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Docente
Luana Scaloppe
Atividade Assíncrona
Semana III: Meios de Prova e Provas Proibidas
Discente(s)
Giovany Resende do Prado - 202011730017
Mato Grosso
Abr/2022
Prova, para o processo penal, é o enriquecimento necessário do mundo real para corroboração
da argumentação apresentada ao magistrado no processo. Para alcançar verdades reais
existem no procedimento diversos institutos para a obtenção de provas confiáveis e que
respeitem o devido processo legal para que o juiz possa imparcialmente decidir a sentença.
Consequentemente, quaisquer provas que não sigam os procedimentos pré estabelecidos estão
excluídas das considerações do processo.
Os institutos para a obtenção das provas são chamados Meios da Prova, e não devem ser
confundidos com outro termo, chamado Objeto de Prova. O Meio da Prova é o
acontecimento, registro ou fala que importa à obtenção da verdade no processo, enquanto o
Objeto de prova abarca tudo que é pertinente ao mesmo processo como um todo para
mapeamento da causa, motivação e/ou estabelecimento de juízo de valor. Os meios legais para
obtenção de prova estão dispostos nos artigos de 158 a 250, do Código de Processo Penal.
O laudo é um documento, útil para o juiz, resultante do exame feito por peritos
especializados, fundamental na determinação do corpo de delito, rastros materiais que
corroboram com a existência de crime e até revelam detalhes sobre ele, na falta dos quais um
processo pode ser anulado, nos casos onde seria óbvia a existência de tais vestígios.
Provas documentais abrangem um conceito mais amplo do que o faziam originalmente. Com
o advento da digitalização, hoje em dia considera-se documento quaisquer instrumentos de
manifestação de vontade e pensamento, condicionados a obtenção legal para sua validade, e a
aplicabilidade legal específica para sua relevância dentro do procedimento.
A fala das partes envolvidas e citadas no processo também não são de maneira alguma
desprezadas, desde que por vontade própria, posto que ninguém é obrigado a produzir provas
contra si mesmo, e em condições que respeitem os princípios que regem os processos, como a
garantia ao contraditório e ampla defesa. Assim, confissões, testemunhos, afirmações feitas
em interrogatório e mesmo atestados orais de que se conhece ou identifica um rosto ou
elemento, sejam por si próprio ou em comparativo, uns aos outros, são todos úteis à obtenção
de uma sentença final.
Uma prova é classificada como proibida quando não pode ser entranhada no processo em
razão de condições específicas de sua obtenção. Provas proibidas podem ser ilegítimas ou
ilegais, conforme o ordenamento as diferencia. A legitimidade do fato ou coisa apresentada é
questionada quando foi adquirida fora do ou fora dos princípios do processo legal, a exemplo
de uma confissão dada sem a presença de um advogado de defesa. Nesse caso, a prova é
desconsiderada e segue-se o processo com as provas válidas. O quesito ilegalidade, no
entanto, diz respeito à infração penal. Em termos práticos, qualquer objeto ou documento
obtido durante invasão de propriedade, ou mesmo informações dada fornecidas sob tortura. O
diferencial deste tipo está em suas consequências, que para além da nulidade da prova, podem
implicar em nulidade da própria ação em curso e, obviamente, efeitos penais para o
contraventor que apresentou e/ou obteve a prova.
Referências Bibliográficas:
SILVA, Grazielle Ellen da. Provas no Processo Penal, 2018. DireitoNet. Disponível em:
<https://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/10779/Provas-no-Processo-Penal>. Acesso em:
02/04/2022.
CANTO, Gisele Belo. Resumo das Provas no Direito Processual Penal para PF e PRF, 2021.
Estratégia. Disponível em:
<https://www.estrategiaconcursos.com.br/blog/provas-direito-processual-penal-pf-prf>.
Acesso em: 02/04/2022.