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Para além do processo-crime na forma

comum, há outras três formas especiais


de processo. São eles o processo
abreviado, o processo sumaríssimo e
o processo sumário, sobre o qual nos
vamos debruçar.

O QUE É O PROCESSO
SUMÁRIO?

O processo sumário serve para julgar


pessoas detidas em flagrante delito e que
tenham praticado um crime punível
com pena de prisão inferior a 5 anos. Ou
seja, as pessoas têm de ter sido
apanhadas no momento em que
cometiam o crime ou logo a seguir a
terem cometido o crime.

Também são considerados os casos em


que as pessoas tenham sido perseguidas
por alguém, ou se forem encontradas
com objetos em sua posse, ou se houver
sinais de que acabaram de cometer o
crime.
O objetivo do processo sumário é tornar
mais rápida, simples e eficaz a resolução
de casos de pequena e média
criminalidade.

COMO SE PROCEDE?

Uma vez que nestes casos há fortes


indícios de que o arguido, efetivamente,
cometeu o crime, não é necessário
passar pelas fases de investigação.
Assim, o julgamento ocorre nas 48h
depois da detenção. Quando, pelo meio,
haja um fim de semana ou feriado, este
prazo pode ser prolongado para 5 dias.

Adiamento do julgamento

Há ainda situações em que é


possível prolongar o julgamento até ao
limite de 20 dias depois da detenção do
arguido, como:
 Se o arguido fizer um requerimento
de um prazo para a preparação da
sua defesa;
 Se o Ministério Público entender
que é preciso recolher prova
essencial para apurar os factos;
 Quando é necessária a presença
de testemunhas, caso o juiz
considere que esse depoimento é
imprescindível para uma boa
tomada de decisão;
 Para se acrescentar ao processo
exames, relatórios de perícia ou
documentos, também no caso de o
juiz achar que estes são essenciais
para que possa fazer uma boa
decisão da causa.

O papel da vítima no processo


sumário

A vítima pode constituir-se assistente no


processo, ou seja, colaboradora do
Ministério Público, ou intervir como parte
civil, se o solicitar, ainda que apenas
verbalmente e no início do julgamento.
Como assistentes, compete às vítimas
que intervenham no inquérito e na
instrução, na qual podem fornecer
provas. Também podem recorrer das
decisões que as afetem.

https://www.e-konomista.pt/processo-sumario/

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