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OS ESTADOS FEDERADOS
Quando um certo numero de
colectividades territoriais politicamente
organizadas decidem unir-se e aceitam,
mediante adopção de uma Constituição
comum, transferir para órgãos da união as
suas prerrogativas soberanas de ordem
externa, e reconhecem a estes órgãos
competência para decidir sobre domínios
da sua ordem interna, tornam-se membros
de um Estado Federal.
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Cont.
Estes continuam a ser verdadeiros Estados,
pois podem elaborar as suas própria
constituições e fazer as leis no domínio da
sua competência e dispõem de meios
próprios (funcionalismo, policia e tribunais)
para fazer respeitar as suas leis dentro do
território que lhes pertence.
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Cont.
Mas não são soberanos primeiro porque
as suas constituições devem respeitar a
constituição federal.
Segundo porque as suas leis tem de se
subordinar as leis dimanadas dos órgãos
da Federação e podem ser anuladas pelos
tribunais federais se forem contrarias a
Constituição Federal.
5
Cont.
Terceiro porque não podem manter
relações internacionais próprias , dado que
perdem o direito de legação, de celebrar
tratados internacionais, de fazer guerra, de
reclamação internacional a favor do Estado
Federal.
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ESTADOS SOBERANOS
São aqueles que detém um poder sem
igual na ordem interna, nem superior na
ordem externa, tem por conseguinte o
poder de querer e de comandar.
No entanto estes revestem de modalidades
diferentes conforme o tipo de relações que
mantem com as colectividades territoriais
que integram , distinguindo-se assim os
Estados Federais e Estados Unitários.
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ESTADOS FEDERAIS
A expressão Estado Federal significa a
união de Estados membros num só Estado
Central que se rege por normas
constitucionais comuns a todos membros.
O federalismo tem sido largamente
preconizado como meio de evitar conflitos
entre os países do mesmo continente ou da
mesma região do globo. Ex. EUA, RFA,
SUICA E CANADA
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ESTADOS UNITÁRIOS
É um Estado simples, em que há um só
poder politico para todo território. Todavia
o poder do Estado pode estar concentrado
e centralizado nos órgãos centrais, ou
encontram-se repartido pelos órgãos das
colectividades territoriais, a que são
atribuídas poderes e competências
relativamente autónomos, no primeiro caso
estamos perante Estados Unitários
centralizados no segundo Estados
Unitários Descentralizados.
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Estados Unitários centralizados
É Centralizado quando a autonomia das
colectividades territoriais é muito reduzida,
quer dizer que a maior parte dos actos que
lhes dizem respeito ou são praticados pelos
agentes dos órgãos centrais do Estado, ou
não podem ser realizadas sem acordo tácito
ou expresso destes. Ex. Franca e Portugal,
pese embora manifestem nos últimos anos
a tendência para a descentralização.
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Estados Unitários Descentralizados
Ao Contrario do Termo Desconcentração
que significa transferência de competências
e atribuições do centro para a periferia, sem
diminuir os poderes da administração
nacional (é uma delegação de competências
aos representantes locais do poder central
conferindo- lhes a possibilidade de
tomarem certas decisões que eram
prerrogativas dos agentes do poder central).
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CONT.
A noção de Descentralização implica o
aumento de poderes das autoridades eleitas
para os órgãos das colectividades locais
regionais em detrimento das atribuições
das autoridades nacionais, e traduz-se numa
transparência efectiva de poderes e
competências dos órgãos centrais do Estado
para os órgãos das colectividades territoriais
(regiões, distritos, municípios etc).
12
CONT.
Assim, quando existe, de facto,
descentralização, isto e, quando num
Estado Unitário numerosos actos que
respeitem a tal coletividade territorial são
adotados pelos dirigentes da respectiva
coletividade, sem intervenção das
autoridades estatais estamos perante Estado
Unitário Descentralizado.
Caracterizam-se essencialmente pela
autonomia administrativa e financeira
que concede as coletividade territoriais.
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A ORIGEM DE ESTADO E SUA EVOLUÇÃO
HISTÓRICA;
Tipos Históricos de Estado
Estado Oriental Teocracia, isto é, poder
político reconduzido ao poder religioso. O
monarca é adorado como um deus. Há
reduzido garantias jurídicas dos indivíduos,
larga extensão territorial e aspiração a
constituir um império universal.
26-08-23 14
Cont.
Estado Romano - Século II antes de Cristo
ao século IV depois de Cristo.
Desenvolvimento do conceito de poder
político como poder supremo e uno, cuja
plenitude pode ou deve ser reservada a uma
única origem e a um único detentor.
Consciência da separação entre o Estado
(poder público) e o poder privado.
Cont.
Estado moderno ou Estado Europeu -
(Século XVI até aos dias de hoje) O Estado
moderno vai surgir com a crise do sistema
político medieval, podendo afirmar-se que
o processo de criação dos Estados europeus
se encontra concluído no momento de
assinatura dos Tratados de Vestefália (1648)
que puseram termo à guerra dos trinta
anos.
ESTADO ABSOLUTO
Máxima concentração de poder no rei. É
no rei que se concentra o poder, a palavra
do rei é lei. O rei exercia o poder religioso,
tinha plena liberdade para atingir os seus
fins.
Cont.
Neste tipo de Estado há o Estado
propriamente dito com soberania e há o
Fisco, entidade de direito privado e sem
soberania. Só o Fisco entra em relações
jurídicas comos particulares e só contra este
( Fisco) é que os particulares podem
reivindicar direitos subjectivos.
Estado Constitucional, representativo
ou de direito Constitucional
O Chefe de Estado;
O Parlamento; e
Governo.
Chefe do Estado
O Chefe do Estado - quase todos os
Estados tem um órgão supremo que garante
a sua unidade e que genericamente se
designa por chefe do estado. A chefia do
Estado pode revestir um carácter singular
(Imperador, Rei, Presidente da República).O
chefe de Estado pode ser designado por
herança (monarquia), por ou eleição.
Cont.
A designação do chefe do Estado podem
variar de país para país e de regime político
para regime político, consoante as épocas,
podendo limitar-se á mera representação
protocolar do Estado ou abranger o
exercício efetivo da autoridade no domínio
governativo.
FUNÇÕES
Em relação à legislação também pode haver várias
hipóteses:
O chefe do estado não tem qualquer intervenção
na elaboração e publicação das leis.
Tem uma intervenção que se reduz à declaração
solene de que a lei foi feita pelo órgão competente
e manda publicar a lei (promulgação).
Direito a demorar a promulgação das leis que lhe
forem enviadas pelas assembleias legislativas e a
devolver-lhas para que repensem certas
disposições, pedindo que de novo a discutem e
votem (direito de veto suspensivo).
Exigência de concordância por parte do chefe do
Estado para que a lei seja posta em vigor. Esta
intervenção da vontade do chefe do Estado tem
carácter constitutivo na formação na formação da
lei e chama-se ratificação.
Cont.
O chefe do Estado é o único legislador (ditaduras,
monarquias absolutas) ou em situações de perigo
excecional ou de calamidade pública.
QUANTO ÀS NOMEAÇÕES DOS MINISTROS
O chefe do Estado tem iniciativa de
nomear ministros por sua livre vontade sem
depender da indicação ou dos votos das
assembleias políticas ou dos partidos.
QUANTO AO EXERCÍCIO DO GOVERNO
O chefe do Estado alheado da intervenção
nas decisões governativas e apenas tem o
direito de ser informado e o direito de
aconselhar.
Embora não participe no exercício efetivo
do governo, acompanha este de muito perto
e pode desempenhar de forma efetiva certas
atribuições, conferidas por lei
Cont.
Exemplo: nomeação de altos funcionários,
direção de organismos superiores da defesa
nacional ou de relações internacionais.
Detém por direito o poder governativo,
embora deva entregar o exercício a um
primeiro-ministro, perante ele responsável,
com maior ou menor liberdade de
orientação da política interna e externa.
Cont.
O chefe do Estado é simultaneamente
chefe do governo e exerce em colaboração
com os secretários ou ministros da sua
confiança, as funções governativas.
QUANTO À FUNÇÃO JUDICIAL
O chefe de Estado não tem quaisquer atribuições
relativas aos tribunais e á execução das penas.
exercer atribuições de clemência e indultando ou
comutando penas criminais. No Estado
Moçambicano os poderes do Presidente da
República estão descritos na C.R.M.
PARLAMENTO
órgão colegial por excelência;- cabe
primordialmente a função legislativa; -
podem ter igualmente funções consultivas e
de fiscalização;- finalmente podem intervir
no processo de formação ou destituição do
governo.
NATUREZA E COMPOSIÇÃO DOS PARLAMENTOS
CARACTERISTICAS
A eleição do Chefe do Estado é feita através
de Sufrágio Universal, a semelhança do
parlamento;
1º - Eleitores;
2º - Simpatizantes;
3º - Aderentes;
4º - Militantes.
FINS E FUNÇÕES DOS PARTIDOS
POLÍTICOS
Fins são os objectivos para que foram criados:
Participar no funcionamento e no
aperfeiçoamento das estruturas político-
constitucionais;
Representar politicamente o povo, essa
representação pode ser em sentido rigoroso ou
perfeito nas democracias representativas ou
em sentido imperfeito, nos regimes ditatoriais.
FUNÇÕES POLÍTICAS E FUNÇÕES
ADMINISTRATIVAS.
Função representativa que é essencial e que
consiste na apresentação de candidaturas às
eleições dos titulares dos órgãos do poder
político;
Função de titularidade e exercício do poder
político: para o que é necessário preparar
quadros aptos a desempenhar o poder
político e a criar estruturas de apoio aos
seus dirigentes.
Cont.
Função de definição da política interna:
consiste em estabelecer ou definir a posição
do partido perante os problemas da
colectividade e designar os titulares dos
órgãos internos do partido.
Cont.
Função pedagógica: tem por fim informar
os militantes e simpatizantes e o eleitorado
em geral, sobre as principais questões da
vida colectiva e das posições que o partido
assume nessas matérias.
CLASSIFICAÇÃO DOS PARTIDOS
Os partidos podem classificar em dois grupos:
Os partidos de quadros;
Os partidos de massas.
OS PARTIDOS DE QUADROS caracterizam-
se por não visar um número de membros
muito elevado, mas tentarem reunir quadros
bem preparados com pessoas de prestígio, seja
a nível moral, social, económico ou intelectual,
os quais podem exercer influenciar no
eleitorado e dar-lhes apoio.
Cont.
O seu financiamento é feito em regra por
grandes capitalistas, interessa-lhes mais a
qualidade do que a quantidade dos seus
membros, são partidos flexíveis,
indisciplinados pela ausência de disciplina
de voto. Em regra situam-se ao centro ou à
direita do quadro político.
PARTIDOS DE MASSAS
Procuram grande número de membros e
militantes, procurando ir de encontro com
os seus interesses;
Manifestam interesses extra-
parlamentares, como seja a formação
política das populações e a criação e apoio a
estruturas económicas e sociais de massas;
Cont.
São financiados através das
quotizações dos seus militantes,
pretendendo substituir o
financiamento dos grandes capitalistas
pelo financiamento popular;
Tem fortes ligações ideol.gicas;
Cont.
São partidos rígidos - com disciplina
de voto no parlamento e altamente
centralizados. Surgem com o sufrágio
universal e com o desenvolvimento das
teses socialistas e comunistas.
São partidos operários, disciplinados
que procuram recrutar e formar o
maior número possível de militantes.
Cont.
Em suma, os partidos de massa englobam
um grande número de membros,
demonstrando um grande interesse por
estes e pelos seus militantes e demonstram
interesse na formação política das
populações e na criação de estruturas
sociais e económicas de massas.
Recebem como financiamento as quotas
pagas pelos seus militantes.
OS SISTEMAS PARTIDÁRIOS
MONOPARTIDISMO que é o sistema de
partido único
MULTIPARTIDISMO INTEGRAL OU
PREFEITO que é o sistema existente nas
sociedades políticas atomizadas: significa
que quando existem três ou mais partidos
que distribuem entre si de forma
aproximada iguais percentagens eleitorais.
Cont.
MULTIPARTIDISMO IMPERFEITO OU
DE PARTIDO DOMINANTE que é o
sistema em que existem três ou mais
partidos, mas em que um deles sobressai
por conseguir alcançar pelo menos 35% do
eleitorado, assumindo uma posição
dominante no aparelho do Estado.
Cont.
Tendo como critério o número, dimensão
eleitoral e expressão no exercício do poder
político dos partidos políticos existentes
podemos, assim, reduzir a 4 sistemas de
partidários:
Sistema de partido único;
2 - Sistema de partido liderante;
3 - Sistema bipartidário;
Cont.
bipartidismo perfeito
bipartidismo imperfeito;
4- Sistema multipartidário
4.a) perfeito;
4.b) imperfeito.
5 - Sistema sem partidos organizados –
( monarquia absoluta)
SOBERANIA
De acordo com Jean Bodin (1530-1596),
soberania refere-se à entidade que não
conhece superior na ordem externa nem
igual na ordem interna.
Relaciona-se à autoridade suprema,
geralmente no âmbito do país.
Cont.
É o direito exclusivo de uma autoridade
suprema sobre um grupo de pessoas —
geralmente uma nação.
Há casos em que esta soberania é atribuída
a um indivíduo, como na monarquia, na
qual o líder é chamado genericamente de
soberano.
Cont.
Entende-se por SOBERANIA a
qualidade máxima de poder social por
meio da qual as normas e decisões
elaboradas pelo Estado prevalecem
sobre as normas e decisões emanadas
de grupos sociais intermediários, tais
como a família, a escola, a empresa, a
igreja, etc.
Cont.
O conceito de "soberania" foi teorizado
pelo francês Jean Bodin (1530-1596) no seu
livro intitulado Os Seis Livros da República,
no qual sustentava a seguinte tese: a
Monarquia francesa é de origem
hereditária; o Rei não está sujeito a
condições postas pelo povo; todo o poder
do Estado pertence ao Rei e não pode ser
partilhado com mais ninguém (clero,
nobreza ou povo).
Cont.
Jean-Jacques Rousseau transfere o
conceito de soberania da pessoa do
governante para todo o povo, entendido
como corpo político ou sociedade de
cidadãos A soberania é inalienável e
indivisível e deve ser exercida pela vontade
geral, denominada por soberania popular.
Cont.
A partir do século XIX foi elaborado um
conceito jurídico de soberania, segundo o
qual esta não pertence a nenhuma
autoridade particular, mas ao Estado
enquanto pessoa jurídica. A noção jurídica
de soberania orienta as relações entre
Estados e enfatiza a necessidade de
legitimação do poder político pela lei.
A SOBERANIA
A soberania, que exprime o mais alto
poder do Estado, a qualidade de poder
supremo, apresenta duas faces
distintas:
A interna; e
A externa.
Cont.
A SOBERANIA INTERNA significa o
imperium que o Estado tem sobre o
território e a população, bem como a
superioridade do poder político frente aos
demais poderes sociais, que lhe ficam
sujeitos, de forma mediata ou imediata.
Cont.
A soberania externa é a manifestação
independente do poder do Estado perante
outros Estados.
CARACTERISTICAS DA SOBERANIA
A soberania é una e indivisível, não se
delega a soberania, a soberania é
irrevogável, a soberania é perpétua, a
soberania é um poder supremo.
EVOLUÇÃO POLITICO CONSTITUCIONAL NA
REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE
A primeira Constituição de Moçambique
entrou em vigor em simultâneo com a
proclamação da independência nacional em
25 de Junho de 1975. Nesta altura, a
competência para proceder a revisão
constitucional fora atribuída ao Comité
Central da Frelimo até a criação da
Assembleia com poderes constituintes, que
ocorreu em 1978.
CONSTITUICÃO DE 1975
objectivos fundamental:
A eliminação das estruturas de opressão e
exploração coloniais... e a luta contínua contra
o colonialismo e o imperialismo”2, foi instalado
na República Popular de Moçambique (RPM) o
regime político socialista e uma economia
marcadamente intervencionista, onde o
Estado procurava evitar a acumulação do
poderio económico e garantir uma melhor
redistribuição da riqueza.
Cont.
O sistema político era caracterizado pela
existência de um partido único e a
FRELIMO assumia o papel de dirigente.
Eram abundantes as fórmulas ideológicas -
proclamatórias e de apelo das massas,
compressão acentuada das liberdades
públicas em moldes autoritários, recusa de
separação de poderes a nível da organização
política e o primado formal da Assembleia
Popular Nacional.
ALTERAÇÕES PONTUAIS
Esta Constituição sofreu seis alterações
pontuais designadamente:
Em 1976, 1977, 1978, 1982, 1984,e 1986.
Destas, merece algum realce a alteração de
1978 que incidiu maioritariamente sobre os
órgãos do Estado (sua organização,
competências, entre outros).
Cont.
retirou o poder de modificar a Constituição
do Comité Central da Frelimo e retirou a
competência legislativa do Conselho de
Ministro (uma vez criada a
AssembleiaPopular que teria estas
competências) e a de 1986 que fora motivada
pela institucionalização das funções do
Presidente da Assembleia Popular e de
Primeiro-Ministro, criados pela 5ª Sessão do
Comité Central do Partido Frelimo.
Constituição de 1990
A revisão constitucional ocorrida em 1990
trouxe alterações muito profundas em
praticamente todos os campos da vida do
País. Estas mudanças que já começavam a
manifestar-se na sociedade, principalmente
na área económica, a partir de 1984,
encontram a sua concretização formal com
a nova Constituição aprovada.
Cont.
Resumidamente, podemos citar alguns
aspectos mais marcantes, como sejam:
Introdução de um sistema multipartidário
na arena política, deixando o partido
Frelimo de ter um papel dirigente e
passando a assumir um papel histórico na
conquista da independência;
Cont.
Inserção de regras básicas da democracia
representativa e da democracia participativa
eo reconhecimento do papel dos partidos
políticos;
Na área económica, o Estado abandona a
sua anterior função basicamente
intervencionista e gestora, para dar lugar a
uma função mais reguladora e controladora
(previsão de mecanismos da economia de
mercado e pluralismo de sectores de
propriedade);
Cont.
Os direitos e garantias individuais são
reforçados, aumentando o seu âmbito e
mecanismos de responsabilização;
Várias mudanças ocorreram nos órgãos do
Estado, passam a estar melhor definidas as
funções e competências de cada órgão, a
forma como são eleitos ou nomeados;
Cont.
Preocupação com a garantia da
constitucionalidade e da legalidade e
consequente criação do Conselho
Constitucional; entre outras.
Cont.
A CRM de 1990 sofreu três alterações
pontuais, designadamente: duas em 1992 e
uma em 1996.
Destas merece especial realce a alteração de
1996 que surge da necessidade de se
introduzir princípios e disposições sobre o
Poder Local no texto da Constituição.
Cont.
verificando se desse modo a
descentralização do poder através da
criação de órgãos locais com competências
e poderes de decisão próprios, entre outras
(superação do princípio da unidade do
poder).
CONSTITUIÇÃO DE 2004
Esta é a última revisão constitucional
ocorrida em Moçambique. Fora aprovada
no dia 16 de Novembro de 2004. Não se
verifica com esta nova Constituição uma
ruptura com o regime da CRM de 1990, mas
sim, disposições que procuram reforçar e
solidificar o regime de Estado de Direito e
democrático trazido em 1990.
Cont.
através de melhores especificações e
aprofundamentos em disposições já
existentes e também pela criação de novas
figuras, princípios e direitos e elevação de
alguns institutos e princípios já existentes
na legislação ordinária à categoria
constitucional.
Cont.
Um aspecto muito importante de
distinção desta constituição das
anteriores é o “consenso” na sua
aprovação, uma vez que ela surge da
discussão não só dos cidadãos, como
também da Assembleia da República
representada por diferentes partidos
políticos (o que não se verificou nas
anteriores).