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fabioferreira.jus@gmail.com
fabioferreira.jus
• Bacharel em Direito;
• Pós graduação em Gestão de Segurança Pública;
• Pós graduação em Mediação de Conflitos;
• Pós graduação em Direito Penal e Processo Penal
• Mediador Judicial – CNJ/TJDFT;
• Mediador Extrajudicial;
• Supervisor de Estágio Supervisionado – Mediação Judicial;
• (Ex)Coordenador de Estágio Supervisionado de Mediação Judicial;
• Co-instrutor no Curso de Supervisores de Mediação;
• Professor de Pós-graduação no Centro de Mediadores;
• Professor do Curso de Mediação Empresarial;
• Professor de Direito Penal;
• Servidor Público de Carreira;
FERRAMENTAS PROCEDIMENTAIS
1. Preparação
•Seu nome
1.
•Ajudo
2
•Conseguir (resolver tal problema, adquirir prazer ou
3 facilidade)
Exemplo:
Meu nome é Fábio. Eu auxilio Mediadores de Conflitos em formação a se
aperfeiçoarem nas técnicas de Mediação Empresarial, sem precisar gastar rios de
dinheiro com inúmeros cursos ou levar meses lendo muitos livros complexos.
1.3 Psicológica
1.4 Ambiental
2. Declaração de Abertura
• Apresentações
• Agradecimentos
• Mediação
• Mediador
• Procedimento
• Possibilidades
• Expectativas de conduta
• Confidencialidade
• Dúvidas
• Confirmação
Questões
Interesses Sentimentos
A identificação do Diagrama QIS é um ponto imprescindível a ser utilizado pelo
mediador, pois é justamente ele que irá fornecer os elementos necessários para que o
facilitador utilize demais ferramentas durante uma sessão de Mediação.
Uma pessoa busca a solução de um conflito para resolver algum ponto [QUESTÃO]
em razão do qual, algum acontecimento frustrou suas necessidades e/ou interesses
[INTERESSES REAIS], e em razão disso, desencadeou sentimentos negativos
[SENTIMENTOS].
Questões
As questões são pontos sobre os quais giram a controvérsia; são tópicos para o
debate futuro; os temas que serão objetos de uma possível negociação. Devem ser
estabelecidas em forma de palavras-chave, neutras e sucintas.
Interesses
É a motivação que leva uma pessoa a querer algo; é o que impulsiona os
indivíduos a agirem em busca de uma realização ou satisfação pessoal/profissional.
Sentimentos
Durante a reunião de informações, sabendo que os elementos do QIS estão
interligados, se conseguirmos identificar um ou dois dos elementos, é possível que
suponhamos qual será o terceiro, bastando confirmar com as partes se, de fato,
estamos corretos.
ü Afago;
ü Inversão de papéis;
ü Teste de realidade;
5. RESUMO
Finalizada a narrativa inicial das partes envolvidas no procedimento de Medição,
o Mediador entrará como o seu Resumo, que servirá para sintetizar o que foi dito, de
forma neutra e/ou positiva (Recontextualização), esclarecendo tanto para o Mediador
quanto para os Mediandos. Mas não é simplesmente repetir o que cada uma das partes
já disse. Deve-se fazer um resumo técnico, transformando a narrativa de todas as partes
em um texto único, onde se ressalta os pontos positivos, os interesses em comum e
fecha listando as questões, que serão os pontos a serem trabalhados nos próximos
passos.
Segue um modelo de Resumo Técnico:
• Tipo de Relação;
• Interesses Comuns;
• Aspectos Positivos;
• Momento do Conflito;
• Falha na Comunicação;
• Validação de Sentimentos Comuns;
• Foco Prospectivo; e
• Questões
Exemplo:
Deixe-me ver se entendi o que vocês disseram até o momento: Entre vocês existe
uma relação comercial de prestação de serviços, onde a Empresa “A” é a responsável
pela distribuição das mercadorias da Empresa “B” [Tipo de Relação]. Entendo que nesta
relação entre vocês, os seus interesses se completam, e uma empresa necessita da outra
para desempenhar as usas atividades, bem como ambas possuem boas expectativas em
relação ao cumprimento do acordo realizado e boa comunicação [Interesses Comuns],
inclusive essa parceria já estende a mais de 5 anos, e me parece que até o momento
fluiu de forma bastante positiva [Aspectos Positivos]. No entanto, a poucos meses, uma
situação provavelmente causada pela pandemia, relacionada a falta de insumos,
ocasionou uma frustração nos seus interesses [Momento do Conflito], e vocês até
chegaram a se comunicar para tentar resolver, mas essa comunicação inicial foi
improdutiva [Falha na Comunicação]. Vejo que ambos estão chateados pelo ocorrido,
pois possuem o interesse de manter a relação comercial entre vocês da melhor forma
possível e também estão aborrecidos, pois gostariam de ter estabelecido uma
comunicação respeitosa e produtiva [Validação de Sentimentos Comuns]. Mas também
vejo que neste momento temos uma ótima oportunidade para conversar sobre estes
pontos e buscar a melhor solução que satisfaça ambos e evitar que ocorrências dessa
natureza se repitam, aperfeiçoando essa relação [Foco Prospectivo]. Assim, temos as
seguintes questões a serem trabalhadas: A comunicação, o contrato, as entregas e os
valores [Questões].
6. Escuta Ativa
A escuta ativa deve ser praticada a todo momento pelo Mediador, mas
principalmente durante a fase de reunião de informações, onde o facilitador poderá
identificar diversos fatores para serem trabalhados na continuidade da sessão.
A Escuta Ativa não se resume a ouvir o que os mediandos estão falando, mas
buscar compreender de fato a essência daquela fala, identificando as questões, os
interesses reais bem como os sentimentos expressados (explicita ou implicitamente).
Exemplos:
Ele é um funcionário muito preguiçoso! Só faz alguma coisa se tiver alguém em cima
mandando.
Então você está dizendo que gostaria que ele tivesse mais iniciativa a partir desse
momento.
Ele é um chefe muito difícil! Se você faz, ele briga, se você não faz, ele briga.
Ninguém entende o que ele quer.
Pelo que entendi, você possui dúvidas em relação às atividades que pode realizar, e
entende que se esses pontos ficarem mais claros, podem realizá-los mais
rapidamente.
Dicas:
ü Seja sincero;
ü Não elogie demais;
ü Seja claro;
ü Não demore para fazer o afago;
Exemplo:
Me parece que o senhor ficou muito aborrecido [sentimento] pois tem interesse de se
relacionar bem com os seus clientes [Interesses].
Vejo que você ficou bastante frustrado como atendimento [sentimento], pois gostaria
de ser tratado com mais respeito enquanto consumidor [interesse].
Com isso, o mediador evita que as partes tenham uma sensação de parcialidade de
sua atuação.
As partes estão com os olhos vendados pelo conflito e o Mediador é o guia que irá
conduzi-las pela escuridão das incertezas. E a melhor maneira de fazê-lo é por meio de
perguntas poderosas.
São aquelas perguntas que fazem as partes realmente refletir, entrando em
processo de cognição profunda. Deve-se dar preferência às perguntas abertas (com
respostas subjetivas). Mas para que essa ferramenta funcione, o Mediador deve estar
atento ao que irá perguntar. Não adianta despejar várias perguntas pré-formuladas.
Cada sessão de mediação é única; cada pessoa é única. O Mediador deve estar
realmente conectado com suas partes, e realizar perguntas pertinentes e de acordo com
as respostas, ir aprofundando as perguntas e consequentemente aprimorando a
reflexão.
Deve-se ter cuidado com seu uso, uma vez que, em algumas situações, pode
gerar um sentimento culpa ou estimular respostas com cunho justificativo, voltadas
para o passado.
Exemplo:
Por que você teve esse comportamento?
Quais motivos te levaram a agir daquela maneira?
Perguntas Prospectivas
TÉCNICAS DE NEGOCIAÇÃO
Consiste em uma técnica bastante poderosa, onde o Mediador irá estimular que
a parte reflita, primeiro, qual seria a melhor solução para aquele caso. Em seguida, o
mediador faz a parte refletir sobre qual seria a solução menos favorável naquela
situação. Dessa forma, abre-se uma janela de opções entre esses dois pontos, e aí o
Mediador entra mostrando as vantagens subjacentes que existe nesse meio, como
redução de custas processuais e com advogados, redução do desgaste emocional, ganho
de tempo, etc.
Melhor Cenário
VANTAGENS SUBJACENTES:
Tempo;
Economia;
Desgaste físico;
Desgaste Emocional;
Satisfação pessoal;
Satisfação da rede;
Manutenção de parceiros;
Pior Cenário
R$ 60 mil
Danos Materiais
R$ 10 mil
Lucros Cessantes
R$ 60 mil R$ 10 mil – Multa Contratual
Danos Materiais R$ 30 mil
R$ 20 mil – Danos Morais
17. SEPARE AS PESSOAS DO PROBLEMA
Seja aquela microempresa ali da esquina da rua onde você costuma passar,
seja uma grande multinacional, quem irá para uma mesa de negociação serão
seres humanos, e como tal, possuem emoções, valores, experiências distintas e
diferentes pontos de vista.
Quando alguém tem raiva de alguma coisa, é provável que expresse esse
sentimento em relação à pessoa que, em sua cabeça, esteja associada a essa situação.
Logo, é preciso que nos coloquemos no lugar do outro com empatia, para
entendermos o seu ponto de vista, para que possamos conseguir influenciá-los.
Outro fator que traz diversos embaraços a uma negociação é atribuir culpa aos
outros. Ao receber um “ataque” a outra parte entrará em um modo de segurança e
contra-atacar. Ao negociar uma questão, devemos separar os fatos do problema das
pessoas as quais estão relacionadas.
Procure formas de agir que a outra parte não esteja esperando. Surpreenda-a,
quebrando a espiral do conflito.
Emoção
Permita que o outro lado desabafe. Deixar que uma pessoa desabafe seus
sentimentos, certamente fará com que ela participe de uma negociação mais racional
logo a frente.
Comunicação
Negociar com base em interesses nos leva a ter uma série de possibilidades, uma
vez que um interesse pode ser satisfeito por diversas formas, diferente do que acontece
com a posição. Geralmente as partes se prendem na solução mais óbvia aos seus olhos
- posição - mas ao trabalharmos com base nos interesses, conseguimos ampliar esse
leque de possibilidades.
Outro ponto positivo de se negociar com base em interesses é que, por trás de
posturas antagônicas, existem muito mais interesses comuns do que conflitantes.
Compreenda que cada lado tem interesses múltiplos, inclusive interesses ligados a sua
rede de influência.
• Segurança;
• Bem estar econômico;
• Senso de pertencimento;
• Reconhecimento;
• Controle sobre sua própria vida
Mesmo em negociações relacionadas a pagamento de valores monetários,
podemos identificar outros interesses básicos.
Foco prospectivo.
• Julgamento prematuro;
• Busca de uma resposta única;
• Pressuposição de um bolo fixo; e
• Pensar que a resolver o problema de uma parte é “problema dela”, não dos
outros;
Por mais que você consiga ter domínio sobre as técnicas até aqui ensinadas, em
algum momento você terá que lidar com a dura realidade de interesses conflitantes.
Quando se adota padrões de justiça, eficiência e mérito científico para lidar com
o seu problema, maior será a possibilidade de construção de um acordo sensato e justo.
O uso de critérios objetivos faz com que os negociadores utilizem o tempo de
forma mais proveitosa, conversando sobre os padrões e soluções, ao invés de estarem
se defendendo em contra-atacando em uma negociação posicional.
A ausência de se definir uma MAPAN poderá fazer com que um negociador seja
extremamente otimista ou excessivamente comprometido a se chegar a um acordo.
Ao ser excessivamente otimista, as pessoas criam uma ilusão positiva do somatório de
todas as suas possibilidades, enquanto, na realidade, provavelmente terá apenas uma
única solução.
Você pode identificar uma MAPAN através de uma pergunta poderosa: Se você não
aceitar determinada proposta, o que você deverá fazer, após transcorrido certo lapso
temporal?
Para auxiliar uma parte a desenvolver sua MAPAN, você deve estimulá-la a :
• Inventar uma lista de ações;
Desperte a consciência de um lado, que o outro lado também possui sua MAPAN.