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Introdução
A partir de agora você terá acesso a um material inédito, elabo-
rado com base na minha experiência prática, atuando como juiz de
direito há mais de 19 anos e conduzindo audiências, semanalmente.
Além disso, para que esse documento ficasse completo, somei
toda a minha bagagem prática, anotações, observações, conversas
com vários outros magistrados, estudos jurisprudenciais aprofun-
dados e, principalmente, através do compartilhamento de experi-
ência prática dos meus mais de 5 mil alunos do Treinamento Avan-
çado Expert em Audiências.
Ao longo das próximas páginas, eu vou revelar diversos segre-
dos práticos que você poderá aplicar imediatamente nas suas audi-
ências. Aplicando essas dicas, você superará todos os medos e
atuará com segurança e tranquilidade em qualquer tipo de audiên-
cia judicial.
Vou apresentar um método que desenvolvi que vai te ajudar
a sair da escuridão, a eliminar o medo e acender as “5 luzes
fundamentais”.
E, dentro de cada passo deste guia, nós vamos falar pontos
importantes de cada LUZ que você precisa acender na sua vida para
atuar com segurança e tranquilidade em qualquer tipo de audiên-
cia judicial. Venho ensinando isso há mais de 5 anos e esse conhe-
cimento já transformou a vida e a atuação prática de milhares de
alunos.
Aqui, você aprenderá como atuar na nova forma de se fazer
audiências que vem se firmando, ainda mais após a pandemia, as
videoconferências. Vou te mostrar também o que fazer para nunca
ter suas prerrogativas desrespeitadas em audiência.
O que deve ser perguntado para as testemunhas? Como pro-
duzir a prova oral? Como nunca ter uma pergunta indeferida? Em
poucas páginas você terá todas essas e outras respostas.

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Vou te dar toda experiência prática que você precisar para que
você nunca mais seja surpreendido, e esteja preparado para as si-
tuações inesperadas que podem acontecer durante a audiência.
O meu objetivo é te ajudar a se sentir completamente prepara-
do, ainda que você não possua experiência. Pode ter certeza que
você enfrentará profissionais mais experientes, sem que eles per-
cebam sua inexperiência.
Peço que leia com atenção, que anote o que for preciso, que
guarde esse Guia como um verdadeiro roteiro e que realmente
aplique todo o conhecimento aqui revelado.
Frases como: “Não fiz estágio; não tenho experiência prática;
não me sinto tecnicamente preparado; tenho medo de ser pego de
surpresa”, são frases que não pertencerão mais ao seu vocabulário.
Esse é o resultado que te espera.

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5 Luzes Fundamentais
Uma coisa que eu tenho observado ao longo desses anos acom-
panhando advogados, é que o medo de fazer audiência, geralmen-
te, tem raiz em uma dessas causas:
- Não ter feito estágio;
- Não ter experiência prática;
- Não se sentir tecnicamente preparado;
- Ter medo de ser pego de surpresa.
Para essas pessoas, participar de uma audiência é como entrar
em um quarto escuro. E, foi exatamente pensando em ajudar essas
pessoas que eu desenvolvi um método que tem por objetivo te
ajudar a sair da escuridão, a eliminar o medo, acendendo 5 luzes
fundamentais: as luzes do conhecimento!
PRIMEIRA LUZ: conhecer o procedimento da audiência.
Conhecendo o procedimento você vai se sentir tecnicamente
preparado para tudo e nunca mais vai errar.

SEGUNDA LUZ: conhecer os detalhes fáticos importantes


do processo.
O que deve ser perguntado para as testemunhas, como produ-
zir a prova oral, como nunca ter uma pergunta indeferida.
TERCEIRA LUZ: conhecer as pessoas que vão participar
do ato.
Você precisa estar preparado para enfrentar profissionais mais
experientes, sem que eles percebam sua inexperiência. Você precisa
estar preparado para saber agir e reagir a todo tipo de situação.
QUARTA LUZ: estar preparado para as situações inespe-
radas que podem acontecer durante a audiência.
QUINTA LUZ: Treinar ou Jogar, Treinar e Jogar.
Assistir audiências e participar de audiências.

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11 passos para uma
preparação de excelência
PASSO 1 - Identifique o RAMO
DA JUSTIÇA e o PROCEDIMENTO

Identifique o ramo da justiça em que o processo tramita e iden-


tifique o procedimento a ser observado na ação.
Seu processo pertence à Justiça Comum, ao Juizado Especial, à
Justiça do Trabalho, à Justiça Eleitoral?
Se o processo tramita na Justiça Comum, por exemplo, o tipo
de ação envolve algum procedimento especial ou segue o procedi-
mento comum?
Então, vamos lá, o que é esse tal de procedimento? Nada mais
é do que o passo a passo a ser seguido no momento da audiência.
É como se fosse um “script”, onde há a determinação da sequência
dos atos processuais.
O PROCEDIMENTO é a sequência dos atos processuais. É ele
que informa como um processo começa, como ele caminha e como
ele termina. Ele informa, também, quando deverá haver audiência
no processo e qual tipo de audiência.
Segundo o CPC, os três tipos de procedimentos são: comum,
especial e de execução.
O procedimento comum é aplicável a todas as situações em que
a lei não dispuser em contrário.
O procedimento especial, refere-se aos casos em que a lei prevê
um rito diferenciado. Podemos encontrar esses casos tanto no
próprio Código de Processo Civil quanto em leis esparsas. Alguns
exemplos são:
- Ação de Dissolução Parcial de Sociedade, no artigo 599;
- Ações de Família, no artigo 693;

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- Ação de Exigir Contas, nos artigos 550 a 553;
- Ação Monitória, no artigo 700.
Por fim, o procedimento de execução é aquele aplicado às dife-
rentes modalidades de execução, que são: cumprimento ou exe-
cução de sentença, prevista nos artigos 513 a 538; execução de
títulos extrajudiciais, prevista nos artigos 771 a 925; execuções
com previsão diferenciada em leis esparsas, como a Lei de Execu-
ção Fiscal.

PASSO 2 - ESTUDE EM DETALHES


O PROCEDIMENTO DA AÇÃO

Estudar o procedimento fará com que você não erre prazos, não
confunda os tipos de audiência, não deixe precluir alguma questão
importante, e vai te permitir saber quem deve, necessariamente,
comparecer na audiência, enfim, vai evitar você incorrer em erro.
Quer um exemplo? No procedimento comum, as audiências são
separadas, já no procedimento da ação de alimentos, as audiências
são unas, ou seja, concentradas em só ato, considerando a nature-
za da ação.
Posso te garantir que esse é um dos principais erros que acon-
tecem na audiência: confusão de procedimento.
Para você ter ideia, existem mais de 31 tipos de audiências
no nosso ordenamento. Audiências com objetivos diferentes, pra-
zos diferentes e procedimentos diferentes. Afinal, dependendo do
direito envolvido a audiência também muda.
Mas afinal, porque isso é importante? Primeiramente, para que
você tenha confiança e previsibilidade, mas, principalmente para
que você possa fiscalizar a condução do magistrado e as ações da
parte contrária.
Aliás, conhecer o procedimento te dá a chance de surpreender a
parte contrária.
Imagine que, você observou que a parte contrária deixou de ar-

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rolar as testemunhas no prazo legal, qual é o melhor momento para
alegar isso? Há algum tipo de preclusão?
Bom, você sempre deixará essa alegação para fazer na audiên-
cia, logo na abertura, de modo que não dê tempo da outra parte
pensar.

PASSO 3 - ESTUDE O PROCESSO E IDENTIFIQUE


OS PONTOS CONTROVERTIDOS DA LIDE

Se tratando de audiência de instrução ou de saneamento, você


precisa saber, na ponta da língua (ou anotado em uma folha), quais
são os pontos controvertidos da lide.
Possivelmente você deve estar se perguntando o que são pon-
tos controvertidos?
Ponto controvertido é tudo aquilo afirmado pelo autor na
petição inicial, mas que acaba sendo contrariado pelo réu na con-
testação.
Vamos a um exemplo: o autor afirma, na petição inicial, que o
réu passou com o seu veículo por um cruzamento quando o sinal
estava vermelho e que por isso acabou dando causa a um acidente.
Porém, na contestação, o réu afirma que quando passou pelo cru-
zamento o sinal estava verde e não vermelho, como afirmado pelo
autor. Eis aqui um ponto controvertido. Afinal, o sinal estava verde
ou vermelho quando o réu atravessou o cruzamento?
A respeito desse ponto de controvérsia, qualquer pergunta que
você faça às testemunhas será pertinente e deverá ser deferida
pelo juiz.
Claro que um processo costuma ter diversos pontos controver-
sos. Por isso, antes de ir para uma audiência de instrução ou de
justificação, você deve sentar e identificar cada um deles. Deve
enumerar, analisando a petição inicial e a contestação, todos os
pontos controvertidos da demanda, pois dessa forma você nunca
mais terá qualquer dificuldade e jamais terá uma pergunta indefe-

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rida pelo juiz.
Vale frisar que, nos processos criminais, além de poder pergun-
tar sobre os pontos controvertidos (aquilo que for afirmado pelo
Ministério Público e contrariado pela defesa), você também pode
fazer perguntas relacionadas a vida do réu e da vítima, assim como
sobre todas as circunstâncias do crime, uma vez que esses pontos
são importantes para a fixação de eventual pena, caso haja conde-
nação.
Sabe porque isso é importante? Porque aqui está o ponto cha-
ve da instrução, a prova que você deve produzir deve esclarecer os
pontos controvertidos, se não fizer isso, infelizmente você perderá
o processo.
Muitos advogados têm medo da audiência por não saberem que
prova precisam produzir e quais perguntas devem fazer. Caro ami-
go, aqui está o grande segredo para eliminar esse medo.
As perguntas sempre devem ter relação com os pontos contro-
vertidos, assim você saberá justificar ao juiz a pertinência dela e
vai saber impugnar as perguntas do seu adversário.

PASSO 4 - CONVERSE COM AS TESTEMUNHAS


ANTES DAS AUDIÊNCIAS E GRAVE ESSA CONVERSA

Conversar com a testemunha é extremamente importante para


saber o que elas realmente sabem sobre os pontos controvertidos
ou sobre as partes.
Nunca vá para uma audiência sem saber exatamente o
que a sua testemunha irá dizer. Mas, lembre-se, conversar não
é instruir!
Essa conversa ajuda a eliminar um dos maiores medos de alguns
advogados: a testemunha mudar o depoimento em juízo.
Agora, se você está se perguntando se pode conversar com as
testemunhas da outra parte, te digo que sim. Afinal, testemunha
não tem dono, ali o indivíduo está prestando um serviço público.

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Como fazer isso, na prática, sem que você tenha problema?
Sempre grave, não há ilicitude nenhuma nisso, e ressalte que está
gravando! Quando você vai para audiência sabendo o que a teste-
munha conhece sobre os fatos, você evita situações inesperadas
ou, pelo menos, vai saber como agir caso elas aconteçam.

PASSO 5 - ESTUDE O ROL DE TESTEMUNHAS DA


PARTE CONTRÁRIA E COLHA PROVA DA CONTRADITA

Se possível, estude o rol de testemunhas da parte contrária e


colha prova da contradita nas redes sociais. As pessoas costumam
deixar nas redes sociais, farta prova do que fazem na vida e das
pessoas com quem se relacionam.
Então, antes de qualquer audiência, procure descobrir nas redes
sociais, da pessoa arrolada como testemunha pelo seu adversário,
se entre eles não há uma verdadeira amizade íntima. Se houver, fa-
talmente, você encontrará prova nas redes sociais e poderá instruir
sua contradita com essa prova.
Mas, observe que a prova da amizade íntima deve ser apresen-
tada ao juízo na hora da audiência. Nunca, antes.
Este passo é muito importante para que você possa conseguir
surpreender o seu adversário.
Se você levar ao juízo uma prova efetiva de que a pessoa arro-
lada pelo seu adversário não pode ser ouvida como testemunha,
certamente, irá pegar de surpresa o advogado da parte contrária
e ele acabará sem saber como agir. E, é nessas circunstâncias que
você consegue beneficiar amplamente o seu cliente. Quando você
consegue desestabilizar a parte contrária, ela fica sem saber como
agir e acaba colocando tudo a perder.
Então, preste muita atenção neste ponto.

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PASSO 6 - VERIFIQUE SE VOCÊ JÁ TEM
PROCURAÇÃO NOS AUTOS E CARTA DE PREPOSIÇÃO

Verifique se você já tem procuração nos autos e se há carta de


preposição, quando o seu cliente for pessoa jurídica.
Você deve juntar a procuração e a carta da preposição até a data
da audiência. Mas se isso não for possível logo no início da audiên-
cia, você pode pedir ao juízo que lhe conceda um prazo para fazer
essa juntada.
E por falar em juntada, você pode estar se perguntando:
professor, e se eu esquecer de juntar um documento importante
com a petição inicial, eu posso aproveitar a audiência para fazer
essa juntada?
Bom, a resposta é: depende. Depende do tipo de documento e
depende do tipo de procedimento que o seu processo seguir.
Tratando-se de um processo que tramita na Justiça Comum e
que segue o procedimento comum, a juntada de documento deve
ser feita com a inicial, salvo quando a parte tem acesso ao docu-
mento somente após o ajuizamento da ação. Neste caso, o docu-
mento deve ser juntado imediatamente, logo que a parte tenha
acesso, não devendo a mesma aguardar a audiência para realizar a
juntada. É isso o que dispõe o art. 435 do CPC.
Todavia, se o processo tramitar no Juizado Especial, que tem
procedimento absolutamente diferente, é possível que você faça a
juntada de qualquer tipo de documento na audiência de instrução,
antes da resposta do réu, ainda que não se trate de documento
novo, ainda que este documento já estivesse em poder da parte e
que não tenha sido juntado por mero esquecimento.
Essa autorização está prevista no art. 33 da Lei 9.099/95, quan-
do informa que “todas as provas serão produzidas na audiência de
instrução e julgamento”, ou seja, pode qualquer das partes produzir
qualquer tipo de prova nesta audiência, inclusive a documental.
Veja como é importante conhecer em detalhes todos os proce-
dimentos das audiências e saber diferenciar uns dos outros. O que

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é permitido em um tipo de procedimento, às vezes é proibido
em outro. E, é justamente nestes casos que o advogado sem ex-
periência acaba fazendo confusão e errando, causando prejuízo ao
cliente.
Vamos ao próximo passo?

PASSO 7 - ESTUDE COM O CLIENTE


UMA PROPOSTA DE ACORDO

Mesmo nas audiências de instrução, o juiz irá tentar o acordo.


Então, converse com o cliente a respeito disso. Não seja surpreen-
dido quando o magistrado indagar a respeito da possibilidade de
uma transação.
Eu vejo isso acontecer muitas vezes e a impressão que dá é que
o cliente acaba achando que seu advogado não se preparou para o
ato, pois não falou nada com ele sobre proposta de acordo.

PASSO 8 - ESTEJA PREPARADO PARA


FAZER AS ALEGAÇÕES FINAIS ORAIS

Como regra, as alegações finais devem ser apresentadas de


forma oral, em audiência, logo após a colheita da prova. Então,
você deve ir sempre preparado para a audiência. Mas como fazer
isso?
Bom, eu recomendo que você anote os pontos importantes e
que você não pode esquecer de falar. Leve por escrito, se você
preferir e fique mais tranquilo.
Mas você deve estar se perguntando: sobre o que eu devo falar
nas alegações finais?
Olha, as alegações finais servem para que você se manifeste
sobre aquela prova que acabou de ser produzida ali na audiência.
Não é o momento adequado para você fazer defesa de tese jurídica.
Isso você já tem que ter feito na petição inicial ou na contestação.
Nas alegações finais, você vai explorar em detalhes o que cada
uma das testemunhas acabou de dizer.

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Se a testemunha João, acabou de confirmar que o réu passou no
sinal vermelho quando o acidente aconteceu, é isso que você vai
explorar nas suas alegações. Você vai dizer: “Excelência, a testemu-
nha João acabou de confirmar tudo aquilo que foi dito na petição
inicial. Ficou provado pelo seu depoimento que o réu foi o causador
do acidente”.
E assim você vai fazer com todos os depoimentos colhidos no
ato. Vai explorar um a um. Fazendo isso, certamente, você vai aju-
dar o juiz a decidir o processo e vai aumentar em muito a chance do
seu cliente ter êxito na ação.
E aqui há outra possibilidade de você surpreender o seu adver-
sário. No processo civil, as partes podem, de comum acordo, optar
por apresentar alegações finais através de memoriais.
Mas eu recomendo que você se prepare para fazer as alegações
de forma oral, porque, muito provavelmente, o seu adversário não
estará preparado para isso. Aí, no momento em que o magistrado
perguntar se as partes querem prazo para memoriais, diga que você
quer apresentar suas alegações de forma oral, em audiência.
Consequentemente, o seu adversário terá que apresentar as
alegações da mesma forma, se ele não estiver preparado para tan-
to, você levará uma grande vantagem processual.
Veja que esta orientação é plenamente ética, uma vez que o
próprio Código de Processo Civil, afirma que encerrada a instrução
as alegações finais devem ser colhidas oralmente. Você só opta por
apresentar suas alegações por escrito se quiser e se isso interessar
à defesa do seu cliente.
Mas observe atentamente essa dica. Ela pode ser fundamental
para o seu sucesso na causa.

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PASSO 9 - SEJA ÍNTEGRO, SEMPRE

Seja íntegro, sempre. Ninguém sobrevive muito tempo, se cons-


trói uma carreira baseada na mentira ou na falta de integridade.
Se tem uma coisa que me faz admirar um advogado é quando
ele demonstra ser uma pessoa íntegra. Quando ele fala a verda-
de, ainda que isso possa prejudicar os “interesses” do seu cliente.
Quando ele não tenta, descaradamente, encobrir a verdade para
tentar ganhar a causa a qualquer custo.
Não esqueça que a sua imagem profissional é formada logo no
início da sua advocacia. Então, um passo em falso no começo pode
fazer com que sua carreira fique manchada pelo resto da vida.
Quer uma dica de ouro? Seja íntegro e honesto, sempre, aconte-
ça o que acontecer. A vida sempre irá te recompensar por isso.

PASSO 10 - TRATE TODOS COM


O MAIS ABSOLUTO RESPEITO

Trate todos com o mais absoluto respeito, mesmo que você não
receba o mesmo tratamento. A nossa imagem profissional é forma-
da pelas nossas atitudes.
Se somos mal-educados ou se tratamos os outros sem o devi-
do respeito, deixamos uma imagem negativa por onde passamos
e, acreditem, essa imagem negativa tem o poder de influenciar no
sucesso ou fracasso de nossa carreira.

PASSO 11 - ESTEJA PREPARADO PARA


TODAS AS SITUAÇÕES INESPERADAS QUE
PODEM ACONTECER NA AUDIÊNCIA

Agora eu quero te revelar o 11º PASSO que você deve tomar se


quiser estar realmente bem preparado para a sala de audiências.
Eu não tenho dúvida de que se trata do passo mais importante de
todos: “esteja preparado para todas as situações inesperadas que
podem acontecer na sala de audiências”.

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Esse passo é fundamental para você que não tem muita expe-
riência prática. Para você que não quer ser surpreendido na frente
de todos. Para você que jamais quer prejudicar um cliente por não
saber como agir na hora “H”. Para você que quer eliminar as situa-
ções de medo e perigo.
Afinal, é exatamente o desconhecido que nos causa medo e an-
gústia. A partir do momento em que você conhece tudo o que pode
acontecer e tem técnica para saber como agir em cada circunstân-
cia, o medo simplesmente vai embora.
Mas eu sei que agora você deve estar pensando: “Mas, profes-
sor! Se a situação é inesperada, é desconhecida, como que eu vou
me preparar pra ela?”.
A única forma de você superar essa dificuldade, a única maneira
de você conhecer e se preparar para todas as surpresas da sala de
audiências e que te causam tanto medo, é simplesmente sugando,
é absorvendo, é tomando para si toda a experiência de quem já
está há muito tempo no campo de batalha. De quem já muito errou
e acertou. De quem já experimentou situações, que você em início
de carreira sequer é capaz de imaginar que acontecem.
Agora que já vimos esses 11 passos, você já está mais
preparado para se aprofundar no real mundo das audiências.

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A fixação dos Pontos
Controvertidos na prática
Vamos lá?
Tudo começa pela IDENTIFICAÇÃO DOS PONTOS CONTROVER-
TIDOS. Quando você identifica com clareza os pontos controverti-
dos de um processo, você tem total controle sobre as provas que
devem ser produzidas em audiência.
E isso vale para audiência cível, criminal, trabalhista, juizado es-
pecial, enfim, para qualquer tipo de ação judicial. Eu vou te ensi-
nar agora, na prática, como identificar os pontos controvertidos de
uma demanda e, a partir daí, se preparar para atuar corretamente
em uma audiência. Bora?
Por que é importante falar sobre Fixação dos Pontos Controver-
tidos? Primeiramente, porque quando você tem clareza sobre os
pontos controvertidos, você sabe qual prova tem que ser produzida.
Outros motivos que fazem isso ser importante:
- Você saberá sustentar a pertinência de uma pergunta que o juiz
pretende indeferir;
- Você saberá impugnar uma pergunta feita pelo seu adversário;
- Você saberá impugnar uma prova que seu adversário pretende
produzir;
- Você tem clareza sobre os pontos controvertidos, você sabe exa-
tamente quais as consequências da revelia em um caso concreto.
Muitos advogados não entendem que, um dos efeitos da revelia é
serem considerados como verdadeiros os fatos não impugnados
pela parte. Mas, isso não acarreta a veracidade do direito pleiteado
e não necessariamente a procedência do pedido do autor.
Mas professor, O QUE É UMA CONTROVÉRSIA? Controvérsia
nada mais é que o sinônimo de disputa, de discussão, de contesta-
ção.
Vamos ao exemplo:

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- Zé diz: “A água do mar é azul.”
- O João diz: “A água do mar é verde.”
Existe uma controvérsia sobre um FATO, entende? Qual é a cor
da água, verde ou azul?
Pode haver uma controvérsia sobre um FATO, mas também pode
haver uma controvérsia sobre um DIREITO.
Agora, vou te dar um exemplo, prático, de questão de direito
controvertida:
Na inicial, o autor afirma que em razão do acidente causado pelo
réu, teve um prejuízo de 10 mil reais. Ao final, pede que o réu seja
condenado a ressarcir esse prejuízo com juros e correção monetá-
ria (que devem incidir desde a data do acidente). Na contestação,
além de negar ter dado causa ao acidente, o réu alega que caso
seja condenado a ressarcir o prejuízo do autor, os juros e a correção
monetária devem incidir a contar da citação, e não a contar da data
do acidente. Eis a questão de DIREITO controvertida e relevante
para o julgamento do feito. Em caso de condenação do réu, os juros
devem incidir desde a data do acidente ou desde a data da citação?
Vale salientar que o Código de Processo Civil estabelece a
obrigação do juiz de fixar os pontos controvertidos.
Art. 357. Não ocorrendo nenhuma das hipóteses deste Capítulo,
deverá o juiz, em decisão de saneamento e de organização do pro-
cesso:
II - delimitar as questões de fato sobre as quais recairá a ativi-
dade probatória, especificando os meios de prova admitidos;
IV - delimitar as questões de direito relevantes para a decisão
do mérito;
A partir de agora, vou te ensinar uma técnica que você adotará
nos seus processos.
Assim que for apresentada a contestação a sua tarefa é:
1) Criar um arquivo de texto em seu computador e dividir a
primeira página em TRÊS colunas.

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2) Na coluna do lado esquerdo você vai escrever lá em cima:
FATOS ALEGADOS NA INICIAL.
3) Na coluna do meio você vai escrever lá em cima: FATOS
CONTROVERTIDOS NA CONTESTAÇÃO.
4) Na coluna do lado direito você vai escrever lá em cima:
FATOS NOVOS ALEGADOS NA CONTESTAÇÃO.
5) Em seguida, você vai ler novamente a sua petição inicial e
vai inserir no documento que você criou, lá na coluna do lado
esquerdo, todos os fatos alegados na inicial.

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Vamos voltar ao exemplo que eu dei lá em cima, veja:


Fato 1: O acidente aconteceu porque o réu passou no cruzamen-
to com o sinal vermelho.
Fato 2: O réu aparentava sinais de embriaguez, no momento do
acidente.
Fato 3: Dentro do carro do réu, foram encontradas 3 garrafas de
cerveja.
Fato 4: Em razão do acidente, o autor ficou 30 dias sem poder
usar o seu carro e teve gastos com Uber.
Atenção, escreva o número da página do processo em que se
encontra cada afirmação.

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Neste momento você não precisa se preocupar em anotar as
questões de DIREITO relevantes para o julgamento. Depois de ter
feito todas as anotações sobre a petição inicial, você vai analisar
detalhadamente a CONTESTAÇÃO.
No primeiro momento você vai procurar na contestação o que
o réu fala sobre cada um dos fatos da inicial. Se ele não falar nada,
você vai escrever na tabela que o fato é incontroverso. Mas, se ele
falar sobre o fato, você vai anotar o que foi dito
Fato 1: Quando o réu passou pelo cruzamento, o sinal estava
verde e não vermelho.
Fato 2: No dia do acidente o réu não havia ingerido bebida alco-
ólica, razão pela qual não apresentava sinais de embriaguez.
Fato 3: Não há provas sobre isso no processo.
ATENÇÃO! A impugnação, ainda que genérica, torna o fato
controvertido.
Fato 4: Não falou nada sobre isso. Atenção, escreva o número
da página do processo em que se encontra cada afirmação.

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Posteriormente, você pintará de vermelho todos os fatos que


forem controvertidos e de verde os incontroversos.

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No terceiro momento você vai ler a contestação e vai procurar
nela todos os FATOS NOVOS que foram trazidos pelo requerido.
Fatos não mencionados na inicial.
E vai anotar cada fato encontrado na coluna do lado esquerdo
da tabela.
Fato Novo 1: Quem estava conduzindo o carro do autor não era
ele, mas seu filho, um menor não habilitado.
Fato Novo 2: o autor não teve prejuízo por ter ficado sem carro,
uma vez que tem outro automóvel e se valeu do mesmo para se
locomover.
Atenção, escreva o número da página do processo em que
se encontra cada afirmação.

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Geralmente, os fatos novos alegados pelo réu são fatos impedi-


tivos, modificativos ou extintivos do direito do autor.
Fato Novo 1: quem estava conduzindo o carro do autor não era
ele, mas seu filho, um menor não habilitado. É um fato que pode
modificar o direito à indenização pleiteado pelo autor, pois pode
restar caracterizada uma culpa concorrente ou até mesmo exclusi-
va.
Fato Novo 2: o autor não teve prejuízo por ter ficado sem carro,
uma vez que tem outro automóvel e se valeu do mesmo para se
locomover. É um fato impeditivo do direito do autor. Como ele pode

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pretender uma indenização alegando gastos com Uber, se ele tinha
outro veículo à disposição dele?
Sempre que houver fato novo alegado em contestação, esses
fatos DEVEM ser impugnados pelo autor na réplica, sob pena de se
tornarem incontroversos.
No quarto momento você vai pintar de azul os fatos novos tra-
zidos em contestação.

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Aqui se você é o autor da ação, você tem clareza sobre o que


você deve atacar na impugnação. Você sabe exatamente quais fo-
ram os fatos novos alegados pelo réu e que você tem que impug-
nar cada um deles, para que não se tornem incontroversos.
Logo após, a apresentação da réplica (impugnação à contesta-
ção), você vai criar uma nova coluna na sua tabela, para tratar da
manifestação sobre os fatos nela contidos.
Vai anotar o que foi falado pelo autor sobre cada fato novo,
pintando de vermelho quando o fato se tornar controvertido e de
verde quando se tornar incontroverso. Lembre sempre de anotar a
página do processo em que está a manifestação sobre o fato.
Não se esqueça também, que os novos fatos alegados pelo re-
querido, em contestação, que não forem expressamente impugna-
dos, podem se tornar incontroversos e não dependerão de prova.

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DEPOIS DE ORGANIZAR A SUA TABELA, É HORA DE...


Analisar o que deve ser provado e o que não precisa ser prova-
do. O Código de Processo Civil, diz quais fatos NÃO dependem de
prova.
Art. 374. Não dependem de prova os fatos:
I - Notórios;
Ex: A pandemia do coronavírus.
II - Afirmados por uma parte e confessados pela parte contrária;
Ex: Se no nosso exemplo o réu tivesse afirmado na contestação
que, de fato, passou no sinal vermelho no momento do acidente (o
fato estaria confessado e não precisaria de prova).
III - Admitidos no processo como incontroversos;
Aqui está a grande importância do réu cumprir o ônus de impug-
nar especificamente cada FATO alegado na inicial. Pois, o fato não
impugnado é tido por incontroverso.
IV - Em cujo favor milita presunção legal de existência ou de
veracidade.
Ex: A boa-fé, segundo a lei, se presume. A má-fé se prova.
Agora você deve olhar para a sua tabela e criar uma quinta
coluna à direita. E nesta coluna você vai colocar o título “Fatos e
necessidade de prova”, na sequência você vai anotar os fatos que

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sejam notórios, confessados, controvertidos ou em favor do qual
haja presunção legal. Depois, você pintará de vermelho os fatos
que precisam ser provados e de verde aqueles que não precisam
ser provados.

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Agora é a hora de analisar a quem compete a prova de cada fato


e de anotar na sua tabela.
O Código de Processo Civil, estabelece a regra sobre o ônus da
prova.
Art. 373. O ônus da prova incumbe:
I - ao autor, quanto ao fato constitutivo de seu direito;
II - ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo
ou extintivo do direito do autor.
Atente-se para a possibilidade de haver a distribuição do ônus
da prova de maneira diversa, de acordo com a lei:
Art. 373, § 1º, do CPC: Nos casos previstos em lei ou diante de
peculiaridades da causa relacionadas à impossibilidade, ou à ex-
cessiva dificuldade de cumprir o encargo nos termos do caput ou à
maior facilidade de obtenção da prova do fato contrário, poderá o
juiz atribuir o ônus da prova de modo diverso, desde que o faça por
decisão fundamentada, caso em que deverá dar à parte a oportu-
nidade de se desincumbir do ônus que lhe foi atribuído.
§ 2º A decisão prevista no § 1º deste artigo não pode gerar

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situação em que a desincumbência do encargo pela parte seja im-
possível ou excessivamente difícil.
Agora você vai analisar na tabela, com relação aos fatos que de-
vem ser provados, para ver a quem compete fazer a prova.
Crie uma sexta coluna à direita pra fazer essa anotação. A
esta coluna você vai dar o nome de “Quem deve produzir a prova
do fato”. Ao fazer isso você vai ter plena clareza sobre quem deve
produzir a prova de qual fato e tudo vai ficar absolutamente mais
fácil.

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Agora que você já sabe quais são, exatamente, os fatos que


compete a VOCÊ provar, você vai anotar na tabela as provas que
você tem para demonstrar a existência e veracidade de cada fato.
E para isso vai criar uma sétima coluna na tabela. Essa coluna
você vai dar o nome de “Qual é a prova desse fato”, e ao lado de
cada fato que compete a você provar, você vai anotar a prova que
você tem sobre ele.

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Por fim, você vai analisar aqueles fatos novos alegados pela
parte contrária e que competem a ela provar, mas vai ver se você
tem alguma contraprova sobre eles. E vai fazer eventual anotação
na tabela.
Para isso, você vai criar uma nova coluna na extrema direita da
tabela e vai dar o nome de “Contraprova”.

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DEPOIS QUE SUA TABELA ESTIVER PRONTA, VOCÊ ESTARÁ
ABSOLUTAMENTE PREPARADO PARA...
» Controlar a correção da decisão do juiz sobre a fixação dos pon-
tos controvertidos;
» Controlar a correção da decisão do juiz sobre a distribuição do
ônus da prova;
» Saber, exatamente, o que você precisa perguntar para a teste-
munha, para que fique provado cada fato controvertido;
» Saber exatamente quais perguntas são pertinentes e quais são
impertinentes na hora da audiência;
» Impugnar eventuais perguntas impertinentes feitas pelo adver-
sário
» Impugnar eventuais provas desnecessárias requeridas pelo ad-
versário;
» Sustentar a correção e pertinência de eventual pergunta indefe-
rida pelo juiz;
» Demonstrar, em alegações finais, onde está a prova de cada fato;
» Demonstrar, em eventual recurso, onde foi que o juiz errou na
sentença.
Agora mudando um pouco de assunto, quero te ajudar a se pre-
parar para situações inesperadas.
Meus amigos, só existem duas formas de você lidar com
as situações inesperadas que acontecem na vida e na sala de
audiências. A primeira é se preparar para EVITAR que as situações
aconteçam e a segunda é se preparar para saber como agir e o que
fazer, caso não seja possível evitar.

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Situações Inesperadas
Meus amigos, nas próximas páginas quero te mostrar como so-
lucionar algumas possíveis situações inesperadas. Vamos lá?
Primeira situação: Advogado que tenta induzir as respos-
tas da testemunha.
Você tem que ficar muito atento para ver se na hora que o ad-
vogado da parte contrária, começa a fazer as perguntas para a tes-
temunha, ele não está perguntando de alguma forma de maneira a
induzir a resposta.
E o que é induzir a resposta? Quando o advogado ao invés de
formular a pergunta de forma objetiva, ele faz uma afirmação e no
final dessa afirmação, ele faz pergunta à testemunha.
Deixa eu te dar um exemplo, que vai ajudar na sua compreensão,
imagine que uma testemunha está sendo ouvida em um processo
de acidente de trânsito, a forma correta do advogado perguntar se
ela presenciou o acidente de trânsito é falar: “Você estava presente
no dia e na hora tal? Você presenciou o momento da batida?”. Essa
é a forma adequada, mas, alguns advogados, às vezes, já tentam
induzir a resposta da testemunha de forma que favoreça a ele.
Por exemplo: “No dia tal, na hora tal, você presenciou o aciden-
te, né?”. E sempre termina com “né?”, na esperança de que a teste-
munha acabe “concordando”.
Se você presenciar o advogado da outra parte fazendo isso,
nesse exato momento, você tem que pedir a palavra e alegar uma
questão de ordem. Fale: “Excelência, o advogado não pode fazer
perguntas de forma induzir a resposta da testemunha, gostaria que
Vossa Excelência advertisse o patrono da parte contrária para que
ele faça as perguntas de forma objetiva”. É lógico que, às vezes, a
questão não é colocada dessa forma tão simplória, como acabei de
mostrar.
Mas se você não prestar atenção, o advogado consegue induzir

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uma resposta fazendo pequenas afirmações. Isso é muito comum.
Outra forma de tentar induzir é quando o advogado começa a
ler alguns trechos do processo, como se a testemunha conhecesse
a ação, na esperança de que ela confirme determinados trechos e
determinadas questões.
Você como advogado, tem sempre que exigir que a parte con-
trária faça perguntas de forma objetiva, nunca com afirmação na
pergunta. Se isso acontecer, você já sabe que tem que alegar uma
questão de ordem.
Segunda situação: Cliente mentiu para o advogado.
Você sabe o que fazer se o seu cliente mentir para você?
Imagine que o seu cliente é autor numa ação de reparação de
danos por acidente de trânsito, e tenha narrado a você que no mo-
mento dos fatos conduzia o veículo a 40 km/h.
No entanto, ao prestar depoimento em audiência ele declara, ao
magistrado, que estava entre 80 a 100 km/h.
Você sabe o que deve fazer para se livrar dessa mentira, dessa
contradição? O que fazer para que o juiz não pense que foi você
quem mentiu? O que fazer para não manchar a sua imagem profis-
sional pra sempre?
Quando eu percebo uma contradição, eu busco esclarecer na
hora...e a maioria faz isso!
O pior é que na maioria das vezes o cliente diz: “foi meu advo-
gado que colocou isso ai, doutor…”
Bom, eu recomendo que você, enquanto advogado, peça a pala-
vra assim que detectar essa contradição, e explique ao juiz que na
inicial consta exatamente aquilo que seu cliente declarou a você.
Para evitar esse tipo de problema, você tem que ter uma atitude
preventiva: fazer a parte assinar a inicial ou a contestação. E levar
a peça assinada no dia da audiência.
No momento da mentira, você ressalta que colocou em sua
peça os fatos como lhe foram contados, e que, inclusive, pegou a

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assinatura do cliente na peça.
Dessa forma, conseguirá manter sua credibilidade perante o
juízo.
Além disso, eu recomendo que você sempre tenha a assinatu-
ra do seu cliente em suas petições. Imprima, dê a ele para assinar,
digitalize e depois protocole eletronicamente. Isso vai garantir o
entendimento de que ele leu e está ciente dos fatos escritos por
você.
Terceira situação: O Juiz determina que você impugne,
oralmente, centenas de documentos em audiência, além da
contestação que tem 50 laudas.
Eu vou te ensinar agora como impugnar, ou melhor, como jamais
ter que impugnar diversos documentos em audiência, ganhando
prazo suficiente para fazer isso na tranquilidade do seu escritório.
Imagine-se nesta cena: você está em uma audiência de instrução
do Juizado Especial, representando a parte autora. No polo passivo
está uma instituição financeira, defendida por uma grande banca
de advocacia.
Assim que a audiência começar, a parte requerida apresenta
uma contestação com 50 páginas cheia de questões preliminares
e alegações de nulidade. Se isso não fosse o suficiente, a contes-
tação está acompanhada de mais de 100 documentos e o patrono
da parte requerida afirma que a documentação juntada prova que
seu cliente não tem qualquer direito.
Para a sua surpresa, o Juiz Leigo, que preside a audiência, vira-
-se pra você e diz: “Doutor, o senhor tem 15 minutos para impugnar
a contestação e todos os documentos apresentados”.
Como assim? Em 15 minutos não dá tempo sequer de ler a con-
testação de 50 páginas. E os mais de 100 documentos anexados?
E se no meio deles, de fato, existir algum documento que pode in-
duzir, o juízo, a erro e fazê-lo acreditar que o meu cliente não tem
direito?
Certamente essa seria a sua reação.

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Olha, se isso lhe parece ilógico ou irrazoável, eu quero que saiba
que essa cena se repete com muita frequência nas salas de audi-
ências pelo Brasil afora.
É o famoso contraditório de faz de conta.
Todo mundo sabe que em 15 minutos não é possível ler uma
grande contestação e vários documentos. Em apenas 15 minutos
não dá para exercer o direito ao contraditório com a mínima efici-
ência.
Mas, mesmo assim, essa situação costuma acontecer com frequ-
ência. E, infelizmente, os advogados com menos experiência, aca-
bam aceitando a situação por não saberem o que fazer ou como
agir.
Se a Constituição Federal garante o pleno exercício da ampla
defesa do seu cliente, você precisa ter um prazo, minimamente, vi-
ável para examinar a contestação ofertada pela parte e todos os
documentos que com ela foram juntados.
O que vou te contar agora é como eu ensino os meus alunos a
agirem, quando se deparam com uma situação como essa. Você vai
aprender a aplicar a técnica da argumentação lógica e matemática.
Quando tem que decidir sobre algo que não está claro na legis-
lação, o Magistrado ou mesmo o Juiz Leigo, no caso do Juizado Es-
pecial, ancora-se, basicamente, em duas coisas: no entendimento
da doutrina e da jurisprudência ou em um raciocínio lógico.
Com relação à questão que estamos tratando, a lei não esclare-
ce sobre o prazo para que o advogado possa impugnar contestação
e documentos apresentados em audiência, especialmente no Jui-
zado Especial. Da mesma forma, a doutrina e a jurisprudência são
vacilantes quanto ao tema.
Então, o que você vai fazer é basear-se em um raciocínio
lógico.
Você vai dizer ao presidente do ato: “Excelência, um leitor co-
mum, lê em média 150 palavras por minuto. Uma folha de papel do
tamanho A4 costuma ter cerca de 300 palavras. Obs.: essas infor-

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mações você pode conferir agora mesmo com uma simples consulta
na internet. Pois bem, levando em conta essa capacidade do leitor
médio, eu preciso de ao menos 2 minutos para ler cada uma das pá-
ginas da contestação que foi apresentada, assim como 2 minutos
para ler cada um dos documentos ofertados. Como a contestação
tem 50 páginas e foram ao menos 100 documentos apresentados,
eu necessito de pelo menos 300 minutos para fazer a leitura de
toda a documentação. Vossa excelência não espera e tampouco
vai exigir que eu faça a impugnação de uma contestação e de inú-
meros documentos sem sequer fazer a leitura dos mesmos, né?”
Continue da seguinte forma: “‘Então, eu concordo plenamente
com o prazo de 15 minutos para impugnar a contestação e os docu-
mentos, contanto que me seja oportunizado ler todas essas peças
anteriormente. E como eu acabei de demonstrar, para essa leitura
eu preciso de 300 minutos, ou seja, de pelo menos 5 horas. Mas,
é claro que eu também não quero atrasar a pauta de audiências e
também não quero que o colega advogado, da parte contrária, per-
maneça aqui durante às 5 horas que preciso para ler toda a docu-
mentação. Então, se Vossa Excelência preferir e se o nobre colega
concordar, eu posso apresentar a impugnação por escrito, no prazo
máximo de 24 horas. Assim, não atrasamos a audiência e o meu
cliente poderá exercer plenamente o direito constitucional ao con-
traditório”.
Pode apostar que, após apresentar esse simples raciocínio ló-
gico e matemático, o deferimento do seu pedido será inevitável.
Você não precisará passar pelo sufoco de ter que ler com pressa e
impugnar de forma açodada os documentos desconhecidos apre-
sentados em audiência.
O presidente do ato não vai querer atrasar toda a pauta de audi-
ências para ficar esperando horas e horas você ler todas as peças.
E o advogado adversário tampouco vai querer ficar mais de 5 horas
em uma audiência. Será muito mais fácil e cômodo, deferir o prazo
de 24 horas pugnado por você.
Mas caso isso não aconteça, caso o presidente do ato, de forma

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truculenta e sem qualquer fundamento, insistir para que você se
manifeste em apenas 15 minutos, você vai simplesmente registrar
que isso é impossível de ser feito, pelas razões lógicas e matemá-
ticas que eu acabei de te explicar e vai exigir que isso fique cons-
tado em ata.
No futuro, caso o seu cliente saia perdedor na demanda, você
poderá alegar a nulidade de todo o processo em razão dessa ofen-
sa ao direito à ampla defesa.
Veja como a falta de experiência poderia levá-lo a aceitar esse
tipo de situação sem fazer qualquer argumentação ou registro, pre-
judicando sobremaneira o seu cliente.
Quarta situação: A testemunha, no momento do depoi-
mento, mostra um documento importante.
Imagine que, você advoga para o autor e que arrolou uma tes-
temunha, durante a audiência, em seu depoimento, ela fala: “Exce-
lência, inclusive eu tenho aqui no meu celular uma mensagem do
réu confessando tudo”.
Isso pode ser apresentado na hora da audiência?
O art. 403, parágrafo único, fala da possibilidade de o juiz obri-
gar o terceiro a entregar os documentos.
Bom, durante a audiência só pode ser apresentado aquilo que já
estiver previamente no processo.
Se você, como advogado, presenciar a testemunha que mostra
uma documentação que não está presente no processo, de imedia-
to você deverá pedir a palavra e pedir ao magistrado que essa do-
cumentação seja juntada ao processo, para que a outra parte tenha
a ciência e para que esse documento seja explorado no processo.
Você irá explicar, ao magistrado, que não tinha conhecimento
deste documento antes, bem como que ele estava em posse da
testemunha, ademais que a testemunha nunca comentou com seu
cliente da existência do mesmo. Por fim, por se tratar de um docu-
mento, o mesmo deverá ser exibido no processo.

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Está vendo como a audiência pode lhe trazer surpresas e que se
você não souber como agir você irá travar na hora do ato?
Com o avanço tecnológico e dos meios de comunicação, essa
situação relatada é plenamente possível. Pois, a testemunha pode,
por meio das redes sociais, encontrar alguma prova que beneficie
o cliente sem nem ele mesmo saber.
Atenção! Se você estiver advogando para a parte contrária, ou
seja, para o réu do processo, você irá insurgir contra esta prova
afirmando que este documento não pertence ao processo, e em
nenhum momento requerer sua juntada, apenas alegar a ilegalida-
de da prova.
Quinta situação: testemunha com medo de prestar depoi-
mento, muito nervosa.
Imagine que a testemunha te procure dias antes, ou até mesmo
no dia da audiência, e fala que está com medo de prestar depoi-
mento. O que fazer?
Olha, eu recomendo que nestes casos você procure o magistra-
do (o juiz que vai presidir o ato), e explique para ele que a testemu-
nha está com medo de prestar depoimento na frente do réu ou do
autor.
No processo criminal, isso é muito comum, principalmente, em
cidades do interior, em que a testemunha fica com medo de prestar
depoimento na frente do réu na sala de audiências.
Nestes casos, você deve, então, procurar o magistrado, explicar
a situação para ele e pedir para que na audiência, no momento em
que essa testemunha for ouvida, que a parte que a incomoda se
retire, sendo ela representada por seu advogado.
Faça isso! Essa atitude, muitas vezes, é mais efetiva do que peti-
cionar, pois, pode ser que não dê tempo do juiz apreciar sua petição
até o momento da audiência. Então, procure o magistrado, e se não
der tempo, momentos antes da audiência, procure o magistrado e
fale com ele, reservadamente, explicando a situação.

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Sexta situação: O advogado da parte contrária é desres-
peitoso com você.
Essa dúvida é muito comum e talvez seja a sua.
E se o advogado da outra parte começar a ser descortês ou tal-
vez até desrespeitoso com você? O que você deve fazer? Em que
momento você deve agir?
Bom, todas as partes e atores do processo têm o dever de tratar
os presentes com urbanidade. Seja a parte, seja o advogado, seja
a testemunha, isso é um regramento do Código de Processo Civil,
que se estende ao Processo Penal, ao Processo Trabalhista, etc.
Então, se o advogado da parte contrária começar a ser intran-
sigente, descortês ou faltar com respeito, neste exato momento,
no momento da falta de respeito, você vai pedir a palavra ao juiz e
exigir que o patrono da parte contrária observe o dever de urbani-
dade. Faça esse alerta no exato momento, não deixe passar. Essa
advertência também serve para o juiz. Se você também observar
que o juiz está faltando com urbanidade peça a palavra e faça essa
advertência.
Sétima situação: Você descobre, na hora da audiência, que
perdeu o prazo para arrolar testemunhas. E agora, o que fa-
zer? No seu caso, o que fazer se você efetivamente perdeu o
prazo? Preparar o bolso?
Você pode se valer da ação probatória autônoma, prevista no
art. 381 e seguintes do Código de Processo Civil. Eu vou te ensinar
uma saída que pode te salvar, você vai usar um coringa da legisla-
ção.
Você vai se valer do disposto no art. 381, § 5º, do CPC e ajui-
zar uma Ação Probatória Autônoma. O procedimento serve apenas
para a produção da prova. O Juiz não se pronuncia sobre ela. Não
há defesa, mas apenas participação dos interessados na colheita
da prova.
Você precisa agir muito rapidamente para produzir a prova an-
tes de o processo principal encerrar, antes dele ser sentenciado.

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E depois que a prova é produzida ela lhe é entregue. Aí você vai
fazer a juntada na ação pertinente, como prova documental.
E vai explicar que se trata de um documento novo, que não
existia anteriormente
Mas observe que o processo principal não vai parar. Se houver
sentença, aí talvez só lhe reste a rescisória e se for o caso.
Mas como no Brasil as sentenças costumam demorar, você tem
muita chance de salvar o seu processo.
Essas são apenas sete situações inesperadas que eu relatei e
solucionei para você. Na tabela a seguir eu enumerei 40 situações
inesperadas, das quais você deve ter conhecimento. Veja:

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Tabela das Situações Inesperadas

SITUAÇÕES
INESPERADAS COMO AGIR
V ra o advogado da outra parte instruindo as ENSINO NA IMERSÃO AO
1
testemunhas no corredor do fórum, antes da audiência VIVO E GRATUITA

O seu cliente mentiu para você e a mentira é descoberta ENSINO NA IMERSÃO AO


2
no meio da audiência VIVO E GRATUITA

A testemunha compareceu aparentando estar ENSINO NA IMERSÃO AO


3 VIVO E GRATUITA
embriagada

O Advogado ou o juiz fazem perguntas induzindo as ENSINO NA IMERSÃO AO


4 VIVO E GRATUITA
respostas

O Juiz quer te obrigar a impugnar centenas de ENSINO NA IMERSÃO AO


5
documentos em pouco tempo, lá na audiência VIVO E GRATUITA

A testemunha mostra um documento novo no momento ENSINO NA IMERSÃO AO


6 da audiência VIVO E GRATUITA

Você descobre, na hora da audiência, que perdeu o prazo ENSINO NA IMERSÃO AO


7 para arrolar testemunhas VIVO E GRATUITA
A parte contrária apresentou em audiência documentos que Aprenda no Treinamento
8 desmentem a sua tese na ação (e que foram omitidos pelo Expert em Audiências -
seu cliente) clique aqui
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O seu cliente foi intimado pessoalmente para prestar
9 Expert em Audiências -
depoimento pessoal, mas não compareceu em audiência. clique aqui
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A parte contrária e seu advogado não compareceram à
10 Expert em Audiências -
audiência, mas enviaram testemunhas clique aqui
Aprenda no Treinamento
A testemunha compareceu sem documento de
11 Expert em Audiências -
iden clique aqui
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A testemunha que você arrolou começa a prestar
12 Expert em Audiências -
depoimento prejudicial ao seu cliente. clique aqui
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O juiz consigna em ata palavras diversas das que foram ditas
13 Expert em Audiências -
pela testemunha, mudando o sentido do depoimento clique aqui
A parte contrária pede para sair da sala de audiência e você Aprenda no Treinamento
14 descon rá instruir as testemunhas que ainda Expert em Audiências -
não foram ouvidas. clique aqui
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Você pede a redesignação da audiência, mas o juiz não
15 Expert em Audiências -
decide antes da data marcada clique aqui
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A videoconferência é designada, mas você não recebe o
16 Expert em Audiências -
link da sala clique aqui
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17 O seu link de videoconferência não abre Expert em Audiências -
clique aqui
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18 O Juiz corta o seu microfone na videoconferência Expert em Audiências -
clique aqui
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19 A sua internet cai no meio da videoconferência Expert em Audiências -
clique aqui
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O Juiz autoriza, contra a sua vontade, que a testemunha seja ouvida
20 Expert em Audiências -
por videoconferência no escritório do advogado da parte contrária
clique aqui

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Tabela das Situações Inesperadas

SITUAÇÕES
INESPERADAS COMO AGIR
Aprenda no Treinamento
O seu cliente não dispõe de equipamento para participar
21 Expert em Audiências -
da videoconferência clique aqui
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O Juiz se nega a iniciar a videoconferência porque o
22 Expert em Audiências -
advogado ou o cliente estão com a câmera desligada clique aqui
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23 O juiz faz algum tipo de prejulgamento na audiência Expert em Audiências -
clique aqui
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O advogado da outr zendo caras e bocas Expert em Audiências -
24
enquanto você formula perguntas às testemunhas clique aqui
Aprenda no Treinamento
25 A testemunha começa a mentir no depoimento Expert em Audiências -
clique aqui
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A parte contrária pretende substituir uma testemunha lá
26 Expert em Audiências -
na audiência e já leva a testemunha substituta para o ato clique aqui
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O magistrado se recusa a constar um requerimento seu
27 Expert em Audiências -
em ata clique aqui
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A testemunha disse a você que iria, mas não compareceu na
28 Expert em Audiências -
audiência.. clique aqui
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Você é proibido de se entrevistar com o seu cliente antes
29 Expert em Audiências -
da audiência criminal clique aqui
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O seu cliente é mantido algemado durante a audiência
30 Expert em Audiências -
criminal, sem qualquer jus ativa clique aqui
Aprenda no Treinamento
O Juiz quer iniciar a ins ntos
31 Expert em Audiências -
controvertidos clique aqui
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O Juiz trata as partes e advogados de forma visivelmente
32 diferente, sendo grosseiro com uma parte e carinhoso com outra
Expert em Audiências -
clique aqui
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O promotor ou advogado da parte contrária começa a ser
33 Expert em Audiências -
extremamente grosseiro com o seu cliente clique aqui
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O Juiz dispensa ou sugere que você dispense suas Expert em Audiências -
34 testemunhas em audiência clique aqui
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Você tem um bloqueio mental e trava na audiência ou
35 Expert em Audiências -
esquece o que deveria falar ou perguntar clique aqui
Aprenda no Treinamento
36 O Juiz altera o ônus da prova no momento da audiência Expert em Audiências -
clique aqui
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O Juiz te impede de participar da audiência por você não
37 Expert em Audiências -
estar devidamente trajado (sem gravata e etc) clique aqui
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O Juiz resolve alterar o procedimento da audiência sem o
38 Expert em Audiências -
consentimento das partes clique aqui
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O Juiz ou o escrevente pede para que você saia da sala e
39 Expert em Audiências -
nte clique aqui
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O Juiz ou o conciliador começam a forçar um acordo na
40 Expert em Audiências -
audiência clique aqui

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Tudo sobre as audiências
por videoconferência
Agora, vamos falar sobre uma realidade sem volta: as audiências
por videoconferência. Pode apostar que ela é o NOVO NORMAL.
Isso significa que você tem duas opções:
1) Ficar criticando o ato e se limitar a dizer que não vai dar
certo, que é o fim da Justiça e blá, blá, blá... ou;
2) Estudar tudo o que está relacionado ao ato e se pre-
parar para o que pode acontecer, inclusive para as situações
inesperadas.
O ato tem vantagens e desvantagens, eu vejo mais vantagens
do que desvantagens. Mas, independente de qualquer coisa, esse
é o caminho da evolução natural, como aconteceu com o processo
eletrônico.
E uma coisa você precisa saber: a realização de audiência por
videoconferência não é novidade alguma. Eu realizo este ato por
este formato há mais de 4 anos. O que é novidade é a sua expan-
são para tribunais e juízos, que até então não utilizavam esse sis-
tema.
Por que audiência por videoconferência é o NOVO NORMAL?
Porque os tribunais, que não utilizavam esse sistema passaram
a ter que utilizar, puderam sentir as inúmeras vantagens que o ato
pode trazer aos processos. É possível economizar recursos, basta
imaginar as despesas com deslocamento de magistrados para rea-
lização de audiências, onde não há juiz lotado ou onde o juiz está
de férias.
É possível, também, economizar tempo, é só lembrar quanto
tempo leva para se cumprir uma carta precatória (para se ouvir uma
testemunha em local distante) e uma carta rogatória.
Evita a fuga de presos, diminui custos elevados com desloca-
mento e evita deslocamento de vários agentes de polícia.

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Além disso, os tribunais tiveram que investir alto em recursos
tecnológicos para a realização do ato e não vão querer dar esse in-
vestimento como perdido.
O CNJ, a quem compete orientar e padronizar o funcionamen-
to da Justiça no Brasil, demonstra, claramente, a intenção de levar
adiante a realização das videoconferências, mesmo após o término
da pandemia.
Vale ressaltar que o CNJ, através da Resolução nº 345, de 9 de
outubro de 2020, autorizou os tribunais a criarem juízos 100% digi-
tais, o que mostra que é um “caminho sem volta”. O Art. 5º, da men-
cionada resolução, preceitua que “As audiências e sessões no Juízo
100% Digital ocorrerão exclusivamente por videoconferência”.
Que tipo de audiência pode ser realizada por videoconferência?
Quase todo tipo de audiência: Cível, Conciliação, Trabalhista,
Eleitoral, Justificação, Instrução, Criminal, inclusive a de Custódia,
de acordo com a Resolução n.º 357 de 26/11/2020, do CNJ, que
anteriormente não podia.
Agora vou te mostrar a previsão processual, olha só:

CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL


Art. 236, §3º - Admite-se a prática de atos processuais por meio
de videoconferência ou outro recurso tecnológico de transmissão
de sons e imagens em tempo real.
Art. 385, §3º - O depoimento pessoal da parte que residir em
comarca, seção ou subseção judiciária diversa daquela onde trami-
ta o processo poderá ser colhido por meio de videoconferência ou
outro recurso tecnológico de transmissão de sons e imagens em
tempo real, o que poderá ocorrer, inclusive, durante a realização da
audiência de instrução e julgamento.
Art. 453, §1º - A oitiva de testemunha que residir em comarca,
seção ou subseção judiciária diversa daquela onde tramita o pro-
cesso poderá ser realizada por meio de videoconferência ou outro
recurso tecnológico de transmissão e recepção de sons e imagens

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em tempo real, o que poderá ocorrer, inclusive, durante a audiência
de instrução e julgamento.
CÓDIGO DE PROCESSO PENAL
Art. 185, §2º - Excepcionalmente, o juiz, por decisão fundamen-
tada, de ofício ou a requerimento das partes, poderá realizar o in-
terrogatório do réu preso por sistema de videoconferência ou outro
recurso tecnológico de transmissão de sons e imagens em tempo
real, desde que a medida seja necessária para atender as finalida-
des do inciso I, II, III e IV.
Art. 222 - A testemunha que morar fora da jurisdição do juiz
será inquirida pelo juiz do lugar de sua residência, expedindo-se,
para esse fim, carta precatória, com prazo razoável, intimadas as
partes. §3º - Na hipótese prevista no caput deste artigo, a oitiva
de testemunha poderá ser realizada por meio de videoconferência
ou outro recurso tecnológico de transmissão de sons e imagens em
tempo real, permitida a presença do defensor e podendo ser rea-
lizada, inclusive, durante a realização da audiência de instrução e
julgamento.
LEI DO JUIZADO ESPECIAL
Art. 22, § 2º É cabível a conciliação não presencial conduzida
pelo Juizado mediante o emprego dos recursos tecnológicos dispo-
níveis de transmissão de sons e imagens em tempo real, devendo
o resultado da tentativa de conciliação ser reduzido a escrito com
os anexos pertinentes.
Art. 23. Se o demandado não comparecer ou recusar-se a parti-
cipar da tentativa de conciliação não presencial, o Juiz togado pro-
ferirá sentença.
RESOLUÇÕES DO CNJ sobre o assunto:
Antes de mais nada, é importante você saber que uma resolu-
ção jamais pode contrariar uma lei, ela serve para complementar,
para dar detalhamento a uma lei.
O CPC (que é uma Lei) fala que a oitiva de testemunha pode se
dar por videoconferência. Os tribunais, através de resoluções, de-

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talham qual ferramenta irão usar para realizar a videoconferência.
Uma resolução não pode criar proibição genérica e abstrata, dirigi-
da a toda a população, se isso não foi criado pela lei.
Exemplo: Pode o CNJ, através de uma resolução, dizer que a au-
diência de custódia não pode ser feita por videoconferência? Como
vimos, o STF disse que o CNJ não pode fazer isso.
Por que, muitas vezes, a resolução acaba extrapolando a sua fi-
nalidade? Em razão da necessidade de regular alguns atos da vida
que dependem do Congresso Nacional. Mas, como há demora do
congresso, o órgão administrativo acaba extrapolando sua atribui-
ção e regulando, através de resoluções, coisas que deveriam ser
tratadas por lei.
Resolução n.º 314 do CNJ (20 de abril de 2014), CLIQUE AQUI
para acessar seu inteiro teor. O que ela fala de importante sobre
o assunto? Caso os atos processuais não puderem ser praticados,
por meio eletrônico ou virtual, por absoluta impossibilidade técnica
ou prática, devem ser adiados (Art. 3, § 2º).
As audiências em primeiro grau de jurisdição por meio de vi-
deoconferência devem considerar as dificuldades de intimação de
partes e testemunhas, realizando-se esses atos somente quando
for possível a participação, vedada a atribuição de responsabilida-
de aos advogados e procuradores em providenciarem o compareci-
mento de partes e testemunhas a qualquer localidade fora de pré-
dios oficiais do Poder Judiciário para participação em atos virtuais.
(Art. 6, § 3º).
Resolução nº 318 do CNJ (7 de maio de 2020), CLIQUE AQUI
para acessar seu inteiro teor. O que ela fala sobre o assunto?
Fala da necessidade de a intimação das partes, procuradores, MP,
para a audiência por videoconferência, ser realizada pelos órgãos
oficiais, observando o interstício mínimo de 5 dias (Art. 6º).
Resolução nº 322 do CNJ (1 de junho de 2020), CLIQUE AQUI
para acessar seu inteiro teor. O que ela fala sobre o assunto?
Autorizou a retomada gradual das atividades presenciais. Especial-

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mente sobre as audiências, estabeleceu que fica autorizada a reali-
zação de: audiências envolvendo réus presos, inclusive a realização
de sessões do júri nessas mesmas circunstâncias; adolescentes em
conflito com a lei em situação de internação; crianças e adolescen-
tes em situação de acolhimento institucional e familiar; e outras
medidas, criminais e não criminais, de caráter urgente, quando de-
clarada a inviabilidade da realização do ato de forma integralmente
virtual, por decisão judicial.
Resolução nº 329 do CNJ (30 de julho de 2020), CLIQUE AQUI
para acessar seu inteiro teor. O que ela fala sobre o assunto?
Regulamenta e estabelece critérios para a realização de audiências
e outros atos processuais por videoconferência, em processos pe-
nais e de execução penal, durante o estado de calamidade pública,
reconhecido pelo Decreto Federal nº 06/2020, em razão da pande-
mia mundial por Covid-19.
Resolução nº 330 do CNJ (26 de agosto de 2020), CLIQUE
AQUI para acessar seu inteiro teor. O que ela fala sobre o
assunto? Regulamenta e estabelece critérios para a realização de
audiências e outros atos processuais por videoconferência, em pro-
cessos de apuração de atos infracionais e de execução de medidas
socioeducativas, durante o estado de calamidade pública, reconhe-
cido pelo Decreto Federal nº 06/2020, em razão da pandemia mun-
dial por Covid-19.
Resolução nº 337 do CNJ (29 de setembro de 2020), CLIQUE
AQUI para acessar seu inteiro teor. Dispõe sobre a utilização
de sistemas de videoconferência no Poder Judiciário.
Resolução nº 341 do CNJ (7 de outubro de 2020), CLIQUE
AQUI para acessar seu inteiro teor. Determina que os tribu-
nais criem salas para as audiências por videoconferência.
Resolução nº 345 do CNJ (9 de outubro de 2020), CLIQUE
AQUI para acessar seu inteiro teor. Dispõe sobre o “Juízo
100% Digital” e dá outras providências.
Resolução nº 357 do CNJ (26 de novembro de 2020) CLIQUE
AQUI para acessar seu inteiro teor. Dispõe sobre a realiza-

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ção de audiências de custódia por videoconferência quando não for
possível a realização, em 24 horas, de forma presencial.
Você precisa conhecer a regulamentação legal local. As Corre-
gedorias dos Tribunais, têm baixado ato regulamentando o uso da
videoconferência em tempos de Covid-19.
É o tribunal que escolhe, por exemplo, qual ferramenta irá utili-
zar para o ato e vários outros detalhes. Como ter acesso a algumas
dessas regulamentações? Diretamente no site dos tribunais e cor-
regedorias.
Agora a pergunta que não quer calar: a parte pode ser obrigada
a aceitar a realização da audiência por videoconferência? DEPENDE!
A realização da videoconferência, hoje, é decisão do Juiz do Pro-
cesso. Então, ele pode decidir por fazer, ainda que as partes não
queiram, todavia, a forma de realização do ato deve observar a le-
gislação vigente.
A videoconferência não pode ser realizada de qualquer
maneira ou como quiser a criatividade do Juiz. A lei fornece
alguns requisitos mínimos que devem ser obedecidos e o CNJ, atra-
vés de Resoluções, tem fornecido mais detalhamento.

AUDIÊNCIAS DE CONCILIAÇÃO
Não há nada que impeça a sua realização por videoconferência.
Há previsão legal, inclusive nos Juizados Especiais.
Se a parte não tiver recursos tecnológicos para participar, deve
informar previamente ao juízo. O Juízo disponibiliza a sala ou sus-
pende o ato. Art. 3º, § 1º, da Resolução n.º 329 de 30/07/2020:
Somente não será realizada, caso alegada, por simples petição, a
impossibilidade técnica ou instrumental de participação por algum
dos envolvidos.

AUDIÊNCIA DE SANEAMENTO
Não há nada que impeça a sua realização por videoconferência.
Como não é obrigatória a presença da parte nesta audiência, a vi-

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deoconferência pode acontecer apenas com a presença dos advo-
gados.
Se o próprio advogado não tiver recursos tecnológicos para par-
ticipar, deve informar previamente ao juízo, assim, o juízo disponibi-
lizará uma sala ou suspenderá o ato.
Art. 3º, § 1º, da Resolução n.º 329 de 30/07/2020: Somente não
será realizada, caso alegada, por simples petição, a impossibilidade
técnica ou instrumental de participação por algum dos envolvidos.

AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO
É possível a sua realização, desde que respeitados alguns prin-
cípios e regras:
1. A parte que ainda não prestou depoimento pessoal (ou inter-
rogatório) não pode assistir ao depoimento da outra.
Art. 385, § 2º, CPC: É vedado a quem ainda não depôs assistir ao
interrogatório da outra parte.
2. Uma testemunha que ainda não prestou depoimento, não
pode assistir outros depoimentos.
Art. 456. O juiz inquirirá as testemunhas separadas e sucessi-
vamente, primeiro as do autor e depois as do réu, e providenciará
para que uma não ouça o depoimento das outras.
3. Incomunicabilidade das testemunhas.
Art. 456. O juiz inquirirá as testemunhas separadas e sucessi-
vamente, primeiro as do autor e depois as do réu, e providenciará
para que uma não ouça o depoimento das outras.
Se a sua audiência já aconteceu e não foram respeitados es-
ses princípios e regras, é possível pedir a nulidade do ato. Se a sua
audiência foi designada e há indicativo de que esses princípios e
regras não serão respeitados, você deve pleitear imediatamente a
suspensão do ato.
Se as partes ou testemunhas forem ouvidas fora da sede do
juízo (através do seu aparelho ou no escritório do advogado), não

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há como garantir a incomunicabilidade. Da mesma forma, não há
como garantir que elas não serão orientadas. Você deve exigir que
as partes e testemunhas sejam ouvidas em ambiente forense, para
resguardar a incomunicabilidade. Caso isso não seja possível, que o
ato seja suspenso.

PLATAFORMAS DE VIDEOCONFERÊNCIA
USADAS PELOS TRIBUNAIS
• CISCO WEBEX, usado pelo CNJ. CLIQUE AQUI para ter acesso ao
tutorial de como baixar e usar o Cisco Webex.
• MICROSOFT TEAMS, usado pelo TJ/SP. CLIQUE AQUI para ter
acesso ao tutorial de como baixar e usar esta ferramenta.
• GOOGLE MEET, CLIQUE AQUI para ter acesso ao tutorial de como
baixar e usar esta ferramenta.
• ZOOM, CLIQUE AQUI para ter acesso ao tutorial de como baixar
e usar esta ferramenta.
• SKYPE, CLIQUE AQUI para ter acesso ao tutorial de como baixar
e usar esta ferramenta.
É fundamental que você conheça o funcionamento da platafor-
ma antes da audiência para evitar inúmeros problemas.

COMO AS AUDIÊNCIAS POR


VIDEOCONFERÊNCIA ESTÃO
ACONTECENDO NA PRÁTICA
1) O Juiz despacha no processo designando a audiência
por videoconferência.
2) O cartório cria o ato (a reunião) na plataforma digital,
cadastra o processo, as partes, os advogados, etc. O sistema
gera um link para ingresso na sala.
3) O link de ingresso na sala é enviado para o email cadas-
trado para o advogado e para as partes. Por isso, na prática, é
muito importante que você mantenha atualizado o seu email jun-

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to ao cartório. Caso seja necessário, peticione informando o email
atualizado.
4) O cartório deve providenciar a intimação formal de to-
dos os envolvidos. Essa intimação deve ser feita da maneira que
sempre ocorreu: pelo Diário Oficial, pessoalmente, por oficial de Jus-
tiça ou AR, por carga do processo, por telefone, WhatsApp (apenas
onde isso já era possível de ser feito, mediante regulamentação
local).
O Ministério Público e a defesa técnica serão intimados da deci-
são que determinar a realização de audiência por videoconferência,
com antecedência mínima de 10 dias. Art. 8º, III, da Resolução do
CNJ de n.º 329, de 30/07/2020.
Observar que o Tribunal local tem legitimidade para, em tempos
atuais, alterar a forma de intimação para as audiências. Por isso,
é muito importante que você veja a situação dos estados em que
você atua.

PROBLEMAS QUE PODEM OCORRER


RELACIONADOS A AUDIÊNCIAS POR
VIDEOCONFERÊNCIA
1) Fui intimado através de um email desatualizado? É sua
obrigação manter os dados do advogado e da parte atualizados.
Art. 274. Não dispondo a lei de outro modo, as intimações serão
feitas às partes, aos seus representantes legais, aos advogados e
aos demais sujeitos do processo pelo correio ou, se presentes em
cartório, diretamente pelo escrivão ou chefe de secretaria. Parágra-
fo único. Presumem-se válidas as intimações dirigidas ao endereço
constante dos autos, ainda que não recebidas pessoalmente pelo
interessado, se a modificação temporária ou definitiva não tiver
sido devidamente comunicada ao juízo, fluindo os prazos a partir da
juntada aos autos do comprovante de entrega da correspondência
no primitivo endereço.

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2) Fui intimado, mas não recebi o link da audiência por
email ou por outro modo (ou o link não abre/não funciona).
Peticionar urgente, antes da audiência, solicitando o link e in-
formando o problema. Lembre-se da boa-fé processual. Nesse mo-
mento delicado que estamos vivendo, seja compreensivo com os
erros e mostre a sua boa vontade em querer ajudar e resolver.
3) A audiência aconteceu, mas eu não fui intimado de for-
ma alguma.
Erros em intimações devem ser noticiados através de petição,
com pedido de redesignação do ato.
4) Quem faz a intimação da testemunha?
Sobre isso valem as mesmas regras da audiência normal (salvo
se o seu tribunal baixou regra específica).

NA JUSTIÇA COMUM CÍVEL


Na Justiça Comum Cível, consoante o artigo 455 do CPC, cabe
ao advogado da parte informar ou intimar a testemunha por ele
arrolada do dia, da hora e do local da audiência designada, dispen-
sando-se a intimação do juízo. Prove que você fez essa intimação,
sempre.
§ 1º A intimação deverá ser realizada por carta com aviso de
recebimento, cumprindo ao advogado juntar aos autos, com ante-
cedência de pelo menos 3 (três) dias da data da audiência, cópia da
correspondência de intimação e do comprovante de recebimento.
§ 4º A intimação será feita pela via judicial quando:
I - for frustrada a intimação prevista no § 1º deste artigo;
II - sua necessidade for devidamente demonstrada pela parte
ao juiz;
III - figurar no rol de testemunhas servidor público ou militar,
hipótese em que o juiz o requisitará ao chefe da repartição ou ao
comando do corpo em que servir;
IV - a testemunha houver sido arrolada pelo Ministério Público
ou pela Defensoria Pública;

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V - a testemunha for uma daquelas previstas no art. 454.
§ 2º A parte pode comprometer-se a levar a testemunha à audi-
ência, independentemente da intimação de que trata o § 1º, presu-
mindo-se, caso a testemunha não compareça, que a parte desistiu
de sua inquirição.
Então, na prática, você deve providenciar a intimação da teste-
munha, informando a ela o local (ou o link) em que ela deve compa-
recer.

PROBLEMAS QUE PODEM OCORRER


RELACIONADOS A AUDIÊNCIAS NA
JUSTIÇA COMUM CÍVEL
1) Na audiência de instrução, as partes e testemunhas de-
vem ser ouvidas aonde?
a) No lugar onde ela estiver com o seu próprio equipamento?
Bom, desta forma não há como resguardar o princípio da incomuni-
cabilidade das testemunhas.
Art. 456. O juiz inquirirá as testemunhas separadas e sucessi-
vamente, primeiro as do autor e depois as do réu, e providenciará
para que uma não ouça o depoimento das outras.
b) No escritório do advogado?
O Art. 6, § 3.º, da Resolução 314 do CNJ: As audiências em primeiro
grau de jurisdição por meio de videoconferência devem considerar
as dificuldades de intimação de partes e testemunhas, realizando-
-se esses atos somente quando for possível a participação, veda-
da a atribuição de responsabilidade aos advogados e procuradores
em providenciarem o comparecimento de partes e testemunhas a
qualquer localidade fora de prédios oficiais do Poder Judiciário para
participação em atos virtuais.
c) No prédio do Fórum, em ambiente preparado para isso? Para
mim essa é uma forma possível e segura, por enquanto.
d) Na Delegacia de Polícia ou no Batalhão da PM, quando se tra-

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ta de policiais? Desta forma não há como resguardar o princípio da
incomunicabilidade das testemunhas. Uma alternativa é pedir que
um Oficial de Justiça acompanhe a colheita da prova lá na Delega-
cia, para garantir a incomunicabilidade, na prática.
2) E se a testemunha não dispuser de meios eletrônicos
para participar do ato? Se ela te relatar isso, você deve informar
ao juízo imediatamente.
Você pode optar por levá-la até o seu escritório? Se for essa a
sua opção, eu informaria isso ao juízo previamente. Se for essa a
opção da parte contrária, você pode se insurgir alegando que não
há garantias de um depoimento isento e até mesmo da incomuni-
cabilidade.
Art. 10. Quando informado que o réu, o ofendido ou a testemunha
não disponham de recursos adequados para acessar a videoconfe-
rência, poderá o magistrado, ouvidas as partes, em casos urgentes,
autorizar, por decisão fundamentada, medidas excepcionais para
viabilizar a oitiva, desde que respeitada as normas constitucionais
e processuais vigentes. Resolução CNJ n.º 329 de 30/07/2020.
3) E se no dia da audiência o seu link não funcionar, não
abrir? E se a senha não funcionar? Tire print da tela, grave e ao
mesmo tempo grave um teste de internet. Algumas páginas per-
mitem testar a internet, então, recomendo que você teste HOJE a
velocidade da sua internet.
CLIQUE AQUI para que você tenha acesso ao site para testar a
velocidade da sua internet.
CLIQUE AQUI para acessar o Speedtest by Ookla, que é outra
ferramenta que te permite testar a velocidade da sua internet.
O que importa saber é a taxa de UPLOAD e não apenas a de
download.
É necessário entendermos que, basicamente, existem dois tipos
de banda de internet. A de download, que é aquela velocidade que
você escolhe quando contrata um plano para sua casa/empresa; e
a de upload, que transporta os dados do seu computador para os

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outros (é esta que importa na hora de fazer a transmissão ao vivo).
O ideal é que estejam disponíveis pelo menos 5 Mbps de upload
para transmissões simples. Já as transmissões em HD precisam de,
pelo menos, 10 Mbps de conexão estável.
A Resolução CNJ n.º 329 de 30/07/2020, em seu art. 5º, diz que
não poderão ser interpretadas em prejuízo das partes eventuais fa-
lhas de conexão de internet ou dos equipamentos de áudio e vídeo
durante as audiências ou na realização de atos processuais diversos
realizados por videoconferência. Em caso de dificuldade técnica, a
audiência será interrompida e redesignada para outra data (Art. 7º,
parágrafo único).
4) E, se no momento da audiência a sua internet não fun-
cionar? Tenha sempre como provar que fez tudo o que estava ao
seu alcance. Se tiver como, comprove e peça a redesignação do ato.
5) Prepare um bom ambiente para o ato.
Esteja em um local sem barulho, com boa visualização, sem pes-
soas passando ao fundo. Use uma roupa adequada e cuidado ao
entrar na sala.
6) Você precisa baixar algum programa para participar? No
computador, em regra não. No celular, sim.
Então, baixe com bastante antecedência, para evitar surpresas.
7) Grave todo o ato.
8) Prepare-se para situações inesperadas e não vire o pró-
ximo MEME da internet.
9) Antes do encerramento do ato, o magistrado deve ler
toda a ata e indagar às partes se estão ou não de acordo com o
seu conteúdo (Resolução n.º 329 do CNJ, de 30/07/2020).
Art. 17. Da ata da audiência em meio virtual, deverá constar: §
2º Antes da assinatura e publicação da ata, o magistrado deverá
disponibilizá-la às partes para que manifestem, na gravação, se es-
tão ou não de acordo com o seu conteúdo.

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10) Observação importante:
O detalhamento que o CNJ deu à audiência por videoconferên-
cia criminal, aplica-se a todos os demais tipos de audiências das
demais competências:
Art. 20. As audiências em primeiro grau de jurisdição nas demais
competências e as sessões de julgamento das turmas recursais e
do segundo grau de jurisdição poderão ser realizadas por videocon-
ferência, ressalvados os casos descritos nesta Resolução.
Parágrafo único. Serão aplicadas integralmente, no que couber,
as disposições previstas no Capítulo I desta Resolução, para desig-
nação e realização das audiências e sessões de julgamento por vi-
deoconferência.

OBSERVAÇÕES FINAIS
Você percebeu o quanto é importante estar atento às mudanças
e modernizações dos sistemas? Se preparar para situações inespe-
radas e combater dia a dia o medo? Se você parar no tempo e não
estiver ligado em tudo, a sua chance de atuação bem-sucedida é
muito pequena.
Tenho certeza que todo o conhecimento concentrado
neste GUIA DEFINITIVO DA SALA DE AUDIÊNCIAS, vai te aju-
dar muito daqui para frente e também tenho certeza que, se
você chegou até aqui, um lindo futuro profissional lhe espera com
mais confiança, segurança e coragem.
Embora, ao longo dessa semana eu tenha disponibilizado uma
verdadeira avalanche de conteúdo, horas e horas de técnicas e di-
cas práticas a você, de forma totalmente gratuita, infelizmente, em
poucas aulas, é impossível tratar de tudo o que realmente é impor-
tante.
Acaba sendo impossível, também, auxiliar cada um dos partici-
pantes com suas dúvidas pontuais e com todas as dificuldades de
colocar os ensinamentos em prática. E dúvidas, e dificuldades, nes-
se momento é o que mais existe, não é mesmo?

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clique aqui pág. 49
Bom, foi exatamente pensando naqueles que querem continuar
estudando esses importantes assuntos que até aqui foram trata-
dos, que eu resolvi desenvolver um treinamento mais aprofundado.
Decidi unificar todo o conhecimento que adquiri ao longo de
mais de 19 anos como Juiz de Direito, no Treinamento Avançado
Expert em Audiências, o qual eu abro apenas 1 (uma) turma ao ano.
Um treinamento onde você possa encontrar o auxílio de um
profissional mais experiente, para te ajudar a superar cada um dos
seus medos e dificuldades, para suprir aquela falta de experiência
prática que você sente, talvez por não ter tido a oportunidade de
fazer um bom estágio.
Bom, se você está entre essas pessoas que não querem parar
de estudar, se você é um daqueles que não se conforma em ficar
paralisado frente a uma situação de dificuldade. Esse Treinamento
é para VOCÊ!
O Treinamento é curso TOTALMENTE ONLINE e eminente-
mente prático. Todas as aulas são gravadas e contém material de
apoio, além de um audiobook, para que você possa ouvir enquanto
estiver dirigindo ou praticando algum exercício físico.
Eu não sei se neste momento que você está concluindo a leitura
do Guia, o Treinamento estará com as matrículas abertas, mas, para
saber mais sobre o Treinamento Avançado Expert em Audiências e
se inscrever para a próxima turma CLIQUE AQUI.
Vai ser um imenso prazer ter você como aluno, fazendo parte
desse treinamento.
Espero que você aplique todo o conhecimento que com-
partilhei com você ao longo dessas páginas.
Um grande abraço,
José Andrade

Para conhecer mais a fundo cada item deste guia, faça a sua
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@ joseandradeao

@ joseandradeaudienciasonline

JoseAndradeNeto

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