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Nas alegações finais poderá ser levantada preliminar quer para arguir alguma
nulidade havida após o transcurso do prazo para diligências (art. 571, II do
CPP), quer para ser apontada alguma causa extintiva de punibilidade, prevista
no artigo 107 do Código Penal. Deve também produzir todas as suas
alegações quanto ao mérito e às preliminares, sob pena de preclusão.
O oferecimento das alegações finais é termo essencial do processo, vez que a
omissão causa o esvaziamento do contraditório. Assim, sua falta implica
nulidade absoluta. Como já dito, cabe ao magistrado nomear defensor “ad hoc”
para o seu oferecimento se o defensor do réu se omitir.
ESTÁGIO SUPERVISIONADO IV 3
Alegações finais no Tribunal do Júri: No rito do Júri, não há, tal como ocorre
no rito ordinário, previsão expressa da possibilidade de substituição das
alegações finais orais por memoriais. No entanto, a maioria da doutrina tem
entendido tranquilamente pela possibilidade de substituição, vez que as regras
do procedimento ordinário aplicam-se subsidiariamente aos demais
procedimentos especiais, no que forem compatíveis.
Aceitos os memoriais, são eles a última manifestação das partes antes do
encerramento do sumário de culpa. Logo a seguir, deverá o Juiz proferir
sentença, que pode ser de pronúncia, impronúncia, absolvição sumária ou
desclassificação, além de, poder também anular o processo ou reconhecer a
extinção da punibilidade.
- Impronúncia do réu (art. 414 do CPP) - Quando não houver indícios de autoria
ou prova da materialidade do delito (falta de prova);
a) Crime de ação penal privada: 1º) Querelante, 2º) Ministério Público e 3º)
Defesa.
b) Crime de ação penal pública: 1º) Ministério Público, 2º) Assistente da
Acusação (se houver) e 3º) Defesa.
Estrutura da peça:
(ou)
(10 linhas)
Processo nº ______/____
(2 linhas)
I – DOS FATOS:
(2 linhas)
II – DO DIREITO:
Ocorre que.......(apresentar
argumentação conforme a tese de defesa que for ser utilizada, que poderá ser:
falta de justa causa, extinção de punibilidade, nulidade processual ou abuso de
autoridade).
(2 linhas)
III – JURISPRUDÊNCIA:
ESTÁGIO SUPERVISIONADO IV 6
Segundo entendimento
Jurisprudencial: (Copiar uma ou duas Jurisprudências a respeito da matéria).
(2 linhas)
IV – DO PEDIDO:
ou
Nestes termos,
Pede deferimento.
Local e data
_______________________________
OAB nº ...
MODELO DE ALEGAÇÕES FINAIS SOB A FORMA DE MEMORIAIS:
TRIBUNAL DO JÚRI
ESTÁGIO SUPERVISIONADO IV 7
(ou)
(10 linhas)
Processo nº ______/____
(2 linhas)
I – DOS FATOS:
(2 linhas)
II – DO DIREITO:
Ocorre que.......(apresentar
argumentação conforme a tese de defesa que for ser utilizada). Em se tratando
de Tribunal do Júri a tese via de regra, será: falta de provas suficientes de
autoria ou materialidade do delito (impronúncia), existência de crime que não
seja de competência do Júri (desclassificação) ou existência de circunstância
que exclua o crime ou isente de pena o réu, inexistência do fato, negativa de
autoria, atipicidade (absolvição sumária).
(2 linhas)
III – JURISPRUDÊNCIA:
ESTÁGIO SUPERVISIONADO IV 8
Segundo entendimento
Jurisprudencial: (Copiar uma ou duas Jurisprudências a respeito da matéria).
(2 linhas)
IV – DO PEDIDO:
ou
Nestes termos,
Pede deferimento.
Local e data
_______________________________
OAB nº ...
PROBLEMA PRÁTICO
ESTÁGIO SUPERVISIONADO IV 9
Depois da noite juntos, ambos foram para suas residências, tendo antes
trocado telefones e contatos nas redes sociais.
Por Analisa ser inimputável e contar, à época dos fatos, com 13 (treze) anos de
idade, o Ministério Público Estadual denunciou Jorge pela prática de dois
crimes de estupro de vulnerável, previsto no artigo 217- A, na forma do artigo
69, ambos do Código Penal. O “Parquet” requereu o início de cumprimento de
pena no regime fechado, com base no artigo 2º, §1º, da lei 8.072/90, e o
reconhecimento da agravante da embriaguez preordenada, prevista no artigo
61, II, alínea “l”, do CP.
Jorge, por ser réu primário, ter bons antecedentes e residência fixa, respondeu
ao processo em liberdade.
O réu, em seu interrogatório, disse que se interessou por Analisa, por ser muito
bonita e por estar bem vestida. Disse que não perguntou a sua idade, pois
acreditou que no local somente pudessem frequentar pessoas maiores de 18
(dezoito) anos. Corroborou que praticaram o sexo oral e vaginal na mesma
oportunidade, de forma espontânea e voluntária por ambos.
ESTÁGIO SUPERVISIONADO IV 10
A prova pericial atestou que a menor não era virgem, mas não pôde afirmar
que aquele ato sexual foi o primeiro da vítima, pois a perícia foi realizada
longos meses após o ato sexual.
Com base somente nas informações de que dispõe e nas que podem ser
inferidas pelo caso concreto acima, redija a peça cabível, no último dia do
prazo, excluindo a possibilidade de impetração de Habeas Corpus,
sustentando, para tanto, as teses jurídicas pertinentes.