Você está na página 1de 192

Expulsão econômica ou gentrificação

2 de julho
Ladeira da Preguiça
Rua Direita do Stº Antônio Além do Carmo
Atenção: consultar essa
publicação no site:

http://issuu.com/secultba/docs/pl
ano_reabilitacao_centro_antigo
Manifestação na Praia da
Preguiça
contra privatização

• Neste fim de semana, o Movimento Nosso Bairro É 2 de Julho realizou ações para demonstrar indignação diante das obras de
ampliação da Bahia Marina e chamar a atenção da população soteropolitana, em especial as comunidades diretamente
afetadas, para mais um caso de privatização do espaço público na nossa cidade. No sábado, 23.02, marcamos presença na
Jam no MAM e no domingo, 24.02, na Praia da Preguiça.
• Conseguimos dezenas de adesões ao abaixo-assinado contra as obras, envolvemos crianças e adolescentes das
comunidades que usam a Praia da Preguiça como área de lazer, informamos mais pessoas e recebemos amplo apoio do
público!
• Alerta á população na JAM no MAM
• Ações como essa reforçam a denúncia feita por moradores/as do bairro 2 de Julho ao Ministério Público no dia 06.02. Vale a
pena ressaltar que parlamentares como a senadora Lídice da Mata e o vereador Hilton Coelho já manifestaram apoio ao
movimento contra a ampliação da Bahia Marina.
• A Praia da Preguiça é do Povo!!
• http://nossobairro2dejulho.wordpress.com/2013/02/25/acoes-de-defesa-da-praia-da-preguica/
Vista da Ladeira da Preguiça a partir da Baía de Todos os Santos
“Aqui não tem moleza não, aqui é tudo na base da porrada” foi o “dizer” que o ferreiro Zé Diabo disparou para o holandês Mattijs
Van de Port em uma das suas idas a oficina nos Arcos da Montanha em Salvador. Foi também a frase que para ele, virou lema
sobre o que é viver na cidade e pra gente aqui NoBrasil, as palavras que melhor resumem nossos questionamentos sobre
a denúncia de despejo dos ferreiros dos arcos feita pelo antropólogo, e a consequente falta de resposta por parte de todos
os órgãos envolvidos. Mattijs que conheceu Zé Diabo há mais de 10 anos atrás quando carregou consigo para Amsterdam uma
Padilha feita pelo mestre, acabou adiantando o lançamento de um material ainda não finalizado, para reforçar que “na Ladeira
da Conceição já existem sim artistas em residência e que por isso lá devem ficar”. O vídeo, um registro sensível de como se
compõe o universo, o tempo e a áurea desse ambiente centenário, mostra a confecção de uma ferramenta de Exú, aquele que
é ” o mensageiro do Orixá e o que abre os caminhos”. Em momentos de ruptura, de quebras e porradas, toda a poesia
documentada é bem-vinda.
http://nobrasil.co/aqui-e-tudo-na-base-da-porrada/
Salvador é esquartejada em novo processo de modernização
3

Luiz Antônio de Souza


Especial para o UOL09/07/201506h00
Fundação Mário Leal Ferreira, 2008
quinta-feira, 3 de julho de 2008
Empresários compram 45 imóveis no Largo 2 de julho
Investidores estrangeiros adquiriram 45 imóveis na região do bairro 2 de julho e querem fazer uma revitalização imediata do
local. Para adquirir os imóveis foram desembolsados cerca de R$ 8 milhões pelos empresários que vão investir, só para
construir um hotel na área, R$ 20 milhões. A região do investimento envolve áreas que vão desde a praça Castro Alves até a
Ladeira dos Aflitos, entre a Avenida Contorno e a Carlos Gomes, além da primeira rua da cidade, a Conceição.

Um dos prédios que serão construidos é o hotel de luxo Txai, na Rua do Areal, que terá 40 apartamentos e a vista para baía de
Todos os Santos como principal atrativo. A inauguração está prevista para 2010 e terá como público principal os turistas de alto
poder aquisitivo. Um hotel do mesmo grupo em Itacaré tem diárias que chegam a R$ 1.760. A Arquidiosese de Salvador vendeu
casas vizinhas ao Museu de Arte Sacra , assim como a Santa Casa da Misericordia e outros proprietários.

Nelson Moraes, um dos empresários, afirma que "Salvador tem porte para ter um hotel de charme como esse. Temos um
público que gosta muito de área tombada, em função da arquitetura e da cultura. Dá mais trabalho, demora para aprovar o
projeto (no Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional -Iphan), mas você ganha condições de ter uma coisa com um
bom diferencial”.

Texto: Lucas Barbosa/Menino do Pelô


Foto: Portal do Pelourinho
Fonte: http://pelopelourinho.blogspot.com.br/2008/07/empresrios-compram-45-imveis-no-largo-2.html
LARGO DOIS DE JULHO
“O Largo Dois de Julho é tradicionalmente um bairro de classe média,
debruçado sobre a Baía de todos os Santos. Recentemente passou por um
processo de revitalização, mantendo ainda a presença de moradores antigos,
comércios informal e formal, bares e museus, com destaque para o Museu de
Artes Sacra, considerado um dos mais importantes monumentos da América
Latina.

Pelas ruas do bairro já perambularam Gregório


de Mattos e Glauber Rocha, símbolos da
intelectualidade baiana e o poeta Castro Alves.
Dias antes de morrer, na casa de nº 50, da
ladeira do Sodré, próximo ao Largo Dois de
Julho, disse o poeta: Quero morrer olhando o
infinito azul, referindo-se a vista do bairro para o
céu e a Baía, um dos fatos marcantes da
história do bairro.
No período do descobrimento do Brasil, séc.XVI, o local foi rota de passagem dos colonizadores
no caminho da Vila Velha (atual Vitória), percurso que unia as duas vilas da cidade. Também foi
passagem do Exército Brasileiro, em 2 de Julho de 1823, dia da Independência da Bahia”.

Fonte: http://www.culturatododia.salvador.ba.gov.br/vivendo-polo.php?
cod_area=1&cod_polo=4. acesso em 10/11/2011
“SALVADOR-BA - Revitalização de Santa Tereza
Empresários compram 45 imóveis na área do Sodré

Mary Weinstein, do A Tarde

“O Sodré e as ladeiras vizinhas, que correspondem à chamada “adjacências do Largo Dois de Julho”, vão mudar. Em cinco anos, as casas mal conservadas ou
abandonadas irão compor um centro de lazer e comércio especialmente concebido para baianos e turistas freqüentarem. A base para esse prognóstico calculado
por empresários é a ação silenciosa, que eles mesmos vêm tendo, de comprar imóveis.

Até agora, os investidores que se propõem a provocar uma revitalização imediata e radical
adquiriram mais de 45 casarões, casas e ruínas de séculos atrás e dizem que vão restaurá-
los. Outros 20 estão na mesa de negociação. Ao todo, eles já desembolsaram cerca de R$
8 milhões para adquirir imóveis que, em sua maioria, vinham sofrendo acelerado processo
de deterioração. Outros grupos de compradores aguardam que o processo se defina para
também atuar.
A poligonal traçada pelos próprios investidores delimita um grupo de ruas e becos entre a
Praça Castro Alves e a Ladeira dos Aflitos, entre a Avenida Contorno e a Carlos Gomes.
Envolve, também, edificações na primeira rua da cidade, a Conceição, que antes dos
aterros da Cidade Baixa ficava na beira do mar.
Também não estão descartadas as unidades que aparecerem em condições de serem
vendidas, em baixo dos arcos da ladeira de mesmo nome, onde antigos ferreiros como Zé
Adário, o Zé Diabo, desenvolvem ofícios praticamente em extinção.”

Fonte: http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=615255 27-04-2008,


16:15:12exarqRegistered User Fecha de Ingreso: Oct 2007Mensajes: 29. Acesso em:

12/10/2011
“O foco da reocupação desse trecho do Centro Antigo de Salvador é o cotovelo da Rua Areal de
Cima, onde o hotel de luxo Txai, com 40 apartamentos, começará a ser construído em setembro para
ser inaugurado em dois anos. Somente ele significará um investimento em torno de R$ 20 milhões.
Do mesmo grupo que se instalou em Itacaré, município costeiro do sul da Bahia, e que se tornou destino de celebridades, o Txai Salvador terá como
diferencial a exploração da vista e da brisa da Baía de Todos os Santos em uma adaptação especialmente direcionada para turistas com alto poder de
compra. Em Itacaré, a diária pode chegar a R$ 1.760.

“Eu acho que Salvador tem porte para ter um hotel de charme como esse. E a gente gosta
exatamente disso. Temos um público que gosta muito de área tombada, em função da arquitetura e
da cultura.

Dá mais trabalho, demora para aprovar o projeto (no Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico
Nacional -Iphan), mas você ganha condições de ter uma coisa bem diferenciada”, justifica um dos
proprietários paulistas, Nelson Morais, ex-corretor da bolsa de valores.
Até agora, a movimentação de compra dos imóveis na mão de proprietários como a Arquidiocese de
Salvador (que vendeu as casinhas vizinhas ao Museu de Arte Sacra, com moradores dentro), a Santa
Casa da Misericórdia e particulares chegou a um valor que dificilmente poderia ser alcançado pelas
cifras das desapropriações que o governo estadual vem fazendo para instalar o seu programa
Rememorar.
As próprias casas centrais do Txai teriam sido alvo deste projeto tocado pela Companhia de Desenvolvimento Urbano (Conder) caso não tivessem sido
poupadas em função da promessa do antigo proprietário Manfred Peters, de que empreenderia nelas. Ele procurava parceiros para investir e acabou
vendendo as unidades ao Txai.

No outro lado do balcão há negociantes de São Paulo, Rio de Janeiro, estrangeiros e interessados
locais, motivados pelo empreendedorismo de Armando Correa Ribeiro, que tem feito um trabalho de
convencimento entre esses círculos. Com base no sucesso que alcançou com o restaurante Trapiche
Adelaide, instalado no armazém pertencente a sua família desde 1860, e em outras iniciativas, os
investidores apostam na possibilidade de lucro a partir do Sodré. “

Fonte: http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=615255.

27-04-2008, 16:15:12 #1. Acesso em: 12/10/2011


Marca de novo hotel do Sodré está entre 10 ultravips

Este mês, a costa da Bahia foi um dos 10 destinos recomendados, no blog The Moment, pelo convidado Ben
Elliot, co-fundador do Quintessentially, uma espécie de clube prestador de serviços ultravips que tem como
sócios celebridades como a cantora Madonna, as atrizes Gwyneth Paltrow e Scarlett Johanson e o cineasta
Harvey Weinstein.

Ao lado de Ibiza, Riviera Britânica e St. Petersburg dentre outras opções muito sofisticadas, a costa baiana
aparece como o lugar no Brasil “cheio de paixão e energia”. E para se hospedar a dica que esse blog dá é o
hotel Txai - “que se debruça sobre a mais linda praia”. A indicação é “se você está a procura de uma prova do
paraíso”.

Com base em exposições como essa é que o hotel, com matriz em Itacaré, e com outras unidades em
construção em Alagoas e outros estados no Brasil, atrai atenções para “as adjacências do Largo Dois de Julho”.
Ele passa a ser uma referência para turistas e para investidores, também.

“Fica bem em frente ao Trapiche Adelaide (Avenida Contorno). Aí você sobe aquela ladeira que é a da Preguiça
e chega no meu casarão que está mais para um predinho do que para casarão mesmo”, localiza Raul Street, um
dos compradores de imóveis na área, que não sabe o nome da rua em que adquiriu seu imóvel.

O empresário paulista, morador de Itacaré, disse que resolveu investir nisso porque conhece o
empreendedorismo de Nelson Morais, dono do Txai.

“Tenho certeza que aquilo vai ser um Pelourinho melhorado. A cabeça dele (de Nelson Morais) é sempre voltada
para o social. O resort de Itacaré é dentro de uma Apa (Área de Proteção Ambiental). Fiz o investimento porque
agora vou passear e ter cultura em Salvador, ficar lá de frente para o mar. A idéia é fazer um loft”, comentou.

Até o momento, três restaurantes de São Paulo já confirmaram instalação na área: a casa de carnes 348, a
Pizzaria do Braz e o Empório Ravioli.
“Investidores querem estilo”

Os empresários ainda não formalizaram nada além da compra dos imóveis. Por
enquanto, não há plano urbanístico para transformar a área em um espaço
frequentável por visitantes sempre acostumados a segurança, conforto e “estilo”.
Para proporcionar esse nível de satisfação, o grupo de investidores quer promover uma revitalização continuada, vigorosa e sem a “expulsão” de moradores,
como aconteceu no Pelourinho e em Cuzco, (Peru). Em ambos, a metodologia foi imposta pelos governos da época e se provaram pouco habilidosas.

Os investidores, do que passam a chamar de “Santa Tereza”, procuraram a prefeitura para obter a garantia de que terão a infra-estrutura necessária. Falaram
com o prefeito João Henrique. Dessa instância, eles querem o básico almejado por qualquer bairro: limpeza e iluminação.

Eles, também, estão fundando a Associação dos Amigos de Santa Tereza


(Aaste), porque querem abrir canais de interação. Por isso estão em interlocução
com a Associação Comunitária do Largo Dois de Julho e Adjacências (Aclaj).
“Nós ainda não vimos o projeto. Só não queremos que prejudique a
nossa tranqüilidade. Mas acho que vai trazer melhora para a área”,
respondeu o diretor da Aclaj, Ubiratan de Oliveira, 55 anos, nascido
na Avenida Carlos Gomes e criado no Sodré. Ele conta que
encontrou com Armando Correa Ribeiro três vezes e que confia
nele. “Só conheço de conversa. Eles estão pegando casas que era
transtorno. É que na década de 80 começou a vir para cá gente que
não tinha comportamento correto”, historiou.
Armando Correa Ribeiro quer que a padaria Bola Verde, que
considera “ótima”, a sinuca do Zezo e outros empreendimentos se
mantenham como sempre. Eles vão compor a alma do negócio e
do estilo que o empresário quer instalar e ampliar.

O empresário está para o Sodré assim como Marcus Cidreira está para a “revitalização” do Comércio e Biatriz Lima para o Escritório de
Referência do Centro Antigo. Todos eles têm como incumbência dinamizar as relações de convivência e reaproveitamento dos encantos
desses lugares. Só que a iniciativa de Armando Correa Ribeiro é totalmente privada e independente dos governos.
“Tive meus momentos de desânimo. Agora, é irreversível. As pessoas que eu atraí vão impulsionar e botar dinheiro”, assegura o
empresário. Ele diz que a motivação para fazer o trabalho de catalisador é a cidade, da mesma forma que se costuma apoiar creches e
hospitais por responsabilidade social. Ele também tem certeza de que quando o lugar estiver dinamizado, seus negócios serão
valorizados.
O secretário estadual de Turismo Domingos Leonelli disse achar excelente o
interesse de empresários no Sodré. “Ainda bem que está acontecendo isso”,
afirmou, lembrando se trata de uma área histórica e que, por isso, precisa ser
preservada.
O secretário de Turismo declarou que acha bom que a iniciativa seja independente das ações do Estado porque acredita
que a cidade precisa ser objeto de iniciativas positivas. “Os empresários precisam ser a favor da cidade, para
recuperação de sua história e preservação da sua cultura. Eu acho que isso é muito bom. E se o Estado não precisar se
meter, melhor ainda. Isso, inclusive, poderia ser menos raro”, analisou. Provocativo, Domingos Leonelli disse que essa
proposta de investir no Sodré “não é como liberar gabarito de orla, sem restrições, para construir de qualquer forma”.

“Acho que se pode pensar no lucro ligado à cultura e à história. Tomara que seja
essa a intenção do empresariado que está adquirindo esses imóveis, e que eles
compreendam que é necessário preservar. Porque nem sempre o lugar precisa
ser tombado para ser patrimônio”, refletiu o secretário.
Autorização do Iphan – O projeto do Txai levou dois anos tramitando até ser aprovado pelo Iphan. O prédio na ruína nº
06 da Rua Fagundes Varela, que deverá ser uma galeria de arte, esperou o mesmo período. Com base em exemplos
como esses, a preocupação é se o Iphan poderá agilizar a avaliação dos projetos de restauração para os imóveis
comprados.
De acordo com o decreto-lei nº 25/37, obras em prédios tombados ou no entorno deles só podem ser feitas com
autorização do Iphan para impedir que haja adulterações ao patrimônio.
A área em questão faz parte da poligonal de tombamento nacional e o seu entorno é parte da área de proteção rigorosa.
Nela, já foram detectadas várias demolições sem que os órgãos de proteção tivessem sido consultados, ou seja
demolições irregulares. Há dois anos, sete casas na encosta entre a Rua Fagundes Varela e a Visconde de Mauá foram
destruídas sem que a Superintendência de Controle e Ordenamento do Uso do Solo (Sucom), nem o Iphan, tivessem
tomado providências efetivas.
A assessoria do Iphan informou que para a aprovação de um projeto, alguns procedimentos precisam ser cumpridos e
que o órgão está ciente de que a demanda de avaliação de projetos é grande e crescente em Salvador e que vem
tomando iniciativas para ampliar o atendimento.
“Não temos dinheiro nem vontade de comprar o bairro inteiro”, brinca o empresário Armando
Correa Ribeiro. Ele esclarece que a intenção é facilitar a instalação de galerias de arte, casas
comerciais e culturais e dificultar o acesso de investidores passageiros porque quer criar um
movimento duradouro. A inspiração desse modelo de apropriação veio dos armazéns e cafés
do Chiado e Bairro Alto, de Lisboa.

O empresário esteve em Cuba e quer trazer de lá o know-how de reformar centro antigo com poucos recursos. “O historiador designado pelo próprio Fidel
Castro, responsável pela requalificação de Havana Vieja (Patrimônio da Humanidade) vai trabalhar nisso”, avisa Armando, que este mês trouxe de lá o
fotógrafo Mário Diaz, para expor na Galeria do Olhar, na Avenida Contorno.

“Acho que a grande coisa é não expulsar os moradores. Se a gente sair das nossas bolhas de ar-
condicionado, vamos encontrar um povo maravilhoso nas ruas. E mais, aqui você tem uma boa
padaria, farmácia e botecos servindo comidas ótimas”, derrama-se o dono do Trapiche Adelaide.

INVESTIDORES – Os donos do Txai já compraram, ao todo, 25 imóveis e querem mais. A baiana Eurofort Patrimonial, de Armando Correa Ribeiro, adquiriu
quatro e é a firma que faz a identificação e seleção de prédios a serem agregados ao projeto. Embora diga que, se depender dele não haverá comerciantes
temporários instalados na área, Armando C. Ribeiro não ignora que haja outros núcleos de investidores interessados nas ladeiras e vista do Sodré.
A antiga Boate Clock, por exemplo, foi amealhada e deverá ser transformada em apartamentos pela construtora Garcez associada ao grupo espanhol Nova
Dimensão. A antiga casa de Jesus Sangalo, comprada do arquiteto André Sá, foi revendida para estrangeiros. A casa da cantora Maria Bethânia continua dela
e a do arquiteto Luiz Umberto, também.

Quem está comprando muitos imóveis no Sodré é o ex-jogador de futebol, atualmente técnico em
Dubai, Toninho Cerezzo. Seu representante, Deusemar Guimarães, dono de uma imobiliária no
Caminho de Areia, com filial na Av. Tancredo Neves, não diz quantos. Por seu intermédio, Toninho
adquiriu a ruína da Visconde de Mauá, na mão de Armando Correa Ribeiro há quatro anos e a vendeu,
junto com um terreno de 4 mil m². Ali será o Txai Residence.

“Tem investidores de maior porte como o Txai e o Hilton (Praça Cayru). A partir deles é que vamos começar a investir”, despista. “Precisamos saber a
destinação que vai ser dada para a área”, defende-se. E orgulha-se de construir “o primeiro village ecológico”, na Boa Viagem. Considera-se pioneiro no Sodré:
“Comprei na época em que ninguém acreditava. Com a agregação de investidores, pode-se até implantar um segundo Pelourinho. É uma área esquecida,
como o Pelourinho era, e foi revitalizado. É uma extensão do Pelourinho com vista para o mar”.
Jornalista AGUIRRE PEIXOTO

A TARDE DEMITE REPÓRTER APÓS PRESSÃO DE MERCADO IMOBILIÁRIO


Enviado por Adriano S. Ribeiro, ter, 08/02/2011 - 18:52
https://acidadetambemenossa.wordpress.com/
O FÓRUM PERMANENTE DE ENTIDADES EM DEFESA DOS INTERESSES COLETIVOS DE
SALVADOR E REGIÃO METROPOLITANA, integrado por 23 organizações sociais, em conjunto
com o Movimento VOZES DE SALVADOR, tomando conhecimento da demissão do jornalista
AGUIRRE PEIXOTO, repórter desse jornal, vem manifestar publicamente sua indignação, pelas
circunstâncias propaladas em que este fato teria ocorrido.
A versão (necessitando que a Empresa A TARDE venha a público prestar esclarecimentos) é a de que o citado repórter foi demitido para atender pressões de
alguns empresários do mercado imobiliário, possíveis grandes anunciantes do jornal, que estariam insatisfeitos com reportagens feitas pelo jornalista agora
demitido. Para um veículo que pretende respeitar os compromissos da comunicação social, esse é um fato estarrecedor, até mesmo nessa sociedade capitalista,
na qual a força do poder econômico, traduzida pelo dinheiro de grandes anunciantes da imprensa, supera e desmoraliza o dever da informação correta. Alvo,
igualmente, de algumas das lutas do Fórum A Cidade Também É Nossa e do Vozes de Salvador, esses empresários do mercado imobiliário que vinham sendo
enfocados nas matérias de Aguirre Peixoto, por estarem praticando uma ocupação irresponsável dos espaços vitais da cidade, com o beneplácito da
administração Municipal e até certa conivência do Estado, tinham o direito indiscutível de contestar no próprio jornal as informações divulgadas. Ao invés disso,
porém, preferiram a truculência do seu poder econômico.Assim, o lamentável e o revoltante para os leitores do jornal é tomar conhecimento da forma como
procedeu a direção da Empresa A Tarde: demitiu o jornalista, em sacrifício da verdade. Não há, porém, grupos econômicos nem de anunciantes mais fortes do
que a opinião pública. Com a força histórica, próxima de completar 100 anos, o jornal A TARDE deveria resguardar a credibilidade que alcançou em toda a Bahia.
Interesses econômicos e publicitários, por maiores que sejam, não compensam, na vida que se tem pela frente, a opção pelo favorecimento de alguns
endinheirados. Daqui para frente, o que se coloca é como este jornal vai fazer a cobertura de fatos que envolvam a destruição urbana que continua sendo
praticada em Salvador: vai encobrir ou terá que demitir mais quantos jornalistas? Atenciosamente, Salvador, 09 de fevereiro de 2011. Pelo Fórum de Interesses
Coletivos: Agostinho Muniz (fone 9194-2517) Rogério Horlle (9155-4452) Carl Von Hauenschild (9914-4865) Ordep Serra (8869-153 – Mov. Vozes de
Salvador) c.c 1 - Associação Nacional de Jornais (anj@anj.org.br)2 – Associação Brasileira de Imprensa (presidência@abi.org.br) 3 – Federação Nacional dos
Jornalistas (fenaj@fenaj.org.br)4 – Associação Bahiana de Imprensa (abimprensa@hotmail.com) 5 – Samuel Celestino (scelestino@grupoatarde.com.br)6 –
Ademi7 - Sinduscon8 – Assessoria Geral de Comunicação Social do Governo do Estado da Bahia( Agecom )9 – Parlamentares (senadores, deputados federais e
estaduais)10 – Vereadores de Salvador.

Além dos jornalistas de A Tarde , também os fiscais do IMA foram alvos de Ações judiciais das
empresas ligadas ao mercado imobiliário ( leia-se grupo Suarez ), entre eles : NILSON ROQUE LEITE
FARIAS , ADELAIDO PEREIRA DE SOUZA, MARIA DANIELA MARTINS GUIMARAES ( conforme
espelho do TJ BA ) e Marcelo Mariano .

E até contra procurador federal (Ramiro Rochembach) e promotora estadual do Mp Ba ( Dra. Cristina Seixas ) . Todos que trazem a verdade á tona são retaliados !!e o chefe da
Fiscalização da GPRU/SPU que participou da vistoria dos crimes ambientais na Ilha dos Frades ( cujos réus são do grupo Suarez, Francisco Bastos , André Teixeira e Fundação
Bahia Viva ) , Abelardo de Jesus Filho ( matricula 2097626-SPU ) coordenador da COIFI foi exonerado da função, logo depois de ter assinado o Laudo que manda derrubar mais de
100 locais onde houveram danos irreversíveis á natureza protegida !

Quando se iniciou a Ação judicial para revisão do PDDU/2007 , votado ilegalmente , pela Sociedade civil
organizada ( CREA , ABI , IAB e outros ) , a repórter que exemplarmente deu visibilidade á matéria
Katerine Funke também foi retaliada pelos empreiteiros ; teve sua gaveta arrombada dentro de A Tarde
e posteriormente foi desligada do Jornal ; a repórter que mais cobria as questões ambientais em
salvador , em especial , os danos na Paralela ( onde os terrenos tiveram valorização explosiva - de 300,
para 5.000 reais o metro quadrado) Maiza Andrade também foi colocada para escanteio !!
O Procurador federal que abriu mais de 34 Inquéritos Civis para investigar os crimes ambientais na Paralela (na maioria de de Suarez e Francisco Bastos ) foi transferido para outro
Estado repentinamente !!Os membros do Fórum a Cidade é Nossa , que entraram com esse Processo jurídico no TRF 1 , em Brasília , tem sido alvo de todo tipo de retaliações e
denúncias caluniosas ( através de cartas apócrifas e anônimas ) !
Fórum “A Cidade Também é Nossa” elege nova coordenação
Fórum “A Cidade Também é Nossa” elege nova coordenação
Publicado em 27/02/2015 | Deixe um comentário

A CIDADE TAMBÉM É NOSSA!

FÓRUM “A Cidade Também é Nossa”, criado em 2008 com o intuito de propor soluções focadas
na responsabilidade social, no debate das políticas públicas do Município de Salvador e Região
Metropolitana, se reuniu nesta quinta-feira (27/2), na sede do CREA-BA, em Salvador, e elegeu
nova Coordenação. Na ocasião, também foram debatidas outras pautas, como a publicação de
informativos, as perspectivas do Fórum e, principalmente, a necessidade de ampliar as divulgações,
com a criação de plano estratégico de comunicação e ampliação dos canais de mídia.
Luciana Rique: “Quero estar cada vez mais na Bahia”
Entrevista: Ronaldo Jacobina
Revista Muito -19 de outubro de 2009

Nossa entrevistada chega pontualmente ao encontro na Casa Amarela, no Santo Antônio Além do Carmo,
onde já adquiriu 35 casarões, acompanhada da amiga Narcisa Tamborindeguy. Uma das quatro herdeiras
de Newton Rique, fundador do Iguatemi, comanda a holding LGR, que tem negócios na Bahia e em diversos
outros Estados nas áreas de shopping e hotéis. Formada em economia pela Universidade de Nova York, a
carioca pretende comprar 15 outros imóveis no bairro, que deve transformar num boulevard, com lojas
modernas, restaurantes, bares, teatro, cinemas e galerias de arte.

Apaixonada pela Bahia, esta geminiana de 31 anos diz que gosta de pensar
a longo prazo e planeja para o final do próximo ano a abertura das primeiras
lojas. Antes, porém, pretende cuidar dos espaços públicos do bairro e
incrementar alguns projetos sociais, a exemplo do que vem fazendo numa
escola do Boqueirão. Solteira e dividindo-se entre várias cidades do mundo,
diz que gosta de estar sempre rodeada de amigos. Com vocês, Luciana
Rique.

Fonte: http://revistamuito.atarde.com.br/?p=3300. Acesso em: 8 de nov. 2011


• Depois de restaurar esse casarão aqui do Carmo, o que vai acontecer com ele? Ainda não
sei. Eu estou com 35 imóveis aqui no Carmo. Meu projeto vai daqui, da Praça do Santo
Antônio, até a Ladeira do Boqueirão. Quero fazer um mix de restaurantes, lojas bacanas,
galerias de arte, espaços culturais, moradias (algumas de frente pra o mar), escritórios… Eu
ainda não defini o que será no casarão, mas ele é a âncora do projeto.

• Vai parar nos 35 imóveis? Não, minha ideia é chegar a 50.

• Esse projeto está previsto para começar a funcionar quando? Em fevereiro, eu vou
receber o masterplan e aí eu vou ter todas as casas no shell (reformadas, mas ocas),
sabe? Como num shopping, onde você entrega o espaço vazio, para que seja decorado de
acordo com o modelo do negócio. Aí vou fazer um grande evento, mas antes vou
revitalizar a praça, ajeitar a igreja, fazer algumas coisas preparatórias. Tem uma escola no
Boqueirão onde já coloquei o meu instituto, o Iris (antigo Instituto Newton Rique), quero
fazer os projetos sociais primeiro para, depois, partir para a execução do negócio. Estou
fazendo uma biblioteca lá. No caso deste casarão, eu tive de restaurar logo porque estava
em ruínas, as paredes estavam caindo, mas foi demorado. Só o Iphan levou um ano para
aprovar. As outras, a gente vai esperar acabar as aquisições para começar as obras.

• Que lojas pensa em trazer para cá? Lojas diferenciadas, que ainda não tenha em Salvador.
Lojas mais artísticas, de design mesmo. Uma coisa que não vai muito para shopping. Tipo, tenho
vários amigos estilistas que têm marcas bacanas, como Raia de Goeye, Isabela Capeto, que
poderiam vir para cá. E tem marcas diferenciadas que estão nos shoppings também, como a
Osklen. Será um lugar onde as pessoas possam passear. Quero trazer também um cinema de
arte e um teatro.

• E onde seria o teatro? Não sei ainda. Eu tenho várias casas grudadas umas nas outras, mas
isso vai depender de quem vai operar para saber o espaço que precisa.

• Qual o custo desse projeto? Por enquanto, já foram R$ 40 milhões, mas o investimento total
só saberemos mais adiante.
• Lindinalva Says:
outubro 20th, 2009 at 10:53”Oi Luciana!
Achei demais o seu projeto, tudo de melhor. Me interessou muito o foco na área social;
tenho muita vontade de trabalhar nessa área; um projeto de resgate de cidadania, de inserção de
crianças/adolescentes marginalizados na sociedade, coisas assim, vinculadas à arte, cultura, entretenimento.
Trabalho na área administrativa mas, ficaria extremamente feliz e realizada em trabalhar num
projeto assim.
Parabéns! que dê tudo muito certo.
Um abraço!
Lindi”

• Daniel Soares Says:


outubro 19th, 2009 at 18:23Luciana
“Sou proprietario de uma casa no Carmo em frente ao Hotel com vista total para Bahia de Todos
os Santos, hoje funcionando um restaurante.Lendo a reportagem na Revista Muito do Grupo do
Jornal Atarde, ende voce mencionou interesse em adquerir outros imoveis. Caso voce tenha
interesse em conhecer o meu imovel, meu contato e: Daniel Soares, 71 91994181”
soaresdc@uol.com.br

• Abgail Says:
outubro 20th, 2009 at 14:54 ”Também tive a mesma dúvida do leitor Rafael. Poucos meses
atrás, o CEO da empresa de Luciana, dava entrevista para uma revista de turismo e para outro
jornal da capital dizendo que TODO o projeto seria 40 milhões. Hoje, com apenas 2 casas
reformadas por fora, as cifras já chegaram a esse valor? Como é que vão reformar as outras 33
casas, a rua, a igreja, a praça, e ainda comprar mais casas?
Esperava que o CEO e a dona da empresa discutissem o orçamento do projeto, e como disse o
outro leitor, que soubessem que uma casa reformada, ainda que no mega-valorizado bairro do
Santo Antonio, não custa 1 milhão.
p.s.: uma das matérias citadas acima ainda se encontra na página da empresa LGR (clipping)”
• Thiago Says:
outubro 24th, 2009 at 11:21”Luciana,
não sei o quanto conhece Salvador, mas temos lojas de rua. Lhe convido
para passear com suas amigas na Barroquinha, Avenida 7 de Setembro,
Baixa do Sapateiros, Calçada, você ficará maravilhada com a variedade de
produtos. Ah sim, talvez inclusive você possa realizar investimentos nesses
locais, lá pela cidade baixa tem vários galpões fechados, assim você não
precisará remover famílias de um bairro tipicamente residêncial.
Ah, me esqueci, você já é a “dona do bairro”! Isso quer dizer que quem está
lá tem que acatar o que você quer?!”

•Luana Perrone Says:


novembro 9th, 2009 at 15:23”Luciana,
Lendo sua reportagem, achamos interessante sua proposta em relação ao
Santo Antônio Além do Carmo.Gostaria de saber se sua área de interesse na
revitalização é apenas nessa região do Santo Antônio e do Boqueirão?
Caso tenha interesse em outras áreas do centro antigo, minha família
possui uma casa no Barbalho que fica muito próximo ao Santo Antonio
Desde já, agradeço a atenção!
Maiores informações: 3243-8091
9956-7612
9998-5058
Imóveis à venda refletem momento de baixa ocupação no Pelourinho
23/07/15

“A baixa de ocupação residencial, a falta de segurança e o contexto de crise na economia nacional


são apontados como motivações para fuga de proprietários de imóveis, conforme corretores e
representantes de entidades que atuam no mercado imobiliário. Com 35 imóveis à venda apenas
entre o Pelourinho e o bairro de Santo Antônio Além do Carmo, o corretor Abílio da Motta, de 55 anos,
conta que os seus clientes são, geralmente, donos de pousadas e restaurantes que fecharam os
negócios diante da queda nas vendas.

"Os grandes investidores eram estrangeiros. Eles estão acabando [com os empreendimentos] porque
não têm movimento. Só de pousada, temos quatro fechando e pedindo para vender", afirma.”
Abílio da Motta, que atua há 20 anos como corretor no Centro Histórico, detalha que o avanço no
número de imóveis à disposição para venda não tem sido acompanhado de aumento nas
comercializações. Em 2014, ele destaca que conseguiu repassar seis imóveis. Este ano, apenas dois.

"As vendas têm caído nos últimos três anos. É difícil [vender], porque você não tem o que mostrar.
Tem que melhorar a estruturação da região. A fiação, por exemplo, deveria ser subterrânea. Ainda
tem a questão da insegurança", ressalta. Conforme Motta, os imóveis colocados à venda na região
variam entre R$ 100 mil e R$ 4 milhões

http://www.bomdiafeira.com.br/noticias/2038/imoveis-a-venda-refletem-momento-de-baixa-ocupacao-no-
pelourinho.html
http://www.consultoriapacto.com.br/projetos/projeto-alem-do-carmo.php
Projeto que revitalizaria Santo
Antônio Além do Carmo termina
engavetado
O projeto foi idealizado pela empresária
Luciana Rique, uma das herdeiras de
Newton Rique, fundador do Shopping
Iguatemi,
Cerca de 100 famílias estão desabrigadas no bairro de Santo Antônio Além do Carmo e são atendidas
pela Secretaria Municipal do Trabalho, Assistência Social e Direito do Cidadão (Setad).
O centro histórico possui cerca de 1500 imóveis vazios
O Porto
• Projeto do novo terminal do Porto de Salvador é apresentado
• Solenidade contou com a presença do ministro dos Portos Em solenidade realizada no Porto de Salvador,
localizado no bairro do Comércio (Cidade Baixa), o governador da Bahia, Jaques Wagner, apresentou o
novo projeto do Terminal de Passageiros, previsto para ficar pronto em 2013. Na ocasião, o ministro dos
Portos, Leônidas Cristino, assinou a ordem de serviço para o início das obras. O novo terminal atende a
uma antiga revindicação do receptivo de turismo da capital baiana e vai dotar Salvador de um equipamento
confortável para receber os passageiros de cruzeiros marítimos, com sala de desembarque, restaurantes,
salas para check-in e check-out e terraço panorâmico com vista para a Baía de Todos os Santos. Na foto
pode ser visto como será o visual da estação de passageiros, que ocupará os atuais armazéns 1 e 2. No
entorno do novo terminal ficam algumas das principais atrações da cidade, como o Mercado Modelo, a
Igreja da Conceição da Praia (erigida com pedras de mármore trazidas de Portugal), o Elevador Lacerda, a
marina, o Solar do Unhão, o Forte de São Marcelo, entre outras. (Foto: Mateus Pereira/Secom)

• Postado por silvianascihttp://salvadoremumdia.blogspot.com.br/2012/05/projeto-do-novo-terminal-do-porto-de.html


Projeto do novo Porto de Salvador para Copa 2014 seria entregue em 2013
Marcelo Ferraz do Brasil Arquitetura e arquitetos locais da A&P Arquitetura e Urbanismo
• UMA UTOPIA DE LUGAR
• 31 de janeiro de 2010
• texto de MARCELO FERRAZ*

• Podemos afirmar com segurança que, dos anos 1960 para cá, nossas grandes cidades só pioraram, e muito: no trato do espaço público, no conforto
necessário à vida gregária, enfim, retrocedemos em matéria de urbanidade.
• Paradoxalmente, nossas cidades nunca deixaram de simbolizar a esperança de uma vida melhor, com trabalho, escola, futuro para os jovens, acolhendo
levas e levas de migrantes do campo e de pequenas comunidades.
• Mas a realidade bate forte: esse crescimento descontrolado e perverso nas relações de poder e da posse da terra, esse inchaço aliado à ignorância na gestão
do espaço urbano transformou a cidade promessa de “céu” em verdadeiros infernos de violência e tragédias.
• Temos um grande passivo a ser recuperado se ainda acreditamos na possibilidade de uma vida cidadã. Os grandes planos diretores das últimas décadas
ficaram no papel por absoluta falta de sensibilidade política de ouvir, ver e propor a partir das necessidades e da realidade da vida de uma sociedade plural.
• Cada cidade, com sua história, sua geografia física e humana, suas características e originalidades apontam saídas e soluções diferenciadas para seus
problemas urbanos. Não há modelo pronto. Salvador, com toda sua exuberância e “saber de experiência feito”, tem muito a nos ensinar. Devemos partir
desse conhecimento, dessa lição de fazer cidade para atacar qualquer problema urbano atual.
• Neste momento, uma onda de novas ações urbanísticas se abate sobre nossas capitais em função da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016 no
Rio de Janeiro. E Salvador, por seu potencial turístico, está nesse foco. Se a realidade que se nos apresenta é essa – oportunidade de mudar nossas cidades
em função de efemérides –, vamos lá; se não planejamos e cuidamos de nossas cidades como deveríamos cuidar – sempre, no dia a dia –, vamos lá. O
importante é não criarmos mais simulacros de cidades.
• Estamos apresentando publicamente, dentro de uma ação mais ampla da prefeitura municipal, um projeto ambicioso para reformar toda a Cidade Baixa de
Salvador, uma proposta que vai do Campo Grande (Forte São Pedro) até a Ribeira; da borda da água até o topo da cumeada do frontispício. Não é um plano,
é um projeto urbano que pode ser resumido em seis pontos:
• - Abertura da frente marítima da cidade para toda a população;
• - Criação de espaços públicos qualificados visando a acessibilidade universal e o conforto urbano;
• - Recuperação urbanística e paisagística de toda a encosta – o frontispício como a mais forte imagem da cidade;
• - Criação de sistema eficiente de transporte público que articule todos os setores da Cidade Baixa e estabeleça novas conexões com a Cidade Alta;
• - Incremento da habitação com a recuperação e ocupação dos edifícios e áreas degradadas e/ou subutilizadas;
• - Implantação de rede de equipamentos de grande porte destinados à cultura, ao esporte e ao lazer da população, as “cidadelas sociais”.
• É um projeto viável. E como motor desse projeto é preciso ter em mente o que foi Salvador nos séculos passados até os anos 1950, tomar a sabedoria
arquitetônica e urbanística dos nossos antepassados como espelho, ou desafio às novas intervenções. E isso deve nos encorajar a propor e tomar decisões.
• Acreditamos que, com uma ação integrada do poder público com o poder privado e a sociedade civil podemos mudar uma cidade maltratada e ofendida por
décadas de negligência e abandono.
• É com esse espírito que nosso grupo de arquitetos – Alexandre Barreto, Cícero Ferraz Cruz, Francisco Fanucci, Marcio Targa, Maurício Chagas, Nivaldo
Andrade, Sergio Ekerman e eu –, convidado a encarar este desafio, elaborou um projeto preliminar para a cidade baixa, e que a partir de agora se torna
público para ser discutido, criticado e aprimorado. Não é um sonho ou devaneio urbanístico, mas contém o sonho de uma cidade melhor e para todos. Com a
comunidade soteropolitana, a palavra.
• Parafraseando Antonio Risério em seu brilhante ensaio sobre Dorival Caymmi, que a Cidade da Bahia possa voltar a ser “uma utopia de lugar”.
• .
• *Marcelo Ferraz, arquiteto – Brasil Arquitetura

• postado por Jary Cardoso @ 6:31 PM |

• .
Perspectiva de projeto de reurbanização da Cidade Baixa em Salvador (BA) feito pelo escritório Brasil

Arquitetura dirigido por Marcelo Ferraz.


Av. Caminho de Areia / Av. Luis Tarquínio / Rua do Barão do Cotegipe
Prefeito revoga decreto de desapropriação de 324 mil metros quadrados da orla de Itapagipe

UM ANO APÓS A Prefeitura de Salvador decretar de utilidade pública para fins de desaproriaçã o a orla de Itapagipe, sem projeto à
vista e com o medo pairando sobre a cabeça de quem vive e trabalha na região, o Grupo Metrópole, com matérias no portal, na
rádio e no jornal impresso, entrou na briga e encampou uma campanha incessante contra a decisão oficial. Surtiu efeito: o prefeito
João Henrique voltou atrás e revogou o decreto estapafúrdio, que ‘congelava’ a área – não permitindo a venda ou reforma de
qualquer imóvel da região. No aniversário de Salvador, dia 29/3, o prefeito assinou a anulação presenteando cerca de cinco mil
pessoas que vivem na península. A nulidade foi publicada por meio do decreto de nº 20.691, de março de 2010, no dia 30/3, no
Diário Oficial do Município.
Projeto ORLA DE ITAPAGIPE - SEDHAM SALVADOR
Ponta de Humaitá
Mais urubus rondando o que restou da Bahia?
QUINTA, 10 DE SETEMBRO DE 2009

Que cidade é esta? - Megaprojeto público-privado pretende arrasar patrimônio histórico de


Salvador, ataca antropólogo. Em lugar de residências e casarões, shoppings, marinas,
prédios de luxo...
• Roberto Albergaria
De Salvador (BA)

• No youtube, o leitor vai se surpreender com esta aberração arquitetônica perpetrada pela
Secretaria do Desenvolvimento Urbano de Salvador para liquidar de vez a nossa bela península
de Itapagipe.
• Uma carnificina, pois prometem, de acordo com o vídeo postado misteriosamente na internet,
arrasar com todas as nossas singelas casinhas, talvez para construir uma "Nova Sauípe" para
os turistas endinheirados na empobrecida orla de cá - expulsando-se os velhos nativos. Ou seria
uma obragem ainda mais ridícula: pois o secretário teria admitido "transformar parte da Cidade
Baixa em algo parecido com Ipanema ou o Leme do Rio de Janeiro" (segundo um blog local).
• Projeto mal-obrado, sem nenhuma preocupação histórica e cultural, sem o mínimo respeito ao
nosso espírito de lugar e às "coisas da Bahia" em geral. Uma iniciativa pseudo-vanguardista
cheia de obscuridades e subterfúgios - pois a cada hora os "mandachuvas" da Prefeitura dizem
e mostram uma coisa diferente. Basta que olhemos o que eles vêm dizendo e desdizendo aqui
mesmo no Terra Magazine há meses.
• Seguem algumas idéias iniciais sobre esta invencionice travestida de "melhoramento" e
"requalificação" que está sendo cometida pelos gestores "desenvolvimentistas" da Prefeitura
desta cada vez mais triste Cidade da Bahia. Na verdade, trata-se do mais desavergonhado
empreendimento dedesurbanização de uma área histórica que apareceu no Brasil nos últimos
tempos.
• Ainda não sabemos o que significa o fato de a Secretaria do Desenvolvimento Urbano ter
colocado logo esta "animação" no Youtube (tinham baixado, quase que secretamente, um edital
de desapropriação da área em março - e prometido um projeto bem definido para outubro).
• No vídeo, não sobra pedra sobre pedra. Nem as nobres construções do Patrimônio Histórico
baiano mais antigas, tampouco os prédios de utilidade pública da área costeira (escolas,
hospitais, albergues, pensionatos) são poupados. Deletaram o majestoso Abrigo D. Pedro II,
suprimiram totalmente a antiga Fábrica de Luiz Tarquínio, a Fratelli Vita, o Hospital São Jorge, a
tradicionalíssima Escola Abílio César Borges...
• Tudo vira um frio vazio - cortado de asfalto e canteirinhos centrais, num paisagismo
"hollywoodiano" artificialíssimo...
• Os infelizes autores desta monstruosidade digital ignoraram, igualmente, o entorno do Grande
Patrimônio representado pelas edificações mais antigas e "nobres" da área -- que formam o
"colar de preciosidades históricas da orla da península".
• Conjunto de fortes, igrejas, casarões senhoriais que ficarão isolados, descontextualizados culturalmente, desanimados humanamente. Sobras perdidas neste deserto de grandes
espaços abertos, pontuados por medíocres e repetitivas "modernosidades" de concreto e vidro...
• O casario tradicional da região é tratado como um puro monturo de trambolhos ("essas coisas" - que só estariam atrapalhando a visão do mar, nas palavras
simplórias e interesseiras do Sr. Secretário, ainda quando recém-enfiado no "balaio de gatos" partidário do prefeito João Henrique).
• Na verdade, os burocratas da desurbanização da nossa orla descartam não só os bens culturais de grande porte, mas também os pequenos: especialmente o
que temos em nossa arquitetura ordinária de artesanato espontâneo e de arte sensível produzidos pelas pessoas comuns. Um respeitável Pequeno Patrimônio
civil acumulado ao fio das sucessivas gerações da nossa Itapagipe "remediada" - dos arredores da da praia do Cantagalo à da Boa Viagem. Local ameno em
que subsistem as mais belas miúdas relíquias dos nossos vários passados - uma espécie de paraíso urbano perdido, sob vários aspectos...
• Em sua míope visão do alto, os desenhistas digitais paus-mandados da SEDHAM desprezaram todas nossas pitorescas casinhas e sobrados tão lindamente
coloridos (tal como aparecem, p.ex. no livro As Cores do Bonfim, da atenta profa. Rosa Alice França).
• Na verdade, os novos Donos da Cidade (os barões nacionais da construção & a elite neopatrimonialista local que comanda a máquina municipal) só pensam em
dinheiro e poder. Desconhecem por completo não só as especificidades sócio-culturais do nosso feitio nativo de edificações residenciais, mas também do nosso
intrincado urbanismo viário, "passando o trator" sobre toda a densa história dos nossos caminhos (minuciosamente retrilhados pela erudita Profa. Mariely
Santana).
• Não entendem patavina das particularidades do comércio de material elétrico e hidráulico da rua Barão de Cotegipe - o mais sortido de toda a cidade. Além de
que esses iluminados "modernizadores" - sem nenhuma sensibilidade patrimonial, sem arte, nem alma - desconsideram totalmente o cenário
das tantas devoções cristãs que já transformaram nossa praieira wetland numa espécie de Jerusalém tropical (além do Bonfim, temos os santuários das duas
quase-santas baianas a menos de 300 metros, as ex-irmãs Dulce e Lindalva).
• O fato é que esta massacrante "limpeza visual" (ou "faxina étnica"?) que o Mercado e a Prefeitura estão promovendo não é só desumana - mas, também, burra:
pois o "arrabalde" de Itapagipe encarna o que sobrou de mais característico da "Cara-de-Bahia-com-H" (de Velha São Salvador) que tínhamos. A península
ainda resistindo com vivacidade, depois das tantas mortificantes demolições realizadas pelos "picaretas do progressismo" nos limites da nossa Cidade Antiga
desde o séc. XX.
• Se bem que tal mega-operação de desurbanização, pulverizando uma extensa área de mais de 5 quilômetros representará a destruição de um conjunto de bens
culturais e, mesmo, turísticos, de alto valor para todos os baianos - tanto os da Cidade Alta quanto Baixa, Nova e Velha.
• Ora, para esses Exterminadores do Passado o espaço não tem memória, as malhas de interação dos habitantes não têm a mínima importância, nossas casas
são meros abrigos impessoais e intercambiáveis segundo a lógica macro-espacial que preside tanto a ganância do Mercado-Rei (os grupos imobiliários que
agora querem explorar a orla interna da baía que para eles estaria "completamente degradada") quanto a suposta racionalidade planejadora do Estado
Onipotente.
• Mercado & Estado (agora unidos no velho Crony Capitalism brasileiro com o novo nome de Parcerias Público-Privadas) teriam o direito de dispor da cidade ao
seu bel prazer.
• E a lógica deles é a da indiferença. Negocistas que não têm nenhum amor à cidade, ao patrimônio, à beleza, nada... O que importa é o vale-tudo dos seus
interesses imediatos, é o modelo de gestão da cidade que lhes for mais útil, o modelo de arquitetura que lhes for mas rentável.
• Somente lhes interessam nossa linda "vista para o mar", nosso pôr-do-sol (um bem precioso para seus empreendimentos).
• Enfim, o pretensioso projeto turístico-recreativo-embromativo deles é um jeito tosco da arquitetura de nouveau riche deslumbrado - um xadrez "racional" de
torres de vidro quadradonas agredindo o contexto paisagístico da área, destruindo nossos corredores culturais tradicionais, arrasando todo o caprichoso
bordado do casario que dá a Itapagipe esta adorável atmosfera de "cidade do interior". Como sentimos no beco das Calçolas, na Rua do Céu, no alegre Campo
do Torebão, entre os libidinosos "jacarés" da Beira Mar, até...
• Transformaram tudo numa paisagem de fachada, numa mascarada futurista "pra inglês ver"-- inspirado em cidades estranhas (ou "genéricas"), numa coleção
de clichês urbanísticos surrados.
• Na verdade, este projeto de interesse particular do Secretário do Desenvolvimento Urbano, não passa de um arranjo cênico enganoso nos mais variados
sentidos. Estética do "qualquer lugar" - empedrada nesta selva de torres-armengues cinzentas e imensas (mas o gabarito legal não era 3 andares nos primeiros
quarteirões?).
• Uma obra de técnicos canhestros, a serviço das manobras dos políticos espertalhões de sempre... Pois quanta ignorância rola neste vídeo no que se refere ao
modo de vida e de habitação tradicional do orgulhoso cidadão itapagipano, quanto à organicidade, lentamente consolidada, da configuração urbana da
península...
• Enfim, nessa maquete virtual transparece o espírito de geometria sem finesse do grupo dos urbanistas, arquitetos e videomakers que costumam servir tão bem
tantos graves senhores dinheirosos & poderosos. Como esses mais novos, que vem destruindo as partes mais preciosas desta cidade que levamos séculos
para construir.
• Mais um negociarrão que funcionaria à maneira daquelas "picaretas do progresso" que arrasaram a Sé no século passado. Melhoramentos para a elite (e
pioramento para nós, arraia miúda). Renovação que não passa de um uma "destruição criativa" perversa - pura criação de benefícios para os empreendedores-
predadores & para a elite neo-patrimonial de sempre - "novidadeiros" que exploram e controlam a Bahia desde Thomé de Souza.

Roberto Albergaria é professor de Antropologia da UFBA, doutor pela Universidade de Paris III e um potencial sem-teto da área desapropriada pela Prefeitura.

http://terramagazine.terra.com.br/interna/0,,OI3966959-EI6581,00-Mais+urubus+rondando+o+que+restou+da+Bahia.html
Ponte Salvador-Itaparica será iniciada ainda no governo Wagner

Publicado em: 28 de setembro de 2011


A afirmação é do próprio governador Jaques Wagner, na quarta-feira (28). O governador proferiu a palestra
“Oportunidades de investimentos na Bahia”, no Hotel Hilton, em São Paulo, para uma platéia de cerca de 230 empresários.
Wagner adiantou que a modelagem empresarial não vai requerer recursos próprios. O que foi confirmado pelo secretário
de Indústria e Comércio, James Correa, que acompanhava o governador no evento. Em sua palestra, Wagner destacou,
entre outros pontos, o Porto Sul, Depois da palestra, o governador teve reuniões separadas com vários
empresários. (Informações do site Bahia Econômica).
“O projeto do consórcio formado pelas empresas OAS, Camargo Corrêa e
Odebrecht Transport foi o vencedor do Procedimento de Manifestação de
Interesse (PMI) para a construção do Sistema Viário Oeste, que inclui a
ponte Salvador-Itaparica sobre a Baía de Todos-os-Santos.”

(...) “Com custo estimado em R$ 7 bilhões, e previsão de início em 2014 para ser concluída em
2018, a ponte – que deverá ser batizada com o nome Dois de Julho – terá 11,7 quilômetros e
será bancada por um fundo imobiliário privado. Em segundo lugar ficou o consórcio patrocinado
pelas construtoras Queiroz Galvão e Carlos Suarez Participações S.A.”
Ponte Salvador-Itaparica vai custar R$ 7 bi, prevê projeto

Previsão do governo é que as obras sejam iniciadas em 2014 e concluídas em 2018

Fonte: http://www.atarde.com.br/economia/noticia.jsf?id=5771517
Publicado em: 29/09/2011 às 23:50
• Projeto do novo Porto de Salvador para Copa 2014 será entregue em 2013
• A obra, de R$ 36 milhões, será licitada no dia 19 de outubro e tem previsão para ser
inaugurada em 13 de maio de 2013

Luciana Rebouças | Redação CORREIO
• 17.09.2011

• A Companhia Docas do Estado da Bahia (Codeba) publicou ontem, no Diário


Oficial da União, o aviso do edital de licitação para a construção do Terminal
Marítimo de Passageiros e Receptivo Turístico do Porto de Salvador. A obra,
de R$ 36 milhões, será licitada no dia 19 de outubro e tem previsão para ser
inaugurada em 13 de maio de 2013, data em que será comemorado o
centenário do porto. Os recursos para o novo terminal virão do PAC da Copa.

• A estrutura servirá para recepcionar os turistas que desembarcarão em


Salvador pelos cruzeiros marítimos. Ontem, durante a inauguração do relógio
que fará a contagem regressiva para a Copa, o vice-governador, Otto Alencar,
anunciou a abertura da licitação e previu que em dezembro já deve ser
assinada a ordem de serviço para o início das obras. A intervenção prevê a
retirada dos armazéns 1 e 2 e do atual Terminal Marítimo de Passageiros,
liberando uma grande área para a construção de um calçadão e equipamentos
de lazer em área de 3 mil metros quadrados.

http://www.correio24horas.com.br/noticias/detalhes/detalhes-1/artigo/projeto-do-novo-
porto-de-salvador-para-copa-2014-sera-entregue-em-2013/
Envolvente Kirimurê
Arq. P.O
Ilha dos Frades
Ilha dos Frades
VEJA: Fundador da OAS, Carlos Suarez, está enrolado
com a Justiça denunciado por crime ambiental na Ilha
dos Frades
Fonte: http://bahiaempauta.com.br/?p=66122
Postado em 09-09-2012
Segunda, 15 de Setembro de 2014 - 00:00
Cerimonial Loreto: Ilha dos Frades ganha novo espaço de eventos

Instalado na Fazenda Loreto, ao norte da Ilha dos Frades na Baía de Todos os Santos, o Cerimonial Loreto será inaugurado
em novembro e abrirá as portas para até 1200 pessoas em celebrações e eventos exclusivos, com estrutura completa. O
espaço está situado no entorno da Capela de Nossa Senhora do Loreto, construída no Século XVII, e recentemente
restaurada, pela fundação Baía Viva, que desenvolve diversas atividades na ilha, desde preservação ambiental a
capacitação profissional e estímulo às manifestações culturais da comunidade.
A organização, manutenção e exploração do espaço fica por conta do gastrônomo Ed Buacoski e da designer Joana Pinho,
proprietários da empresa de consultoria Raiz Cultural. Os empresários concederam entrevista ao Bahia Notícias para
explicar como vai funcionar o local, que contempla integração com a comunidade e desenvolvimento turístico com
sustentabilidade.

http://www.bahianoticias.com.br/cultura/noticia/18607-cerimonial-loreto-ilha-dos-frades-ganha-novo-espaco-de-eventos.html
Capela de Nossa Senhora do Loreto, construída no Século XVII, está próxima ao Cerimonial e pode
ser usada para celebrações
Ilha dos Frades é uma ilha pertencente a Salvador e está localizada praticamente no centro da Baía de
Todos os Santos. Possui a forma de uma estrela de 15 pontas e apresenta belas praias, lagos,
cachoeiras, montanhas, coqueirais e uma vegetação típica da Mata Atlântica, com árvores nativas. Há
uma pequena vila conhecida como vilarejo de Ponta de Nossa Senhora. Fazem parte da Ilha dos Frades
outras pequenas ilhas como Loreto, Paramana e Ponta de Nossa Senhora. Vale a pena visitar também a

Praia da Viração e deserta Praia do Tobar, refúgio ideal para quem busca sossego e tranquilidade.
Ilha de Bom Jesus dos Passos
Ilha baiana está entre os bens que foram sequestrados pela Operação Alquimia. O objetivo da
PF é combater organização criminosa suspeita de desviar 1 bilhão de reais. Proprietário é
Carlos Costa Pinto Cavalcanti.

Fonte: http://bahiaempauta.com.br/?p=66122
Ilha das Garças
Ilha da Maré
Nativos da Ilha de Maré adoecem devido à poluição por produtos tóxicos
Juracy dos Anjos, do A TARDE - Seg , 08/03/2010
Fernando Amorim / Agência A TARDE
Comunidades da ilHa de Maré também sofrem com rede de esgostos deficiente
Fernando Amorim / Agência A TARDE
Aprofundamento de canal por dragagem, no Porto de Aratu, é vista com apreensão pelos nativos da ilha
Fernando Amorim / Agência A TARDE
Aprofundamento de canal por dragagem, no Porto de Aratu, é vista com apreensão pelos nativos da ilha

Dois polos de riquezas econômicas nas margens da Baía de Todos-os-Santos são considerados nocivos por soteropolitanos da Ilha de Maré. O
Ponto de Aratu – que responde por 60% da carga movimentada em transporte marítimo da Bahia –, segundo o líder comunitário Ernandes
Carlos Lopes, é responsável por constantes vazamentos de produtos químicos no mar. Para ele, o pescado e os moradores são os principais
prejudicados com a poluição causada pelo porto.
“Se tornou comum pessoas da ilha morrerem de câncer devido à poluição. Isso ocorre porque nós comemos o peixe contaminado com os produtos
lançados pelos navios que param no porto”, reclama ele, dizendo que, apesar do problema, o governo só quer ampliar as atividades do porto
“que só nos traz malefício”. A Companhia das Docas da Bahia (Codeba) nega a existência de vazamento de produtos químicos.
Não bastasse o problema com os produtos químicos, os moradores, principalmente de Botelho, Bananeira e Porto dos Cavalos, terão um novo
desafio pela frente: a dragagem de aprofundamento do canal do porto. Medida considerada necessária pela Codeba e vista pelos nativos
como fonte de prejuízos para a fauna marítima, principal fonte de renda e sobrevivência para quem mora na ilha.
José Rebouças, diretor-presidente da Codeba, por e-mail, destacou que a dragagem – a ser feita de abril a agosto –, “visa dotar o porto de
condições adequadas à navegabilidade” e que medidas serão adotadas para minimizar os impactos ambientais. A dragagem, de acordo com
o órgão, foi aprovado em 15 de agosto de 2008, pelo Instituto do Meio Ambiente, antigo Centro de Recursos Ambientais (Processo CRA nº.
2008-002054/TEC/AA–0043).
Duas das ações para controle dos impactos à natureza, conforme aponta o diretor-presidente, serão o “monitoramento da qualidade das águas e do
sedimento na área de dragagem; e a observação quanto à ocorrência de mortandade de peixes”.
Fumaça nociva - Outra indústria responsável pela poluição, segundo a moradora Patrícia Cerqueira, é a Refinaria Landulpho Alves, pertencente à
Petrobras. A emissão de gases tóxicos na refinagem de petróleo é apontada como responsável por doenças respiratórias. “A fumaça invade
as casas e nos deixa sem poder respirar direito. As crianças são as mais prejudicadas”, denuncia Patrícia, moradora de Porto de Cavalo, área
mais afetada pela fumaça da refinaria.
A Petrobras, por meio da assessoria, informou que “não tem registro de nenhuma emissão de gás tóxico na região e que todos seus processos
estão funcionando de acordo com o que é permitido pelos órgãos ambientais”.
Com base em denúncia feita por moradores sobre a poluição na ilha, o Ministério Público instaurou um inquérito civil. A ação, além dos relatos dos
nativos, toma como referência um estudo da Escola de Nutrição da Universidade Federal da Bahia de 2007, que constatou a contaminação do
pescado e de algumas crianças da ilha por chumbo e cádmio. A reportagem de A TARDE tentou falar com a promotora de Justiça Cristina
Seixas Graça, encarregada da ação, mas ela informou, por meio da assessoria do MP, que nesta semana estaria adotando medidas sobre o
problema na ilha e que conversaria com a reportagem somente nesta terça (9). Ela não divulgou quais ações estavam sendo adotadas.
PORTO DE ARATU
É uma grande enseada que abriga a Base Naval de Aratu, o Porto de Aratu, um estaleiro, duas marinas (Aratu Iate Clube e
Marina Aratu) que oferecem apoio e serviços aos navegantes, e também empresas que operam em escala industrial.
Já em sua entrada há um farolete que sinaliza a barra do canal. Entrando-se na baía, na margem direita, se localiza a base
naval. Em frente à entrada da baía, está localizada a ilha de Maré, que pertence a Salvador.
Ilha de Saraiba – Dono: Marcelo Guimarães (valor aproximado em 2009 – 10 milhões
“Vendo Ilha na Baia de Todos os Santos”, em Salinas da Margarida/BA
“Maravilhosa Ilha, um paraíso em plena baia de todos os santos. Área de 298 ha (2.980.000 m²).”

Fonte: http://www.marcoscabralimoveis.com.br/ver_imovel.php?imoveis_id=144
Baía de Todos os Santos, Ilha de Itaparica - foto: Nilton Souza
Baía de Todos os Santos, Ihha do Medo
- foto: Nilton Souza
Salvador, Ponta do Humaitá - foto: Nilton Souza
Cacha-pregos

Você também pode gostar