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jusbrasil.com.br
8 de Setembro de 2018

5 Dicas preciosas para você ter sucesso em qualquer


audiência

As audiências são conhecidas por dar frio na barriga. Estar diante


do juiz não é nada fácil, principalmente quando é preciso
defender os direitos do cliente e encarar a parte contrária. Quem
está começando a atuar como advogado pode sentir ainda mais
pressão na hora da audiência.

Um dos grandes ativos de qualquer advogado é a confiança, seja


perante o juiz ou o cliente. Quando o profissional demonstra
domínio, seja da legislação, seja do emocional, juiz e cliente
conseguem perceber.

A relação de confiança ajuda a conseguir construir argumentos e,


consequentemente, uma resposta favorável aos interesses
defendidos na audiência. Por isso, ao ir a uma audiência, pela
primeira vez, o advogado deve estar completamente preparado.
Ocorre que a realidade fática revela que boa parte dos advogados

iniciantes não estão treinados ou capacitados para comparecer
em audiências. Um dos motivos é a deficiência dos cursos
superiores em Direito, que estão abarrotados de teoria e quase
nenhuma prática.

Pensando nisso, separei 5 dicas Preciosas para Você ter Sucesso


em Qualquer Audiência.

Sumário
1. Leia e estude o processo.

2. Estude o rol de testemunhas da parte contrária

3. Esteja preparado para fazer as alegações finais orais

4. Jamais instrua a testemunha sobre o que ela deve ou não


dizer em audiência.

5. Como modificar um rol de testemunha que já tenha sido


apresentado

Dica 01 - Leia e estude o processo. Se


não tiver tempo, leia ao menos as
peças principais e identi que os pontos
controvertidos da lide.
Por mais básica que possa parecer essa dica, infelizmente ela é
uma das que mais é desprezada.

Infelizmente não é todo profissional que trata com zelo a


confiança que nele é depositada. E isso vale não só para
advogados e procuradores, mas também para magistrados,
promotores, etc. Mas o grande problema quando a falta de zelo
advém de um advogado é que o sucesso do direito perseguido por
seu cliente depende muito da boa desenvoltura do profissional do
direito por ele contratado. E se esse profissional sequer faz a

leitura do processo antes de participar da audiência, as chances
de sucesso chegam perto do zero.

Por isso é importante que você, sempre, antes de uma audiência


judicial, seja ela de tentativa de conciliação ou de instrução, faça
a leitura atenta de todo o processo. E se isso não for possível, pela
falta de tempo (você pode ter sido contratado às vésperas da
audiência e não conseguir tempo para fazer toda a leitura), leia,
ao menos, as principais peças que compõem o processo,
identificando os pontos controvertidos da lide.

Dica 02: Estude o rol de testemunhas


da parte contrária.
Em uma audiência de instrução, além de poder colher o
depoimento da parte contrária, você poderá fazer ouvir as suas
testemunhas e também poderá inquirir as testemunhas arroladas
pela parte contrária.

Acontece que, muitas vezes, a parte contrária acaba arrolando


para serem ouvidas como “testemunhas” pessoas que possuem
uma ligação íntima de amizade com a parte, ou seja, pessoas que,
nos termos da lei (art. 447, § 3º do CPC), devem ser consideradas
como “suspeitas” e não podem ser ouvidas como testemunhas,
mas como meras “informantes do juízo”.

E a alegação de suspeição da testemunha arrolada pela parte


contrária deve ser feita por você, no momento da oitiva, quando o
juiz começa a fazer a qualificação da pessoa que será ouvida.

Por isso, é muito importante que, antes da audiência, você faça


um estudo aprofundado do rol de testemunhas apresentado pela
parte contrária.
Dica 03: Esteja preparado para fazer as 
alegações nais orais.
Segundo o Código de Processo Civil, após a produção das provas
em audiência, as partes poderão apresentar suas alegações finais
de forma oral.

As alegações orais só podem ser substituídas por memoriais


escritos quando a causa for complexa ou quando houver um
negócio processual feito entre as partes nesse sentido. Mas em
regra, esteja preparado para se manifestar oralmente em
audiência.

No processo penal, a regra também é a apresentação das


alegações finais de forma oral. Se for preciso, ensaie antes aquilo
que você pretende falar, ao menos os pontos chaves.

Se você possui grandes dificuldades para falar em público, já leve


algo pronto que você possa, ao menos, ler para o escrevente.

Dica 04: Jamais instrua a testemunha


sobre o que ela deve ou não dizer em
audiência.
Se tem um vacilo que eu recomendo que você NUNCA cometa é
esse: jamais instrua a sua testemunha sobre o que ela deve ou não
dizer ao juiz, quando for prestar depoimento. Por mais talentosa
que seja, a testemunha não conseguirá sustentar uma mentira na
frente do juiz. E o que é pior, são grandes as chances de ela
revelar ao magistrado que foi instruída pelo advogado a contar a
mentira.

Como advogado, você deve conversar com as testemunhas


indicadas pelo seu cliente. Porém, essa conversa deve ter o
objetivo apenas de você descobrir se o que ela realmente sabe
interessa ou não ao processo. Você jamais deve orientá-la a dizer

ou a não dizer alguma coisa.

Dica 05: Como modi car um rol de


testemunha que já tenha sido
apresentado.
Uma das coisas que acontece bastante na prática é o advogado
deixar precluir o direito de produzir prova testemunhal, por não
apresentar o rol de testemunhas no momento adequado, ou
mesmo por pleitear a substituição de uma testemunha de forma
equivocada.

O Código de Processo Civil estabelece que, ao designar a data para


a audiência de instrução, o juiz deverá fixar prazo comum, não
superior a 15 dias, para que as partes apresentem o rol de
testemunhas. Veja, o prazo não é de 15 dias. Ele “pode” ser de até
15 dias. Então, a primeira coisa que você deve observar é qual foi
o prazo efetivamente estabelecido pelo juiz, no seu processo, para
que seja apresentado o rol de testemunhas. Se o juiz estabeleceu
que o prazo é de 5 dias, é nesses 5 dias que você deverá
apresentar o seu rol. Esse é o primeiro grande erro que sempre
vejo ser cometido.

As pessoas pensam que o prazo sempre será de 15 dias e deixam


de observar se no despacho não foi assinalado um prazo
diferente. Consequentemente, acabam perdendo o prazo e o
direito de produzir a prova testemunhal. E se a testemunha era a
sua única prova, você já imagina qual será o resultado do
processo né?!

Então, só é possível mudar o rol de testemunhas que você


apresentou inicialmente, em três situações:

a primeira é no caso de a testemunha morrer;


a segunda é no caso de a testemunha estar doente e, por isso,

não ter condições de prestar depoimento; e,

a terceira, é na hipótese de a testemunha haver mudado de


residência ou de local de trabalho, impedindo que você a
encontre para intimar para o ato.

Observe, porém, que para conseguir modificar o rol apresentado,


você deverá PROVAR ao juiz que aconteceu uma das situações
acima descritas. Não basta simplesmente alegar.

Então, se a sua testemunha faleceu, apresente ao juízo cópia da


certidão de óbito, já com o nome da testemunha que irá
substituir.

Se sua testemunha está doente, apresente cópia do atestado


médico que informe que a pessoa está impedida de prestar
depoimento. No mesmo ato, pugne a substituição e apresente o
nome e a qualificação da nova testemunha.

Por fim, se você não conseguiu encontrar a sua testemunha, para


intimá-la para a audiência, apresente comprovação desse fato.
Pode ser o Aviso de Recebimento (AR) dos correios, com a
anotação de que a carta de intimação não foi entregue em razão
da mudança de endereço, assim como qualquer outro meio
idôneo a demonstrar a impossibilidade de intimar a pessoa que se
mudou.

Como você pode ver, a audiência não é um bicho de sete cabeças.


Para que consiga bons resultados é importante se preparar com
antecedência, não apenas na parte teórica, como também na
parte prática e emocional. Só assim você conseguirá defender
bem os interesses do seu cliente.

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