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Grande parte das normas jurídicas podem oferecer diferentes formas de interpretação.
Isso atinge diretamente o principio da segurança jurídica. Como no caso do artigo em
apreço, cabe ao Supremo Tribunal dizer qual o real sentido do texto de modo que seja
sempre consoante a CF/88. Dessa forma, é possível dizer que no Brasil é adotado as
formas difusa e concentrada quanto as normas Constitucionais. Quanto a nulidade,
poderá ser total (a norma é retirada do ordenamento), parcial (retira apenas a parte
inconstitucional) sem redução do texto (dita que todas as normas divergentes são
inconstitucionais) e interpretação conforme (dita qual a interpretação correta). Os
efeitos serão erga omnes conforme o art. 28 parágrafo único.
5. Considere a edição de lei que atribua 50% (cinquenta por cento) da pontuação total,
nos concursos públicos de provas e títulos para provimento de cargos efetivos de
professor de certo Estado da Federação, em razão de exercício anterior da mesma
função pública (professor do quadro da rede estadual de ensino), na qualidade de
ocupante de cargo em comissão ou contratado temporário. O Procurador Geral da
República efetuou a impugnação do diploma via ação direta de inconstitucionalidade
deflagrada perante o Supremo Tribunal Federal, sendo certo que a medida cautelar para
a suspensão da lei foi deferida por ato singular do relator, ainda pendente o referendo do
Plenário. Ato contínuo, o Governador do Estado declarou a nulidade da investidura de
todos os servidores que ingressaram em cargos públicos de provimento efetivo após a
vigência da referida lei. Ante o quadro, responda aos itens a seguir. A) É constitucional
a referida lei estadual? B) É legítimo o ato do Governador?
B) Sim. Uma vez que os atos administrativos devem ser obedecidos independentemente
da vontade do administrado. O cumprimento decorre da supremacia do interesse publico
sobre o privado, denominado como atributo da imperatividade. No entanto, o ato de
declaração de nulidade é nulo de pleno direito, não sendo capaz de produzir efeitos. O
que acarretará na retroatividade da nulidade desde o momento da ilegalidade.
B) Não. Conforme preceitua o art. 4º, §1º da Lei 9.882/99 “Não será admitida arguição
de descumprimento de preceito fundamental quando houver qualquer outro meio eficaz
de sanar a lesividade”. Isso quer dizer que a Lei na qual se refere o exercício em questão
determina que outro meio, desde que eficaz, seja utilizado para sanar a lesividade antes
que precise se valer da arguição de descumprimento de preceito fundamental.