povo.

Estado absoluto-

O estado de polícia- origem do poder político voluntarista fundamentado nas


teorias de Jean Bodin e Thomas Hobbs. O monarca manda, mas é
aconselhado por um conjunto de pessoas, mas mesmo assim é a sua palavra
que dita as leis e as ordens do Estado.

PARÁGRAFO V
O estado moderno era uma monacracia.

O ESTADO CONTEMPORÂNEO (PÁG. 191)


O estado contemporâneo engloba várias formas de estado, nomeadamente o
estado liberal, o estado socialista que surgiu em virtude dos aspetos negativos
do liberalismo mais radical e que não teve em conta as necessidades do povo
e os direitos fundamentais, estado fascista que também proliferou em alguns
casos com o estado socialista, o Estado social que foi uma criação de uma
corrente liberal para corrigir os efeitos negativos que o Estado liberal colocou
na sociedade, o Estado pós social, final do séc. XX a partir da década de 70
até aos dias de hoje.

PARÁGRAFO II
«O poder político estadual se submete…» - sublinhar.

Desta forma a origem do poder politico nos estados contemporâneos é de


origem voluntarista, é uma origem voluntarista com diversas diferenças, porque
por exemplo, o estado liberal surgiu a primeira constituição que daí surgiram a
consagração dos primeiros direitos fundamentais, no entanto, esta origem do
poder politico no estado liberal assentou numa ideia de conceder poder a um
parlamento que representava alguma parte do povo (as mulheres e inválidos
não estavam representados) isto levou a uma ditadura no parlamento e na
própria sociedade que se refletiu na própria economia, uma das ideias do
liberalismo vai no sentido de que o poder politico deve ter uma intervenção
mínima na sociedade, ora o parlamento não regulava a vida em sociedade e a
economia, e numa era em que surgiu a revolução industrial em que era
necessário proteger os trabalhadores, crianças e não havia ajuda por parte do
governo; essa ideia falhada do governo liberal que deram origem ao
aparecimento da ideologia socialista comunista e que também deram origem
numa vertente completamente oposta à anarquia- a anarquia tem por principio
principal o individuo livre, mas sem existência de poderes hierárquicos, sem a
exploração do homem pelo o homem, e por contraposição ao socialismo/
idealismo socialista (que retirou o individualismo e com isso um aspeto
negativo, pois o individuo era visto como um coletivo) surgiu a consagração dos
direitos sociais nas constituições.

PARÁGRAFO III
«Sublinhar as características»
O estado liberal vai se caracterizar através de monarquias constitucionais em
que uma parte do poder politico assenta numa legitimidade hereditária, mas o
poder do monarca esta limitado por uma constituição que consagra o principio
da separação de poderes, na sua forma clássica como interiorizou
Montesquieu, no estado liberal surgiram as primeiras repúblicas
constitucionais, que baseiam o poder politico numa legitimidade democrática,
mas esta legitimidade só significa que os titulares do poder político podem ser
eleitos e que esse poder politico não exerce o poder em virtude de regras de
sucessão hereditária, porque a representatividade democrática era limitada, as
mulheres não podiam votar, nem podiam votar certas pessoas que não
tivessem certos tipos de rendimentos.

Está correto que a soberania popular tem origem liberal, resultado das
revoluções liberais, mas essa ideia não existe uma verdadeira representação
popular.

Nem todos são estados democráticos (socialista e fascista) a democracia não


significa apenas ter legitimidade democrática. Só existe um estado democrático
num pluralismo de representação e expressão. Quanto maior for a participação
pública(cidadãos) na vida política mais forte é o estado democrático.

Quanto mais se desenvolver a ideia de pluralismo de expressão através de


eleições políticas, oposição política, iniciativa popular legislativa. A verdadeira
democracia tem de ter representatividade, mas também participação.

PARÁGRAFO IV
Sublinhar «ponto de vista material» e «ponto de vista formal»

PARÁGRAFO VII
Sublinhar «principio da soberania popular» «Densificando a ideia …»

O ESTADO LIBERAL SÉC. XIX (PÁG. 199)

PARÁGRAFO I
Sublinhar «1º parágrafo»

Sublinhar «positivação dos direitos fundamentais» «separação de poderes» e


«organização económica»

A ideologia socialista pode ser de estado social, para ajudar o estado a


combater as desigualdades.

PARÁGRAFO II
Sublinhar «1º parágrafo»

PARÁGRAFO III
Sublinhar o 1º parágrafo

Muito importante!

PARÁGRAFO IV
Cada órgão tem o seu poder: legislativo, executivo e judicial.

PARÁGRAFO V
Sublinhar

ESTADO TOTALITÁRIO SOCIALISTA

PARÁGRAFO III
Exemplos de estados socialistas soviéticos

A origem do poder político contratualista tem soberania popular no sentido


democrático no proletariado baseadas nas ideias de Karl Marx do socialismo.

Significa o povo pode ser eleito e usufruir das vantagens do poder político.

Um estado socialista há uma ausência de liberdade política, falta de pluralismo


de expressão (falta de oposição política) daí o estado socialista ser um estado
totalitário.

PARÁGRAFO VI
Art. 39, n.2, da constituição da URSS

PARÁGRAFO IX
Não existe organização social.

O estrado socialista é um estado centralizado no sentido da ideologia e no


sentido da administração pública.

Em relação á representação política o proletariado estava representado, mas


esta representação não protege as minorias (algumas minorias são toleradas).

PARÁGRAFO X
Na China existe separação de poderes, existe um órgão parlamentar, um órgão
administrativo e um órgão judicial, mas esta separação de poderes é muito
vulnerável, porque há um órgão que tem o poder de destituir todos os restantes
órgãos (Congresso Nacional Popular), ou seja, em democracia, comparando
com o nosso sistema de governo, o presidente da república pode dissolver a
assembleia da republica, pode demitir o governo, mas não tem interferência
nos tribunais, e para demitir o governo ele precisa da sua própria iniciativa
precisa de cumprir o Art. 195, n.2 (garantir o regular funcionamento das
instituições democráticas) significa o respeito da separação de poderes, por
exemplo, a desordem no governo que até começam a legislar sobre matéria
que só a assembleia pode legislar, interfere na competência dos tribunais.

As regras de destituição da China têm a ver com o desrespeito do partido


único.

Exemplo: Art. 24 da constituição Chinesa.

A constituição chinesa é uniformizada porque é o oposto de liberalismo, em


que a liberdade individual é um direito subjetivo a cada indivíduo.

ESTADO TOTALITÁRIO FASCISTA- PÁG. 216


Na sociedade ariana, fora dessa sociedade não existe, porque os estados
fascistas totalitários são contrários ao liberalismo porque a liberdade individual
só existe no coletivo corporativo (união dos trabalhadores alemães por
exemplo) regidas por uma ideologia comum.

Os Estados Fascistas são antiliberais, quer na economia, quer na política quer


na liberdade:

Na economia assenta no nacionalismo, ou seja, no protecionismo na economia


nacional. (produtos estrangeiros a um preço mais elevado, por exemplo)

O antiliberalismo a nível social, dá-se a ausência de liberdade política e a


existência de antiparlamentarismo, ou seja, quem tem o poder não é o órgão
que pretende representar o povo (assembleia), mas quem manda é o poder
executivo.

Quem exercia o poder político e de controlo era o chefe de governo ou o chefe


de estado, porque existia um partido único.

PARÁGRAFO IV
Nos regimes fascistas há uma representação do povo limitada (corporações
que estão dentro do regime) a ideologia do regime é o pode que legitima
aquele poder sendo a oposição política clandestina.

A soberania nos regimes fascistas, não é uma soberania igual á soberania


democrática nem da soberania da nação, no sentido do povo estar submetido a
um conjunto de valores sociais comuns, mas também ideológicos.
Por exemplo, um juiz que se recusasse a censurar um livro proibido, era logo
afastado da sua profissão.

ESTADO SOCIAL DO SÉC. XX- PÁG.220


O Estado tem de garantir a cada individuo certos direitos fundamentais sociais
(direitos laborais, direito a férias, direito salarial, proibição do trabalho infantil,
direito a prestações sociais).

Assenta no facto do Estado que vai repor a igualdade quando a economia não
consegue. O liberalismo radical entende que a economia e as relações
económicas esbate as desigualdades sociais.

O Estado Social não existe por si só (ou é democrático).

Os deveres que surgiram com o Estado social foram os direitos laborais e os


direitos de prestação social.

O estado social nasce das deficiências do liberalismo (individualismo) que fez


com que o estado se afastasse da sua responsabilidade social com cada
individuo aumentando as suas desigualdades sociais. O espírito solidário
fomentou esta ideia que o estado devia garantir o mínimo para a sua
subsistência e proteger os trabalhadores.

No fim das guerras muitas pessoas precisavam de ajuda (prestada pelo


Estado).

PARÁGRAFO III
No estado social existe liberdade política, liberdade dos trabalhadores se
agruparem e defenderem os seus direitos através de sindicatos.

PARÁGRAFO IV
O Estado regula a economia, a tributação segue o regime do princípio da
progressividade (quem tem mais contribui mais quem tem menos contribui
menos).

O ESTADO PÓS SOCIAL- PAG


O Estado pós sociais é o estado social que vai ao encontro da nova geração de
direitos e deveres fundamentais que nascem em virtude do desenvolvimento da
sociedade e com o desenvolvimento da economia e o desenvolvimento
tecnológico.

PARÁGRAFO II
O direito ao ambiente e à qualidade de vida, o direito à identidade pessoal que
faz limitar as invenções da biotecnologia, a questão de proteção de dados, tudo
isto são questões do estado pós social. A prestação do Estado às várias etnias
(minorias étnicas e religiosas e também da orientação sexual) para que esses
direitos sejam consagrados.

Direitos fundamentais de participação política tem a ver com o desenvolvimento


da democracia participativa, ela já surge noutras formas de Estado e é esta
ideia de estado social que traz a ideia do estado democrático, não só existir
pluralismo de expressão, mas também haver mecanismos para que o cidadão
se envolva na vida política.

PARÁGRAFO III
O estado pós social caracteriza-se pelo desenvolvimento da democracia
participativa, ou seja, de consagrar instrumentos, como por exemplo, a
iniciativa de lei popular, a petição, os referendos, etc., em que os cidadãos
participam de forma direta na atividade política.

A democracia representativa significa que o poder político representa o povo,


mas representa-o de uma forma indireta.

17-11-2022
República como forma de Estado assenta na legitimidade democrática do
poder político e essa ideia de legitimidade democrática nós podemos encontrar
também nos artigos relativos à capacidade para eleger e ser eleito para os
órgãos de soberania. Esta apreciação do que é o Estado democrático aplica-se
a qualquer constituição de um estado democrático, por exemplo o Art.121,
Art.122 e Art. 150.

A constituição do governo é nomeada pelo presidente da república, mas são


pessoas que obedecem a uma nomeação democrática com base em eleições
livres. Art. 133 al. h).

Atualmente existem monarquias democráticas. Tudo depende se o sistema


parlamentar tem as suas características, não é por existir legitimidade
hereditária que deixa de existir democracia.

Um dos princípios fundamentais do estado de direito é o princípio da legalidade


e da constitucionalidade, ou seja, todos os atos do poder público e político
devem obedecer a uma lei e a lei suprema é a constituição.

Outro dos princípios é a dignidade da pessoa humana.

No art.2 temos a soberania popular que é uma soberania representativa, o


pluralismo de expressão e organização política que está relacionada com a
liberdade política, estão nomeadamente (art.37, 38, 39 e 40). Ainda temos
exemplos de liberdade política temos os direitos fundamentais do art.48 até ao
52, que diz respeito o direito de tomar parte da vida política e na direção dos
cargos públicos, direito a apresentar petições, direito do interesse público
(ambiente), direito de sufrágio. Estes artigos dizem respeito à democracia
participativa, nomeadamente a petição o direito de constituir partidos políticos,
por exemplo, no art.167, art.114 e 115, art.109.

O art.2 faz referência ao princípio da separação de poderes tem a ver com os


princípios fundamentais do estado de direito e está consagrado no art.111 e
remete-nos para algumas competências do órgão de soberania que agora são
divididos em competências próprias sem interferência de outro órgão e são
competências de natureza política art.133, 134 e 135. Art.161 (competências
da assembleia da república). A assembleia da república tem o poder de legislar
art.164. A assembleia da república tem competências próprias, por exemplo,
art.161 al. j), l), i), m). Aprovar tratados não resulta de um procedimento
legislativo, é um procedimento internacional, tudo isto são atividades de carater
político. Nos art.167, 168 e 169, o governo tem não só competência política,
legislativa e administrativa, só o governo é o órgão de condução política geral
do país e o órgão superior da administração pública, art.182, 197 e 198. Só o
governo é que pode criar um decreto de lei, por exemplo, sobre quantos
ministérios é que o governo tem. Por exemplo, nos tribunais art.202, só os
tribunais é que podem aplicar a lei para resolver conflitos. Relativamente á
separação de poderes, há limites democráticos a demissão dos titulares de
órgãos de soberania, em que só se admite o afastamento dos titulares dos
órgãos de soberania ou em caso de crime no exercício das funções públicas
estão dos casos previstos na constituição nomeadamente Art. 133 al.e), estão
impostos na constituição certos limites para a dissolução da assembleia da
república por parte do presidente da república, art.172, e há outros limites que
não resultam na constituição, mas estão fundamentados no +principio do
democrático, ou seja, o presidente da república também poderá dissolver a
assembleia da república para garantir a estabilidade politica democrática.
Quando não há uma maioria na assembleia da república compatível com o
governo, então a admissão do governo só pode acontecer nos limites do
art.195 n.2, o presidente da república só pode por sua iniciativa demitir o
governo, quando o governo põe em causa o regular funcionamento das
instituições democráticas (violação do princípio da separação de poderes), por
exemplo, este Art. é uma garantia da democracia.

Art.3 a soberania reside no povo, exemplo de democracia representativa. Art. 3


n.2 princípio da legalidade, na medida que o poder político também é eleito
pelos cidadãos. O poer político do estado fica limitado por uma lei, na medida
em que a lei eleita pelos cidadãos que limita o poder político, princípio da
constitucionalidade. Art. 3 n.3, no âmbito da democracia representativa.

Art. 9 al. c) defender a democracia política. Temos relativamente ao estado


social tarefas do estado al. d) vão surgir no Art. 58 até 79. Art. 59 n.2, são
características de um estado social, são tarefas fundamentais que o estado tem
de cumprir em relação aos trabalhadores, Art. 63 n.2, relativo a prestações de
segurança social, pensões, reforma. Art. 64, n.2 al. a) é uma característica do
estado social, sistema nacional de saúde universal e geral. Art. 65 n.2 direito a
habitação e a criação de habitação social. Art. 66 n.2 relativas ao ambiente. O
ensino publico também é uma característica do estado social Art. 75.

OS SUBPRINCÍPIOS DO ESTADO DE DIREITO

 O princípio da constitucionalidade
 O princípio da dignidade da pessoa humana
 O princípio da igualdade
 O princípio da proteção da confiança
 O princípio da proporcionalidade

Qualquer questão relacionada com o direito das pessoas e da política estão


subjacentes.

24-11-2022
Princípio de separação- caracterização das diferentes competências dos
órgãos de soberania, a essa organização de competências, tipificada na
constituição, que define o sistema de governo de um estado. E os sistemas de
governo podem ser:

 Parlamentarista
 Presidencialista
 Semi presidencialista ou semi parlamentarista, que contém
características quanto à organização de competências e aos órgãos de
soberania do sistema parlamentar e do sistema presidencialista.

O sistema parlamentar é o sistema tal como os outros sistemas


presidencialistas e semi parlamentares em que aos órgãos de soberania são: o
chefe de estado, um parlamento, um chefe de governo e os tribunais, todos
estes órgãos existem em todos estes sistemas, no entanto, há uma diferença
entre os sistemas parlamentares e presidenciais, essa diferença vai se refletir
depois dos sistemas semi presidencialistas ou semi parlamentares. No sistema
parlamentar o chefe de estado não é chefe de governo, por exemplo, no Reino
Unido, na monarquia constitucional parlamentarista, o chefe de estado é o
monarca, mas pode ser o presidente (parlamentarismo republicano). E o chefe
do governo é o 1º ministro, alias o governo no sistema parlamentar é um órgão
de soberania.

No sistema presidencialista, o chefe de estado é o presidente e o chefe de


governo é o presidente, ou seja, não existe o órgão governo como um órgão de
soberania, o órgão de soberania é o presidente (não existe a ideia de
colegialidade). O presidente é auxiliado por ministros ou secretários de estado.
Semi presidencialistas- o chefe de estado é o presidente da república, tanto
em Portugal como em França existe o órgão governo como órgão de
soberania, mas em Portugal o presidente da república é só chefe de estado
com competências políticas, mas não é chefe do executivo, não faz parte do
governo, ou seja, o governo é composto pelo primeiro ministro (Art. 183
n.1).em frança o presidente da república é ao mesmo tempo chefe de estado e
membro de governo, no sentido em que a chefia estado e membro do governo,
no sentido em que a chefia do executivo é dividida entre o presidente que é
chefe do executivo e o 1º ministro que também é chefe executivo, vão possuir
competências executivas separadas.

O PARLAMENTARISMO DE GABINETE NUMA MONARQUIA


SIMBÓLICA (PÁG.268)

PARÁGRAFO II
(Art. 140 CRP)- O presidente da republica recebe da assembleia os decretos
para os promulgar como lei, esse ato de promulgação ele assina esses atos
legislativos e manda publicar no diário da república, mas esses atos legislativos
só existem (art.140 n.2) se o 1º ministro posteriormente à promulgação do
presidente os assinar, o que faz com que haja um controlo do governo sobre os
atos do presidente fazendo com que o nosso sistema de governo quanto a esta
característica seja mais parlamentarista do que presidencialista, aliás no
parlamentarismo britânico existe também a figura da referenda ministerial dos
atos do chefe de estado, nomeadamente, da promulgação dos atos legislativos
mas no Reino Unido, vigora o principio do “King can do no wrong”, por isso a
referenda ministerial é uma expressão da concordância do governo com os
atos do chefe de estado que é o monarca.

O presidente da república em Portugal dispõe de mais poderes do que o


monarca no Reino Unido.

O monarca chefe de estado britânico tem o poder de intervir no parlamento


proferindo discursos para aconselhar e advertir o parlamento e o governo e
deve ser consultado pelo governo e pelos membros do parlamento tanto s nível
da política interna como da política externa, em Portugal o presidente tem o
mesmo poder, tem o poder de aconselhar, advertir e chamar o governo,
chamar o 1º ministro para prestar contas sobre o andamento da política interna
e externa.

No parlamentarismo britânico o chefe de estado monarca nomeia o 1º ministro,


mas não é uma decisão própria, não é ele que escolhe o 1º ministro, o 1º
ministro é nomeado em função dos resultados eleitorais para o parlamento, em
Portugal [Art. 133 al. f)], o presidente nomeia o primeiro ministro de acordo com
o [Art. 187, n.1];
(Art. 195, n.2) O presidente da república tem por sua própria iniciativa poder de
demitir o governo neste caso o presidente pode:

 Para garantir a estabilidade política nomeia um outro governo sem


dissolver a assembleia da república e sem convocar eleições
antecipadas, aliás pode até nem poder dissolver a assembleia da
república e tem mesmo de nomear um governo (Art.172)
 Demitir o governo, dissolver a assembleia da república e convocar
eleições legislativas desde que respeite o (Art.172).
 O parlamento pode aprovar noções de censura (art. 194) por iniciativa
dos deputados e com isso fazer cair o governo – art. 195

O novo governo entra em funções, apresenta o seu programa à assembleia da


república para a aprovação, se não for aprovada, o governo é admitido pelo ato
da assembleia da república.

No Reino Unido, o chefe de estado, monarca, nomeia e exonera o 1º ministro e


com isso faz cair o governo, mas esta ação esta sempre dependente de outros
órgãos.

PARAGRÁFO III

CÂMARA DOS COMUNS (CÂMARA BAIXA)


No sistema parlamentar britânico, o monarca pode dissolver a camara dos
comuns, que é a camara que representa o povo (eleita pelo povo), a pedido do
1º ministro, no sistema semi presidencialista português a dissolução da
assembleia da república é uma competência do presidente da república que
nos termos do [Art. 133 al. e)] só depende do cumprimento dos limites
temporais e circunstanciais previstos no [Art. 172, n.1] e ouvindo apenas o
conselho de estado.

O chefe de estado é comandante supremo das forças armadas de forma


simbólica, pois na prática é o 1º ministro.

CÂMARA DOS LORDES (CÂMARA ALTA)


Já é possível condenar um lorde por uma ofensa séria, pode ser condenado
criminalmente no exercício das suas funções, os lordes podem se aposentar,
deixou de ser um cargo vitalício.

A camara dos lordes tem intervenção no procedimento legislativo (criação das


leis) apenas para aprovar o ato legislativo que foi aprovado e que resultou de
uma iniciativa legislativa da camara dos comuns. Para avaliar a legalidade do
ato legislativo que resulta de uma iniciativa legislativa da camara dos comuns.
A camara dos lordes em virtude dessa fiscalização do ato legislativo pode
atrasar o procedimento de aprovação do mesmo. No âmbito do poder de
avaliação do ato legislativo os lordes podem ter opiniões que podem ser
contrárias ao projeto de lei com origem na camara dos comuns, e com isso
retardam o procedimento de legislação, com isto, pode propor emendas ao
projeto que será aprovado pela câmara dos comuns, mas nos casos das leis
financeiras a câmara dos lordes pode não aprovar um diploma que lhe seja
enviado, impedindo que este seja promulgado pelo monarca.

15-12-2022

O PRESIDENCIALISMO PERFEITO E A SEPARAÇÃO


COLABORANTE DOS PODERES – PÁG.291

PARAGRAFO I
Os tribunais dos Estados federados têm autonomia quanto ao poder judicial em
relação ao poder judicial do estado federal, no entanto, o Supremo Tribunal
Federal pode intervir quanto à fiscalização da constitucionalidade das normas
que se aplicam a todos os Estados Federados e vem assim impor decisões
judiciais que tenham em conta a aplicação da lei federal (constituição federal)
aos Estados Federados.

PARÁGRAFO II
Em Portugal o parlamento é unicameral- Art.148 da CRP e o Art.147.

Câmara dos representantes- 430 representantes e o mandato é de 2 anos – é


diferente em relação a Portugal, porque o mandato da Assembleia da
República é de 4 anos (Art.171 e Art.174,n.1).

O diário da assembleia da república não está em funcionamento no dia 15 de


setembro, ou seja, os 170/ 230 deputados não estão ativos e nesse período em
que o plenário não está ativo e não funciona a comissão permanente da
Assembleia da República (Art.179 da CRP).

Nas eleições para a camara dos representados, os representantes de cada


Estado Federado são eleitos em função da densidade populacional de cada
Estado, ou seja, o Estado da Califórnia elege mais representantes do que o
Estado de Montana que tem uma densidade populacional menor, esta regra
eleitoral não se aplica à eleição dos senadores do Senado Federal, para que
cada Estado independentemente da sua densidade geográfica/populacional
elege dois senadores e o mandato dos senadores é de 6 anos.

Bicameralismo perfeito- os EUA são um exemplo de bicameralismo perfeito,


visto que o congresso federal, que é um órgão legislativo, aprovam a lei com a
intervenção necessária das duas câmaras que compõem este parlamento.
Uma lei para ser aprovada como lei tem que em primeiro lugar ser aprovada
tanto pela camara dos representantes como pelo Senado.

Quando um sistema de governo seja ele presencialista ou parlamentar é


bicameral, pois possui um parlamento com duas camaras, ele presencia um
bicameralismo perfeito, pois para a aprovação de uma lei sobre as matérias
mais importantes para a população é necessário a intervenção das duas
câmaras.

Bicameralismo perfeito não significa presidencialismo perfeito, porque no


sistema parlamentar também existe bicameralismo, por exemplo, o sistema
parlamentar Britânico o parlamento é composto também por duas camaras
(camara dos lordes e a camara dos comuns)

PARÁGRAFO III
O poder executivo pertence ao governo- Art. 182 da CRP, e o mandato do
governo são 4 anos, o Governo em Portugal é um órgão colegial e a sua
composição está no Art.183, e o governo pode ser composto por um vice-
primeiro ministro, nos EUA o governo é um órgão singular.

No sistema Norte Americano a eleição do chefe de Estado que também é chefe


de executivo é feita por sufrágio Universal indireto, ou seja, os cidadãos de
cada estado elegem os membros de um colégio eleitoral, um por cada Estado
membro e esse colégio irá eleger o chefe de estado e chefe do executivo, em
Portugal o Chefe de Estado nos termos do Art. 121 da CRP, é eleito por
sufrágio universal direto dos cidadãos eleitores.

Os membros do Governo inclusive o primeiro ministro são nomeados pelo


presidente da república, Art. 133 alínea f) e h).

Hoje em dia questiona-se nos EUA a relevância do sufrágio universal indireto


como expressão da democracia participativa e representativa uma vez que
existem dois partidos, um partido republicano e um partido democrático que
monopolizam a eleição para o cargo de presidente nos EUA, o colégio eleitoral
já não representa a velha ideia de “Homens bons que escolhem o Homem
bom” para assumir o cargo de Presidente dos EUA, mas regem-se pela
lealdade a uma dessas forças políticas, isto é, os membros do colégio eleitoral
do partido republicano escolhem o candidato republicano que venceu as
eleições prévias à eleição para presidente no interior do seu partido, eleições
essas com a participação dos eleitores filiados no partido republicano, ou seja
antes do colégio eleitoral eleger o presidente já este lhes é imposto em virtude
de uma eleição democrática de republicanos filiados neste partido.

O candidato a presidente pelo partido democrata, o candidato é eleito por


aqueles que estão filiados no partido democrático de cada estado, e desta
forma, quando os cidadãos de determinado estado escolhem votar para
presidente dos EUA o candidato democrata destas eleições internas os
cidadãos fazem-no através de uma forma indireta que nomeiam os membros
de um colégio eleitoral que são membros de um partido democrata e que só
podem eleger o candidato democrata eleito a presidente dos EUA, ou seja, o
colégio eleitoral não tem muita autonomia.

O presidente da República em Portugal à semelhança do Presidente dos EUA,


o presidente da Assembleia da República substitui o presidente da república
em caso de impedimento deste (Art. 132) e quando isso acontece o Presidente
da Assembleia da República designa-se por Presidente da República interino e
pode praticar todos os atos do Presidente da República, exceto os que estão
no Art.139, Art. 133 e 134.

PARÁGRAFO V
O sistema norte americano é um sistema harmonioso ao nível dos poderes
legislativo e executivo (congresso e presidente) porque:

-Do presidente, ao controlo deste ao congresso, o presidente tem iniciativa de


lei, ou seja, o presidente enquanto chefe do executivo pode apresentar
propostas de lei ao congresso, idêntico a Portugal em relação ao governo,
governo em Portugal, poder executivo, pode apresentar propostas de lei à
assembleia da República Art. 177, n.1 da CRP. O veto político do presidente
aos decretos do congresso (leis do congresso) quando o presidente recebe um
diploma de decreto/lei para ser promulgado como lei pode por razões políticas
não concordar com o conteúdo desse diploma e por isso veta essa lei, mas
esse veto político pode ser ultrapassado por confirmação do diploma, se esse
veto político for confirmado pelo congresso, a menos que o presidente use
daquilo que designa de “veto de bolso”, ou seja, o presidente da república dos
EUA quando recebe o diploma do congresso tem um prazo para o promulgar e
não se manifesta, ou seja, passando 10 dias não se manifesta/ não promulga
sem nada fazer, então neste caso o procedimento legislativo tem de começar
do zero e ser novamente discutido no congresso. Em Portugal, o presidente da
república pode vetar politicamente os diplomas da assembleia da república que
lhe são enviados para promulgação como lei, mas não possui um poder de
veto de bolso se é obrigado nos termos do Art.136 da CRP é obrigado no prazo
de 20 dias a contar com a recessão do diploma, a promulgar o diploma ou
acionar o poder de veto político e a Assembleia da Republica tal como o
congresso pode ultrapassar o veto politico confirmando o diploma e se a
Assembleia da República confirmar o diploma o presidente é obrigado a aceitá-
lo.

O congresso tem um poder de fiscalizar politicamente as ações do presidente,


nomeadamente, pode aprovar noções de censura á atividade do presidente e
pode ainda promover o seu afastamento/demissão através de um processo
designado “Impecheament”, o congresso pode também promover comissões
de inquérito que visam apurar a responsabilidade do executivo algumas
nomeações de membros de órgãos de soberania feitas pelo presidente são
objeto de controlo por parte do congresso, como por exemplo, o Presidente
Americano nomeia os juízos do supremo tribunal federal, mas o congresso tem
de previamente dar o seu consentimento a essa nomeação.

PARAGRAFO VII
Os EUA é um exemplo de presidencialismo perfeito, porque o chefe de Estado
(presidente) também é chefe do executivo de forma singular, ou seja, o poder
executivo que consiste na condução da política interna e externa é atribuído
pela Constituição norte Americana, apenas ao presidente Norte Americano.
Apesar do poder executivo, nomeadamente o presidente Norte Americano ser
coadjuvado por secretários de Estado e por um vice-presidente, estes não
fazem parte do órgão de soberania governo. O governo nos Estados Unidos é
o Presidente Norte Americano. Estamos perante um exemplo de
presidencialismo imperfeito quando o Chefe de Estado é também chefe do
executivo, mas esse executivo é um órgão colegial, ou seja, composto por
vários membros, ou seja, o Governo de um sistema presidencialista imperfeito
é composto pelo presidente e pelos seus ministros como é o caso de Angola,
as decisões são adotadas em colégio pelos seus ministros.

A lei de orçamento de estado é a lei proposta pelo executivo, mas tem de ser
aprovada pelo congresso. Em Portugal, a Assembleia da República pode
apresentar noções de censura ao poder executivo Art.194 e 195, n.1, alínea e),
para além de ter outras funções de fiscalização política, por exemplo, a
aprovação do programa de governo- Art. 192, aprovação de um motivo de
confiança Art. 193 para além disso o parlamento também participa na eleição
de alguns membros de alguns órgãos de soberania nomeadamente no Art. 222
n.1 do Tribunal Constitucional, 10 juízes do tribunal constitucional são
designados pela assembleia da república, sendo que, a nomeação do
presidente do tribunal de contas é uma competência do PR como chefe de
Estado sobre proposta do Governo Art. 133 alínea m).

Todos os tribunais á semelhança do que acontece em Portugal têm a


competência de interpretar a constituição federal norte americana e verificar se
qualquer lei, inclusive as leis federais que se aplicam aos Estados federados
estão em conformidade com a Constituição norte americana, sendo que o
supremo tribunal constitucional.
12-01-2023

AS FONTES DO DIREITO CONSTITUCIONAL- PÁG. 567/579 E 589.


IV

Conteúdo da constituição os direitos e deveres fundamentais dos cidadãos e


das pessoas coletivas e os princípios básicos daquilo que nasceu no
liberalismo- estado de direito, princípio da separação de poderes, por exemplo,
tudo isso faz parte da constituição material.

Posição hierárquica normativa da constituição no ordenamento jurídico, mas


muitas vezes o termo constituição formal também é entendido no sentido de se
reportar a disposições relativas ao procedimento de revisão da constituição.

QUESTÃO 2
O poder constituinte originário é o poder de aprovar uma constituição resultante
de uma rutura com a constituição anterior, rutura essa que pode ter origem no
acontecimento histórico revolucionário, por exemplo, a nossa constituição de
76, a constituição de 1822 tem origem na revolução liberal de 1820, a
Constituição de 1911 tem origem na implementação da república de 1910, mas
uma constituição pode não resultar de uma revolução, mas pode resultar da
vontade política, por exemplo, da vontade de um político ou na altura de 1826
que foi criada por D. Pedro.

O poder constituinte originário é sempre um poder inicial, mas não significa que
esse poder inicial não tenha limites, por exemplo, se um Estado aprovar uma
nova constituição e se pretende ser um Estado de direito democrático tem de
respeitar limites externos que se impõem a qualquer Estado- os limites do
Direito Natural, dos Direitos Humanos, mas não existem limites impostos por
uma Constituição a este poder.

O poder constituinte originário da Constituição de 1976 inspirou-se na


declaração universal dos direitos humanos.

O poder constituinte derivado, deriva de uma Constituição já existente, é o


poder de revisão constitucional. Por ter de se adaptar aos acontecimentos que
aconteceram com a população Portuguesa, por exemplo, a adesão à União
Europeia, a Ratificação do Estatuto de Roma que implementa o TPI, teve como
consequência a revisão da Constituição.

O poder constituinte derivado ou de revisão constitucional tem limites impostos


pela Constituição vigente. São limites impostos que tem haver com o
procedimento de revisão constitucional incluindo os limites constitucionais
circunstanciais (Art. 284 até 289); São limites que dizem respeito para quem
tem legitimidade para
Limites formais:

 Quem tem legitimidade para apresentar um projeto de lei de revisão


constitucional;
 Quem tem competência para aprovar a nova lei constitucional;
 Quem tem competência para promulgar essa lei.

Quais são os limites temporais da revisão Constitucional:

 Qual o quórum de votos a favor para dar início para uma revisão
Constitucional extraordinária?
 Qual o quórum mínimo de deputados que se expressa numa maioria de
votos a favor da aprovação da nova lei constitucional. De que forma é
que deve ser codificado as alterações à Constituição, e por fim os limites
circunstanciais que dizem respeito ao estado sítio e ao estado de
emergência, se é possível iniciar um procedimento de revisão
constitucional em Estado de sítio e em Estado de emergência.

Esta maioria dos 4/5 de 330 ou seja, no mínimo tem de ser 184 deputados.

As alterações da constituição precisam de pelo menos 153 votos a favor.

O Presidente Norte Americano é responsável segundo o congresso à


semelhança do que acontece em Portugal em relação à responsabilidade
política do governo perante a assembleia da República?

Não, no sentido em que o Governo em Portugal é nomeado pelo Presidente da


República (chefe de Estado) tendo em conta os resultados eleitorais relativos
às eleições dos deputados à assembleia da república e neste contexto, para
além do Governo ter de prestar esclarecimentos sobre matérias de política
externa e interna, a Assembleia da República pode fazer cair o governo nos
termos do Art. 195, n.1, al. d), e) e f). Nos Estados Unidos apesar de o
presidente ter de prestar ao Congresso esclarecimentos sobre o Estado da
união e apesar de o Presidente poder ser afastado do seu cargo (chefe de
Estado e titular do órgão executivo) se praticar algum ilícito no exercício das
suas funções/competências e por ação do Congresso, o Presidente não é
nomeado em virtude de eleições para o Congresso, mas sim por sufrágio
universal indireto.

---------------------------------------------------------------------------------------------------

O presidente enquanto órgão executivo pode aprovar a legislação e aceitar


propostas de lei ao parlamento inclusive propostas de lei da alteração
constitucional.

Projeto e proposta é o conteúdo de uma futura lei- a proposta é quando é


externo ao parlamento o projeto quando é uma iniciativa do parlamento.
Art. 124, n.1

Art. 129- casos em que o presidente pode ser destituído.

Á semelhança do que acontece no Brasil e nos EUA, o Presidente de Angola


só pode ser destituído por prática de ilícitos contra o Estado Angolano, também
pode ser destituído por crimes violentos praticados sempre no exercício das
suas funções.

PÁG. 403- ESQUEMA


As primeiras três constituições são monárquicas, a 4º é a primeira constituição
republicana, a 5º constituição é de um estado fascista e a 6º é de um Estado
democrático.

PERGUNTAS QUE PODEM SAIR NO TESTE


 Quem tem poder constituinte originário, ou seja, quem criou a
constituição?
 Saber quem tem o poder constituinte originário?
 Importa saber se a constituição foi revista.
 A forma institucional de governo, acessoriamente.
 Identificar características do sistema de governo.
 Sistema de governo- presidencialismo, autoritarismo,
parlamentarismo de assembleia.
 Saber se o Estado é laico ou não laico (o Estado só é laico a partir da
primeira república).

19-01-2023
Página 405,406

A constituição liberal de 1822

Página 415- presidencialismo monárquico inoperante

As Cortes tiveram o papel de legislador constitucional criaram a Constituição de


1822

Se sair no teste é sobre o sistema de governo a comparar um com o outro

As cortes podem por regulamento designar as matérias que cada auxiliar do


poder executivo ( cada secretaria de estado ) ficaria incumbida.

O conselho de estado é um órgão meramente consultivo quer na constituição


de 76 quer em qualquer constituição, é obrigatório consultar este conselho
para algumas matérias, mas o conselho de estado não tem poder de decisão.
O parlamento na constituição de 76 pode fazer cair os membros do governo
art.195 n1

Só podemos determinar se a constituição é rígida ou flexível se a constituição


impõe limites á revisão constitucional, ou seja, limites formais, limites de
procedimento da revisão constitucional como por exemplo limites de forma
procedimentais, limites temporais, limites circunstanciais. A constituição impõe
limites materiais, ou seja, limites relativos ao conteúdo da constituição material,
em função da existência ou não desses limites que vamos determinar a força
jurídica da constituição vigente ou seja por outra palavras se essa constituição
é uma constituição rígida, híper rígida ou flexível.

Página 584- constituições flexíveis, semirrígidas, rígidas e hiper-rígidas

Constituição flexível- quando o procedimento de alteração da lei constitucional


é idêntico ao procedimento de qualquer lei ordinária, ou seja, não há limites
formais e materiais mais exigentes para a revisão da constituição do que
aqueles que se aplicam á alteração de uma qualquer lei do parlamento.

A constituição de 76 não é flexível pois opõe limites formais a revisão da


constituição .

A constituição de 1822 impõe um limite formal no art28 ao procedimento de


alteração desta constituição, ou seja, é um limite temporal “ a constituição uma
vez feita pelas presentes cortes extraordinárias e constituintes somente poderá
ser reformada ou alterada depois de haverem passar 4 ando desde a sua
publicação- sendo então um limite temporal logo esta não é flexível “.

Constituição semirrígidas ou semi-flexível - Significa que uma parte da


constituição pode ser alterada de acordo com as mesmas regras
procedimentais de um qualquer procedimento legislativo tendente á aprovação
de uma qualquer lei do parlamento e uma outra parte da constituição por
exemplo…. que não podem ser alterados apenas se forem respeitados certos
limites formais, circunstanciais.

Exemplo de constituição semi rígida: Constituição de 1826

Limites orgânicos- que tem iniciativa de lei constitucional quem pode


apresentar projetos de revisão de lei constitucional e quem pode aprovar o
texto constitucional

Constituição rígida- uma constituição é rígida quando prevê nos eu texto algum
limite relativo ao procedimento de revisão constitucional sem o qual está
constituição não pode ser alterada incluindo os limites formais.

Exemplo de constituição rígida : Constituição de 1822 pois tem um limite


temporal
Constituições hiper-rígidas- são uma constituição que para além de impor
limites circunstanciais de revisão constitucional que estão nos artigos 284 a
287 da constituição mais o 289 impõe também limites materiais á revisão da
constituição que está não artigo 288.

Sistema Parlamentar Monárquico- O poder do Monarca estendia-se ao


parlamento porque tinham uma camara ligada à aristocracia.

Título vitalício e hereditário.

Art.17 e 34.

O Rei era titular de dois poderes distintos: Pág. 429

Art.133- Constituição de 76

Admissão dos ministros- Art. 195, n.2, Constituição de 76, para regular o
funcionamento das instituições democráticas.

Os decretos da assembleia da República

O presidente da república, tal como o rei, tem o poder de veto político.

O poder executivo era um poder do monarca, dos ministros e dos secretários,


na Constituição de 76, o chefe de Estado não é o chefe de governo.

Sublinhar: Na economia dos poderes públicos… (Pág. 429).

Isto ainda hoje é uma opção da Constituição de 76.

PÁG. 431
VI

Sublinhar parágrafo.

Por causa da câmara ser bicameral existe um equilíbrio democrático.

[Numa primeira fase, porque depois a Constituição foi alterada, em matéria de


sufrágio o seu carater indireto que está no Art.133, ou seja, o povo elegia uma
espécie de regime eleitoral e depois elegia.]

O ato adicional de 5 de julho de 1952, instituiu as eleições diretas para a


camara dos deputados, ou seja, os deputados eram eleitos pelo povo.

O poder moderador é um poder de veto, poder de dissolução tudo isso


condiciona ou pode limitar/fragilizar a atividade do parlamento, o objetivo é
garantir o princípio da separação dos poderes. O monarca podia dissolver as
cortes e não concordar com as leis das cortes e vetar politicamente. Este veto
é absoluto, hoje em dia é possível ultrapassar o veto político do chefe de
Estado. Art. 58 – veto absoluto do Reis.

O ato adicional de 5 de julho de 1952, vai abolir a pena de morte.

O governo/monarca. Art. 140 da constituição

Alguns aos do chefe de estado têm de ser referendadas por um membro do


governo. Art. 6 do decreto.

O ato adicional de 3 de dezembro de 1957, número de pares vitalícios.

Este ato adicional tem haver com o facto desta constituição de 1838 não ter
tido uma vigência continua e por isso há umas alterações numa tentativa de
melhorar a constituição e a sua reforma.

IV

Art. 144-

Há exceção dos limites e atribuições dos +poderes políticos e dos direitos


políticos e individuais dos cidadãos todas as outras matérias da constituição
podem ser alteradas de acordo com um procedimento legislativo que obedece
a um limite formal ou circunstancial ou material, ou por outras palavras apenas
devem seguir as regras de um procedimento legislativo idêntico aquele adotado
para a alteração/adoção de uma qualquer lei ordinária, ou seja, só parte da
constituição é rígida. As matérias podem ser aprovadas relativas aos poderes
públicos políticos e aos poderes individuais dos cidadãos.

A última constituição monárquica liberal foi a constituição de 1822.

1926, depois houve uma alteração profunda em que a carta constitucional


entrasse na 2ª vigência.

Depois foi implementada a constituição provisória de 1922, e só depois mais


tarde a 4 de abril de 1938, foi implementada a constituição de 38, que teve uma
curta vigência e terminou a 3 de fevereiro de 1942.

A constituição é rígida porque impõe limites formais orgânicos fundamentais à


constituição de 1938. Art. 138 e 139.

O texto constitucional elaborado no âmbito de cortes constituintes. – sublinhar.

No plano de procedimento- Art. 64.

O poder executivo não era singular- III.

Constituição de 1911- constituição da primeira república que findou com a


crise monárquica.
II

Constituição de 76

 Separação da Igreja do poder político


 A criação de Conselhos, Municípios (descentralização administrativa)

Princípios liberais.

No paragrafo II, ponto 81, o poder legislativo competia ao congresso da


república estrutura bicameral sempre composta pelos deputados. A legislatura
tinha a duração de 3 anos e os senadores um mandato de 6 anos. As
competências do congresso da república eram vastíssimas Art. 26, constituição
de 1911.

Art. 36- o poder executivo é um órgão composto chefiado por um presidente da


república que não faz de um sistema completamente parlamentar.

O chefe de estado era eleito pelo Congresso em sessão conjunta por maioria
dos votos, havendo a particularidade de poder ser destituído.

O Art. 130- responsabilidade criminal no exercício das suas funções.

O presidente atual da república não é eleito pelo parlamento, mais uma


característica do parlamentarismo da assembleia, o sistema parlamentar
britânico também não é igual. O chefe de Estado aqui é eleito pelo parlamento,
ou seja, mais poderes para a Assembleia/ Congresso.

Existia uma figura que era o presidente do ministério que agora é o primeiro
ministro. Art. 53.

O poder executivo aqui é um órgão composto.

Quem elegia o presidente era o parlamento.

Sublinhar: “surgiu logo muitíssimo diminuída…”

Não está na constituição de 1911 um artigo que permitisse a dissolução do


parlamento.

O chefe de Estado não tinha poder de veto. A primeira república tirava poderes
ao presidente, devido a ser parlamentar e corrupta e que fez com que a
constituição seguinte fosse antiparlamentar, também fortemente influenciada
pela historia da Europa na altura.

Na primeira república quem decidia tudo era o parlamento. Ele tinha poder
intacto.
Não há veto político só há uma promulgação tácita, desde que o parlamento
concorde com a lei.

VI

OBJETIVOS DO TESTE
 Comparar os sistemas de governo
 Poder constituinte originário e a força jurídica da constituição
 As questões das aulas práticas sobre a teoria da constituição (revisão ou
uma matéria muito importante) e sobre o Estado de direito (baseada em
apenas uma coisa que vimos nas aulas práticas).

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