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PRÁTICA PENAL SIMULADA

PROF. FRANCISCO BELO


2022.2
Insta: prof.franciscobelo
RESPOSTA À ACUSAÇÃO.

ALEGAÇÕES FINAIS (MEMORIAIS): É a peça cabível após a instrução processual (audiência


de instrução e julgamento) e antes da prolação de sentença ao final do processo.
FUNDAMENTAÇÃO LEGAL. Art. 403, §3º e 404, p. único, do CPP .
• Art. 403.  Não havendo requerimento de diligências, ou sendo indeferido, serão oferecidas
alegações finais orais por 20 (vinte) minutos, respectivamente, pela acusação e pela defesa,
prorrogáveis por mais 10 (dez), proferindo o juiz, a seguir, sentença.
• § 3o  O juiz poderá, considerada a complexidade do caso ou o número de acusados, conceder
às partes o prazo de 5 (cinco) dias sucessivamente para a apresentação de memoriais.
Nesse caso, terá o prazo de 10 (dez) dias para proferir a sentença.
• Art. 404.  Ordenado diligência considerada imprescindível, de ofício ou a requerimento da
parte, a audiência será concluída sem as alegações finais.   
•  Parágrafo único.  Realizada, em seguida, a diligência determinada, as partes
apresentarão, no prazo sucessivo de 5 (cinco) dias, suas alegações finais, por
memorial, e, no prazo de 10 (dez) dias, o juiz proferirá a sentença. 
RESPOSTA À ACUSAÇÃO.

PROCEDIMENTO DO TRIBUNAL DO JÚRI.


Art. 411.  Na audiência de instrução, proceder-se-á à tomada de declarações
do ofendido, se possível, à inquirição das testemunhas arroladas pela acusação
e pela defesa, nesta ordem, bem como aos esclarecimentos dos peritos, às
acareações e ao reconhecimento de pessoas e coisas, interrogando-se, em
seguida, o acusado e procedendo-se o debate.
§ 4o  As alegações serão orais, concedendo-se a palavra, respectivamente, à
acusação e à defesa, pelo prazo de 20 (vinte) minutos, prorrogáveis por mais
10 (dez).
• CABIMENTO – Após finalizada a instrução processual.
• COMPETÊNCIA - Os memoriais, em uma única peça, devem ser dirigidos ao
juiz da causa que ordenou sua apresentação e que irá proferir a sentença, em
virtude do princípio da identidade física do juiz.
• PRAZO – 5 dias a contar da intimação da parte.
• LEGITIMADOS – Primeiramente será apresentados pela acusação: Ministério
Público, querelante ou assistente da acusação, conforme o caso. Em seguida,
será apresentado pela defesa do acusado.
FUNÇÕES DO DIREITO PENAL.

       

TESES E REQUERIMENTOS.
• Acusação: A acusação deve demonstrar a existência de justa causa para condenação.
• Deve demonstrar a comprovação de autoria e materialidade do fato típico, assim como requerer que seja
julgada procedente a ação e decretada a condenação do réu nas penas do tipo penal imputado na inicial.
•  obs.: Em ação penal pública, na qual o MP também atua como fiscal da lei, o mesmo também poderá pedir a
absolvição do réu se achar que é o caso.
• Na ação penal privada, o querelante só pode pedir pela condenação do querelado sob pena de perempção (art.
60, III, CPP).
Defesa: A defesa deve buscar teses que melhor beneficie o seu cliente.
Obs. Por se tratar da última possibilidade de defesa antes da sentença, então, além de tratar de possíveis
preliminares e do mérito, deve-se adentrar nas teses subsidiárias de mérito, que é o pedido de concessão de
alguns benefícios e regime mais benéfico no caso de eventual condenação.
ESPÉCIES DE DIREITO PENAL

   MÉRITO:
•  Absolvição.
• Art. 386.  O juiz absolverá o réu, mencionando a causa na parte dispositiva, desde que reconheça:
• I - estar provada a inexistência do fato;
• II - não haver prova da existência do fato;
• III - não constituir o fato infração penal;
• IV –  estar provado que o réu não concorreu para a infração penal;           
• V – não existir prova de ter o réu concorrido para a infração penal;       
• VI – existirem circunstâncias que excluam o crime ou isentem o réu de pena (arts. 20, 21, 22, 23, 26 e 
§ 1º do art. 28, todos do Código Penal), ou mesmo se houver fundada dúvida sobre sua existência;           
• VII – não existir prova suficiente para a condenação.          
CIÊNCIAS AUXILIADORAS DO DIREITO PENAL

• ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA NO JÚRI.


• Art. 415.  O juiz, fundamentadamente, absolverá desde logo o acusado,
quando:           
• I – provada a inexistência do fato;           
• II – provado não ser ele autor ou partícipe do fato;      
• III – o fato não constituir infração penal;         
• IV – demonstrada causa de isenção de pena ou de exclusão do crime.           
• Parágrafo único.  Não se aplica o disposto no inciso IV do caput deste artigo ao caso de
inimputabilidade prevista no caput do art. 26 do Decreto-Lei no
 2.848, de 7 de dezembro de 1940 – Código Penal, salvo quando esta for a única tese
defensiva.          

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