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O papel dos Peritos e

dos Assistentes
Técnicos
Permitir que o aluno conheça e diferencie as atividades do perito e do
assistente técnico no trabalho do Tribunal de Justiça.

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Prezado Aluno,

Nesta unidade você irá aprender um pouco sobre quais atividades do psicólogo são possíveis no
Tribunal de Justiça. É certo que para isso é importante que você conheça mais sobre as pessoas
com quem ele vai trabalhar cotidianamente e o que faz. No Tribunal existem posições hierárquicas
praticamente imutáveis, lugares ocupados por profissionais há muitos anos.

O juiz é a autoridade que representa o poder judiciário. No que se trata de matéria civil é ele que
segue o Código de Processo Civil – CPC – e pode, para melhor gerir suas atividades, contar com o
trabalho de auxiliares de justiça dentre eles o escrivão, o oficial de justiça e os peritos judiciais.
Dentre os peritos judiciais estão os psicólogos. Para que algum psicólogo trabalhe no Tribunal de
Justiça ele deve prestar um concurso público.

Todos podem e devem conhecer melhor o CPC. Você também! Muitos de nossos direitos como
cidadãos estão ali apresentados e conhece-los é possível. Acesse:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l5869.htm e saiba mais.

Você já deve ter ouvido falar que quando duas pessoas estão em conflito e este conflito adquire
proporções que os impedem de, sozinhos, chegar a um acordo, eles procuram a solução deste
conflito junto ao Poder Judiciário. Algumas vezes as pessoas antes de chegar aos Tribunais passam
pelas chamadas Câmaras de Conciliação, uma atividade pré-processual que visa a resolução do
conflito de forma amigável, rápida e eficiente que tem sido utilizada em muitos casos. Naqueles
em que o acordo não é alcançado, o processo é direcionado ao Tribunal de Justiça da localidade
onde residem os litigantes – aqueles que brigam.

Quer conhecer o que é Conciliação? Consulte o sitio do Tribunal de Justiça que aborda o tema em
http://www.tjrj.jus.br/web/guest/institucional/conciliacao-pre-processual mas é bom que você
saiba, prezado aluno que a nossa Universidade, a UNINOVE, vem desenvolvendo por meio do
Curso de Direito, um excelente trabalho nesta área. Os atendimentos de Conciliação acontecem
como apoio às Câmaras de Conciliação do Fórum João Mendes.

Existe, inclusive um campo de Estágio da disciplina de Psicologia Jurídica que oferece escuta
psicológica aos interessados e os alunos participam, como ouvintes, das Conciliações.Uma vez que
um processo chegue ao Tribunal, existem regras para que ele possa tramitar e, quase sempre, as
partes envolvidas em um conflito, procuram um advogado para auxiliá-los. Aquele que inicia a
ação, ou o requerente, dá entrada ao processo com a ajuda do seu advogado.

Este material, geralmente é analisado pelo Promotor de Justiça que, acatando a denúncia feita,
manda seu posicionamento e sugestões ao juiz que então é quem decide qual a continuidade da
ação. Se a ação continuar, ou seja se o juiz acolher a denúncia o réu será notificado para
apresentar sua defesa em um certo prazo e assim muitos processos vão tramitando com prazos
muito longos, por vezes duram anos.

De fato são tantas as possibilidades de acontecimentos dentro de um processo que existem


inúmeras pessoas reclamam da morosidade do judiciário.Informe-se um pouco mais sobre a
morosidade do judiciário acessando:http://abdir.jusbrasil.com.br/noticias/557309/o-custo-brasil-e-
a-morosidade-do-poder-judiciario

Dentro de um processo, segundo o CPC existem três tipos de provas:

1. Documentais: documentos juntados pelas partes ao processo;


2. Testemunhais: pessoas que são ouvidas sobre o assunto, por meio de audiências ou mesmo
colhidas em outros locais quando necessário – hospitais, casa das pessoas, etc.
3. Periciais: elaborada por profissional especialista em alguma área do conhecimento.

O que vem a ser uma perícia?

A expressão perícia origina-se do latim peritia que significa conhecimento, que por sua vez é
adquirido pela experiência. É claro que o tipo de conhecimento que se espera atualmente de um
perito e, no caso, um psicólogo, é do tipo científico. A perícia pode ser entendida mais claramente
como a habilidade e destreza de uma pessoa na realização de uma tarefa com conhecimento
técnico especializado.

Quais seriam os objetivos de uma perícia?

Podemos afirmar genericamente, que os objetivos da perícia poderia ser os seguintes:

1. Elucidar situações – o que significa deixar uma situação mais clara, explícita ou evidente. As
pessoas sempre têm visões ou pontos de vista distintos que, em seu conjunto podem nos dar a
dimensão da complexidade do problema;
2. Fazer averiguações – Muitas vezes para que tenhamos segurança em fazer afirmações na
avaliação de um caso, necessitamos fazer averiguações, ou seja, constatar determinados
acontecimentos ou situações, como por exemplo, realizar visitar domiciliares, a escola ou em
qualquer local que possa trazer informações novas e importantes ao caso;
3. Elucidar questões obscuras ou duvidosas – é frequente que as pessoas produzam mentiras nos
processos.A tentativa deliberada de enganar não é tão infrequente como possamos imaginar.
Muitas pessoas precisam ocultar fatos e a mentira aparece como a única possibilidade de solução.
Esclarecer fatos, tirar dúvidas, confrontar versões de fatos ajuda a melhor compreensão da
história;
4. Embasar decisões judiciais – Talvez o mais importante objetivo de uma perícia seja dar suporte
ou sustentação a uma decisão judicial. O juiz utiliza uma perícia sempre que necessita esclarecer
algo que não está suficientemente claro, em termos de provas objetivas, ou seja, as evidências
materiais são duvidosas. Quando isto ocorre, especialmente em termos de relações humanas, os
psicólogos são chamados a realizar uma perícia em virtude de seu conhecimento sobre a temática
do comportamento humano. Assim ele auxilia o juiz em sua decisão ou sentença.

Como você pode perceber, a atividade pericial é extremamente importante e dá suporte


substancial à atividade dos juízes e promotores em suas decisões.

No campo jurídico temos um tipo de linguagem muito distinta da que estamos acostumados a
ouvir no campo da psicologia. Você tem ideia da forma que são tratadas as pessoas que estão
envolvidas nos processos? Então vamos lá!

Nas disputas judiciais temos, pelo menos dois lados. Um deles é conhecido como o autor da
demanda, ou seja a pessoa que também é conhecida como parte e é aquele que dá entrada a um
pedido, quer seja por meio de um advogado contratado ou da Defensoria Pública, ele se sente
insatisfeito por algo e abre um processo contra a outra pessoa, que também temo nome de parte
ou requerido, porque é dele que se requer ou que se pede alguma coisa.

Por exemplo uma mulher que pede pensão para os filhos é a requerente da ação e o marido é o
requerido, a quem caberá uma contestação.A contestação também é conhecida como direito ao
contraditório, ou seja, o direito de contrapor-se ao afirmado pelo autor da causa. No caso do
exemplo, o marido vai contestar o pedido da mulher, alegando os motivos que ele acha justo para
não ter pago a pensão.

É importante salientar que tanto aquilo que o requerente alega como as defesas apresentadas
pelo requerido devem se basear em provas pertinentes. A ausência de provas, quase sempre
favorece a parte contrária. Também é importante ressaltar que não se deve alegar aquilo que não
pode ser provado. As pessoas podem ser acusadas e condenadas se afirmam coisas que não
podem provar.Em que momento as provas são apresentadas?O requerente ou autor de uma ação
pode apresentar suas provas logo que abre o processo ou ingressa com uma ação. Já o requerido,
o acusado, ou também conhecido como réu geralmente as apresenta no momento da
contestação.

Tendo em vista o motivo que levou à ação do requerente, é possível que o Juiz e/ou o Promotor de
Justiça também requeiram a apresentação de provas periciais. Tanto se for o Promotor ou o Juiz a
solicitarem a prova pericial, o perito será sempre pessoa de confiança do juiz.Por que o perito
judicial deve ser uma pessoa de confiança do juiz?A resposta é simples, porque ele é um
especialista, alguém acima de qualquer suspeita e que responderá de forma fidedigna e imparcial.

Existem casos em o requerente ou autor de uma ação, instrui o processo, já de início, com
documentos nomeados de “pericia psicológica ou social”. O juiz pode receber os documentos, mas
eles, na verdade, não têm força de perícia judicial. Somente se o juiz considerá-los como prova é
que passam a ter este caráter. E isso, é raro acontecer.

Como o psicólogo realiza uma perícia?


Uma perícia, antes de tudo para um psicólogo é uma avaliação psicológica, portanto um processo
técnico científico de coleta de dados, estudos e interpretação de informações acerca de
fenômenos psicológicos, segundo a Resolução 007/2003, fenômenos que resultam da relação do
indivíduo com a sociedade. Este processo implica a utilização de estratégias psicológicas: método,
técnicas e instrumentos – tais como entrevistas individuais ou grupais, testes projetivos, testes
psicométricos, enfim todo o tipo de recurso disponível a conhecer o caso.

O resultado da avaliação deve apontar a dinâmica psicológica da pessoa ressaltando os


determinantes históricos, sociais e psicológicos que resultaram no problema e ser apresentado na
forma de um Relatório Psicológico ou Laudo. Se você quiser saber mais sobre a Resolução
007/2003 do CFP consulte o site
http://site.cfp.org.br/wp-content/uploads/2003/06/resolucao2003_7.pdf

Todo bom profissional que atua na área de perícias deve conhecer bem esta Resolução!

A psicologia, no âmbito das atividades judiciais oferece informações sobre questões conflituosas,
cujo resultado venha a determinar as vantagens e razões da conquista ou da perda de demandas
judiciais. Mas, o mais relevante nos últimos anos é a ênfase em aspectos relacionais, emocionais,
morais e econômicos.

A redação do laudo psicológico exige que o profissional siga o estabelecido no Código de Ética
Profissional e nas Resoluções que normatizam as atividades. Existem outras normativas
importantes do Conselho Federal de Psicologia - CFP, tal como a Resolução 008/2010 que dispõe
sobre a atuação dos Peritos e Assistentes Técnicos no Poder Judiciário e que você encontra em
detalhes na página:http://site.cfp.org.br/wp-content/uploads/2010/07/resolucao2010_008.pdf
Consulte esta Resolução! Ela é muito importante na prática profissional!

As perícias são documentos importantes no âmbito do processo e sua elaboração deve sempre
primar pela técnica e pela ética. Dessa forma, o profissional deve estar atento aos seguintes
aspectos:

1. O trabalho deve ser concebido em um plano descritivo-interpretativo que envolve sensibilidade,


percepção apurada de fatos e processos subjetivos;
2. O poder do profissional reside em seu conhecimento técnico, ou seja, na forma como usa
estratégia e instrumentos na coleta e organização dos dados coletados e, consequentemente, na
forma clara e objetiva como emite o juízo especializado;
3. O profissional deve sugerir quando necessário algum tipo de intervenção ou ainda solução/acordo
quando cabível.

Com relação a este último aspecto existe uma certa resistência do CFP, no sentido de que o
psicólogo deveria evitar o posicionamento favorável ou desfavorável a uma determinada ação. No
entanto, é preciso que se esclareça, que enquanto informante do juiz, existe a expectativa de que
o profissional faça uma manifestação conclusiva ou que emita um posicionamento técnico
conclusivo sobre o assunto.

Entendo que é possível haver uma conclusão da perspectiva psicológica sobre um caso qualquer e
que ela pode ser emitida e não deveria ser confundida com uma decisão judicial. Mas, também é
verdade que, as decisões judiciais levam em muita consideração o posicionamento adotado pelo
psicólogo numa dada perícia. Sendo assim, este é um campo ainda controvertido e que, no
entendimento de alguns profissionais, requer uma reflexão e talvez uma revisão de alguns
princípios do Código de Ética do Psicólogo no que se refere ao campo jurídico.

Mas, existem ainda outros aspectos importantes que o perito deve levar em consideração e eles
seriam:Sempre que necessário o perito deve sugerir a ampliação da perícia para uma equipe
multiprofissional se entender que suas considerações são parciais para a compreensão do caso.
Quando isso ocorrer, cada profissional consultado pelo perito deverá emitir seu laudo de forma
individualizada.

É comum que o psicólogo, na realização de perícias venha a responder perguntas formuladas pelo
juiz, advogado ou mesmo pelo assistente técnico na forma de quesitos. Normalmente o Relatório
ou Laudo apresenta uma conclusão redigida de forma cursiva e descritiva. Responder a quesitos é
responder a algum tipo de pergunta elaborada por alguém interessado em um tema particular da
perícia a ser realizada – ou algumas vezes da perícia que já foi realizada.

Nos casos em que isso ocorrer, o psicólogo deve apresentar uma manifestação clara e
coordenada, respondendo o que é solicitado permitindo assim, uma boa compreensão de suas
considerações.O perito deve em seu relatório e conclusões expressar seu posicionamento técnico
sobre fatos e sugerir a melhor solução para a situação concreta.À esta altura você pode estar se
perguntando se alguém pode ser chamado a ser perito e se recusar a fazer isso.

Saiba que segundo o § 1º do artigo 145 do Código de Processo Civil – CPC -, a nomeação do perito,
pelo juiz, pode ocorrer no início ou no transcurso do processo judicial e o profissional – de
qualquer área – só pode se eximir de realizar a perícia por um motivo considerado
legítimo.Importante ressaltar aqui que existem profissionais que prestam concursos e que
trabalham no Fórum. Mas é possível que em alguma cidade de alguma Comarca – localidade longe
da capital – não exista um profissional que trabalhe no Fórum.

Nestes casos, qualquer psicólogo da cidade poderia ser convocado. Este é um fato que você deve
se lembrar sempre. Qualquer um pode ser um perito na ausência de alguém que atue próximo ao
juiz como um servidor público. Também é importante referir que nem todas as categorias
profissionais tem peritos que trabalham no Fórum, mas que podem prestar serviços para o juiz se
forem nomeados.

A partir da nomeação a pessoa passa a ser de confiança do juiz.Todo perito deve ter nível
universitário, estar devidamente inscrito em seu órgão de classe e em gozo de seu exercício
profissional. Este fato é importante, pois algumas vezes as pessoas deixam de pagar as anuidades
de seus conselhos de classe e isso pode causar problemas para elas, por exemplo se forem
chamadas a realizar uma perícia.

Como é regulamentada a manifestação do perito?

A manifestação do perito é regida pelo artigo 421º do CPC, ou seja, assim que ele é nomeado, o
juiz estipula o prazo no qual o resultado da perícia deverá ser apresentado. O juiz não pergunta
antecipadamente ao perito sobre seu interesse em participar. Ele é nomeado e pode,
eventualmente, manifestar que existe algum impedimento ou suspeição, para que realize sua
perícia e ele deve fazer isso em até 05 dias a partir da data de sua convocação para a atividade
pericial.

Quais seriam as causas impeditivas para a realização de uma perícia?


Podem ser admitidas 02 tipos genéricos de causas:

Causas objetivas

 Ser parte no processo:


 A parte ou o requerido ser parente até 3º grau;

As causas objetivas, como se percebe, são concretas, ou a pessoa é parte no processo ou parente
próximo de alguma das partes.

Causas subjetivas

 Afetividade,
 Amizade;
 Intimidade

As causas subjetivas falam de relações mais aparentemente distantes, mas nem por isso, menos
importantes, pois eu posso ser prima de alguém e nem conversar com ele. Seria um impedimento
objetivo participar, de qualquer modo.

Mas as pessoas, no caso juiz, promotor, advogados, partes que o perito pode ser amigo, ter
relação afetiva ou de intimidade com a pessoa a ser avaliada. Esta é uma questão ética de grande
seriedade e requer postura séria e compromissada por parte do profissional perito de modo a não
favorecer a pessoa com quem ele (a) se relaciona.

Existiriam prazos para a entrega de perícias? E pagamentos? Sim existem.

Conforme os artigos 146º e 421º do CPC o perito deve entregar o laudo no prazo estipulado pelo
juiz. O respeito aos prazos garante o bom encaminhamento da questão. Caso necessário o perito
pode solicitar uma prorrogação ou dilação de prazo para entrega de seu Laudo ou Relatório.Os
pagamentos de perícias obedecem a dois princípios. O primeiro é daqueles que são concursados e
recebem um salário do Tribunal de Justiça. Eles são pagos para realizarem perícias.

No entanto, como já falamos o juiz pode ter que convocar alguém para realiza-la. Nestes casos, na
nomeação do perito, o juiz solicita a ele sua proposta de honorários, a qual deve ser apresentada
em sua primeira manifestação já que os valores serão depositados em juízo e levantados após a
entrega do laudo.As despesas do perito são pagas pela parte que requer o exame, eu pode ser
tanto o requerente como o requerido, ou ainda o próprio juiz e regulamentadas pelo Artigo 33º do
CPC, durante a execução da avaliação ou tão logo seja entregue o laudo.

Falamos anteriormente, de um outro profissional, o assistente técnico, que também atua nos
processos, mas que, ao contrário do perito é de confiança das partes e não do juiz. Este
profissional que também é um psicólogo, trabalha para uma das partes e, portanto, não terá
acesso à parte contrária. Este também é um ponto interessante.

O perito pode, como é de confiança do juiz, conversar com o requerente e com o requerido. Já o
assistente técnico, não tem a mesma liberdade, ele atende um ou outro, mas pode, por meio de
quesitos perguntar o perito tudo o que ele julgar pertinente saber.

Assim quanto ao assistente técnico, preste atenção:


1. As atribuições do assistente técnico estão previstas no § 1º, inciso I do artigo 421 do CPC.
2. Quando um juiz indica um perito, determina a intimação das partes para a indicação de
assistentes técnicos, se eles desejarem.
3. O assistente técnico é profissional de confiança da parte.
4. O assistente técnico NÃO é considerado auxiliar da justiça e, por isso, as partes não podem
levantar sobre eles impedimento ou suspeição como ocorre com o perito.

O item 4 parece confuso não é mesmo?

Significa apenas que você pode ser um assistente técnico de seu primo, ou se seu namorado se
você quiser, porque se o assistente técnico não é de confiança do juiz, isso não importa. Mas, o
fato relevante a ser anotado é que qualquer coisa afirmada por um assistente técnico sempre será
vista com reserva. Neste sentido a postura ética preferível de um assistente técnico é que ele seja
o mais isento possível.

Pode ocorrer a substituição de um perito em uma perícia? Sim pode!

1. As causas de substituição podem ser:


2. Falta de conhecimento técnico e científico;
3. Problemas com o registro profissional, portanto de ordem ética-profissional;
4. Demonstração de incapacidade para a elaboração do laudo – dificuldades de redação
propriamente dita;
5. Desatenção às regras processuais;
6. Descumprimento de prazos.

Mas existem outros fatos que podem envolver uma perícia.....

Quando uma perícia não foi suficientemente esclarecedora no entendimento das partes, do
promotor de justiça ou do juiz do processo a legislação prevê que ela possa ser complementada
com uma perícia complementar sem que a primeira seja desconsiderada. O pedido de uma
segunda perícia não atesta que a primeira esteja inválida ou deva ser descartada. O juiz apreciará
o valor das duas uma vez que a segunda NÃO é substituta da primeira.

E o perito pode vir a ter problemas na realização de uma perícia? Sim pode e, às vezes
graves!

Todos os profissionais do direito têm a obrigação de bem servir ao processo, com zelo e empenho
profissional, respeitando as regras processuais de modo a garantir que a justiça seja aplicada de
maneira adequada.

O perito, embora de confiança do juiz NÃO está isento de arcar com os prejuízos que causar
às partes, quer seja nas questões de ordem civil, quer recebendo sanções penais pertinentes.

Assim

 fazer falsas afirmações;


 negar ou calar a verdade;
 produzir provas com a intenção de produzir determinados efeitos no processo penal –
favorecimento da parte ou
 ceder a suborno
podem, inclusive causar-lhe problemas processuais.

Como vimos a atividade do psicólogo como perito no âmbito do Judiciário é muito interessante e,
por vezes implicando em alguns riscos caso ele não esteja atento e preocupado. Trabalhar nos
Fóruns é um grande aprendizado, mas requer estudos, dedicação e muita ética!

Quiz
Exercício Final
O papel dos Peritos e dos Assistentes Técnicos >
Apenas I, II, e IV estão corretas;
Apenas II, III e IV estão corretas;
Apenas II e III estão corretas;
Apenas I e IV estão corretas;
Todas estão erradas

Referências
CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA Resoluções 007/2003, 08/2010, 10/2010 e 12/2011.
Disponíveis em http://www.pol.org.br/pol/cms/pol/legislacao/resolucao/ (Acessados em
25/07/2011)

FIORELLI, J.O.; MANGINI, R.C.R. Psicologia Jurídica. São Paulo: Atlas; 2008.

ROVINSKI, S.L.R. Psicologia Jurídica: perspectivas teóricas e processos de intervenção. São Paulo:
Vetor, 2009.

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