TESES 2ª FASE OAB PENAL
PRELIMINARES * PROLAÇÃO DE SENTENÇA PELO JUIZ APÓS A
* NULIDADE DA AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO SEM
INTIMAÇÃO DO REU:
- Violação ao princípio da ampla defesa, conforme artigo 5°,
inciso LV, da Constituição Federal, quando o réu não for intimado
para a audiência em que foram ouvidas as testemunhas, mesmo
com inconformismo da defesa.
* NULIDADE NA AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO SE O JUIZ
FORMULAR PERGUNTAS AS TESTEMUNHAS
DIRETAMENTE :
- Violação ao princípio da ampla defesa, conforme artigo 5°,
inciso LV, da Constituição Federal, quando o Magistrado
formular diretamente perguntas as testemunhas, pois cabe as
partes formularem as perguntas diretamente para as testemunhas,
podendo o juiz complementar, conforme artigo 212, do CPP.
* NULIDADE RELATIVA NA AUSÊNCIA DE INTIMAÇÃO:
- Na expedição de carta precatória para inquirição de testemunha,
conforme Súmula 155, do STF.
* NULIDADE SE OFERECIDA DENÚNCIA COM PROVA
ILÍCITA:
- Se o Ministério Público oferecer denúncia exclusivamente de
prova ilícita, haverá falta de justa causa para a instauração de ação
penal, já que a denúncia se encontra lastreada exclusivamente em
uma prova ilícita, devendo a denúncia ser rejeitada, nos termos do
artigo 395, inciso III, do CPP.
* NULIDADE SE O JUIZ NÃO CONSTITUIR NOVO
ADVOGADO:
- Se o advogado falecer ou renunciar, o juiz deve intimar o réu
para manifestar seu interesse em constituir novo advogado ou ser
assistido pela defensoria, caso o juiz não intime o réu, haverá
nulidade por violação ao princípio da ampla defesa, conforme
artigo 5°, inciso LV, da Constituição Federal.
* NULIDADE NA CITAÇÃO POR HORA CERTA:
- Quando ficar demonstrado que o réu não se ocultou para ser
citado. Conforme artigo 252, do CPC, a citação por hora certa só
será realizada depois que o oficial de justiça tenha procurado o
réu, por duas vezes, em seu domicílio ou residência sem o
encontrar, bem como se houver fundada suspeita de que ele esteja
ocultando-se para não ser citado.
* NULIDADE NA INTIMAÇÃO POR EDITAL:
- Se o réu estiver preso a intimação deve ser dar pessoalmente,
conforme Súmula 351, do STF.
* NULIDADE NO MANDADO DE BUSCA E APREENSÃO:
- Quando não houver indicação de um endereço específico onde a
diligência deveria ser realizada, tendo em vista que não é possível
mandando de busca e apreensão genérico, conforme artigo 243,
inciso I, do CPP.
* NULIDADE NA SENTENÇA CONDENATÓRIA:
- Quando houver inversão da ordem da oitiva das testemunhas,
conforme artigo 400, do CPP, ou artigo 564, inciso IV, do CPP,
pois há violação do princípio da ampla defesa e do contraditório.
* NULIDADE QUANDO NÃO HOUVER OFERECIMENTO
DE PROPOSTA DE SUSPENSÃO CONDICIONAL DO
PROCESSO:
- Quando preenchido os requisitos do artigo 89, da Lei 9.099/95
(pena mínima de até um ano, acusado que não esteja sendo
processado ou não tenha sido condenado por outro crime, e
circunstâncias judiciais favoráveis).
JUNTADA DE DOCUMENTAÇÃO, SEM DAR VISTA AS
PARTES:
- Alegar nulidade em razão da violação do princípio da ampla
defesa e do contraditório, conforme artigo 5°, inciso LV, da
Constituição Federal.
* NULIDADE QUANTO AO NÚMERO MÁXIMO DE
TESTEMUNHAS SE HOUVER TESTEMUNHAS QUE NÃO
PRESTAM COMPROMISSO:
- As testemunhas referidas e as que não prestam compromisso não
são computadas no número máximo de testemunhas a serem
ouvidas em audiência, conforme artigo 401. §1°, do CP, logo, se o
juiz indeferir o pedido para oitiva da testemunha alegando que
atingiu o número máximo de testemunhas, ALEGAR nulidade,
por violação ao princípio do contraditório e da ampla defesa, nos
termos do artigo 5¸inciso LV, da Constituição Federal.
* EMENDATIO LIBELLI:
- Se o magistrado modificar os fatos para dar nova capitulação
jurídica alterando os fatos, e condenar o réu, ALEGAR nulidade
na sentença por violação ao princípio da correlação, tendo em
vista que não ocorreu o aditamento dos fatos na denúncia,
conforme artigo 384, do CPP, violando o princípio da ampla
defesa e contraditório.
- Ademais, alegar também tese de absolvição pois o juiz não pode
condenar com fatos não narrados na denúncia, violando o
princípio da correlação.
* MUTATIO LIBELLI:
- O juiz pode dar nova capitulação jurídica quando os fatos não
forem alterados, conforme artigo 383, do CPP.
* NULIDADE EM VIRTUDE DA VEDAÇÃO DA
REFORMATIO IN PEJUS:
- Conforme artigo 617 CPP quando houver recurso exclusivo da
defesa o Tribunal não pode reformar sentença para prejudicar o
réu ou agravar a pena.
* NULIDADE QUANDO O TRIBUNAL RECONHECER DE
OFICIO NULIDADE CONTRA O RÉU NÃO ARGUIDA:
- A acusação no recurso quem deve suscitar nulidade, conforme
Súmula 160, do STF.
* AUMENTO DE PENA EM DECORRÊNCIA DA
REINCIDÊNCIA:
- O aumento de 1/3 no prazo prescricional no caso de o condenado
ser reincidente só é aplicado para a prescrição da pretensão
executória.
* NULIDADE NA INSTRUÇÃO DO PLENÁRIO DO JÚRI :
- Caso o MP alegue a qualificadora que na decisão de pronúncia
foi afastada, tendo em vista que a pronúncia limita a acusação,
conforme artigo 476, do CPP.
* EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE POR DECADÊNCIA:
- Nos termos do artigo 107, inciso IV, do CPP, nos crimes de
lesão corporal culposa ou leve, se houver passado 6 meses a
contar da data do conhecimento do autor do crime, pois se trata de
ação pública condicionada a representação, conforme artigo 88, da
Lei 8.099/95.
- Exceto em: lesões que envolve violência doméstica; lesão
corporal leve ou culposa aos crimes de trânsito quando o agente
estiver sob influência de álcool ou qualquer substância psicoativa
que determine dependência; ou participando, em via pública, de
corrida, disputa ou competição automobilística, de exibição ou
demonstração de perícia em manobra de veículo automotor, não
autorizada pela autoridade competente; ou transitando em
velocidade superior à máxima permitida para a via em 50 km/h.
Nesses casos ação será pública incondicionada.
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* INTERCEPTAÇÃO TELEFÔNICA:
- Somente é possível quando ocorrer indícios razoáveis de autoria
ou participação da infração penal;
- A prova não puder ser feita por outros meios disponíveis;
- Nos casos em que o investigado poderá ser processado por
infração penal com pena de reclusão.
- Logo se não tiver nenhuma dessas condições, ALEGAR ilicitude
da prova obtida a partir das interceptações telefônicas, conforme
artigo 2°, da Lei 9.296/96.
- A decisão que concede a interceptação telefônica não poderá o
exceder o prazo inicial de 15 dias, podendo ser renovável por
igual período se comprovada a indispensabilidade do meio de
prova, conforme artigo 5°, da Lei 9.296/96, logo, se o prazo
inicial for mais de 15 dias ALEGAR ilicitude na interceptação
telefônica.
MÉRITO
* DESISTÊNCIA VOLUNTÁRIA:
- Nos termos do artigo 15, do Código Penal, quando o réu inicia a
execução do crime, entretanto, desiste de prosseguir com a
execução, responde só pelos atos praticados.
- Jamais responde por tentativa.
Ex. Réu na intenção de causar a morte, desfere um golpe de faca a
vítima, entretanto, desiste de prosseguir com a execução e sai do
local, ele não responderá por tentativa de homicídio, mas sim,
lesão corporal.
* ARREPENDIMENTO EFICAZ:
- Quando o agente usar todos os meios para consumação do crime,
porém impede que o resultado se consuma, devendo responder
apenas pelos atos praticados;
- Jamais por tentativa, conforme artigo 15, CP.
* CRIME IMPOSSÍVEL:
- Nos termos do artigo 17, do CP, quando por ineficácia absoluta
do meio ou por absoluta impropriedade do objeto é impossível
consumar o crime.
- Não sendo punível tentativa.
Ex. Mulher que toma remédio abortivo, porém não estava
grávida (impropriedade do objeto);
Ex. Indivíduo dispara arma de fogo em intenção de matar,
entretanto a arma estava defeituosa (ineficácia absoluta do meio).
* ESTADO DE NECESSIDADE:
- Quando o indivíduo furtar alimentos para prover sua própria
subsistência, nos termos do artigo 24, do CP, sendo causa
excludente de ilicitude.
* ESTADO DE NECESSIDADE DE TERCEIRO:
- Quando o agente estiver dirigindo em alta velocidade para salvar
a vida de outra pessoa, sendo causa excludente de ilicitude, nos
termos do artigo 23, inciso I, do CP.
* ESTADO DE NECESSIDADE DE TERCEIRO
PROFISSIONAL DA SAÚDE:
- Se a enfermeira interromper a gravidez para salvar a vida da
gestante é aplicado o estado de necessidade de terceiro, nos
termos do artigo 24, do CP, sendo causa de excludente de
ilicitude, e não será aplicado o artigo 128, inciso I, do CP, pois
somente é usado para medidas no aborto necessário.
* LEGÍTIMA DEFESA:
- Quando o agente utilizar dos meios necessários para repelir
injusta agressão atual, nos ermos do artigo 23, inciso II, do CP e
artigo 25, do CP, sendo causa excludente de ilicitude.
* LEGITIMA DEFESA PUTATIVA:
- Sendo descriminante putativa, nos termos do artigo 20, §1°, do
CP, quando o réu supõe estar em situação de legítima defesa,
sendo causa excludente de culpabilidade.
- É cabível em legitima defesa, estado de necessidade, obediência
hierárquica, e estrito cumprimento do dever legal.
Ex. Indivíduo acha que o seu desafeto vai pegar arma no bolso e
atirar, diante da situação o indivíduo atira no desafeto, mas depois
descobre que só ia pegar um celular, logo, ele supôs que estaria
amparado pela excludente de ilicitude.
* CAUSA RELATIVAMENTE INDEPENDENTE:
- O réu responde somente pelos atos praticados e nunca pelo
resultado, conforme artigo 13, §1°, do CP.
Ex. Na intenção de matar o réu efetuar disparos de arma de fogo
contra a vítima, entretanto no hospital a vítima foi mordida por
um escorpião e veio a falecer, logo, o réu não responde por
homicídio, mas sim tentativa de homicídio.
* COAÇÃO MORAL IRRESISTÍVEL:
- É causa excludente de culpabilidade, pela inexigibilidade de
conduta diversa, devendo apenas ser punido o autor da coação,
conforme dispõe o artigo 22, do CP.
Ex. Agente coage o indivíduo a cometer um delito de roubo se não
irá matar seu filho.
* COAÇÃO MORAL RESISTÍVEL:
- Tese subsidiária, disposta no artigo 65, inciso III, alínea “c” do
CP, mas resolvi colocar aqui para vocês entenderem ok? Sempre
que houver a tese de coação moral irresistível na peça, você deve
colocar na tese subsidiária de coação moral resistível alegando
que:
“Entendo o Magistrado pelo não conhecimento da coação moral
irresistível, requer subsidiariamente o conhecimento da coação
moral resistível, sendo causa de atenuante, disposto no artigo 65,
inciso III, alínea “c” do CP.”
Ex. Agente coage a mulher a cometer um crime de roubo, se não
irá fazer suas fotos nuas.
* OBEDIÊNCIA HIERÁRQUICA:
- Causa excludente de culpabilidade, pela inexigibilidade da
conduta diversa, conforme artigo 22 do CP, alegar quando for
uma ordem de superior hierárquico manifestamente legal (quem
recebe a ordem supõe que a ordem é legal).
OBS: Deve ser funcionário público.
* COAÇÃO FÍSICA IRRESISTÍVEL:
- Causa de excludente de tipicidade, prevista no artigo 22, do CP.
Ex. Gerente bancário, que acaba por colocar suas digitais do cofre
da agência, pois está sendo coagido fisicamente pelo assaltante.
* COAÇÃO FÍSICA RESISTÍVEL:
- Tese subsidiária, sendo causa de atenuante, disposta no artigo
65, inciso III, alínea “c”, CP, desse modo alegar em peça sempre
que houver tese de coação física irresistível.
OBS: como a tese anterior, resolvi colocar nesse título para fins
didáticos.
* MOVIMENTOS REFLEXOS:
- Causa excludente de tipicidade, e alegar quando o movimento
não é dirigido pela vontade, mas por uma resposta fisiológica.
* ERRO DE TIPO ESSENCIAL:
- Atipicidade da conduta por erro do tipo essencial, conforme
artigo 20, do CP.
Ex. Acabou furtando um celular achando que era seu;
Individuo tem relações sexuais com menor de 14 anos, porém
acreditava que ela fosse maior de 14 anos, o erro é sobre o
elemento constitutivo do tipo penal.
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* ERRO DE TIPO VENCÍVEL/INESCUSÁVEL:
- Conforme previsão do artigo 20 do CP, o agente somente
responderá pelo crime se for admitida a punição a título culposo.
Ex. indivíduo em uma mata próximo a zona urbana, vê um vulto e
supõe ser um animal, porém acaba atingindo um ser humano, o
qual veio a falecer, logo, acaba respondendo por homicídio
culposo.
* ERRO DO TIPO INVENCÍVEL/ESCUSÁVEL:
- Exclui a tipicidade da conduta, logo a agente não responde nem
por dolo, nem culpa, conforme artigo 20, do CP.
Ex. indivíduo em uma mata longe da zona urbana, vê um vulto e
supõe ser um animal e efetua disparo, porém acaba atingindo um
ser humano.
* DOLO EVENTUAL:
- Sempre que houver dolo eventual no enunciado buscar a
possibilidade de desclassificar o crime doloso para o crime
culposo, na modalidade de culpa consciente, onde o resultado
poderá ser previsto pelo indivíduo, mas acredita ser possível evitar
o resultado.
* PECULATO CULPOSO:
- Se ocorrer a reparação do dano antes da sentença irrecorrível,
alegar extinção da punibilidade, com base no artigo 312, §3°, do
Código Penal.
* ATOS PREPARATÓRIOS:
- Em regra não são puníveis, salvo quando expressamente
previstos em leis, logo, alegar atipicidade da conduta.
* INIMPUTABILIDADE NOS CRIMES DOLOSOS CONTRA
A VIDA:
- Não é cabível absolvição sumária em razão da inimputabilidade
do agente nos crimes dolosos contra a vida, se houver outra tese
defensiva, logo, caso a inimputabilidade do réu seja tese única de
defesa, poderá ser requerida a absolvição sumária, conforme
artigo 415, parágrafo único, do CP.
* PRINCÍO DA INSIGNIFICANCIA/BAGATELA:
- Atipicidade material da conduta, em virtude do princípio da
insignificância/bagatela nos crimes de descaminho quando o valor
for de até R$ 20.000,00 (vinte mil reais), conforme entendimento
do STF e STJ.
* PRINCÍO DA INSIGNIFICANCIA/BAGATELA:
- Alegar atipicidade material em virtude do princípio da
insignificância quando houver mínima ofensividade da conduta,
nenhuma periculosidade social da ação, reduzido grau de
reprovabilidade do comportamento e inexpressividade da lesão
jurídica provocada.
* CRIME POR DISPARO DE ARMA DE FOGO:
- Para que ocorra o crime previsto no artigo 15, da Lei 10.926/03
(disparo de arma de fogo) é necessário que os disparos tenham
sido realizados em via pública ou em direção à via pública, se não,
alegar atipicidade da conduta.
* CRIME DE FALSO TESTEMUNHO:
- Se o réu se retratar antes da sentença proferida no processo onde
ele praticou o crime, o fato deixa de ser punível, nos termos do
artigo 342, §2°, do CP.
* INDUZIR/ INSTIGAR AO SUICIDIO:
- Atipicidade da conduta nos crimes de induzir ou instigar alguém
a prática de suicídio ou automutilação quando resultar em lesão
corporal leve, pois só é punível se ocorrer lesão corporal de
natureza grave, gravíssima ou morte, conforme artigo 122, §1° e
§2°, do CP.
* ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA:
- Alegar atipicidade da conduta no crime de organização
criminosa, quando não houver os requisitos do artigo 1°, §1° da
Lei 12.850/2013, qual seja, associação de 04 ou mais pessoas
estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas,
ainda que informalmente, com objetivo de obter, direta ou
indiretamente, vantagem de qualquer natureza, mediante a prática
de infrações penais cujas penas máximas sejam superiores a 4
(quatro) anos, ou que sejam de caráter transnacional. Dessa
maneira, prestar atenção se os crimes possuem pena máxima de 04
anos, bem como, se a intenção é de praticar vários crimes e não
apenas um crime, e além disso haver estabilidade e permanência.
* PRINCÍPIO DA CONSUNÇÃO:
- A falsificação do cheque é um meio para prática do crime de
estelionato, de modo que o delito previsto no Art. 297, §2º do
Código Penal deveria ser absorvido pelo delito do Art. 171, caput,
do Código Penal, devendo ser aplicado o princípio da consunção.
* EMBRIAGUEZ COMPLETA:
- Se decorrente de caso fortuito ou força maior, que gera inteira
incapacidade de entender o caráter ilícito afasta a culpabilidade,
levando a uma absolvição, conforme artigo 28, §1°, CP.
OBS: Sempre que haver essa tese em peça, na subsidiariedade
pedir que caso não for acolhida a tese de embriaguez completa e
acidental, pedir o acolhimento da redução de 2/3 se o agente não
possuía plena capacidade de entender o caráter ilícito, do artigo
28, §2°, do CP.
* IMPEDIMENTO DO PROSSEGUIMENTO DE AÇÃO
PENAL:
- O pagamento de cheque sem provisão de fundos ANTES do
recebimento da denúncia, irá obstar (impede) o prosseguimento da
ação penal de acordo com a Súmula 554 do STF.
* AUSENCIA DE MATERIALIDADE:
- Alegar quando houver apenas o laudo de constatação de
substância entorpecente (laudo provisório), pois ele serve apenas
para o recebimento da denúncia e não para condenação.
* AUSÊNCIA DE PROVAS:
- Alegar tese de absolvição quando pela ausência de provas,
quando o juiz se basear exclusivamente em elementos
informativos, tendo em vista que é vedado condenação com base
apenas nos elementos informativos, conforme artigo 155, do CPP.
* REGISTRO VENCIDO DE ARMA DE FOGO:
- Não é considerado como crime, mas sim irregularidade
administrativa que autoriza a apreensão da arma e aplicação de
multa.
* TEORIA DA IMPUTAÇÃO OBJETIVA:
Ocorre quando o agente não incrementa para o risco, gerando
assim atipicidade da conduta.
Ex: Tício estava dirigindo acima da velocidade e Mévio se jogou
em cima do carro, logo mesmo se ele estivesse na velocidade
correta o acidente teria ocorrido, dessa maneira Tício deve ser
absolvido, pois apesar de ter violado o dever de cuidado, isso não
incrementou no risco.
* CRIME MATERIAL:
- Não se tipifica crime material contra a ordem tributária antes do
lançamento definitivo do tributo, conforme Súmula Vinculante 24,
logo alegar atipicidade da conduta.
* PERDÃO JUDICIAL:
- Alegar perdão judicial, conforme artigo 121, § 5º, do CP, quando
a infração atingir o próprio agente de forma tão grave que a
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sanção se torne desnecessária, podendo o juiz deixar de aplicar a
pena, sendo causa de extinção de punibilidade.
* FURTO DE USO
- Atipicidade da conduta no “furto de uso”, tendo em vista que
não configura crime de furto, pois conforme artigo 155, do CP é
crime subtrair para si ou para outrem, coisa alheia móvel, logo
uma das elementares do tipo é a intenção de subtrair, no furto de
uso não está presente esse animus furandi.
* AUSENCIA DE CORPO DE DELITO
- Ausência da materialidade quando a infração deixou vestígios e
não houve exame de corpo de delito, sendo que a confissão não
supre a falta de exame, conforme artigo 158, do CPP.
* ESCUSA ABSOLUTÓRIA:
- É isento de pena quem comete os crimes patrimoniais (tem
exceção) quando for em prejuízo de cônjuge (na constância do
casamento) ascendente ou descendente (legítimo ou ilegítimo).
- Somente se procede mediante representação nos crimes
patrimoniais (tem exceção) em prejuízo do cônjuge (separado);
irmão (legítimo ou ilegítimo); tio ou sobrinho (que coabita).
- Não será aplicado esses casos de escusa absolutória ou mediante
representação quando o crime for de roubo, extorsão, ou quando
houver emprego de grave ameaça ou violência a pessoa; ou a
vítima for maior de 60 anos, bem como não será aplicado ao
estranho que participa do crime.
SUBSIDIÁRIA
* O NÚMERO DE MAJORANTES NÃO OBRIGA O
AUMENTO DE PENA ACIMA DO MÍNIMO LEGAL:
- O número de majorantes não é fundamento adequado para
aplicação da causa de aumento de pena acima do mínimo legal,
conforme Súmula 443 do STJ.
* PRINCÍPIO DA PRESUNÇÃO DE INOCENCIA:
- A existência de ações penais em curso sem trânsito em julgado
ou inquéritos policiais não justificam o reconhecimento de
circunstâncias judiciais desfavoráveis, conforme Súmula 444 do
STJ, em razão do o princípio da presunção de inocência.
* MEDIDA SOCIOEDUCATIVA:
- A existência de medida socioeducativa não justifica o
reconhecimento de maus antecedentes, devendo a pena base ser
fixada no mínimo legal.
* AUSENCIA DE REINCIDENCIA:
- Condenação anterior por: crime militar; crime político; crime
eleitoral; contravenção penal.
- Tiver na sentença do crime anterior concedido: medida de
segurança; perdão judicial;
- Extinção da punibilidade por anistia ou abolitio criminis.
- Cometer novo crime antes da sentença transitada em julgado.
* ELEMENTAR DO TIPO PENAL:
- Se o juiz aumentar a pena base com fundamento de que o agente
agiu com dolo, alegar que a pena base deve ser fixada no mínimo
legal, pois o dolo já é elementar do tipo penal.
* CONCURSO DE PESSOAS:
- Afastar a qualificadora de concurso de pessoas quando não
houver liame subjetivo entre os agentes.
* AFASTAMENTO DA AGRAVANTE QUANDO COMETE
CRIME SEM SABER DE QUALIDADE ESPECIFICA DA
VÍTIMA:
- Afastar a agravante do crime praticado contra criança, maior de
60 anos, enfermo ou mulher grávida, quando o crime for culposo,
ou quando o agente desconhecia de tais condições, sob pena de
responsabilidade penal objetiva.
Ex. gestante que não aparece barriga, impossível saber que estava
grávida.
* CONCURSO MATERIAL:
- Sempre que houver concurso material de crimes, buscar no
enunciado se é possível aplicar o concurso formal (quando com
uma conduta pratica dois ou mais crimes), nos termos do artigo
70, do Código Penal, ou crime continuado (quando os crimes são
da mesma espécie e foram praticados nas mesmas condições de
tempo, local e modo de execução) nos termos do artigo 71, do
Código Penal. (CAI MUITO)
* CRIME ÚNICO QUANDO PRATICAR DOIS VERBOS
NUCLEARES:
- Alegar crime único quando os dois verbos núcleos do tipo foram
praticados no mesmo contexto fático, quando o agente praticar
mais de uma das condutas previstas no crime de tráfico de drogas,
ex. “guardar” e “trazer”.
* CRIME ÚNICO QUANDO UTILIZADO OBJETO DO
MESMO TIPO PENAL :
- Armas de fogos do mesmo tipo penal apreendidas em um único
contexto fático, alegar crime único, não havendo em que se falar
em concurso de crimes.
* CRIME ÚNICO DE ESTUPRO
- A pratica de ato libidinoso e conjunção carnal no mesmo
contexto fático, configura crime único de estupro.
* AUSENCIA DE MATERIALIDADE POR FALTA DE
PROVA PERICIAL:
- Afastamento da qualificadora do rompimento de obstáculo,
quando não houver exame do local e a constatação do rompimento
de obstáculo por prova pericial, conforme 158 do CPP.
* AFASTAMENTO DA MAJORANTE DA VENDA DE
DROGAS NO TRANSPORTE PÚBLICO:
- A majorante do artigo 40, inciso III, da Lei nº 11.343/2006
(comercialização de drogas no interior de transporte público), só é
aplicada nos casos em que houver a efetiva comercialização, logo,
caso a pessoa for encontrada dentro do ônibus com drogas, mas
não estava vendendo, então não tem incidirá a majorante, devendo
ser afastada.
* AUSENCIA DE MATERIALIDADE POR FALTA DE
PROVA PERICIAL:
- Sempre que houver uma qualificadora que necessite de exame
do local, e não houver a realização do exame afastar a
qualificadora por ausência de materialidade.
* REGIME DE PENA PUNIDO COM DETENCÃO:
- Afastar do regime inicial fechado, nos crimes punidos com
detenção, tendo em vista que não é possível a aplicação de tal
regime inicial.
* REGIME DE PENA PARA CRIME GRAVOSO:
- A gravidade em abstrato do delito não justifica o regime de pena
mais severo, conforme Súmula 718, do STF, dessa maneira pedir
o regime aberto ou semiaberto (devendo analisar a pena a ser
aplicada).
* REQUISITO PARA APLICAÇÃO DE REGIME INCIAL POR
CRIME GRAVOSO:
- Para fixação de regime mais severo é necessário motivação
idônea, nos termos da Súmula 719, do STF, sendo que também é
necessário requerer o regime aberto ou semiaberto (a depender da
pena a ser aplicada).
* REQUISITO PARA APLICAÇÃO DE REGIME INCIAL
PARA REINCIDENTE:
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- É possível a aplicação do regime semiaberto, mesmo para o
agente reincidente, quando a pena for fixada em até 04 anos,
desde que as circunstâncias sejam favoráveis, conforme Súmula
269, do STJ.
* REQUISITO PARA APLICAÇÃO DE REGIME INCIAL
DEVE COMPUTDOR O TEMPO DE PRISÃO PROVISÓRIA:
- O tempo de prisão provisória deve ser computado no momento
da determinação do regime inicial de cumprimento de pena, nos
termos do Art. 387, § 2º do Código de Processo Penal.
* AUSENCIA DE MATERIALIDADE:
- Afastamento da causa de aumento de pena do roubo majorado
com emprego de arma de fogo, quando não existir arma
apreendida, pois não há provas do emprego de arma de fogo.
* ARREPENDIMENTO POSTERIOR:
- Reconhecimento da causa de diminuição da pena quando houver
arrependimento posterior, nos crimes cometidos sem violência ou
grave ameaça com restituição do bem até o recebimento da
denúncia, nos termos do artigo 16, do CP.
* AFASTAMENTO DA CAUSA DE AUMENTO DE PENA:
- Quando o roubo for majorado pela restrição da liberdade da
vítima, quando a restrição não for por tempo suficiente/relevante
do necessário para subtração.
* EMBRIAGUEZ PREORDENADA:
- Afastar a agravante de embriaguez preordenada quando não
houver provas que o réu ingeriu bebida alcoólica com o objetivo
de cometer o crime.
* AFASTAMENTO DE CAUSA DE AUMENTO OU
QUALIFICADORA QUANDO COMETE CRIME SEM SABER
DE QUALIDADE ESPECIFICA DA VÍTIMA:
- Afastamento de causa de aumento ou qualificadora quando for
relativo a idade da vítima, se não haver provas documentais que
comprove a idade da vítima.
* FURTO PRIVILEGIADO:
- Alegar furto privilegiado quando o réu for primário, o bem
subtraído for de pequeno valor, conforme artigo 155, §2°, do CP.
OBS: é possível alegar em furto qualificado quando a
qualificadora for de ordem objetiva, conforme Súmula 511 do
STJ.
* ANALOGIA IN MALLAM PARTE POR FILHO ADOTIVO:
- Não se aplica qualificadora do artigo 121, §2°, inciso VII
(homicídio funcional) no caso de filho adotivo, pois o artigo 5º,
inciso XXXIX da Constituição Federal veda a analogia in mallam
partem, ou seja, não é possível interpretação extensiva para
prejudicar o réu, conforme princípio da legalidade.
* FATO ATÍPICO POR EMPREGO DE ARMA DE FOGO:
- Simulacro (imitação) de arma de fogo ou arma de brinquedo não
gera a causa de aumento por emprego de arma.
* IMPOSSÍBILIDADE DO AUMENTO DE PENA EM CRIME
CULPOSO:
- Não é possível a causa de aumento de pena em razão da idade
(artigo 121, §4°, do CP), quando for crime culposo (homicídio
culposo), pois somente é aplicado em homicídio doloso.
* CRIME TENTADO
- Nos casos de tentativa, pedir a aplicação do quantum máximo de
redução da tentativa, alegando que o crime ficou longe da
consumação.
* SUBSTITUIÇÃO DA PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE
POR RESTRITIVA DE DIREITOS:
TESE: É possível a substituição nos crimes de natureza culposa
qualquer que seja a pena, tendo em vista que o quantum da pena
de 4 anos do artigo 44, inciso I, do Código Penal, só é aplicável
nos crimes dolosos.
* SUBSTITUIÇÃO DA PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE
POR RESTRITIVA DE DIREITOS PARA REINCIDENTE:
- Cabe substituição mesmo se o réu for reincidente em crime
doloso, pois a condenação anterior é medida socialmente
recomendável, bem como, não é reincidente específico, nos
termos do artigo 44, §3°, do CP.
* SUSPENSÃO CONDICIONAL DA PENA:
- Requerer quando a pena for de até dois anos e as circunstancias
judiciais forem favoráveis, e o réu não for reincidente em crime
doloso, nos termos do artigo 77 do Código Penal.
OSB: se o réu for maior de 70 anos, ou em razões de saúde que
justifique a suspensão, poderá ser aplicado quando a pena for de
até quatro anos, conforme artigo 77, §3°, do Código Penal.
* CONCURSO DE AGENTES:
- Quando ocorrer concursos de agente, se uma decisão do recurso
interposto por um dos réus, não for de motivo pessoal, será
aproveitado a todos os outros, conforme artigo 580 CPP.
Ex. afastamento de alguma qualificadora.
EXECUÇÃO PENAL
* IMPOSSIBILIDADE DE REGIME MAIS GRAVOSO:
- O apenado não pode permanecer em regime mais gravoso em
razão da falta de estabelecimento penal adequado, devendo ser
colocado em liberdade ou regime mais favorável, nos termos da
Súmula Vinculante 56 do STF.
* PRINCÍPIO DA INDIVIDUALIZAÇÃO DA PENA:
- É vedada sanções coletivas, conforme artigo 45, §3°, da Lei
7.210/84, em virtude do princípio da individualização da pena,
nos artigos 5°, inciso XLVI, da CF.
* LIVRAMENTO CONDICIONAL PARA REINCIDENTE EM
CRIME HEDIONDO:
- É cabível aos condenados reincidentes em crimes hediondos, só
não será admitido se for reincidente específico em crime
hediondo, conforme artigo 83, inciso V, do CP.
Ex. Cometeu crime de tráfico de drogas e depois cometeu novo
crime de trafico de drogas, assim será reincidente específico.
* PRINCÍPIO DA IGUALDADE ENTRE PESSOAS
NACIONAIS E INTERNACIONAIS:
- O simples fato de o estrangeiro se encontrar em situação
irregular no país não constitui motivação idônea para inviabilizar
os benefícios da execução penal, tendo em vista a igualdade de
direitos entre nacionais e estrangeiros, conforme entendimento do
STJ.
* PRAZO PRESCRICIONAL DE FALTA DISCIPLINAR
GRAVE:
- O prazo de prescrição para apuração de falta disciplinar grave
praticada no curso da execução penal é o regulado no art. 109,
inciso VI, do Código Penal, qual seja, 3 anos.
* EXAME CRIMINOLÓGICO DEVE SER MOTIVADO:
- Não é obrigatório a realização de exame criminológico para a
progressão de regime, porém diante das peculiaridades do caso
poderá ser admitido, desde que em decisão motivada, conforme
Súmula 439 STJ ou Súmula Vinculante 26 STF.
* VEDAÇÃO AO BIS IN IDEM PARA PROGRESSÃO DE
REGIME:
TESES 2ª FASE OAB PENAL
- Não é possível fixar pena substitutiva como condição especial
para a progressão de regime para o aberto, conforme súmula 493,
do STJ, tendo em vista que é vedado o bis in idem.
* HIPÓTESES EM QUE O AGRAVO EM EXECUÇÃO
POSSUI EFEITO SUSPENSIVO:
- O agravo em execução não tem efeito suspensivo, salvo quando
a decisão impugnada for de liberação ou desinternação de
indivíduo sujeito à medida de segurança, artigo 179, da LEP.
* TENTATIVA DE FALTA NA EXECUÇÃO PENAL:
- As tentativas de falta leve, média e grave na Execução Penal, é
punida como sendo falta consumada, conforme previsto no artigo
49, parágrafo único da Lei n º 7.210/84.
* DURAÇÃO DA PENA EM CASO DE MEDIDA DE
SEGURANÇA:
- Em se tratando de medida de segurança aplicada em substituição
à pena privativa de liberdade (por razão de doença mental ou
perturbação da saúde mental), a sua duração está adstrita ao tempo
que resta para o cumprimento da pena privativa de liberdade
estabelecida na sentença condenatória.
* REQUISITO PARA PAD:
- É necessário presença de defesa técnica no Procedimento
Administrativo Disciplinar de acordo com o artigo 59 da Lei n º
7.210/84 e Súmula 533 STJ, se não houver há violação ao
princípio do contraditório e ampla defesa, disposto no artigo 5°,
inciso LV, da CF.
VARIADAS
* FATO ATÍPICO DO CRIME DE ASSOCIAÇÃO PARA O
TRÁFICO DE DROGAS:
- Não é delito equiparado ao hediondo, tendo em vista que não
está previsto no rol taxativo do Art. 1º da Lei n º 8.072/90.
* INCONSTITUCIONALIDADE DA FIXAÇÃO DO REGIME
INICIAL DE CRIMES HEDIONDOS:
- A previsão de regime inicial fechado obrigatória nos crimes
hediondos, é inconstitucional pelos Tribunais Superiores (Art. 2º,
§ 1º, da Lei n º 8.072/90) por violar o princípio da
individualização da pena, nos termos do artigo 5°, inciso XLVI da
CF.
* PRINCÍPIO NEMO TENETUR SE DETEGERE:
- Ninguém é obrigado a produzir prova contra si, diante do
princípio nemo tenetur se detegere, nos termos do artigo 8, item 2,
alínea “g”, do Pacto São José da Costa Rica.
* INCONSTITUCIONALIDADE DA VEDAÇÃO A - Ocorrência de lesão corporal;
CONVERSÃO DA PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE PELA
RESTRITIVA DE DIREITO NOS CRIME DE TRÁFICO DE
DROGAS :
- A Resolução nº 05/2012 do Senado Federal suspendeu a parte do
Artigo 33, parágrafo 4º da Lei n º 11.343/2006 que vedava a
conversão da pena privativa de liberdade pela restritiva de direito
no caso do crime de tráfico ilícito de entorpecentes, bem como a
parte do artigo 44 que veda a concessão da liberdade provisória
foi declarado inconstitucional pelo STF, porque viola o princípio
da presunção de inocência e o devido processo legal.
* ERRO CONTRA A PESSOA:
- Considera as características da vítima que pretendia atingir de
acordo com o artigo 20, parágrafo 3º do CP. Logo se o réu queria
atingir Tício, porém acaba atingindo uma mulher grávida, não
deverá ser aplicado a agravante da mulher grávida.
* NULIDADE DO ACORDO DE COLABORAÇÃO
PREMIADA SE O JUIZ PARTICIPAR DA NEGOCIAÇÃO:
- Nulidade no acordo de colaboração premiada quando o
magistrado participar das negociações do acordo, tendo em vista
que não é possível sua participação, conforme artigo 4°, §6°, da
Lei 12.850/13.
* REQUISITO PARA APLICAÇÃO DO VALOR DO DIA-
MULTA:
- Deverá considerar a capacidade econômica do acusado,
conforme artigo 60, do CP.
* DESCLASSIFICAR O CRIME DE PORTE PARA O CRIME
DE POSSE ILEGAL DE ARMA DE FOGO:
- Se a arma estiver na residência do agente e no seu local de
trabalho desde que o agente seja titular ou responsável pelo
estabelecimento, nos termos do artigo 12, da Lei 10.826/03.
* MEIOS DE PROVA ADMIMITIDOS:
- Os laudos ou prontuários médicos, para comprovação da
materialidade delitiva, nos crimes que envolve da Lei Maria da
Penha, pode ser substituída pelo laudo médico, conforme artigo
12, §3º da Lei n º. 11.340/2006.
* POSSIBILIDADE DE TRANSAÇÃO PENAL:
- É possível transação penal quando o réu tiver sido condenado
anteriormente a pena restritiva de direito ou multa, pois somente é
vedado por condenação a pena privativa de liberdade, conforme
artigo 76, §2, inciso I, da Lei 9.099/95.
* CRIME DE PORTE E CRIME DE POSSE ILEGAL DE
ARMA DE FOGO DE USO RESTRITO É HEDIONDO -
27/10/2017:
- O crime de posse e porte ilegal de arma de fogo de uso restrito é
crime hediondo, conforme artigo 1°, § único, da Lei 8.072/90,
porém somente irá incidir a natureza hedionda em crimes
praticados a partir de 27/10/2017, pois lei penal não poderá
retroagir para prejudicar o réu, conforme princípio da
irretroatividade, disposto no artigo 5°, XL, da CF.
* POSSIBILIDADE DE CONSIDERAÇÃO DOS CRIMES
HEDIONDOS - 24/12/2019:
- Só será considerado hediondo os crimes praticados a partir de
24/12/2019, pois lei penal não poderá retroagir para prejudicar o
réu, conforme princípio da irretroatividade, disposto no artigo 5°,
XL, da CF. Quais sejam:
- O crime de emprego de arma de fogo circunstanciado pelo
emprego de arma de fogo (art. 157, § 2º-A, inciso I) ou pelo
emprego de arma de fogo de uso proibido ou restrito (art. 157, §
2º-B);
- Crime de extorsão qualificada pela restrição da liberdade da
vítima;
* IMPOSSIBILIDADE DE PRISÃO PREVENTIVA:
- O juiz não pode decretar a prisão preventiva de oficio na fase
investigativa e nem na fase processual, conforme artigo 311, CPP.
- Não poderá ser decretada com fundamento na gravidade em
abstrato do crime.
- Não é possível a decretação da prisão preventiva, pelo simples
fato de o réu não ter comparecido ao interrogatório, pois a sua
ausência é considerada como extensão do direito ao silêncio,
conforme artigo 5°, inciso LXIII, CF.
* IMPOSSIBILIDADE DE MEDIDAS CAUTELARES:
- O juiz não pode decretar medida cautelar de oficio na fase
investigativa e nem na fase processual, conforme artigo 282, §2°,
do CPP.
* IMPOSSIBILIDADE DA PUNIÇÃO POR INJURIA OU
DFAMAÇÃO:
TESES 2ª FASE OAB PENAL
- Se ditas em juízo na discussão da causa, conforme artigo 142,
inciso I, do CP.
* IMPOSSIBILIDADE DE CONTRAVENÇÃO PENAL
TENTADA:
- Não há tentativa em contravenção penal, conforme artigo 4º
Decreto-Lei nº 3.688/41.
* POSSIBILIDADE DE SUSPRO POR REINCIDENTE:
- É possível a aplicação da suspensão condicional do processo
quando a pessoa já havia sido condenada por contravenção penal,
conforme artigo 89, da Lei 9.099/95.
* IMPOSSIBILIDADE DE JULGAMENTO PELO JECRIM EM
CRIMES DA LMP:
- É vedada a aplicação da Lei 9.099/95 aos crimes praticados com
violência doméstica e familiar contra a mulher, conforme o artigo
41 da Lei 11.340/2006 e Súmula 536 do STJ.
* POSSIBILIDADE DE SUSPENSÃO CONDICIONAL DA
PENA EM CRIMES DA LMP:
- É cabível suspensão condicional da pena nos crimes praticas
com violência doméstica e familiar contra a mulher.
* POSSIBILIDADE DE RETRATAÇÃO EM CRIMES DA
LMP:
- Nos crimes de ação pública condicionada a representação que
envolve violência doméstica é possível a retratação antes do
recebimento da denúncia, devendo ser realizado em audiência
especial, na presença do juiz, conforme artigo 16, da Lei
11.350/2006.
* POSSIBILIDADE DE RETRATAÇÃO NOS CRIMES
CONDICIONADOS A REPRESENTAÇÃO:
- Nos crimes de ação pública condicionada a representação é
possível a retratação antes do oferecimento da denúncia.
* TEORIA DA ACESSORIEDADE LIMITADA
- O partícipe só será punido se o autor praticar conduta típica e
ilícita.
* APLICAÇÃO DO CRIME DE CORRUPÇÃO ATIVA:
- O crime de corrupção ativa, previsto no Art. 333 do Código
Penal, é crime praticado por particular contra a Administração
Pública em Geral, logo, não é aplicado a segurança de
estabelecimento.
* IMPOSSIBILIDADE DA APLICAÇÃO DE PRISÃO
PREVENTIVA SE PRATICADO FATO LÍCITO:
- Não é possível prisão preventiva quando o indivíduo estiver
amparado por causa excludente de ilicitude, devendo ser
concedido liberdade provisória, nos termos do artigo 310, §1°,
CPP.
* TEORIA DA ATIVIDADE:
- O Código Penal adota a Teoria da Atividade para definir o
momento do crime, logo se o réu era menor de 18 anos na data
dos fatos ele deverá responder por ato infracional e não por crime,
independente do momento que se consumou o delito.
* REVOGAÇÃO DE TRANSAÇÃO PENAL:
- A decisão que homologa transação penal não faz coisa julgada
material, conforme Súmula Vinculante 35 do STF, logo é possível
a revogação do benefício pelo descumprimento das condições
impostas.
* PRINCÍPIO DA IRRETROATIVADE PENAL:
- Lei penal posterior que de qualquer forma prejudique o réu não
poderá retroagir para atingir situação pretérita, com base do
princípio da irretroatividade penal, nos termos do artigo 5°, inciso
XL, da CF e artigo 1°, do CP.
* IMPOSSIBILIDADE DE CONDENAÇÃO APENAS COM
DECLARAÇÕES:
Não é possível a condenação exclusivamente com base nas
declarações do agente colaborador, conforme 4º, § 16º, da Lei nº
12.850/13, devendo ser corroborada por outros elementos de
prova.
* REQUISITO PARA PRISÃO TEMPORÁRIA:
- Somente é cabível a prisão temporária nos crimes que admitem
essa modalidade de prisão, nos termos do artigo 1°, inciso III, da
Lei 7.960/89.
* COMPETÊNCIA TERRITORIAL PARA JULGAR CRIME DE
ESTELIONATO POR EMISSÃO DE CHEQUE SEM FUNDO:
- O foro competente para processo e julgamento dos crimes de
estelionato, sob a modalidade de emissão dolosa de cheques sem
provisão de fundos, é o do local onde se deu a recusa do
pagamento, conforme Súmula 521, do STF.
* CRIME DE EXERCÍCIO ARBITRÁRIO DAS RAZÕES:
- Não será considerado o crime de extorsão quando o indivíduo
que cobra dívida através de ameaça, configurando o crime de
exercício arbitrário das razões, previsto no artigo 345, do CP, e se
não evolve violência somente se procede mediante queixa.
* COISA ACHADA NÃO É FURTO:
- Coisa perdida/achada não pode ser objeto de crime de furto, pois
para caracterizar o crime de furto é necessário a subtração do bem,
sendo a capitulação correta o crime de apropriação de coisa
achada, conforme artigo 169, inciso II, do CP.
* APROPRIAÇÃO DE COISA ACHADA
- No crime de apropriação de coisa achada, só será punido se o
agente não restituir a coisa apropriada ao dono ou ao legítimo
possuidor após 15 dias. Se devolver antes há atipicidade da
conduta.
* OBRIGATORIEDADE DE SUSPRO:
- Sempre que houver desclassificação e a conduta ficar com pena
mínima de 01 ano, o acusado não poderá ser condenado de
imediato, devendo o magistrado abrir vista para que o Ministério
Público se manifeste sobre a possibilidade de oferecer proposta de
suspensão condicional do processo.
* PRINCÍPIO DA CONSUNÇÃO NO CRIME DE FURTO
QUALIFICADO:
- O crime de violação de domicílio deve ser absorvido pelo delito
de furto qualificado, quando estiver no mesmo contexto fático,
pois a violação de domicilio configurou um crime meio, essencial
à execução do crime-fim, que era o furto qualificado, conforme
princípio da consunção.
* COMPETÊNCIA PARA JULGAR CRIMES CONTRA O BB:
- Crimes em detrimento do Banco do Brasil é de competência da
Justiça Estadual porque trata-se de sociedade de economia mista,
conforme Súmula 42 do STJ.
* COMPETÊNCIA PARA JULGAR CRIMES CONTRA A CEF:
- Crimes em detrimento da Caixa Econômica é de competência da
Justiça Federal, porque trata-se de crimes em detrimento de bens,
serviços ou interesse da União ou de suas entidades autárquicas ou
empresas públicas, conforme artigo 109, inciso IV, da CF.
* BENEFÍCIO DA EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE:
- Se a causa de extinção da punibilidade ocorreu antes do trânsito
em julgado da sentença condenatória, o crime anterior não gerará
TESES 2ª FASE OAB PENAL
qualquer efeito, não funcionando como maus antecedentes,
reincidência ou título executivo na esfera civil.
Ex. prescrição da pretensão punitiva (se for executória incidirá a
reincidência).
* CONCURSO DE CRIMES COM PARTICIPAÇÃO DE
MENOR IMPORTANCIA:
- Requerer a redução de 1/6 a 1/3, conforme artigo 29, § 1°, do
CP.
* COOPERAÇÃO DOLOSAMENTE DISTINTA:
- Se o agente quis responder por crimes menos grave, será
aplicada a pena do crime menos grave aumentada até a metade, se
for previsível o resultado, conforme dispõe artigo 29, §2°, CP.
Ex. se “A” e “B” planejaram um furto (“A” ficaria do lado de fora
para avisar a chegar do morador enquanto “B” ingressaria na
residência para subtrair os objetos) e “B”, ao entrar na casa,
resolve praticar um crime mais grave (matar a empregada que lá
se encontrava, por exemplo) deverá responder – ele “B” – pelo
crime delito mais grave; “A”, todavia, responde apenas pelo delito
de menos grave (furto), com a pena (do furto) aumenta na metade
se o resultado mais grave (latrocínio) fosse previsível.
* TEORIA DA DESCOBERTA INEVITÁVEL:
- Quando antecipadamente a autoridade pratica um ato ilegal, mas
outra autoridade de forma legal faria o mesmo percurso/trabalho e
encontraria da mesma forma, logo a prova será lícita, conforme
artigo 157, parágrafo 2º do CPP.
Ex. Se um policial militar invadiu a casa e apreendeu a arma
objeto do crime, mas a Policia Civil já tinha um mandado para
fazer a busca e apreensão, o objeto seria encontrada da mesma
forma.
* LIMITE DO TEMPO DA PENA DE INTERNAÇÃO:
- Conforme a Súmula 527 STJ o limite da internação em razão de
doença mental seria o máximo da pena em abstrato cominada ao
delito.
> TESE QUE EU ACHO QUE CAI NA PROVA, ENTENDAM:
- Sempre olhar a data do crime e a vigência em que o crime
(capitulação jurídica) entrou em vigor, porque pode acontecer de
uma Lei ter entrado em vigor posterior a data do crime. Logo, o
crime ocorreu antes da capitulação jurídica ter entrado em vigor.
- O fato será atípico, devendo ser pedido absolvição, em virtude
do princípio da legalidade, conforme artigo 5º, inciso XXXIX da
Constituição Federal e artigo 1º do Código Penal.
OBS: Se for uma causa de aumento ou qualificadora, é possível
também pedir o afastamento ou desclassificação, com base no
princípio da irretroatividade da lei penal, artigo 5º, inciso XL da
Constituição Federal, pois a lei penal só irá retroagir se beneficiar
o réu.
TESES DE NULIDADE PARA
RESE
1 - Nulidade da decisão de pronúncia (quando o juiz se aprofundar
na análise da materialidade e autoria do delito) isso viola o artigo
413, §1 do CPP e/ou artigo 564, III. 'f' do CPP, e/ou artigo 564, IV
do CPP = excesso por parte do juiz.
2 - Nulidade da pronuncia ou da instrução, tendo em vista que o
réu não foi intimado para audiência em que foram ouvidas as
testemunhas e o seu não comparecimento configura a violação do
principio da ampla defesa, conforme o artigo 5, LV, da CRFB/88.
3 - Nulidade em razão do cerceamento de defesa OU violação ao
principio da ampla defesa OU violação ao principio do
contraditório, ja que o juiz somente proferiu decisão APÓS
juntada de documentação, SEM dar vista as partes.
4 - Nulidade em razão do NÃO oferecimento de proposta de
suspensão condicional do processo, nos termos do artigo 89 da
lei 9.099/95. (ex: ja que a pena mínima imputada ao réu é de 01
ano)
5 - Nulidade do processo pela violação do artigo 411, §3 e artigo
384 ambos do CPP, pois o juiz vislumbrando a possibilidade de
nova definição do fato em razão de prova nova, surgida durante a
instrução, deveria abrir VISTAS dos autos ao MP, se for o caso,
adite a denuncia, mesmo que a pena prevista para a nova definição
seja menor, conforme nova redação do artigo 384 do CPP. -
Anulação da sentença nos termos do art. 564, IV do CPP.
6 - Nulidade na Inversão de ordem de na audiência de instrução,
conforme artigo 411, caput do CPP.
7 - Nulidade de inversão de testemunhas, nos termos do artigo 400
do CPP.
8 - Nulidade pela falta de exame de corpo de delito do art. 158 em
crimes que deixam vestígios com base no artigo 564, III, b, do
CPP (ex: uma faca que não foi periciada).
OBSERVAÇÕES
- Sempre tem tese de prescrição da pretensão punitiva;
- Alegar decadência, nos termos do art. 107, IV do CP, nos
crimes de lesão corporal culposa ou leve, se houver passado 06
meses a contar da data de conhecimento do autor do crime, pois
se trata de ação penal condicionada a representação, conforme
art. 88 da lei 9.099/95.
> exceto em crimes: lesões que envolve violência domestica -
lesão corporal leve ou culposa em crimes de transito quando o
agente estiver em influencia de álcool ou drogas que determine
dependência, ou quando estiver em via publica participando de
corrida, disputa ou competição automobilística de exibição ou
demonstração de perícia em manobra de de veiculo automotor,
não autorizada pela autoridade competente - ou transitando em
velocidade superior à máxima permitida para a via em 50 km/h.
TESES DE PRELIMINAR USADAS EM
RESPOSTA À ACUSAÇÃO
1 - Nulidade do ato de citação, nos termos do art. 564, inciso III,
'e', CPP.
2 - Nulidade do ato de citação, por ter sido o réu citado através de
sua esposa OU porque não foi citado pessoalmente, sendo violado
o artigo 564, III, 'e' OU 351, ambos do CPP.
3 - O réu não estava se ocultando para ser citado e o oficial de
justiça só compareceu uma vez, onde não preenche os requisitos
do artigo 362 do CPP.
4 - Rejeição da denúncia ou nulidade do processo, por ausência de
representação, nos termos do art. 395, II, CPP e/ou art. 564, III, 'a',
CPP.
5 - Nulidade na citação por hora certa, quando fica demonstrado
que o réu não se ocultou para ser citado, pois conforme o artigo
252 do Código de Processo Civil, a citação por hora certa só será
realizada depois que o oficial de justiça ter procurado o réu por
duas vezes, em seu domicilio ou residência sem o encontrar, bem
como se houver, fundada suspeita de que ele esteja se ocultando
para não ser citado.
6 - Nulidade por incompetência do juízo (quando o crime se tratar
de menor potencial ofensivo) usar o artigo 98, I, da CF/88
- artigo 60 da lei 9.099/95 - artigo 564, I, do CPP)
TESES 2ª FASE OAB PENAL

7 - Nulidade quando a denúncia for inepta, ou seja, faltando
requisito essencial (quando faltar a exposição do fato criminoso
com todas as suas circunstancias) usar o artigo - 41 e 564, IV do
CPP.
8 - Nulidade das provas do inquérito policial; art. 155 do CPP.
10 – É vedada sanções coletivas, conforme art. 43, § 3 da LEP,
pois é um direito constitucional a individualização da pena, nos
termos do art. 5, XLVI da CF/88.
11 - Não é possível fixar pena substitutiva como condição especial
para progressão de regime para o aberto, conforme sumula 439 do
STJ ou sumula vinculante 26 do STF. (caracteriza bis in idem).

9 - Nulidade por não observar o procedimento correto, nos termos 12 - O exame criminológico é desnecessário para progressão de
do artigo 564, IV do CPP (fundamentar com o artigo violado + regime, mas pode ser requerido por decisão motivada. - sumula
art. 564, IV do CPP). 439 STJ e sumula vinculante 26 do STF.

10 - Nulidade por não oferecer a proposta de suspensão
condicional do processo (requisitos está no artigo 89 da lei
9.099/95).
11 - Rejeição da Denúncia que for exclusivamente de provas
ilícitas, onde haverá falta de justa causa para instauração de
inquérito policial, devendo ser rejeitada a denúncia nos termos do
artigo 395, III do CPP.
11- Nulidade pela violação ao art. 396-A, §2°, CPP - por ser a RA
uma peça obrigatória, se ele foi citado e não apresentou e nem
indicou advogado, o Juiz terá que encaminhar o processo para a
defensoria publica. É cerceamento de defesa art. 5°, LV, CF e
também pode usar o 564, III, c, do CPP e a súmula 523, do STF.
13 - A duração máxima de mandado de segurança é do tempo
abstrato previsto ao crime cometido – sumula 527 do STJ.
IMPORTANTE
- Art. 50, II da LEP - A fuga configura falta grave de natureza
grave, até a recaptura do apenado.
- Art. 49, paragrafo único da LEP - A tentativa de falta na
execução é punida como falta consumada.
- Art. 50, VI e art. 39, II e V da LEP - A desobediência aos
agentes penitenciários configura falta de natureza grave.

12- Nulidade pela falta de exame de corpo de delito do art. 158 - Art. 83 do CP - Inciso V: O livramento condicional é cabível ao
em crimes que deixam vestígios com base no artigo 564, III, b, reincidente em crime hediondo, exceto reincidente específico (ou
do CPP. seja, reincidente em crime hediondo).

TESES DE AGRAVO
EM EXECUÇÃO

1 - Invalidade no reconhecimento de falta grave (não permitindo a

regressão para o regime fechado de cumprimento da pena).

2 - O reconhecimento de falta grave depende de prévio

procedimento administrativo disciplinar (PAD), sendo garantido
ao apenado o direito de ampla defesa, conforme a súmula 533 do
STJ. (o preso tem direito de ser ouvido, caso não tenha oitiva dele,
é cerceamento da defesa, nos termos do art. 5, LV da CF/88).

3 - Não é possível a perda da totalidade dos dias remidos,

conforme artigo 127 da LEP.

4 - Somente o juiz poderia decretar a perda de até 1/3 dos dias

remidos (caso fosse válido o reconhecimento de falta grave).

5 - A pratica de falta grave NÃO gera reinicio de contagem do

prazo do LIVRAMENTO CONDICIONAL, conforme a súmula
441 STJ.

6 - A pratica de falta grave NÃO gera reinicio de contagem do

prazo do INDULTO, conforme a súmula 535 STJ.

7 - É incabível o reinicio da contagem dos prazos do indulto e do

livramento condicional em razão do principio da legalidade, que
também é aplicável na execução penal.

8 - O livramento condicional pode ser concedido assim que

atingido o lapso temporal exigido em lei, de modo que a sua
permissão não esta condicionada à passagem de regimes
prisionais. Onde não é aplicável a sumula 491 do STJ.

9 - O apenado não pode permanecer em regimes mais gravosos

em razão da falta de estabelecimento penal adequado, devendo ser
colocado em liberdade ou em regime mais favorável a ele,
conforme súmula 56 do STF.