Você está na página 1de 152

Cont.

Direito de fazer a guerra (jus bel);


Direito de legacão ou seja o direito de
enviar e receber agentes diplomáticos;
 Direito de celebrar tratados
internacionais;
Direito de reclamação internacional
(usar internacionalmente certos meios, para
defender os seus interesses e fazer valer os
seus direitos, tais como protestos, os
pedidos de inquéritos, o recurso a
arbitragem e a jurisdição internacional)
1
Cont.
No entanto existem Estados que não
disfrutam de nenhuma destas prerrogativas
e reconhecem um poder superior na sua
ordem interna são os Estados não
Soberanos- Os Estados Federados

2
OS ESTADOS FEDERADOS
Quando um certo numero de
colectividades territoriais politicamente
organizadas decidem unir-se e aceitam,
mediante adopção de uma Constituição
comum, transferir para órgãos da união as
suas prerrogativas soberanas de ordem
externa, e reconhecem a estes órgãos
competência para decidir sobre domínios
da sua ordem interna, tornam-se membros
de um Estado Federal.
3
Cont.
Estes continuam a ser verdadeiros Estados,
pois podem elaborar as suas própria
constituições e fazer as leis no domínio da
sua competência e dispõem de meios
próprios (funcionalismo, policia e tribunais)
para fazer respeitar as suas leis dentro do
território que lhes pertence.

4
Cont.
Mas não são soberanos primeiro porque
as suas constituições devem respeitar a
constituição federal.
Segundo porque as suas leis tem de se
subordinar as leis dimanadas dos órgãos
da Federação e podem ser anuladas pelos
tribunais federais se forem contrarias a
Constituição Federal.

5
Cont.
Terceiro porque não podem manter
relações internacionais próprias , dado que
perdem o direito de legação, de celebrar
tratados internacionais, de fazer guerra, de
reclamação internacional a favor do Estado
Federal.

6
ESTADOS SOBERANOS
São aqueles que detém um poder sem
igual na ordem interna, nem superior na
ordem externa, tem por conseguinte o
poder de querer e de comandar.
No entanto estes revestem de modalidades
diferentes conforme o tipo de relações que
mantem com as colectividades territoriais
que integram , distinguindo-se assim os
Estados Federais e Estados Unitários.

7
ESTADOS FEDERAIS
A expressão Estado Federal significa a
união de Estados membros num só Estado
Central que se rege por normas
constitucionais comuns a todos membros.
O federalismo tem sido largamente
preconizado como meio de evitar conflitos
entre os países do mesmo continente ou da
mesma região do globo. Ex. EUA, RFA,
SUICA E CANADA

8
ESTADOS UNITÁRIOS
É um Estado simples, em que há um só
poder politico para todo território. Todavia
o poder do Estado pode estar concentrado
e centralizado nos órgãos centrais, ou
encontram-se repartido pelos órgãos das
colectividades territoriais, a que são
atribuídas poderes e competências
relativamente autónomos, no primeiro caso
estamos perante Estados Unitários
centralizados no segundo Estados
Unitários Descentralizados.
9
Estados Unitários centralizados
É Centralizado quando a autonomia das
colectividades territoriais é muito reduzida,
quer dizer que a maior parte dos actos que
lhes dizem respeito ou são praticados pelos
agentes dos órgãos centrais do Estado, ou
não podem ser realizadas sem acordo tácito
ou expresso destes. Ex. Franca e Portugal,
pese embora manifestem nos últimos anos
a tendência para a descentralização.

10
Estados Unitários Descentralizados
Ao Contrario do Termo Desconcentração
que significa transferência de competências
e atribuições do centro para a periferia, sem
diminuir os poderes da administração
nacional (é uma delegação de competências
aos representantes locais do poder central
conferindo- lhes a possibilidade de
tomarem certas decisões que eram
prerrogativas dos agentes do poder central).

11
CONT.
A noção de Descentralização implica o
aumento de poderes das autoridades eleitas
para os órgãos das colectividades locais
regionais em detrimento das atribuições
das autoridades nacionais, e traduz-se numa
transparência efectiva de poderes e
competências dos órgãos centrais do Estado
para os órgãos das colectividades territoriais
(regiões, distritos, municípios etc).

12
CONT.
Assim, quando existe, de facto,
descentralização, isto e, quando num
Estado Unitário numerosos actos que
respeitem a tal coletividade territorial são
adotados pelos dirigentes da respectiva
coletividade, sem intervenção das
autoridades estatais estamos perante Estado
Unitário Descentralizado.
Caracterizam-se essencialmente pela
autonomia administrativa e financeira
que concede as coletividade territoriais.
13
A ORIGEM DE ESTADO E SUA EVOLUÇÃO
HISTÓRICA;
Tipos Históricos de Estado
Estado Oriental Teocracia, isto é, poder
político reconduzido ao poder religioso. O
monarca é adorado como um deus. Há
reduzido garantias jurídicas dos indivíduos,
larga extensão territorial e aspiração a
constituir um império universal.

26-08-23 14
Cont.
Estado Romano - Século II antes de Cristo
ao século IV depois de Cristo.
Desenvolvimento do conceito de poder
político como poder supremo e uno, cuja
plenitude pode ou deve ser reservada a uma
única origem e a um único detentor.
Consciência da separação entre o Estado
(poder público) e o poder privado.
Cont.
Estado moderno ou Estado Europeu -
(Século XVI até aos dias de hoje) O Estado
moderno vai surgir com a crise do sistema
político medieval, podendo afirmar-se que
o processo de criação dos Estados europeus
se encontra concluído no momento de
assinatura dos Tratados de Vestefália (1648)
que puseram termo à guerra dos trinta
anos.
ESTADO ABSOLUTO
Máxima concentração de poder no rei. É
no rei que se concentra o poder, a palavra
do rei é lei. O rei exercia o poder religioso,
tinha plena liberdade para atingir os seus
fins.
Cont.
Neste tipo de Estado há o Estado
propriamente dito com soberania e há o
Fisco, entidade de direito privado e sem
soberania. Só o Fisco entra em relações
jurídicas comos particulares e só contra este
( Fisco) é que os particulares podem
reivindicar direitos subjectivos.
Estado Constitucional, representativo
ou de direito Constitucional

Porque assente numa Constituição que


regula a organização e a relação com os
cidadãos, tendente à limitação do poder.
Cont.
Este pode ser:
De Governo representativo porque há uma
separação entre a titularidade e o exercício
de poder, sendo que a primeira está
radicada no povo, na nação ou
colectividade; e o segundo atribuído a
governantes eleitos ou representativos da
colectividade (de toda a colectividade e não
de grupos como no Estado estamental).
Cont.
De Direito
Porque para garantia dos direitos dos
cidadãos se estabelece a divisão de poder e
o respeito pela legalidade (formal e mais
tarde material).
Fases do Estado Constitucional
Após o final da II guerra mundial
consideramos os seguintes aspectos:
Transformação do Estado num sentido
democrático, intervencionista, social, em
contraposição com o laissez faire, laissez
passer,…liberal.
Aparecimento e desaparecimento dos
regimes autoritários e totalitários;
Emancipação dos povos coloniais;
Cont.
Organização da comunidade internacional
e a protecção internacional dos direitos do
homem Jorge Miranda defende que com o
final do século e do milénio se verifica:
O desaparecimento de quase todos os
regimes autoritários e totalitários;
Cont.
Surgimento desde 1979 de um novo
modelo de Estado diverso do Estado
europeu: o Estado do fundamentalismo
islâmico em que se unem lei religiosa e lei
civil, poder espiritual e poder temporal;
Cont.
Observa-se no Estado social de Direito
sintomas de crise: crise do Estado-
providência por causas administrativas,
financeiras, comerciais (quebra da
competitividade devido globalização da
economia);
Estado de Direito Liberal
.Assente na ideia de liberdade e, em nome
dela, empenhado em limitar o poder
político tanto internamente (pela sua
divisão) como externamente (pela redução
ao mínimo das suas funções perante a
sociedade).
Cont.
O Estado só teria como única tarefa a
garantia da paz social e da segurança dos
bens e das vidas, de forma a permitir o
pleno desenvolvimento da sociedade civil
de acordo com as suas próprias leis
naturais.
ESTADO TOTALITÁRIO
É um tipo de Estado que assume todo o
poder na sociedade e identifica a liberdade
humana com a prossecução dos seus fins.
ESTADO DE DIREITO DEMOCRATICO
Estado de Direito Democratico se quer
fazer expressar que o único critério de
actuação possível é o critério legal, o
critério do Direito, a Lei. Esta ideia vem
desde a Antiguidade Clássica (e já Platão
referia que melhor que um governo de
homens será um governo de leis, porque
estas estabelecerem normas de conduta que
pautam a sociedade). Estado de
legalidade.
Cont.
Estado de Direito (mais exigente)-
cumpre-se a lei seja ela qual for;- considera
a ideia de Direito que está em causa;- é
mais do que um estado de legalidade;-
considera os valores subjacentes a
determinada lei;
 
Cont.
Esta ideia de Direito implica:
separação de poderes – para Montesquieu;
limitação recíproca dos poderes –
fiscalização de uns poderes em relação aos
outros; respeito pelos Direitos
Fundamentais; cumprimento da legalidade
(entendida em termos latos).
DEMOCRACIA
Democracia é o governo do povo, onde o poder
supremo pertence ao povo e é exercido directamente
por este ou por seus representantes, através de um
sistema eleitoral livre.
Segundo Abraham Lincoln: Democracia e o governo
do povo, pelo povo e para o povo.
MODALIDADES DE DEMOCRACIA
Democracia directa –aqui todos os
cidadãos, sem intermediação de ninguém,
participam na formulação da vontade
política do Estado ou da comunidade. É
pouco comum ou é menos usada hoje em
dia. Foi o modelo usado em Atenas e hoje
pode ser observada nalguns cantões suíços.
Cont.
Democracia representativa – os cidadãos
elegem os seus representantes para
formularem políticas ou decidirem sobre a
vida política da comunidade. É dos modelos
mais usados em muitos Estados hoje.
CONT.
Democracia semi - directa – aqui existem
o órgãos representativos da soberania
popular, mas condicionam a validade de
certas decisões ou deliberações à
manifestação, expressa ou tácita, do povo
constituído pela generalidade dos cidadãos
eleitores. O povo intervém aqui através do
referendo.
Cont.
Democracia popular – foi seguida no
bloco da Ex - URSS e nos países satélites. É
uma democracia que suprime a liberdade
individual a título de facilitar a perfeita
realização da vontade do “povo”. Aqui não
há multipartidarismo, mas sim o partido
único, não há liberdade de expressão nem
de associação.
IMPLEMENTACAO DA EEMOCRACIA EM
MOCAMBIQUE
A constituição de 1975 e a democracia
popular nos momentos que se seguiram à
independência o Estado moçambicano
optou por uma linha de orientação
socialista. Assim, Moçambique tenta
implementar uma concepção socialista do
poder, do Estado e do Direito.
Cont.
Neste contexto a CRPM dispunha no artigo
2° o seguinte: “A República Popular de
Moçambique é um Estado de democracia
popular em que todas as camadas patrióticas
se engajam na construção de uma nova
sociedade, livre da exploração de homem
pelo homem”.Este modelo foi adoptado do
modelo da Ex - URRS, que é também do tipo
ocidental.
CONT.
A constituição de 1990 e a democracia
multipartidária diz o professor Américo
Simango que o modelo democracia popular
baseado no Estado de partido único pela
constituição de 1975 foi substituído por um
novo conceito de democracia representativa
do tipo ocidental.
Cont.
De facto, a constituição de 1990 veio
introduzir o Estado de direito democrático,
que se funda na separação de poderes,
pluralismo político, liberdade de expressão
e respeito pelos direitos fundamentais
DIPLOMAS LEGAIS QUE ACOMPANHARAM O PROCESSO
DE DEMOCRATIZACAO EM MOCAMBIQUE

Lei que cria os municípios (Lei 2/97 de 18 de


Fevereiro), começa com o processo de
descentralização administrativa;
Lei das associações (Lei 8/91 de 18 de Julho) vem
materializar o exercício do direito de livre associação;
Lei dos partidos políticos, vem a consagrar o processo
de constituição e a actividade dos partidos políticos;
A primeira Lei eleitoral, estabeleceu o processo
eleitoral. Forma se sucedendo várias leis até a actual
lei eleitoral.
CRM DE 2004
A constituição de 2004 e o princípio
democrático.
A CRM de 2004 vem reafirmar, desenvolver
e aprofundar os princípios fundamentais do
Estado moçambicano, consagra o carácter
soberano do Estado de Direito democrático,
baseado no pluralismo de expressão,
organização partidária, respeito pelos
direitos e liberdades fundamentais dos
cidadãos.
Concretizacao da Democracia e do
Principio Democratico em Moç.
Ao falarmos dos traços básicos da democracia falamos
dos pilares básicos desta mesma democracia.
Estes pilares encontram consagração constitucional
nestes termos:
Soberania popular (art. 2° n° 1 e 2 da CRM);
Governo baseado no consentimento dos governados
(legitimidade);
CONT.
A lei da maioria (art.184, 187);
Respeito pelos direitos das minorias (art.35°CRM);
Garantia dos direitos fundamentais (arts 35° a 95°
CRM);
Eleições livres e justas (art. 135° CRM);
Restrições constitucionais ao poder (134° CRM);
Pluralismo político, social e económico (arts 74° e 75°
CRM);
Valores da tolerância, pragmatismo, cooperação e
compromisso;
Primado da lei (art.2° n° 3 e 4 CRM).
Os sub-principios do principio democratico
concretizam-se constitucionalmente desta
maneira:
Soberania popular (art. 2° n° 1 e 2 da CRM);
Princípio da representação popular (art. 168 CRM);
Princípio da democracia semi – directa ( art. 136
CRM);
Princípio da participação (art. 78, 53 CRM)
DEMOCRACIA EM MOCAMBIQUE
Apesar das posições de muitos pessimistas sobre o
processo democrático africano, a experiência mostra
que a democracia é praticável em Moçambique, assim
como em muitos países africanos. Dificuldades
existem que podem manchar este processo. Mas estas
não servirão de argumento para se negar que o
modelo europeu de democracia funcione em
Moçambique. Este processo deve acompanhado de
uma vontade política e com as devidas adaptações na
medida em que a experiência o exija.
CONT.
De facto, a democracia é uma viagem inacabada. O
que se deve fazer é u aperfeiçoamento constante,
acompanhado de uma abertura política e participação
activa de todos os cidadãos dos assuntos públicos.
ÓRGÃOS DO ESTADO
São as entidades às quais a ordem
constitucional reconhece o poder de
manifestar a vontade imputável ao Estado.
O estado manifesta-se na vida jurídica
através dos seus órgãos e os titulares dos
seus órgãos quando autuam nos termos da
lei produzem atos imputáveis aos órgãos e
que como tais passam a ser imputados ao
Estado.
ÓRGÃO DO ESTADO - DEFINICAO
é o centro autónomo institucionalizado da
invocação de uma vontade que é atribuída
ao Estado. Cada órgão diferencia-se dos
demais, pelo conjunto de poderes jurídicos
que recebe para esses fins e estrutura-se em
função desses poderes e insere-se na
estrutura do Estado.
O conceito de órgão implica quatro
elementos inseparáveis
 A instituição (ou oficio);
A competência – o complexo de poderes
funcionais que são cometidos ao órgão, ou seja, a
parcela de poderes públicos que lhe cabe. A
competência pode ser delimitada em razão da
matéria, da hierarquia, do território, do tempo e
do valor dos atos. A competência deriva
obrigatoriamente da lei, não se presume
Cont.
 O titular – a pessoa física ou conjunto de pessoas
físicas que em cada momento encarnam a instituição
e formam a vontade do órgão.
 O cargo ou mandato – quando se trata de órgão
eletivo (são eleitos)
Os órgãos superiores do Estado

O Chefe de Estado;
O Parlamento; e
Governo.
Chefe do Estado
O Chefe do Estado - quase todos os
Estados tem um órgão supremo que garante
a sua unidade e que genericamente se
designa por chefe do estado. A chefia do
Estado pode revestir um carácter singular
(Imperador, Rei, Presidente da República).O
chefe de Estado pode ser designado por
herança (monarquia), por ou eleição.
Cont.
A designação do chefe do Estado podem
variar de país para país e de regime político
para regime político, consoante as épocas,
podendo limitar-se á mera representação
protocolar do Estado ou abranger o
exercício efetivo da autoridade no domínio
governativo.
FUNÇÕES
Em relação à legislação também pode haver várias
hipóteses:
O chefe do estado não tem qualquer intervenção
na elaboração e publicação das leis.
Tem uma intervenção que se reduz à declaração
solene de que a lei foi feita pelo órgão competente
e manda publicar a lei (promulgação).
Direito a demorar a promulgação das leis que lhe
forem enviadas pelas assembleias legislativas e a
devolver-lhas para que repensem certas
disposições, pedindo que de novo a discutem e
votem (direito de veto suspensivo).
Exigência de concordância por parte do chefe do
Estado para que a lei seja posta em vigor. Esta
intervenção da vontade do chefe do Estado tem
carácter constitutivo na formação na formação da
lei e chama-se ratificação.
Cont.
O chefe do Estado é o único legislador (ditaduras,
monarquias absolutas) ou em situações de perigo
excecional ou de calamidade pública.
QUANTO ÀS NOMEAÇÕES DOS MINISTROS
O chefe do Estado tem iniciativa de
nomear ministros por sua livre vontade sem
depender da indicação ou dos votos das
assembleias políticas ou dos partidos.
QUANTO AO EXERCÍCIO DO GOVERNO
O chefe do Estado alheado da intervenção
nas decisões governativas e apenas tem o
direito de ser informado e o direito de
aconselhar.
 Embora não participe no exercício efetivo
do governo, acompanha este de muito perto
e pode desempenhar de forma efetiva certas
atribuições, conferidas por lei
Cont.
Exemplo: nomeação de altos funcionários,
direção de organismos superiores da defesa
nacional ou de relações internacionais.
Detém por direito o poder governativo,
embora deva entregar o exercício a um
primeiro-ministro, perante ele responsável,
com maior ou menor liberdade de
orientação da política interna e externa.
Cont.
O chefe do Estado é simultaneamente
chefe do governo e exerce em colaboração
com os secretários ou ministros da sua
confiança, as funções governativas.
QUANTO À FUNÇÃO JUDICIAL
O chefe de Estado não tem quaisquer atribuições
relativas aos tribunais e á execução das penas.
exercer atribuições de clemência e indultando ou
comutando penas criminais. No Estado
Moçambicano os poderes do Presidente da
República estão descritos na C.R.M.
PARLAMENTO
órgão colegial por excelência;- cabe
primordialmente a função legislativa; -
podem ter igualmente funções consultivas e
de fiscalização;- finalmente podem intervir
no processo de formação ou destituição do
governo.
NATUREZA E COMPOSIÇÃO DOS PARLAMENTOS

pessoas nomeadas intencionalmente ou


temporariamente pelo chefe do Estado ou
governo, ou pessoas delegadas de vários grupos de
interesses de profissionais ou representantes dos
partidos políticos eleitos por sufrágio que pode ser
direto ou indireto, universal ou restrito.
PODERES E FUNÇÕES DOS PARLAMENTOS

Variam de país para país e de acordo com o


sistema de governo. Geralmente compete-
lhes a votação das leis financeiras:
lançamento de impostos e autoliquidação
anual da sua cobrança; a fixação das
receitas e despesas do Estado através da
aprovação do OGE (orçamento geral do
estado)
Cont.
Pertence-lhes, também, exclusiva ou
cumulativamente com outros órgãos, a
função legislativa, estando esta função cada
vez mais reduzida á aprovação das bases
gerais dos regimes jurídicos e ao
condicionamento da autorização por eles
dada ao governo para publicar leis e
decretos-leis.
Cont.
Na teoria clássica da separação de poderes o
poder legislativo cabia exclusivamente ao
parlamento, competindo ao governo e à
administração a tarefa de executar as leis
adotadas. Mas as tendências constitucionais
contemporâneas caracterizam-se pela redução
progressiva do papel dos parlamentos na
elaboração das leis. Atualmente, na generalidade
dos Estados as leis são mais produtos dos
governos do que dos parlamentos.
O Governo
Composto por Ministros;- compete a autoridade
de orientação política dos serviços públicos e a
chefia desses serviços e pessoal- ao governo
cabem, assim, as funções político-executivas e
administrativas, embora possam também ter
atribuídas funções legislativas reduzidas; Também
chamado de executivo.
Cont.
as suas estruturas e competências variam
de Estado para Estado, consoante o tipo de
relações que estabelecem entre os três
órgãos supremos do estado: O chefe do
estado, o parlamento e o governo.
PODER
De acordo com MARCELO CAETANO,
chama-se poder a possibilidade de
eficazmente impor aos outros o respeito da
própria conduta alheia.
existe poder sempre que alguém tem a
possibilidade de fazer acatar pelos outros a
sua própria vontade, afastando qualquer
resistência exterior àquilo que quer fazer ou
obrigando os outros a fazer o que ele queria.

2015/05/08 Introdução ao Poder Politico 70


     Conceito de Poder Politico
PODER POLITICO é a faculdade exercida
por um Povo de, por autoridade própria
(não recebida de outro poder, instituir
órgãos que exerçam o senhorio de um
território e nele criem e imponham normas
jurídicas, dispondo dos necessários meios
de coação.

2015/05/08 Introdução ao Poder Politico 71


Cont.
o poder politico é um poder de imposição e
de domínio a que os indivíduos não podem
subtrair-se por se necessário e irrestivel,
dentro do território dominado.

2015/05/08 Introdução ao Poder Politico 72


FUNÇÃO DO PODER POLITICO
a função do poder político é a de
subordinar os interesses particulares ao
interesse geral, segundo princípios
racionais de justiça traduzidos por um
Direito Comum a todas as sociedades
primárias englobadas na sociedade política.

2015/05/08 Introdução ao Poder Politico 73


RELAÇÕES ENTRE O DIREITO E O PODER
POLITICO
O Poder Politico é expressão fundamental
da faculdade de intervenção do homem
sobre o homem é certamente, o poder
político.
É um poder de natureza vinculativo
marcado pela susceptibilidade, quer do uso
da força física, quer de supressão, não
resistível de recursos vitais.
2015/05/08 Introdução ao Poder Politico 74
Cont.

Por que existe um poder politico?


Qual a sua razão de ser, a sua
justificação ultima?

2015/05/08 Introdução ao Poder Politico 75


Cont.
o poder político nasce para dirimir esse
conflito que toda a sociedade gera. O poder
político nasce justificado pela existência
desse conflito.
A sociedade encerra conflitos de interesses
que, ainda que só potenciais ou latentes
urge resolver. A sociedade vive de
contradições que reclama atenção e
disciplina.
2015/05/08 Introdução ao Poder Politico 76
Cont.
A sociedade define-se ainda numa
dialéctica governantes-governados que
importa regular. A sociedade constrói se à
sombra de uma permanente ameaça
exterior que é premente dissuadir.

2015/05/08 Introdução ao Poder Politico 77


Cont.
Por isso, surge o poder político. Um poder
político que, numa óptica explicativa, tem
de ser legítimo a sociedade tem de admitir e
de acordar na sua existência e no seu
desempenho. O poder político para ser
legítimo tem, portanto, de ser socialmente
admissível e consensual.

2015/05/08 Introdução ao Poder Politico 78


O Poder Politico como um
fenómeno jurídico
O poder político é fonte e objecto de
direito. A sua titularidade é juridicamente
definida, o seu objecto á juridicamente
delimitado, o seu exercício á juridicamente
regulado. Por outro lado, o poder político é
o criador de regras de conduta social
dotado de coercibilidade.

2015/05/08 Introdução ao Poder Politico 79


Cont.
O poder político define as regras essenciais
da existência colectiva e da sua própria
organização criando a lei das leis, a
Constituição – exercendo o poder
constituinte e depois, vai revendo a
constituição para adoptar ao devir
colectivo-exercendo o poder de revisão
constitucional.

2015/05/08 Introdução ao Poder Politico 80


O Papel dos Partidos Políticos
no Exercício do Poder Político
Nos termos do disposto no artigo 74 da
Constituição da República os partidos
expressam o pluralismo político, concorrem
para a formação e manifestação da vontade
popular e são instrumento fundamental
para a participação democrática dos
cidadãos na governação do país.

2015/05/08 Introdução ao Poder Politico 81


Deveres de Partidos Políticos
Nos termos do disposto no artigo 14 da lei
nº7/91 os partidos políticos cabem, entre
outros, os seguintes deveres:
   Respeitar a Constituição e as leis;
Publicar anualmente as contas;

2015/05/08 Introdução ao Poder Politico 82


Cont.
Os partidos políticos não podem:
Recorrer à violência ou preconizar o uso
desta para alterar a ordem politica e social
do país;
Fomentar nem difundir ideologias ou
politicas separatistas discriminatórias,
antidemocráticas e nem ter base em grupos
regionalistas étnicas raciais ou religiosas.

2015/05/08 Introdução ao Poder Politico 83


Cont.
Difundir ou propagar, por qualquer meio,
palavras ou imagem ofensivas à honra e a
consideração devidas ao Chefe de Estado,
aos titulares dos órgãos do Estado e aos
dirigentes de outros Partidos Políticos.

2015/05/08 Introdução ao Poder Politico 84


O Papel das Organizações Sociais no
Exercício do Poder Politico
O artigo 78 da Constituição da República
estabelece que as organizações sociais,
como formas de associação com afinidades
e interesses próprios, desempenham um
papel importante na promoção da
democracia e na participação dos cidadãos
na vida pública.

2015/05/08 Introdução ao Poder Politico 85


TIPOLOGIAS DE SISTEMA DE GOVERNO
1. SISTEMA DE GOVERNO PARLAMENTAR
É o fruto de uma longa evolução, que se
delineiou historicamente muito antes do
Sistema de Governo Presidencial, o qual foi
buscar àquele o seu modelo de instituições.
Prima facie distingue-se do Sistema de
Governo Presidencial pela colaboração de
poderes que o caracteriza, expressão flexível
de uma separação flexível de poderes.
2015/05/08 Introdução ao Poder Politico 86
CARACTERISTICAS
Um dos princípios fundamentais do
Sistema de Governo parlamentar reside no
controlo do Governo pelo Parlamento
O Chefe do Estado é tão só a mais alta
autoridade do país. Contrariamente ao que
acontece no Sistema de Governo
Presidencial, aqui não é simultanaemente
Chefe do Governo.
2015/05/08 Introdução ao Poder Politico 87
Cont.
Como resultante da responsabilidade
política, o governo não pode iniciar ou
continuar em funções sem a confiança do
parlamento. Em princípio, os ministros,
saem do próprio órgão representativo, onde
o governo tem de estar permanentemente
presente para justificar as suas opções
políticas bem como sujeitar-se às
interpelações e a censura parlamentar

2015/05/08 Introdução ao Poder Politico 88


O SISTEMA DE GOVERNO PRESIDENCIAL
4.1.Génese do Sistema
O Sistema Presidencial, surgiu com a
independência dos Estados Unidos,
precisamente no fim do sec.XVIII,por
oposição ao Sistema Parlamentar.

2015/05/08 Introdução ao Poder Politico 89


CARACTERISTICAS
Ao Congresso cabe o encargo de elaborar e
votar as leis e ao presidente de as executar e
de orientar a politica do país, no âmbito do
jurídico delineado pelo congresso;
O Poder Executivo é composto pelo
próprio presidente (órgão singular) que
escolhe livremente os seus Secretários de
Estado, não respondendo nem um nem os
outros perante o parlamento.

2015/05/08 Introdução ao Poder Politico 90


Cont.
O Chefe do Estado (Presidente da
República) é simultaneamente o Chefe de
Governo;
O Presidente é eleito por sufrágio universal
indirecto, em duas fases, podendo a sua
escolha resultar de uma maioria política
partidária não coincidente com o
congresso.
2015/05/08 Introdução ao Poder Politico 91
Cont.
O Presidente e os seus Secretários de
Estado não carecem da confiança do
congresso, pelo que este não pode forçar
nem uns nem os outros a demitirem-se. Por
seu lado, o presidente, não tem poderes de
para dissolver o congresso

2015/05/08 Introdução ao Poder Politico 92


SISTEMAS DE GOVERNO SEMI – PRESIDENCIAL
Este surge da necessidade de responder as
lacunas dos sistemas acima aflorados;

CARACTERISTICAS
A eleição do Chefe do Estado é feita através
de Sufrágio Universal, a semelhança do
parlamento;

2015/05/08 Introdução ao Poder Politico 93


Cont.
A dupla responsabilidade Politica do
Governo ou do Primeiro – Ministro –
Perante o Chefe do Estado e perante o
parlamento e diarquia do executivo
com distinção de funções entre o chefe
do Estado e o Chefe do Governo.

2015/05/08 Introdução ao Poder Politico 94


Cont.
A atribuição de uma amplitude de poderes
reais ou dominantes ao presidente,
decorrentes da legitimidade adveniente do
método de eleição, especialmente o direito
a dissolução do Parlamento;
A formação do Governo em função dos
resultados eleitorais, dependendo a sua
constituição e sobrevivência da confiança
parlamentar

2015/05/08 Introdução ao Poder Politico 95


Cont.
A possibilidade por parte do Chefe do
Estado, de controlar a actividade do
governo;

2015/05/08 Introdução ao Poder Politico 96


SISTEMA DE GOVERNO MOÇAMBICANO
 Cumpre-se referir que a CRM, estabelece
no seu art.133 e segs como òrgãos da
soberania:
O Presidente da República
A Assembleia da República
O Governo
Os Tribunais
O Conselho Constitucional

2015/05/08 Introdução ao Poder Politico 97


Cont.
Que se assentam nos princípios de
separação e interdependência de poderes
consagrados na constituição da República, e
devem obediência a Constituição e às leis.

2015/05/08 Introdução ao Poder Politico 98


Cont.
Neste âmbito podemos aferir que o
Sistema de Governo Moçambicano é aquele
que resulta do articulado da constituição da
república nos termos dos quais:
Existem cinco òrgãos políticos
nomeadamente o Presidente da
República, Conselho de Ministro, a
Assemleia da República, os Tribunais e
o Conselho Constitucional.

2015/05/08 Introdução ao Poder Politico 99


Cont.
O Presidente da República é o Chefe do
Estado, é o garante da Constituição, Chefe
do Governo e o Comandante-Chefe das
Forças de Defesa e Segurança.
É eleito por sufrágio universal directo,
igual, secreto, pessoal e periódico para um
mandato de cinco anos. Cfr.Art. 146 da
CRM.
2015/05/08 Introdução ao Poder Politico 100
Cont.
Dissolve a Assembleia da República nos
termos do artigo 188,caso rejeite, após
debate, o programa do Governo. O
Presidente da República convoca novas
eleições legislativas, nos termos da
Constituição.

2015/05/08 Introdução ao Poder Politico 101


Cont.
Nomeia o Presidente do Tribunal Supremo,
o Presidente do Conselho Constitucional, o
Presidente do Tribunal Administrativo e o
Vice-Presidente do Tribunal Supremo.
Dirige a acção Governativa Cfr. Art. 160 n˚ 1
al. a), b) e c) da CRM;

2015/05/08 Introdução ao Poder Politico 102


Cont.
Nomeia os membros do Governo, os Governadores
Provinciais, os Reitores e Vice-Reitores das
Universidades Estatais sob a proposta dos respectivos
colectivos de direcção nos termos da lei, o
Governador e o Vice-Governador do Banco de
Moçambique, os Secretários do Estado, Cfr. Art. 160
n° 2 al. a), b), c) d) e e) da CRM.

2015/05/08 Introdução ao Poder Politico 103


Cont.
Declarar o Estado de Guerra e a sua cessação, o
estado de sítio ou de emergência, celebrar tratados,
Cfr.Art.161 al.a) e b) da CRM.
Orienta a politica e celebra tratados internacionais,
nomeia, exonera e demite os Embaixadores e enviados
diplomáticos da República de Moçambique , Cfr.Art.
162 al. a), b) e c) da CRM.

2015/05/08 Introdução ao Poder Politico 104


Posição Tomada
É certo que categoricamente não se pode
afirmar que o Sistema de Governo é
Presidencialista pelo facto de:
Nos Sistemas Presidencialistas (como nos
EUA), o Presidente não responde
politicamente perante a Assembleia da
República, nem esta perante o Presidente da
República, o responder politicamente aqui
esta no sentido de um órgão ou não poder
dissolver ou provocar a queda do outro.
2015/05/08 Introdução ao Poder Politico 105
Cont.
Situação que não se verifica na nossa CRM
nos arts.159 e 188, o Presidente da Republica
pode dissolver a Assembleia da República,
isto nos leva a concluir que o nosso Sistema
não é Presidencialista.

2015/05/08 Introdução ao Poder Politico 106


Cont.
Do mesmo modo que não podemos
também afirmar que o nosso Sistema é
Parlamentar por simples razões:
Nestes Sistemas (o caso inglês Sistema
Parmentar de Gabinete) a figura do Chefe
do Estado é quase inexistente, os seus
poderes são limitados o que é diferente dos
presidencialistas e Semi- Presidencialstas.

2015/05/08 Introdução ao Poder Politico 107


Cont.
O Governo sai do Parlamento, a sua
estabilidade depende da confiança politica
que o parlamento nele deposita, podendo
assim o parlamento provoca a sua queda na
falta desta confiança.

2015/05/08 Introdução ao Poder Politico 108


Cont.
Não podemos ainda afirmar que é Semi-
Presidencialista (no caso típico Português)
Porque:
O Governo da República de Moçambique é
nomeado pelo chefe que se torna então
Chefe do Governo. Isto não acontece nos
Semi – Presidencialistas. Quer dizer que o
Governo é eleito ou seja é resultado das
eleições legislativas.
2015/05/08 Introdução ao Poder Politico 109
Cont.
No chefe do Estado continuam a gravitar poderes
mas em dimensão reduzida que nos
presidencialistas.

2015/05/08 Introdução ao Poder Politico 110


Cont.
A natureza do regime político
moçambicano tal como exposto nos artigos
supra referidos, leva-nos a concluir que o
seu Sistema de Governo é
Presidencialista Impuro, democratico
Representativo de Divisão de Poderes.

2015/05/08 Introdução ao Poder Politico 111


PARTIDOS POLÍTICOS ≠
ASSOCIAÇÕES POLÍTICAS
Os Partidos Políticos: aspiram a
representar politicamente a sociedade na
sua globalidade exprimindo a vontade
popular na realização das opções da
coletividade.
propõe-se exercer o poder político ou
influenciar diretamente o seu exercício;
agrupamento de carácter duradouro; exige
exclusividade de filiação.
Cont.
As Associações Políticas : visam
essencialmente a representação de sectores
determinados da colectividade; limitam-se a
participar na actividade de instâncias sociais
e a tentar influenciar o exercício do poder
político;
podem constituir-se por prazo determinado
(se perdurar pode acabar transformando-se
num partido); a participação numa
associação é compatível com a participação
em outras ou mesmo num partido político.
GRAUS DE PARTICIPAÇÃO
PARTIDÁRIA:

1º - Eleitores;
2º - Simpatizantes;
3º - Aderentes;
4º - Militantes.
FINS E FUNÇÕES DOS PARTIDOS
POLÍTICOS
Fins são os objectivos para que foram criados:
Participar no funcionamento e no
aperfeiçoamento das estruturas político-
constitucionais;
Representar politicamente o povo, essa
representação pode ser em sentido rigoroso ou
perfeito nas democracias representativas ou
em sentido imperfeito, nos regimes ditatoriais.
FUNÇÕES POLÍTICAS E FUNÇÕES
ADMINISTRATIVAS.
Função representativa que é essencial e que
consiste na apresentação de candidaturas às
eleições dos titulares dos órgãos do poder
político;
Função de titularidade e exercício do poder
político: para o que é necessário preparar
quadros aptos a desempenhar o poder
político e a criar estruturas de apoio aos
seus dirigentes.
Cont.
Função de definição da política interna:
consiste em estabelecer ou definir a posição
do partido perante os problemas da
colectividade e designar os titulares dos
órgãos internos do partido.
Cont.
Função pedagógica: tem por fim informar
os militantes e simpatizantes e o eleitorado
em geral, sobre as principais questões da
vida colectiva e das posições que o partido
assume nessas matérias.
CLASSIFICAÇÃO DOS PARTIDOS
Os partidos podem classificar em dois grupos:
Os partidos de quadros;
 Os partidos de massas.
OS PARTIDOS DE QUADROS caracterizam-
se por não visar um número de membros
muito elevado, mas tentarem reunir quadros
bem preparados com pessoas de prestígio, seja
a nível moral, social, económico ou intelectual,
os quais podem exercer influenciar no
eleitorado e dar-lhes apoio.
Cont.
O seu financiamento é feito em regra por
grandes capitalistas, interessa-lhes mais a
qualidade do que a quantidade dos seus
membros, são partidos flexíveis,
indisciplinados pela ausência de disciplina
de voto. Em regra situam-se ao centro ou à
direita do quadro político.
PARTIDOS DE MASSAS
 Procuram grande número de membros e
militantes, procurando ir de encontro com
os seus interesses;
Manifestam interesses extra-
parlamentares, como seja a formação
política das populações e a criação e apoio a
estruturas económicas e sociais de massas;
Cont.
São financiados através das
quotizações dos seus militantes,
pretendendo substituir o
financiamento dos grandes capitalistas
pelo financiamento popular;
Tem fortes ligações ideol.gicas;
Cont.
São partidos rígidos - com disciplina
de voto no parlamento e altamente
centralizados. Surgem com o sufrágio
universal e com o desenvolvimento das
teses socialistas e comunistas.
São partidos operários, disciplinados
que procuram recrutar e formar o
maior número possível de militantes.
Cont.
Em suma, os partidos de massa englobam
um grande número de membros,
demonstrando um grande interesse por
estes e pelos seus militantes e demonstram
interesse na formação política das
populações e na criação de estruturas
sociais e económicas de massas.
Recebem como financiamento as quotas
pagas pelos seus militantes.
OS SISTEMAS PARTIDÁRIOS
MONOPARTIDISMO que é o sistema de
partido único
MULTIPARTIDISMO INTEGRAL OU
PREFEITO que é o sistema existente nas
sociedades políticas atomizadas: significa
que quando existem três ou mais partidos
que distribuem entre si de forma
aproximada iguais percentagens eleitorais.
Cont.
MULTIPARTIDISMO IMPERFEITO OU
DE PARTIDO DOMINANTE que é o
sistema em que existem três ou mais
partidos, mas em que um deles sobressai
por conseguir alcançar pelo menos 35% do
eleitorado, assumindo uma posição
dominante no aparelho do Estado.
Cont.
Tendo como critério o número, dimensão
eleitoral e expressão no exercício do poder
político dos partidos políticos existentes
podemos, assim, reduzir a 4 sistemas de
partidários:
Sistema de partido único;
2 - Sistema de partido liderante;
3 - Sistema bipartidário;
Cont.

 bipartidismo perfeito
 bipartidismo imperfeito;
4- Sistema multipartidário
4.a) perfeito;
4.b) imperfeito.
5 - Sistema sem partidos organizados –
( monarquia absoluta)
SOBERANIA
De acordo com Jean Bodin (1530-1596),
soberania refere-se à entidade que não
conhece superior na ordem externa nem
igual na ordem interna.
Relaciona-se à autoridade suprema,
geralmente no âmbito do país.
Cont.
É o direito exclusivo de uma autoridade
suprema sobre um grupo de pessoas —
geralmente uma nação.
Há casos em que esta soberania é atribuída
a um indivíduo, como na monarquia, na
qual o líder é chamado genericamente de
soberano.
Cont.
Entende-se por SOBERANIA a
qualidade máxima de poder social por
meio da qual as normas e decisões
elaboradas pelo Estado prevalecem
sobre as normas e decisões emanadas
de grupos sociais intermediários, tais
como a família, a escola, a empresa, a
igreja, etc.
Cont.
O conceito de "soberania" foi teorizado
pelo francês Jean Bodin (1530-1596) no seu
livro intitulado Os Seis Livros da República,
no qual sustentava a seguinte tese: a
Monarquia francesa é de origem
hereditária; o Rei não está sujeito a
condições postas pelo povo; todo o poder
do Estado pertence ao Rei e não pode ser
partilhado com mais ninguém (clero,
nobreza ou povo).
Cont.
Jean-Jacques Rousseau transfere o
conceito de soberania da pessoa do
governante para todo o povo, entendido
como corpo político ou sociedade de
cidadãos A soberania é inalienável e
indivisível e deve ser exercida pela vontade
geral, denominada por soberania popular.
Cont.
A partir do século XIX foi elaborado um
conceito jurídico de soberania, segundo o
qual esta não pertence a nenhuma
autoridade particular, mas ao Estado
enquanto pessoa jurídica. A noção jurídica
de soberania orienta as relações entre
Estados e enfatiza a necessidade de
legitimação do poder político pela lei.
A SOBERANIA
A soberania, que exprime o mais alto
poder do Estado, a qualidade de poder
supremo, apresenta duas faces
distintas:
 A interna; e
 A externa.
Cont.
A SOBERANIA INTERNA significa o
imperium que o Estado tem sobre o
território e a população, bem como a
superioridade do poder político frente aos
demais poderes sociais, que lhe ficam
sujeitos, de forma mediata ou imediata.
Cont.
A soberania externa é a manifestação
independente do poder do Estado perante
outros Estados.
CARACTERISTICAS DA SOBERANIA
A soberania é una e indivisível, não se
delega a soberania, a soberania é
irrevogável, a soberania é perpétua, a
soberania é um poder supremo.
EVOLUÇÃO POLITICO CONSTITUCIONAL NA
REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE
A primeira Constituição de Moçambique
entrou em vigor em simultâneo com a
proclamação da independência nacional em
25 de Junho de 1975. Nesta altura, a
competência para proceder a revisão
constitucional fora atribuída ao Comité
Central da Frelimo até a criação da
Assembleia com poderes constituintes, que
ocorreu em 1978.
CONSTITUICÃO DE 1975
objectivos fundamental:
 A eliminação das estruturas de opressão e
exploração coloniais... e a luta contínua contra
o colonialismo e o imperialismo”2, foi instalado
na República Popular de Moçambique (RPM) o
regime político socialista e uma economia
marcadamente intervencionista, onde o
Estado procurava evitar a acumulação do
poderio económico e garantir uma melhor
redistribuição da riqueza.
Cont.
O sistema político era caracterizado pela
existência de um partido único e a
FRELIMO assumia o papel de dirigente.
Eram abundantes as fórmulas ideológicas -
proclamatórias e de apelo das massas,
compressão acentuada das liberdades
públicas em moldes autoritários, recusa de
separação de poderes a nível da organização
política e o primado formal da Assembleia
Popular Nacional.
ALTERAÇÕES PONTUAIS
Esta Constituição sofreu seis alterações
pontuais designadamente:
Em 1976, 1977, 1978, 1982, 1984,e 1986.
Destas, merece algum realce a alteração de
1978 que incidiu maioritariamente sobre os
órgãos do Estado (sua organização,
competências, entre outros).
Cont.
retirou o poder de modificar a Constituição
do Comité Central da Frelimo e retirou a
competência legislativa do Conselho de
Ministro (uma vez criada a
AssembleiaPopular que teria estas
competências) e a de 1986 que fora motivada
pela institucionalização das funções do
Presidente da Assembleia Popular e de
Primeiro-Ministro, criados pela 5ª Sessão do
Comité Central do Partido Frelimo.
Constituição de 1990
A revisão constitucional ocorrida em 1990
trouxe alterações muito profundas em
praticamente todos os campos da vida do
País. Estas mudanças que já começavam a
manifestar-se na sociedade, principalmente
na área económica, a partir de 1984,
encontram a sua concretização formal com
a nova Constituição aprovada.
Cont.
Resumidamente, podemos citar alguns
aspectos mais marcantes, como sejam:
Introdução de um sistema multipartidário
na arena política, deixando o partido
Frelimo de ter um papel dirigente e
passando a assumir um papel histórico na
conquista da independência;
Cont.
Inserção de regras básicas da democracia
representativa e da democracia participativa
eo reconhecimento do papel dos partidos
políticos;
Na área económica, o Estado abandona a
sua anterior função basicamente
intervencionista e gestora, para dar lugar a
uma função mais reguladora e controladora
(previsão de mecanismos da economia de
mercado e pluralismo de sectores de
propriedade);
Cont.
Os direitos e garantias individuais são
reforçados, aumentando o seu âmbito e
mecanismos de responsabilização;
Várias mudanças ocorreram nos órgãos do
Estado, passam a estar melhor definidas as
funções e competências de cada órgão, a
forma como são eleitos ou nomeados;
Cont.
Preocupação com a garantia da
constitucionalidade e da legalidade e
consequente criação do Conselho
Constitucional; entre outras.
Cont.
A CRM de 1990 sofreu três alterações
pontuais, designadamente: duas em 1992 e
uma em 1996.
Destas merece especial realce a alteração de
1996 que surge da necessidade de se
introduzir princípios e disposições sobre o
Poder Local no texto da Constituição.
Cont.
verificando se desse modo a
descentralização do poder através da
criação de órgãos locais com competências
e poderes de decisão próprios, entre outras
(superação do princípio da unidade do
poder).
CONSTITUIÇÃO DE 2004
Esta é a última revisão constitucional
ocorrida em Moçambique. Fora aprovada
no dia 16 de Novembro de 2004. Não se
verifica com esta nova Constituição uma
ruptura com o regime da CRM de 1990, mas
sim, disposições que procuram reforçar e
solidificar o regime de Estado de Direito e
democrático trazido em 1990.
Cont.
através de melhores especificações e
aprofundamentos em disposições já
existentes e também pela criação de novas
figuras, princípios e direitos e elevação de
alguns institutos e princípios já existentes
na legislação ordinária à categoria
constitucional.
Cont.
Um aspecto muito importante de
distinção desta constituição das
anteriores é o “consenso” na sua
aprovação, uma vez que ela surge da
discussão não só dos cidadãos, como
também da Assembleia da República
representada por diferentes partidos
políticos (o que não se verificou nas
anteriores).

Você também pode gostar