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Manual de Treinamento Da Equipe de Cálculos UPJ JEFAZ-CUCTJGO
Manual de Treinamento Da Equipe de Cálculos UPJ JEFAZ-CUCTJGO
TREINAMENTO
PARA A EQUIPE
DE CÁLCULOS
UPJ JEFAZ –
DIRETRIZES
GERAIS
Junho/2021
UPJ quer dizer Unidade de Processamento Judicial e JEFAZ significa Juizado Especial da Fazenda
Pública. Essa UPJ está à disposição do 1º, do 2º e do 3º Juizado Especial da Fazenda Pública.
Cada juizado possui um gabinete chefiado por um juiz, no entanto, existe um juiz Coordenador entre eles.
A UPJ é dividida em equipes e cada uma possui a sua respectiva gestora e entre elas também existe uma
gestora Master:
1. Equipe de Atendimento
2. Equipe de Análise
3. Equipe de Cumprimento
A partir de 20/04/2021 foi finalmente oficializada a possibilidade de remessa dos cálculos dos juizados
especiais da Fazenda Pública para a Central Única das Contadorias do TJGO. Antes disso, os cálculos em
questão eram realizados internamente na UPJ JEFAZ e, anteriormente à criação da UPJ, eram realizados
pelos respectivos gabinetes e secretarias de cada JEFAZ.
Diante de tais circunstâncias, viu-se a necessidade de difundir o conhecimento para os profissionais que
atuarão nestes cálculos de agora em diante.
Este manual foi desenvolvido inicialmente para treinamento da equipe interna de estagiários do curso de
Contabilidade da UPJ JEFAZ e foi revisado para que se adequasse também aos profissionais da CUC
TJGO.
Ele não tem a pretensão de esgotar os assuntos discutidos e, muito menos, ofender a legislação e
doutrinas acerca dos temas, porém, para facilitar a compreensão do que se pretende ensinar, foi
necessário utilizar de modo simplificado e corriqueiro alguns conceitos e nomenclaturas utilizadas
aqui.
Os Juizados Especiais da Fazenda Pública são regidos pela Lei nº 12.153/2009 que dispõe sobre os
Juizados Especiais da Fazenda Pública no âmbito dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos
Municípios. Subsidiariamente a ela, estamos subordinados também à Lei nº 9.099/1995 que dispõe sobre
os Juizados Especiais Cíveis e Criminais e dá outras providências.
Além dessas duas, no que não está especificado nelas, nós obedecemos também o Código de Processo
Civil – CPC (Lei nº 13.105/2015) e os Enunciados do FONAJE (Fórum Nacional de Juizados Especiais).
Atividade
Faça a leitura da Lei nº 12.153/2009 e anote as suas principais dúvidas para esclarecimentos.
3. Dúvidas mais Frequentes
De forma muito simples e resumida, podemos dizer que do contraditório resultam duas exigências: a de se
dar ciência aos réus, executados e interessados, da existência do processo, e aos litigantes de tudo o que
nele se passa; e a de permitir-lhes que se manifestem, que apresentem suas razões, que se oponham à
pretensão do adversário.
Na prática, para o nosso dia a dia, isso quer dizer que sempre que uma das partes trouxer uma nova
informação ao processo, a outra deverá ser intimada, seja para tomar ciência, seja para apresentar uma
resposta.
No JEFAZ, é comum ouvir dizer que o processo é dividido em duas partes: Conhecimento e Execução.
Na fase de conhecimento (ou fase cognitiva), o juiz recebe os fatos e os fundamentos jurídicos dos
envolvidos na causa para reunir as informações necessárias para análise. Nessa fase, as provas de ambos
os lados são apresentadas e, se houver necessidade, há audiências para ouvir as partes e as testemunhas. O
objetivo é que, de posse de todos os elementos disponíveis, o magistrado possa proferir a sentença e
decidir sobre o conflito. Ela se encerra com o trânsito em julgado da primeira sentença.
A fase de execução é o passo seguinte, que se tratando de título judicial, se caracteriza pelo cumprimento
da decisão judicial, em que o juiz determina a uma das partes a reparação dos prejuízos. Nessa etapa, é
concretizado o direito reconhecido na sentença ou no título extrajudicial. Essa fase só acaba quando o
processo é arquivado.
Depois do pedido de execução, tendo sido estabelecido o contraditório, é onde começa o nosso trabalho:
Verificar os Cálculos e dar encaminhamento aos procedimentos de pagamento que poderão ser por meio
de RPV e/ou de Precatório.
Polo ativo é a parte autora. É quem entra com o processo. Também pode ser chamado de promovente,
requerente, exequente, demandante, litisconsorte ativo...
Já o Polo passivo é a parte ré, ou seja, é quem está sendo processado. Também pode ser chamado de
promovido, requerido, executado, demandado, litisconsorte passivo... Lembrando que, nos JEFAZ o polo
passivo deverá ser composto apenas por Entes Públicos, salvo exceções.
b. Petição Inicial
Também chamada de peça exordial, peça introdutória, etc, é a petição que dá abertura ao processo. Nela o
requerente irá expor os fatos, os fundamentos e os pedidos referentes à sua demanda.
No âmbito dos juizados, a petição inicial poderá vir por meio de atermação.
Atermação é um dos meios de acesso à Justiça pelos Juizados Especiais, em que o cidadão propõe uma
ação independentemente de estar assistida por um advogado. Para tanto, será utilizado um formulário
onde se preencherá os dados do autor (reclamante) e do réu (reclamado), bem como as razões e
requerimentos da parte. Nada impede que a parte já traga o formulário ou a petição inicial já redigida,
impressa e devidamente assinada.
Lembrando que a atermação só poderá acontecer nas causas de valor até vinte salários-mínimos, nas de
valor superior, a assistência de um advogado ou defensor público é obrigatória.
c. Autos Conclusos
Processo concluso ou conclusão significa simplesmente que o processo está com o juiz para que ele se
manifeste.
Quando o processo é analisado e ele demanda algum tipo de decisão ou ordem, a secretaria/UPJ envia ao
gabinete na forma de conclusão.
Quando o juiz diz o que tem que dizer no processo, ele devolve à UPJ para providências.
A única forma de o processo retornar à UPJ é pelas mãos do juiz e ele poderá fazer isso através de
despacho, decisão ou sentença, basicamente.
d. Despacho
Trata-se basicamente de “atos de mero expediente”. São aqueles que podem ser praticados por simples
impulso, sem tomar decisão de mérito. (Exemplo: Despacho de citação)
e. Decisão
Trata-se de ato pelo qual o juiz decide alguma questão no curso do processo, mas não põe fim a ele.
f. Agravo de Instrumento
Trata-se de um recurso cabível contra decisões que não põem fim ao processo ou à fase cognitiva do
processo de conhecimento. Ele será interposto diretamente perante o órgão que o apreciará. Geralmente,
ele aparecerá como processo apenso/dependente ao processo original.
g. Citação
É o ato pelo qual o réu ou interessado é chamado a juízo a fim de se defender. É o ato de dar ciência da
existência de um processo movido contra o sujeito passivo ou qualquer interessado. É solene e vincula o
réu ao processo, bem como a seus efeitos.
h. Contestação
É, por excelência, a peça da defesa do réu, por meio da qual ele pode se contrapor ao pedido inicial.
i. Impugnação
De uma forma geral, é o ato de se opor a alguma alegação da parte contrária, expondo as suas próprias
razões.
j. Sentença
Sentença é o pronunciamento por meio do qual o juiz põe fim à fase cognitiva do procedimento comum,
bem como extingue a execução. É por meio dela que realmente se “julga a causa”.
As sentenças podem ser de duas espécies: as que extinguem o processo, sem resolução do mérito
(hipóteses do art. 485, CPC) e aquelas em que o juiz resolve o mérito, pondo fim à fase em questão
(hipóteses do art. 487, CPC).
k. Embargos de Declaração
Os embargos de declaração são o recurso que tem por finalidade aclarar ou integrar qualquer tipo de
decisão judicial que padeça dos vícios de omissão, obscuridade ou contradição. Servem ainda para
corrigir eventuais erros materiais.
l. Recurso Inominado
É o recurso cabível contra a sentença, quando a intenção é a de rediscutir o seu teor. Quando há esse tipo
de recurso, após as contrarrazões e a sua admissibilidade, o processo é remetido à Turma Recursal e após
o trânsito em julgado do acórdão (se não houver outro recurso), o processo é devolvido à sua origem.
m. Contrarrazões
É a resposta ofertada pela parte contrária àquela que interpôs recurso. Visa combater as alegações
invocadas pela outra parte, com apresentação de novos argumentos que fundamentem sua defesa.
n. Acórdão
Acórdão é a decisão do órgão colegiado de um tribunal (câmara, turma, secção, órgão especial, plenário,
etc.), que se diferencia da sentença, da decisão interlocutória e do despacho, que emanam de um órgão
monocrático, seja este um juiz de primeiro grau, seja um desembargador ou ministro de tribunais.
Trata-se, portanto, de uma representação, resumida, da conclusão a que chegou o órgão colegiado, não
abrangendo toda a extensão e discussão em que se pautou o julgado, mas tão-somente os principais
pontos da discussão.
Nos JEFAZ é também, geralmente, a peça em que são arbitrados os honorários de sucumbência.
o. Trânsito em Julgado
É uma expressão usada para uma decisão, sentença ou acórdão judicial da qual não se pode mais recorrer,
seja porque já passou por todos os recursos possíveis, seja porque o prazo para recorrer terminou.
De modo geral, para nós o processo transitará em julgado após 10 dias úteis da última intimação lida, se
não houver nenhum recurso.
A função do Poder Judiciário é solucionar os conflitos de interesses. Há alguns que, levados a juízo, se
resolvem pelo simples pronunciamento judicial, sem necessidade de algum tipo de comportamento do
obrigado. Mas há casos em que a satisfação do titular do direito vai depender de uma ação ou omissão do
réu, sendo ela de fazer, de não fazer, de entregar coisa ou de pagar.
O nosso trabalho (verificação de cálculos) só acontece porque o ente público, ora condenado a uma
obrigação de pagar, deixou de cumpri-la de forma voluntária, sendo necessário que o titular do direito
venha pedir o seu cumprimento, ou seja, faça o pedido da execução título.
Apenas para fins didáticos, podemos dizer que o pedido de execução age como se fosse a petição inicial,
ela abre o processo de execução, dando início a uma dinâmica muito semelhante a que ocorreu na fase de
conhecimento (contestação, impugnação, sentença e trânsito, porém com nomes diferentes).
No âmbito do Cumprimento de Sentença, o executado se defende por meio de Impugnação, que nós com
frequência acabamos chamando de embargos à execução.
Importante destacar que esta impugnação diz respeito apenas ao que está sendo executado, ou seja, não
cabe mais, nesse momento, rediscutir o conflito inicial.
Costumamos chamar de Resposta aos embargos à execução. Trata-se de uma oportunidade que damos ao
requerente de concordar ou não com o que foi apresentado pelo ente público na impugnação ao
cumprimento da sentença, pois caso exista essa concordância, tanto o nosso trabalho quanto o tempo para
o recebimento do crédito poderão ser reduzidos.
Conforme conceitua Regina Binhara Esturilio, a correção monetária é “o meio econômico pelo qual se
objetiva exatamente preservar o poder aquisitivo da moeda, corroído no tempo em face da inflação
verificada em dado período de tempo”.
Os juros, nas lições de Silvio Salvo Venosa (2009), são “a remuneração que o credor pode exigir do
devedor por se privar de uma quantia em dinheiro”, e, como tal, diversamente da correção monetária,
representam acréscimo ao patrimônio do credor.
Luiz Antônio Scavone Júnior, em sua brilhante obra “Juros no Direito Brasileiro”, define os juros de mora
como “aqueles que decorrem do descumprimento das obrigações [...]”, esclarecendo que “ainda que não
haja e sequer sejam alegados prejuízos, são devidos juros moratórios”. Isso porque, como bem
complementa Fabiano Jantalia, “o legislador estabeleceu uma presunção de prejuízo ao credor pelo atraso
no recebimento da coisa ou quantia emprestada”. É dizer, os juros de mora, como a própria denominação
sugere, decorrem tão-somente da mora do devedor em cumprir a obrigação, independentemente de
comprovação de perda patrimonial efetiva ou de qualquer outra condição.
Nos JEFAZ, em caso de omissão na sentença e/ou acórdão sobre qualquer parâmetro, deve-se adotar as
seguintes normativas: sobre as parcelas devidas pelo Estado de Goiás a atualização monetária, calculada
pelo índice IPCA-E, deve se iniciar sempre no dia 10 do mês subsequente àquele devido (artigo 96 da
Constituição Estadual), para o Município de Goiânia sempre no dia 05 do mês subsequente (Art. 30 Lei
Orgânica Municipal), enquanto os juros deverão seguir os juros variáveis da poupança a partir da citação
efetivada, salvo quando o valor for originado da sentença/acórdão (indenização por danos morais, por
exemplo).
Abaixo um resumo das atuais regras para correção e juros impostos contra a Fazenda Pública:
Acórdão 1297781, 07270578220208070000, Relator: EUSTÁQUIO DE CASTRO, Oitava Turma Cível, data de
julgamento: 29/10/2020, publicado no DJE: 13/11/2020.
Trecho de acórdão
“Como é consabido, o que transita em julgado é o disposi vo da sentença ou acórdão, e não os índices de
correção monetária, os quais sempre devem buscar garan r a recomposição do poder aquisi vo da moeda.
Ademais, o e. STF fixou a seguinte tese quanto à correção monetária: “O art. 1º-F da Lei nº 9.494/97, com a
redação dada pela Lei nº 11.960/09, na parte em que disciplina atualização monetária das condenações impostas
à fazenda Pública segundo a remuneração oficial da caderneta de poupança, revela-se incons tucional ao impor
restrição desproporcional ao direito de propriedade (CRFB, art. 5º, XXII), uma vez que não se qualifica como
medida adequada a capturar a variação de preços da economia, sendo inidônea a promover os fins a que se
des na.”
Portanto, o STF decidiu, em sede de Tema 810, com afetação da matéria, ser inaplicável a TR para a correção
monetária do débito porque o art. 1º-F da Lei 9.494/97, com a redação da Lei 11.960/09, que foi declarado
incons tucional (pela máxima corte de Jus ça do país), por não refle r a variação do poder aquisi vo da moeda.
Acrescento que os embargos de declaração opostos do referido acórdão foram rejeitados pelo Plenário do c. STF
em 03/10/19, e o trânsito em julgado ocorreu em 03.03.2020.
Ultrapassada a questão da incons tucionalidade do art. 1º-F da Lei 9.494/97, com a redação da Lei 11.960/09,
para a correção monetária dos débitos da Fazenda, passa-se à definição de qual o índice aplicável.
O e. STJ, no julgamento do REsp 1.495.146/MG (Tema 905), sob a sistemá ca dos recursos repe vos,
estabeleceu, detalhadamente e, para cada espécie de débito, a forma de sua atualização, bem como os juros de
mora incidentes, in verbis:
1. Correção monetária: o art. 1º-F da Lei 9.494/97 (com redação dada pela Lei 11.960/2009), para fins de
correção monetária, não é aplicável nas condenações judiciais impostas à Fazenda Pública,
independentemente de sua natureza.
(...)
6. Recurso especial não provido. Acórdão sujeito ao regime previsto no art. 1.036 e seguintes do
CPC/2015, c/c o art. 256-N e seguintes do RISTJ.”
(REsp 1495146/MG, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em
22/02/2018, DJe 02/03/2018)
Assim, “prima facie” não há como prevalecer o índice fixado no acórdão sob o argumento de que respeito à coisa
julgada.
Isto porque, o fato de constar no tulo o índice de correção monetária aplicado à época de sua prolação, não
implica a sua irrestrita observância no momento da execução do tulo, haja vista a possibilidade de que índices de
correção monetária sejam ex ntos ou subs tuídos.
Sob essa asserção, mostra-se inequívoco o entendimento de que o índice de correção monetária deve ser aplicado
para garan r a recomposição do poder aquisi vo da moeda que é comumente corroído pela inflação.”
Acórdão 1299640, 07401389820208070000, Relator: ALFEU MACHADO, Sexta Turma Cível, data de julgamento:
4/11/2020, publicado no DJE: 24/11/2020.
1.2 Não cabimento de modulação dos efeitos da decisão. A modulação dos efeitos da decisão que declarou
incons tucional a atualização monetária dos débitos da Fazenda Pública com base no índice oficial de
remuneração da caderneta de poupança, no âmbito do Supremo Tribunal Federal, obje vou reconhecer a
validade dos precatórios expedidos ou pagos até 25 de março de 2015, impedindo, desse modo, a rediscussão do
débito baseada na aplicação de índices diversos. Assim, mostra-se descabida a modulação em relação aos casos
em que não ocorreu expedição ou pagamento de precatório.
2. Juros de mora: o art. 1º-F da Lei 9.494/97 (com redação dada pela Lei 11.960/2009), na parte em que
estabelece a incidência de juros de mora nos débitos da Fazenda Pública com base no índice oficial de
remuneração da caderneta de poupança, aplica-se às condenações impostas à Fazenda Pública, excepcionadas as
condenações oriundas de relação jurídico-tributária.
3. Índices aplicáveis a depender da natureza da condenação.
3.1.1 Condenações judiciais referentes a servidores e empregados públicos. As condenações judiciais referentes a
servidores e empregados públicos, sujeitam-se aos seguintes encargos: (a) até julho/2001: juros de mora: 1% ao
mês (capitalização simples); correção monetária: índices previstos no Manual de Cálculos da Jus ça Federal, com
destaque para a incidência do IPCA-E a par r de janeiro/2001; (b) agosto/2001 a junho/2009: juros de mora: 0,5%
ao mês; correção monetária: IPCA-E; (c) a par r de julho/2009: juros de mora: remuneração oficial da caderneta
de poupança; correção monetária: IPCA-E.
3.1.2 Condenações judiciais referentes a desapropriações diretas e indiretas. No âmbito das condenações judiciais
referentes a desapropriações diretas e indiretas existem regras específicas, no que concerne aos juros moratórios
e compensatórios, razão pela qual não se jus fica a incidência do art. 1º-F da Lei 9.494/97 (com redação dada pela
Lei 11.960/2009), nem para compensação da mora nem para remuneração do capital.
3.2 Condenações judiciais de natureza previdenciária. As condenações impostas à Fazenda Pública de natureza
previdenciária sujeitam-se à incidência do INPC, para fins de correção monetária, no que se refere ao período
posterior à vigência da Lei 11.430/2006, que incluiu o art. 41-A na Lei 8.213/91. Quanto aos juros de mora,
incidem segundo a remuneração oficial da caderneta de poupança (art. 1º-F da Lei 9.494/97, com redação dada
pela Lei n. 11.960/2009).
3.3 Condenações judiciais de natureza tributária. A correção monetária e a taxa de juros de mora incidentes na
repe ção de indébitos tributários devem corresponder às u lizadas na cobrança de tributo pago em atraso. Não
havendo disposição legal específica, os juros de mora são calculados à taxa de 1% ao mês (art. 161, § 1º, do CTN).
Observada a regra isonômica e havendo previsão na legislação da en dade tributante, é legí ma a u lização da
taxa Selic, sendo vedada sua cumulação com quaisquer outros índices.
4; Preservação da coisa julgada. Não obstante os índices estabelecidos para atualização monetária e compensação
da mora, de acordo com a natureza da condenação imposta à Fazenda Pública, cumpre ressalvar eventual coisa
julgada que tenha determinado a aplicação de índices diversos, cuja cons tucionalidade/legalidade há de ser
aferida no caso concreto.” REsp 1.495.146/MG, REsp 1.492.221/PR e REsp 1.495.144/RS
Acórdãos representativos
Acórdão 1298972, 07057080320198070018, Relator: SANDOVAL OLIVEIRA, Segunda Turma Cível, data de
julgamento: 4/11/2020, publicado no DJE: 18/11/2020;
Acórdão 1297849, 07097172820208070000, Relator: HECTOR VALVERDE, Quinta Turma Cível, data de julgamento:
4/11/2020, publicado no DJE: 17/11/2020;
Acórdão 1297247, 07090046720188070018, Relator: LUÍS GUSTAVO B. DE OLIVEIRA, Quarta Turma Cível, data de
julgamento: 29/10/2020, publicado no DJE: 12/11/2020;
Acórdão 1295674, 00315552420148070018, Relator: JOSÉ DIVINO, Sexta Turma Cível, data de julgamento:
21/10/2020, publicado no DJE: 6/11/2020;
Acórdão 1290379, 07082894520198070000, Relator: GETÚLIO DE MORAES OLIVEIRA, Primeira Câmara Cível, data
de julgamento: 5/10/2020, publicado no DJE: 11/11/2020.
Destaques
• TJDFT
Correção monetária pela TR – termo final – expedição do precatório ou RPV
“4. A Lei nº 9.949/97, art. 1º-F prevê a correção monetária pela TR até a expedição do precatório ou da RPV,
conforme o caso, a par r de quando a correção se dará pelo IPCA-E, conforme entendimento deste e. TJDFT e em
consonância o STF.”
Acórdão 1299349, 07096711920198070018, Relator: ROBERTO FREITAS, Terceira Turma Cível, data de julgamento:
4/11/2020, publicado no DJE: 20/11/2020.
Correção monetária – planilha da própria parte – uso da TR – cálculos homologados – ausência de impugnação
– preclusão
“1. A par r do julgamento defini vo do RE 870.947/SE (Dje de 20/11/2017), declarou-se incons tucional o art. 1º-
F da Lei nº 9.494/97 na parte em que disciplina a atualização monetária das condenações impostas à Fazenda
Pública segundo a remuneração oficial da caderneta de poupança (TR), por impor restrição desproporcional ao
direito de propriedade. 2. Ante o entendimento do STF, fixado em repercussão geral, as condenações impostas à
Fazenda Pública devem ser atualizadas monetariamente pelo IPCA-E (Índice de Preços ao Consumidor Amplo
Especial). 3. Contudo, deve ser preservada a coisa julgada quando os cálculos foram feitos e homologados com
base em planilha apresentada pela parte credora. (...)”
Acórdão 1297744, 07370721320208070000, Relator: DIAULAS COSTA RIBEIRO, Oitava Turma Cível, data de
julgamento: 29/10/2020, publicado no DJE: 12/11/2020.
“1. A correção monetária conforma matéria de ordem pública, pois tal encargo é consectário legal da condenação.
É, portanto, passível de alteração de o cio, não ocorrendo preclusão, ofensa à coisa julgada, nem tampouco
reforma o in pejus.”
Acórdão 1297719, 07301046420208070000, Relator: ARQUIBALDO CARNEIRO PORTELA, Sexta Turma Cível, data
de julgamento: 29/10/2020, publicado no DJE: 20/11/2020.
Referências
Art. 5º, XXII, da Cons tuição Federal;
t. Deduções Legais
São as retenções obrigatórias que devem ser feitas antes do pagamento do crédito ao exequente, devido a
sua natureza.
Por exemplo, se um requerente tem um crédito decorrente de diferença salarial, se ele tivesse recebido
esse valor em folha, naturalmente teriam sido descontadas as contribuições previdenciárias, de plano de
saúde, de imposto de renda, dentre outros. No processo judicial, tendo recebido o crédito, não será
diferente. Ele terá que “pagar os seus impostos” da mesma forma, porém com algumas particularidades à
forma de cálculo.
Uma dessas particularidades (a mais comum) é a forma de cálculo sobre RRA (Rendimentos Recebidos
Acumuladamente).
Importante lembrar que em créditos de natureza indenizatória não incidem deduções legais.
u. Homologação de Cálculos
Quando existe impugnação ao cumprimento de sentença e as partes não conseguem chegar a um acordo,
se faz necessária a conclusão do processo para que o juiz decida qual delas tem razão e, dependendo do
teor do que tiver que ser decidido, ele fará isso por meio de decisão ou de sentença. O papel da Equipe de
Cálculos nesse caso é o de auxiliar o juiz nessa tomada de decisão, fazendo o apontamento de qual
cálculo está correto, por meio das nossas certidões e cálculos.
Não havendo impugnação, principalmente em razão de acordo entre as partes, não há necessidade de
conclusão para homologação do crédito. Nesse caso, a própria equipe responsável na UPJ poderá validar
o valor a ser pago e expedir a RPV ou encaminhar para o precatório.
v. RPV
RPV significa Requisição de Pequeno Valor. É uma requisição de pagamento que se faz a um ente público
em razão de uma dívida reconhecida por sentença judicial transitada em julgado, que possibilita à parte
vitoriosa receber o crédito da condenação independentemente da expedição de precatório, em razão de
seu menor valor. O prazo para o seu pagamento é de 60 dias úteis após o executado fazer a leitura da
intimação.
(i) 20 (vinte) salários- mínimos, se executado o Estado de Goiás, suas Autarquias e Fundações,
consoante previsão do art. 3º da Lei Estadual nº 17.034/2010;
Caso o valor que a parte tenha a receber ultrapasse esses limites, ela tem opção de renunciar ao excedente
para que, ainda assim, possa receber por meio de RPV. Se ela não renunciar, o valor será pago por meio
de precatório.
w. Precatório
Assim como os RPV’s, os precatórios são formalizações de requisições de pagamento contra a Fazenda
Pública, porém são feitos para pagar uma quantia superior aos limites do RPV.
Na prática, o precatório se trata praticamente do reconhecimento por parte do ente público de que existe
uma dívida com alguém que o processou. Esta requisição de pagamento é inserida em uma (longa) ordem
cronológica através do DEPRE. O Departamento de Precatórios é um órgão técnico da Presidência do
Tribunal destinado a operar o sistema de processamento e controle dos precatórios judiciais.
x. Penhora Online
A penhora de bens e valores é um meio para bloquear o patrimônio do devedor, com o objetivo de pagar
uma dívida que está sendo cobrada na Justiça.
Nos JEFAZ, a penhora poderá ocorrer em qualquer tempo do processo (após a citação), desde que
determinada pelo juiz, porém, exclusivamente para o trabalho da Equipe de Cálculos, ela só acontecerá
após decorrido o prazo da RPV sem a devida quitação.
y. Alvará de Levantamento
É um documento emitido pelo juiz que autoriza o credor a efetuar a retirada de valores que se encontram
depositados em uma conta judicial.
z. Arquivamento
Em linhas gerais, indica que o processo chegou ao fim, porém existem casos em que poderá ocorrer o
desarquivamento do processo.
As pendências são uma forma de marcar os processos para que eles não fiquem perdidos. Cada equipe
tem as suas próprias pendências de trabalho que aparecem na tela inicial do Projudi. É através das
pendências que sabemos o que temos que fazer no processo quando o recebemos e, quando inserimos
uma nova, estamos dizendo ao próximo serventuário o que deve ser feito. Também é por meio delas que é
feita a contagem dos processos em nossa tela.
Os classificadores são uma forma de organização desses processos dentro de cada pendência. Eles agem
como “etiquetas em uma prateleira”, ou seja, podemos dizer que as pendências são as prateleiras e os
classificadores são as etiquetas organizadoras...
5) O que é a capa do processo online? Tenho que arrumá-la toda vez que entrar no
processo?
A capa do processo é a primeira parte da tela quando a abrimos, desde o local onde aparece o número do
processo até a parte que informa se haverá penhora no rosto dos autos:
Na capa poderemos encontrar as principais informações necessárias para a identificação do processo.
Sempre que se entra em um processo, a primeira coisa a se fazer é verificar se a capa está adequada,
completa e sem erros. As partes mais importantes são:
Nome do requerente: tem que estar completo, sem abreviações. Não podem haver palavras,
números e caracteres que não façam parte do nome.
CPF/CNPJ do requerente: deve estar correto e completo.
Classe e Assunto conforme a TPU CNJ
Fase Processual: Conhecimento ou Execução?
Custas: Isento
Prioridade Legal: (ver questão nº 6)
1º Doença Grave
2º Maior de 80 anos
3º Maior de 60 anos
4º PCD – Pessoa com Deficiência
5º Normal – Sem Prioridade
É de competência dos Juizados Especiais da Fazenda Pública processar, conciliar e julgar causas cíveis de
interesse dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios, até o valor de 60 (sessenta)
salários mínimos.
Quando a pretensão versar sobre obrigações vincendas, apenas para fins de competência do Juizado
Especial, a soma de 12 (doze) parcelas vincendas e de eventuais parcelas vencidas não poderá exceder aos
60 salários.
Exemplo: Hoje 18/06/2021 eu quero entrar com uma causa nos JEFAZ cujo valor é de R$100.000,00
(cem mil reais), porém o teto que fixa a competência diz que eu só posso entrar se eu renunciar a tudo que
exceder a 60 salários-mínimos – R$66.000,00 (sessenta e seis mil reais) em 2021.
Eu escolho fazer a renúncia para entrar no juizado, portanto o meu valor da causa ficará distribuído da
seguinte forma:
Acontece que o tempo médio de trâmite de um processo dos JEFAZ é de aproximadamente 5 anos, e o
meu pedido inicial era de uma parcela sucessiva, ou seja, ela continuou vencendo no curso da ação. Então
lá em 2026 quando alguém for fazer o meu cálculo deverá considerar:
R$ 66.000,00 (60 salários-mínimos da data da distribuição) como montante único (conforme condenação
da sentença/acórdão)
+
Tudo o que vencer no curso do processo a partir de 19/06/2022, por parcelas
=
Valor da condenação em sentença/acórdão + consectários legais, independentemente do valor que
alcançar.
Por último, incluído pela Lei nº 13.725, de 2018 no estatuto da OAB (Lei 8.906/94), os honorários
assistenciais, também sem aplicação nos JEFAZ.
9) O que é astreinte?
10) Quais as pendências que podem atrapalhar a verificação de cálculos e/ou o pagamento?
Não tem como dizer exatamente quais pendências poderiam interferir, pois cada caso será de uma forma,
e cabe ao profissional fazer a leitura e identificar qual a situação do processo. Mas as principais
pendências que tem o poder de impedir o trabalho da Equipe de Cálculos são: Carta Precatória; Carta de
Citação; Carta de Notificação; Cumprimento Genérico; Edital; Marcar Audiência; Ofícios diversos;
Verificar Conexão; Verificar Fato e Tese Jurídica; Verificar Processo – diversos; Verificar Retorno AR
Correios.
Conclusão não é pendência! Porém, se o processo estiver concluso, a Equipe de Cálculos não poderá dar
andamento.
11) No processo que estou fazendo tem uma pendência de “Verificar Redistribuição”, o que
eu faço?
A princípio você deve identificar se trata-se de redistribuição ao 3º JEFAZ por conta de sua criação. Caso
seja desse tipo, pode dar andamento normalmente em seu processo e descartar a pendência.
12) No processo que estou fazendo o requerente está reclamando que a obrigação de fazer
ainda não cumprida, o que eu faço?
A UPJ JEFAZ deverá fazer as devidas intimações para resolver a obrigação de fazer e somente depois de
tudo resolvido é que o processo deverá ser encaminhado para cálculo.
13) Trabalho na equipe de cálculos. Vou ter que fazer os cálculos de todos os processos?
Não! O trabalho da equipe de cálculos, atualmente, consiste em verificar se o cálculo apresentado teve
impugnação ao cumprimento ou inércia da parte executada, se sim fazer o cálculo. Se não, certificar
adequadamente e repassar à UPJ para as providências de pagamento.
É a verba que tem a característica de não integrar o vencimento, nem a remuneração ou o salário, não
podendo ser computada para efeitos de quaisquer vantagens.
Aquilo que se concede ou obtém como reparação ou compensação de um prejuízo, perda, ofensa etc.;
compensação, recompensa, restituição.
No âmbito dos JEFAZ, na fase da execução é possível que aconteça uma dessas 3 coisas:
Concordância
Omissão por parte do Executado (inércia)
Discordância/Impugnação
Tendo o requerente apresentado os seus cálculos e tendo o ente público sido devidamente intimado,
depois de decorrido o prazo de 30 dias úteis sem que haja manifestação do executado, pode-se considerar
que houve omissão, pois ele não se manifestou dentro do prazo.
Tendo sido o ente público intimado, ele apresenta uma impugnação em relação aos cálculos do exequente.
Às vezes essa impugnação (embargos à execução) poderá vir acompanhada de novos cálculos, às vezes
não. Dessa impugnação o requerente deverá ser intimado para que se manifeste, caso o requerente não se
manifeste ou se manifeste de forma contrária ao ente público, então se pode considerar que houve
discordância entre as partes.
20) Prescrição:
Ver se os períodos apresentados no cálculo não estão ultrapassando o período que foi estipulado na
sentença e/ou acórdão, se não estão ferindo o prazo prescricional.
Obs.: Geralmente esse prazo é de 5 anos a contar da data da distribuição do processo (prescrição
quinquenal), porém a sentença e/ou acórdão poderão trazer um prazo diferente ou ainda, pode existir
algum fator de suspensão desse prazo, como, por exemplo, um processo administrativo.
21) Por que alguns requerentes têm a palavra “Contumaz” na frente do nome?
Antigamente, no 2º JEFAZ se usava essa marcação para indicar requerentes que tinham problemas de
conexão, continência, litispendência ou coisa julgada.
Contumácia não é o termo apropriado para as situações acima, porém a marcação era utilizada apenas
para chamar a atenção de quem estivesse fazendo o processo.
Sempre que pegarem um processo com essa marcação é necessário verificar se essa conexão apontada já
foi resolvida e se de algum modo irá interferir na análise do cálculo.
Os nomes dessas pendências não são nada apropriados para o fim que a utilizamos! Na verdade, essas são
pendências comuns a processos criminais, mas nós as utilizamos por falta de opção...
23) O processo que estou fazendo consta como concluso, posso dar andamento?
NÃO!!!
25) No processo que estou fazendo tem uma parte que vai receber RPV e a outra vai receber
Precatório, o que eu faço?
26) Peguei um processo que não se encaixa em nenhum dos tipos descritos no procedimento
da Equipe de Cálculos, o que eu faço com ele?
27) Peguei um processo que estava arquivado e a pessoa pediu o desarquivamento para
fazer a execução, posso fazer normalmente?
O desarquivamento poderá ser feito normalmente se o arquivamento não tiver mais que 5 anos.
Caso os autos tenham sido arquivados a mais de 5 anos, é necessária a conclusão para apreciação
do juízo.
4. Diretrizes para o Cálculo dos JEFAZ
O entendimento dos juízes dos JEFAZ hoje, no que diz respeito aos cálculos, se resume nas seguintes
regras:
I) Em caso de obrigação de pagar, os cálculos devem obedecer aos parâmetros contidos no título
executivo judicial e anteriores à parte dispositiva da sentença, sob pena de violação à coisa julgada.
Obs.: o índice de atualização não se aplica nesse caso, devendo ser utilizado o IPCA-E.
II) As obrigações de pagar só deverão ser satisfeitas após terem sido resolvidas as demais obrigações da
condenação.
III) em caso de omissão sobre qualquer parâmetro, deve-se adotar as seguintes normativas: sobre as
parcelas devidas pelo Estado de Goiás a atualização monetária, calculada pelo índice IPCA-E, deve se
iniciar sempre no dia 10 do mês subsequente àquele devido (artigo 96 da Constituição Estadual), para o
Município de Goiânia sempre no dia 05 do mês subsequente (Art. 30 Lei Orgânica Municipal) enquanto
os juros da poupança variável, incidirão a partir da citação (quando houver), e na ausência desta, a
publicação da sentença no PJD, salvo quando o valor for originado da sentença/acórdão (indenização por
danos morais, por exemplo);
IV) a data dos juros, contados a partir da citação efetivada, deve levar em consideração a responsabilidade
de cada parte executada (em caso de múltiplos executados), observando-se a data da citação efetivada, do
evento intimação lida decorrente da citação efetivada ou a data da contestação, se esta foi apresentada
anteriormente àquela. Em caso de ausência de citação (casos em que o requerido reconhece
antecipadamente o pedido), o termo inicial dos juros deverá ser a data da publicação da sentença;
V) não será objeto de apreciação por este juízo a tabela de valores ou planilha que não indiquem,
precisamente os parâmetros indispensáveis (índice de atualização monetária, juros e respectivas datas
iniciais), sendo necessária também a correta indicação do sítio eletrônico utilizado nas elaborações, bem
como a fundamentação utilizada no cálculo.
VI) Não incidirá a multa do artigo 523, § 1º, do Código de Processo Civil, e tampouco honorários
advocatícios na fase de cumprimento de sentença, ante as vedações legais expressas no artigo 534, § 2º,
do CPC, e artigo 55 da Lei nº 9.099/95, respectivamente;
VII) a expressão: “data que se tornou devida”, na matéria de licença-prêmio será aquela quando do ato de
aposentação ou reforma, e nas diferenças deferidas em processo administrativo, a data do respectivo
requerimento, salvo disposição contrária expressa na sentença;
VIII) os cálculos devem ser realizados, sempre que possível, por parcela e não montante único, sob pena
de enriquecimento ilícito da parte exequente;
IX) os consectários legais (juros, correção monetária e parcelas vencidas no curso da demanda), não
afastam a competência deste juízo e não requer renúncia ao excedente de 60 (sessenta) salários-mínimos,
se a opção de recebimento for por Precatório;
X) não serão aceitos cálculos que incluam percentuais das revisões gerais anuais, quando estes não foram
objeto de discussão na fase de conhecimento, salvo se houver anuência expressa da parte executada, ou se
o cálculo exigir;
XI) com exceção da renúncia expressa aos juros, não serão aceitos cálculos que deixem de incluí-los ou
aportem valor sem indicar as datas iniciais utilizadas;
XII) no momento do pedido de cumprimento de sentença deve ser feita opção, expressa, pelo recebimento
via Precatório ou RPV. O limite para o pagamento por meio de RPV (requisição de pequeno valor) é de:
(i) 20 (vinte) salários- mínimos, se executado o Estado de Goiás, suas Autarquias e Fundações, consoante
previsão do art. 3º da Lei Estadual nº 17.034/2010; (ii) 30 (trinta) salários-mínimos, se executado o
Município de Goiânia, suas Autarquias e Fundações, tendo em vista o art. 87, II, do ADCT c.c. art. 100,
§3º, da CF. A forma escolhida para o recebimento do crédito deverá ser levada em consideração no
momento da feitura dos cálculos, ou caso não haja informação a respeito, deverá constar a seguinte
observação na planilha e/ou certidão “Até o momento da realização dos cálculos não houve manifestação
da parte requerente sobre a forma de recebimento do crédito por meio de RPV ou Precatório.”.
XIII) os honorários sucumbenciais devem ser atualizados pelo IPCA-E + juros variáveis da poupança, se
outro não tiver sido indicado. Para os fixados em quantia certa, a atualização terá como data inicial a do
arbitramento e os juros incidirão a partir do trânsito em julgado (artigo 85, § 16, do CPC). Por sua vez,
aqueles fixados em percentual sobre valor da causa (que se difere do proveito econômico ou valor da
condenação), deve-se observar o disposto na Súmula 14 do STJ que diz que a correção monetária incide a
partir do respectivo ajuizamento, porém os juros (que não são mencionados na súmula) deverão incidir a
partir do trânsito em julgado. No caso dos fixados sobre o proveito econômico ou valor da condenação,
não deverá ser feita nenhum tipo de atualização além do já incidente sobre o valor da parte requerente.
Obs.: o valor encontrado no cálculo dos honorários sucumbenciais não deduz do montante do valor da
condenação. Trata-se de valor independente para todos os efeitos, inclusive na escolha do meio de
pagamento, sendo opção do advogado o recebimento por meio de RPV ou Precatório, dependendo do
valor.
XIV) É necessário fazer corretamente as deduções legais (se houverem), conforme especificações a
seguir:
* Da contribuição previdenciária:
- Para o Estado de Goiás, suas autarquias e fundações (Lei Complementar 161/20; antes LC 77/10):
* Do Imposto de Renda:
Incidirá pelo sistema RRA (Rendimentos Recebidos Acumuladamente), após o desconto do valor
previdenciário, podendo-se utilizar para elaboração dos cálculos o sítio eletrônico da Receita Federal:
http://www.receita.fazenda.gov.br/aplicacoes/atrjo/simulador/simulador-rra.asp
Obs.: Caso o valor a receber seja da competência atual, o Imposto de Renda deverá ser calculado na
forma mensal (normal).
O percentual respectivo incidirá após todos os descontos legais, ou seja, sobre o montante líquido a ser
recebido pela parte exequente, conforme artigo 22, § 4º, da Lei nº 8.906/94, e a interpretação uníssona do
Superior Tribunal de Justiça no RE nº 721651/RS, e Agravo Interno nº 552424/RS.
Quando o processamento do crédito principal da parte exequente for via Precatório, resta obstada a
pretensão do causídico em receber seus honorários separadamente através de RPV, pois os honorários
contratuais nunca se desmembram do valor principal, eles apenas se “destacam”, ou seja, onde o
requerente for receber o seu valor, o advogado também receberá os honorários contratuais, caso tenha
feito este pedido. Inclusive, nos casos de renúncia da parte requerente para recebimento por meio de RPV,
o valor de honorários contratuais será calculado após a renúncia.
Na hipótese de a parte exequente optar pelo recebimento de seu crédito principal via RPV, nada obsta que
este juízo disponha, apenas em caráter de informação, o valor a ser recebido como honorários contratuais,
conforme entendimento recente do Supremo Tribunal Federal no julgamento da Reclamação nº
26241/RO.
Não haverá incidência sobre honorários contratuais, pois este juízo não pode interferir na relação
contratual entre particulares, sendo dever do causídico reter o valor a título de Imposto de Renda no
momento previsto na legislação tributária. (Suspensão cautelar dos efeitos do Ofício Circular nº
377/2020, oriundo do PROAD nº 201903000160464).
Para os honorários sucumbenciais, considerando que, em conformidade com o artigo 46 da Lei Federal n.º
8.541, de 23 de dezembro de 1992, a responsabilidade da retenção do imposto sobre a renda incidente
sobre os rendimentos pagos em cumprimento de decisão judicial será da instituição financeira depositária,
pessoa jurídica de direito privado incumbida pelo pagamento, não havendo responsabilidade ou obrigação
a ser atribuída ao Poder Judiciário (Tribunal de Justiça do Estado de Goiás ou qualquer de suas unidades
judiciárias), órgão público que não é a fonte pagadora, também será dever do causídico reter o valor a
título de Imposto de Renda no momento previsto na legislação.
5. Cálculos mais comuns no JEFAZ e as suas formas de dedução legal
>>>Cálculos Mais Comuns nos JEFAZ<<<
Revi sa do em 21/06/21
DEDUÇÕES
LEGAIS
(observar se
ativo; inativo;
inativo com
doença grave;
inativo maior
TIPO O QUE É? DOCUMENTOS INDISPENSÁVEIS P/ O CÁLCULO de 65 anos)
Cálculo por título executivo. Tratam-se de execuções de Planilha de Cálculos; Títulos Executivos cobrados;
Não incidem
COBRANÇAS títulos executivos (nota de empenho, boletos, etc) contra a Regras para o pagamento estabelecidas na
deduções.
Fazenda Pública. sentença/acórdão.
IR SOBRE Cálculo Anual. Pedem a restituição do imposto de renda Planilha de cálculos; Fichas Financeiras Anuais e o Não incidem
FÉRIAS que foi descontado sobre o terço de férias. número de dependentes no IR de cada ano solicitado. deduções.
1º Ponto de Referência: Petição Inicial / Atermação (Peça exordial; Peça Introdutória; etc)
Documentos indispensáveis: RG; CPF; comprovante de endereço; planilha de cálculos; demais provas que se
fizerem necessárias para a sentença e procuração (se não for atermação!)
3º Ponto de Referência: Citação Expedida / Citação Efetivada (Mandado de citação / Mandado Cumprido)
Quando a citação é on-line, ela será efetivada em até 10 dias da expedição. O prazo para a contestação só
começa a contar depois que a citação/mandado for efetivado/cumprido.
10º Ponto de Referência: Pedido de Execução (Pedido de Cumprimento; Cumprimento de Sentença; etc)
Abre a fase de execução. Essa fase não seria necessária se a sentença tivesse sido prontamente cumprida.
Indispensáveis: Planilha de cálculos atualizada e obedecendo todas as “diretrizes para o cálculo”; Fichas
Financeiras ou Contracheques (dependendo do tipo de cálculo) de todo o período solicitado e até a data do
pedido de execução; se o pedido ultrapassar o valor de RPV, deverá se manifestar se vai renunciar ao
excedente do RPV ou se quer o precatório; se o advogado quiser receber os honorários no processo, deverá
constar também o contrato de honorários.
12º Ponto de Referência: Resposta aos Embargos à Execução (Contrarrazões à Impugnação à Execução de
Sentença; etc)
Aqui o exequente poderá concordar, discordar ou não oferecer nenhuma resposta ao executado.
Independentemente do que ocorrer o processo seguirá para a verificação do cálculo.
SÚMULA Nº 01
A Goiás Previdência – GOIASPREV não possui legitimidade para figurar no polo passivo de ação de
cobrança ajuizada por servidor público inativo ou militar da reserva que verse sobre benefícios
implementados antes da concessão de aposentadoria.
Comentários: Nos cálculos dos processos onde figure o Estado de Goiás (ou outra autarquia/fundação) e
a GoiasPrev no polo passivo, deverá ser observado no momento do cálculo a parte referente aos
períodos de atividade e inatividade do servidor em questão.
SÚMULA Nº 02
Nos termos da ADI 4357, até o dia 25 de Março de 2015, o índice de correção monetária a ser aplicado
aos débitos fazendários será a TR. Após esta data aplicar-se-á o IPCA-E.
SÚMULA Nº 03
A espera excessiva por atendimento em fila de banco aliada a outras circunstâncias danosas ao
consumidor ou, excepcionalmente, a espera extremamente excessiva, constituem prática abusiva capaz de
violar a dignidade humana, ensejando a reparação por dano moral, independentemente de existir
legislação local sobre o tempo máximo de atendimento bancário.
SÚMULA Nº 04
A uniformização de jurisprudência não trata de direito processual, mas tão somente de direito material.
SÚMULA Nº 05
Não é de natureza inreipsa o dano moral decorrente de furto em estacionamento de estabelecimento
comercial, exigindo-se a comprovação da ocorrência de fatos outros a dar ensejo ao dano alegado.
SÚMULA Nº 06
O adicional por tempo de serviço incide apenas sobre o vencimento básico.
SÚMULA Nº 07
Plano de cargos e subsídios com promoção/progressão baseada em tempo de serviços prestados no órgão
e limitação em lei de número de cargos por classe na carreira viola a isonomia.
SÚMULA Nº 08
Ao servidor público inativo, com direito à paridade, assegura-se o reajustamento dos proventos em
condições semelhantes aos servidores da ativa, com base no requisito objetivo decorrente do tempo de
serviço e da titulação, aferíveis até a data da inativação.
SÚMULA Nº 9
A inércia do Chefe do Executivo em editar decreto regulamentador sobre forma e prazo de pagamento de
diferença de subsídio obsta afluência do prazo prescricional.
SÚMULA Nº 10
A disponibilização e cobrança abusiva, tais como: lançamento com fatura de cartão de crédito ou conta-
corrente, por serviços não solicitados pelo usuário caracteriza prática indevida, comportando dano moral
e, se tiver ocorrido pagamento, restituição em dobro, invertendo-se o ônus da prova.
SÚMULA Nº 11
Ofende a dignidade do consumidor e impõe o dever de indenizar àquele que faz veicular publicidade
enganosa relativa ao oferecimento de curso sem a titulação descrita.
SÚMULA Nº 12
Desconto indevido em conta-corrente, por ausência de contrato, enseja dano moral in re ipsa, vez que
ofende a honra subjetiva do suposto consumidor.
SÚMULA Nº 13
A demora na entrega do imóvel quando superar o prazo previsto em contrato configura dano moral, salvo
prova de caso fortuito ou força maior. No tocante à multa moratória, esta é devida se previamente
pactuada, podendo ser cumulada com lucros cessantes, cuja natureza jurídica é compensatória.
SÚMULA Nº 14
No processo administrativo para expedição de CNH, é legítima a realização de diligências por ordem
fundamentada da administração, com o propósito de se apurar a veracidade de fatos que influenciam no
seu desfecho, circunstância que exclui a responsabilidade civil, porque representa exercício regular do
direito(inciso I do art.188 do CC).
SÚMULA Nº 15
A aposentadoria por invalidez, com proventos integrais, será devida aos servidores públicos estaduais,
quando forem acometidos de enfermidades previstas em lei, cujo rol tem natureza taxativa.
SÚMULA Nº 16
Tratando-se de matéria processual ou fático probatório não se conhece do incidente de uniformização de
jurisprudência.
SÚMULA Nº 17
Caracteriza inovação recursal a juntada de documentos sem a demonstração de caso fortuito, força maior
ou de fato novo que justifiquem sua apresentação extemporânea.
SÚMULA Nº 18
Telas sistêmicas, por si só, não são capazes de demonstrar relação obrigacional entre as partes, exceto se
não impugnadas especificamente e se corroboradas com outros meios de provas.
SÚMULA Nº 19
O descumprimento pela companhia aérea dos deveres de assistência material, tais como alimentação,
acomodação e hospedagem ao passageiro, ainda que o atraso ou cancelamento do voo tenha se dado por
caso fortuito ou força maior configura dano moral passível (suscetível) de indenização.
SÚMULA Nº 20
Configura litigância de má-fé a alegação de fatos inverídicos, confirmada a falsidade mediante prova nos
autos, independente do pedido de desistência, renúncia ou abandono, bem como de sua concordância pela
parte adversa.
SÚMULA Nº 21
A configuração do caso fortuito ou força maior para acontecimentos climáticos previsíveis, como a
estiagem anual, exige a comprovação de que providência ssuficientes foram adotadas para evitardanos,
inclusive de ordem moral, ao consumidor e que o evento ensejador superou as expectativas ordinárias
para o caso.
SÚMULA Nº 22
É devido o pagamento de diferença remuneratória aos Auditores-Fiscais da Receita Estadual, de nível
diverso, quando realizarem atribuições conferidas, originalmente, aos Auditores-Fiscais da Receita
Estadual de nível ou classe superior, desde que comprovado o ato administrativo de delegação de função
por autoridade competente, nos termos da legislação estadual que instituiu a carreira do fisco e sua
remuneração.
SÚMULA Nº 23
Aos contratos de Cartão de Crédito Consignado, aplica-se a Súmula 63 do E. Tribunal de Justiça de
Goiás, nos seguintes termos; “os empréstimos concedidos na modalidade Cartão de Crédito
Consignado,sãorevestidosdeabusividade,emofensaaoCDC,portornaremadívidaimpagávelem virtude do
refinanciamento mensal, pelo desconto apenas da parcela mínima, devendo receber otratamento de
crédito pessoal consignado, com taxa de juros que represente a média do mercado detais operações,
ensejando o abatimento no valor devido, declaração de quitação do contrato ou anecessidade de
devolução do excedente, de forma simples ou em dobro, podendo haver condenação em reparação por
danos morais, conformeo caso concreto”.
SÚMULA Nº 24
O simples inadimplemento contratual não configura, por si só, dano moral in re ipsa.
SÚMULA Nº 25
Nos termos do art. 55 da Lei 9.099/95, o Recorrido, vencido, não pagará custas e honorários advocatícios.
SÚMULA Nº 26
Agente de Polícia da Classe Especial, Delegado de Polícia da Classe Especial, Escrivão de Polícia da
Classe Especial, Agente Auxiliar Policial, Comissário de Polícia e Escrevente Policial, bem como osso
Grupo Ocupacional de Identificação somente poderão ser enquadrados/progredidos para a Classe Especial
I se no momento da vigência da Lei 16.901/2010 com as alterações da Lei17.902/2012 já preenchiam os
requisitos lei.
SÚMULA Nº 27
A divulgação de dados da pessoa, como nome, telefone e endereço em serviço público de lista telefônica,
por si só, e sem qualquer veiculação depreciativa, não é suficiente para a configuração do dano moral
indenizável, ainda que o sujeito contratado seja policial ou outro agente público.
SÚMULA Nº 28
O Prêmio de Incentivo instituído pela Lei nº 14.600/2003 não se incorporará ao vencimento ou salário
para nenhum efeito, inclusive o décimo terceiro salário.
SÚMULA Nº 29
O equívoco da Administração Pública em unificar os quadros de praças combatentes e especialistas para
fins de acesso aos postos de oficiais a eles correspondentes não gera direito à participação no curso de
habilitação àqueles que se classificaram fora do número de vagas expressamente destinadas à primeira
modalidade (combatentes) no instrumento convocatório da seleção.
SÚMULA Nº 30
O teor da súmula nº 11 da Turma de Uniformização de Interpretação do Sistema dos Juizados Especiais
do Estado de Goiás é aplicável para os cursos de farmácia/bioquímica oferecidos no Estado de Goiás, se
veiculada a publicidade e atraído o cliente para o curso após a edição da resolução nº 514, de 25.11.09, do
Conselho Federal de Farmácia e antes de sua revogação pela resolução nº 599, de 24.07.14, do mesmo
Conselho, cumulativamente com a titulação nesse mesmo interregno.
SÚMULA Nº 31
A superveniente ab-rogação da Lei Estadual n.16.902/10pelaLeiEstadualn.17.866/12nãoalteraa vigência
do artigo 14, inciso I, alíneas “b”, “c”, “d” e “e” da Lei 15.704/06, mantida a exigência, em caso de
promoção de Policial Militar, da observância do requisito legal temporal.
SÚMULA Nº 32
Diante da previsão em Lei de que a verba do adicional de Incentivo Federal, advinda de recursos da
União, deve ser repassada aos Agentes Comunitários da Saúde do Município de Pires do Rio-GO, se faz
necessária a concessão do benefício.
SÚMULA Nº 33
As ações relativas à graduação como farmacêutico generalista estão sujeitas à prescrição quinquenal
prevista no artigo 27 do CDC, com termo inicial no momento do registro do diploma no Conselho
respectivo.
SÚMULA Nº 34
O adicional por tempo de serviço e a licença-prêmio somente passaram a ser devidos aos agentes
comunitários de saúde e de combate a endemias do Município de Goiânia a partir da vigência da Lei
Complementar Municipal n. 252/2013 e na forma nela estabelecida.
SÚMULA Nº 35
Havendo previsão legislativa municipal anterior, inexiste incompatibilidade entre o recebimento de
valores relativos à gratificação natalina por agentes políticos municipais em períodos anteriores ao
julgamento, em regime de repercussão geral, do RE 650.898 (Tema 484) pelo Supremo Tribunal Federal.
SÚMULA Nº 36
A concessão de aposentadoria integral ao servidor público, em paridade com o servidor ativo, é possível,
desde que atendidos os requisitos das Emendas Constitucionais 41 e 47.
SÚMULA Nº 37
Em regra, não configura dano de ordem moral a ausência de sinal telefônico ou de internet, seja por
período contínuo ou intercalado, somente podendo cogitar-se de ofensa a direito da personalidade, a esse
título, em situações excepcionais, conforme o caso concreto.
SÚMULA Nº 38
A jornada máxima de trabalho do professor público estadual corresponde a 40(quarenta) horas semanais,
de modo que o divisor adotado no cálculo do adicional decorrente do serviço extraordinário é de
200(duzentas) horas mensais, e, diante disso, nos termos da Lei 13.909/01, as horas que excederem essa
carga horária mensal, a qualquer título, são consideradas como extraordinárias, devendo ser remuneradas
de forma diferenciada, isto é, com a incidência do acréscimo constitucional de 50%(cinquenta por cento)
em relação à hora normal.
SÚMULA Nº 39
A admissibilidade do recurso de uniformização de interpretação é da competência do Relator da Turma de
Uniformização de Jurisprudência.
SÚMULA Nº 40
O termo inicial do prazo prescricional para propositura de ação indenizatória em razão da inscrição
indevida em cadastros restritivos de crédito, é a data em que o consumidor toma ciência da existência do
fato e de sua autoria.
SÚMULA Nº 41
A relação entre concessionária de serviço público tarifado e usuários, caracterizada como de consumo,
está sujeita aos prazos de decadência e prescrição quinquenal, nos termos dos artigos 26 e 27 do Código
de Defesa do Consumidor.
10. Referências Bibliográficas
E outras...