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Técnicas de Resolução de

Compreensão e contextualização do conflito


Conflitos
• O conflito é uma incompatibilidade entre
Compreensão e condutas, perceções, objetivos e/ou afetos
contextualização do conflito entre indivíduos ou grupos, que definem as
suas metas como mutuamente incompatíveis.
 A perceção é muito influenciada pelo
contexto, a realidade do sujeito, o seu
“ O conflito em si é destruidor e criador, perigoso estado de ânimo..
devido à sua violência, mas uma excelente • Neste sentido, para Deutsch manifesta-se
oportunidade para criar algo novo”. Johan Galtung também quando existem atividades
incompatíveis entre si.
• Touzard → o conflito seria uma situação na
Definição de conflito: qual uns “agentes” procuram metas
• Latim: “choque, embate das pessoas que diferentes, ou defendem valores
lutam; peleja; reencontro; discussão; contraditórios; ou têm interesses opostos ou
altercação; desordem; antagonismo; oposição; distintos; ou procuram de forma simultânea e
momento crítico.” competitiva uma mesma meta. Nesta
• Dicionário Michaelis: 1. Oposição de interesses, situação, é comum existir a pretensão de
ideias.; 2. Luta, desentendimento.; 3. Conflito controlar a conduta do adversário, para
armado, guerra. conseguir os objetivo(s) em si mesmo.
• A palavra conflito, em diferentes contextos, • Quando se fala de conflito devem ser
pode adquirir significados diferentes para verificadas as seguintes circunstâncias:
diferentes pessoas.  A existência de interação de, pelo menos,
• “Um conflito é uma luta expressa entre pelo 2 indivíduos do grupo.
menos duas partes interdependentes que  Que se perceba ou exista uma
percebem que os seus objetivos são incompatibilidade entre as metas, condutas,
incompatíveis, as suas compensações são interesses, posições, valores ou desejos
reduzidas e a outra parte os impede de próprio e do/a outro/a.
atingir seus objetivos” (Hocker & Wilmot, 1985).  Que pelo menos 1 das partes considere

• “Os conflitos são situações em que duas ou uma situação como injusta ou incompatível.
mais pessoas entram em desacordo porque
as suas posições, interesses, valores, desejos
e objetivos são incompatíveis ou percebidos Tipos de Conflito Descrição
como incompatíveis” (Costa, 2007). Conflitos de relação/ Baseiam-se em agressões,
comunicação lutas, ofensas, ameaças,
desvalorizações, rumores,
• O conflito é visto com uma conotação confusão, etc. engloba ainda
negativa, no entanto, pode ser algo inovador os conflitos por diferentes
e de aprendizagem. perceções entre as partes.
Conflitos de interesses/ Quando existem diferenças
• Um conflito pode ser interno.
necessidades entre as partes devidas a um
problema de conteúdo. • Conflitos destrutivos → o conflito tem
Pretende-se procurar a consequências destrutivas se os/as seus/suas
forma de satisfazer o participantes estão insatisfeitos com as
interesse e necessidade conclusões e sentem, como resultado do
através de uma solução conflito, que perderam.
alternativa de ganhar-ganhar. • Conflitos construtivos → o conflito tem
Conflitos por recursos Baseiam-se no possuir, consequências produtivas se todos/as os/as
emprestar e ceder. seus/suas participantes estão satisfeitos/as
Conflitos por atividades Gerados a partir de com os efeitos e sentem que, resolvido o
desacordo na realização de conflito, ganharam.
tarefas ou trabalhos. Nota: Na maioria das vezes um conflito cujos
Conflitos por Baseiam-se nas diferenças de efeitos são satisfatórios para todos/as os/as
referências, valores e princípios e na tentativa de participantes será mais construtivo do que um
crenças imposição da diferença ao que seja satisfatórios para uns e insatisfatórios
outro. para outros.

• Conflitos por referência são os mais


complicados de serem discutidos. Mapa de análise do conflito
• Para compreender um conflito é necessário
aprender a olhá-lo sem nos deixarmos
Tipologia dos conflitos: influenciar pelas primeiras impressões
• Conflito verdadeiro → este conflito existe
objetivamente e é claramente percebido. Não
é contingente em relação a algum aspeto
facilmente alterado do ambiente.
• Conflito deslocado → ambas as partes do
conflito não discutem a verdadeira causa.
• Conflito manifesto → expressa um conflito
subjacente de uma forma simbólica ou
idiomática. • Temos de saber quem está envolvido no
• Conflito mal atribuído → ocorre entre partes conflito para resolver o mesmo, caso
erradas e, como consequência, sobre contrario, se as mesmas não tiverem
questões equivocadas. presentes, pode desenvolver uma nova
• Conflito latente → o conflito deveria estar a escalada do problema.
ocorrer, mas isso não acontece porque o • Quando → traz os dados relevantes e pode
mesmo foi reprimido, deslocado, mal atribuído dar indicadores da possível resolução do
ou porque não existe psicologicamente. futuro.
Como eu vivencio realmente a situação do • Onde → muitos motivos são despoletados
conflito; nem toda a gente consegue ver ou pelo contexto.
entender o real motivo. • Como é que chegou a este historial nesta
• Conflito falso → este conflito ocorre quando relação.
não há base para ele, indicando má perceção
ou incompreensão.
Em vez de se perguntar diretamente “porquê?”, que perde, não sendo atingida uma
temos de explorar as variáveis subjacentes: solução verdadeiramente justa.
• Conflitos Perder – Perder:
 Este estilo não satisfaz objetivamente
nenhuma das partes envolvidas, pois as
partes envolvidas estão mais empenhadas
em impedir que a outra parte ganhe, do
que propriamente em encontrar a solução
do conflito.
• Conflitos Ganhar – Ganhar:
 Este estilo implica que o conflito seja um
• O contexto também influencia os interesses e problema que urge resolver, sendo que as
as necessidades. partes envolvidas confrontam pontos de
• As emoções são sustentadas por vista e colocam-se frente a frente, sendo
necessidades. frontais e transparentes. Este estilo permite
• As necessidades são valores pessoais, mais encontrar a melhor solução possível das
estruturantes. apresentadas, criando um clima de
• Os interesses são as nossas vontades confiança, compreensão e respeito mútuo
momentâneas. entre os implicados. Este estilo pressupõe
o conceito de negociação e exige um
grande investimento de tempo.
Processo do Conflito

Estilos de Abordagem do Conflito

Resolução de Conflitos
• Conflitos Ganhar – Perder:
 Este estilo tem como fundamento uma Estratégias de resolução de conflitos
relação em que uma das partes, sendo
• Competição (“Eu lidero.. ”):
mais forte que a outra, exerce a sua
 Traduz-se na adoção de um estilo de
autoridade para remover o conflito. Em
ganhar-perder.
qualquer situação, esta estratégia é pouco
adequada, pois existe sempre uma parte
 O alcance dos objetivos de uma das partes  Atitude de fuga ou de negação e não
é considerado prioritário perante os resolve verdadeiramente o conflito.
interesses da outra parte.  Pode constituir um meio de adiar a
 Quando numa situação de conflito grupal, resolução do conflito para um momento
as partes envolvidas adotam esta linha posterior.
estratégica.  Também pode permitir a retirada de uma
 A rigidez na prossecução dos objetivos situação sentida como ameaçadora.
dificulta o consenso para uma solução
partilhada.
• Compromisso (“Estabelecemos um
Situação 1:
compromisso.. ”):
“Há algum tempo atrás, no jardim da casa de um  Procura de uma solução de meio termo
vizinho, o meu filho de cinco anos e um amigo para o conflito.
começaram a discutir a posse de uma mangueira.  Cada uma das partes envolvidas na
(Conflito) Ambos queriam ser o primeiro a pegar situação conflitual está disposta a ceder
na mangueira para regar as flores. (Competição) algo dos seus interesses de forma a obter
Cada um tentava arrancá-la do outro para si e um resultado comum que seja
ambos começaram a chorar. Os dois estavam minimamente satisfatório para ambas.
muito frustrados e nem um nem outro era capaz  Trata-se de uma estratégia em que
de usar a mangueira para regar as flores como ninguém sai a ganhar ou a perder.
desejavam. Depois de estarem neste impasse da  Útil quando se pretende atingir acordos
mangueira, começaram a lutar e a chamar temporários em relação a assuntos
nomes um ao outro”. (O conflito teve um curso complexos ou quando a colaboração ou a
destrutivo por culpa dos dois, produzindo competição foram mal sucedidas.
frustração, choro e violência).
• Acomodação (Eu desisto.. ):
• Colaboração (“Deixe-nos colaborar”):
 Engloba uma cedência.
 Esta estratégia revela-se mais eficaz.
 As diferenças existentes são minimizadas.
 Nesta estratégia procuram-se soluções
 Os pontos de acordo são sobrevalorizadas.
integradas que possam trazer vantagens
 Procura-se a satisfação dos objetivos da
para todas as partes envolvidas.
outra parte.
 Trata-se de um estilo de ganhar-ganhar.
 Trata-se de um estilo de perder-ganhar.
 Tenta-se integrar todos os interesses em
 Resulta quando se ambiciona ter uma
confronto através da negociação.
melhor posição para ser ouvido ou quando
 Aconselhada quando se trata de assuntos
se pretende manter um bom
complexos e existe tempo para os
relacionamento.
resolver.
Situação 2:
• Evitamento (“Eu evito.. ”):
O jardim tem dois espaços, flores e vegetais.
 Quando uma das partes reconhece que o
Suponha que querem resolver o conflito
conflito existe, mas procura evitá-lo,
amigavelmente (Cooperação).
tentando ignorá-lo com a esperança de
que os problemas se resolvam por si.
Então um diz para o outro: “Vamos atirar a • Perante as hipóteses colocadas, como reagiria
moeda ao ar para ver quem rega primeiro”. nesta situação?
(1ºpasso para a resolução do conflito é sugerido). 1) Quando acaba a reunião, dizes que tens
O outro concorda e rapidamente sugere que o muita pressa e vais almoçar com a tua
que perder tem o direito de selecionar a área família.
que quer regar. Os dois concordam com a 2) Aproximas-te da Rosário para lhe dizer
sugestão (Os dois ganham e sentem-se bem um que ela sabe que tu tens razão, mas que
em relação ao outro) tens a certeza de que ela se sairá bem na
comissão da revista.
3) Falas com a Rosário e explicas a tua
Ver documento das atividades.
posição, isto é, que embora ela já tenha
O caso da reunião colaborado em várias atividades e projetos
Hoje na reunião iria ficar decidido quem iria fazer da escola, nunca tinha participado
parte de cada grupo de trabalho durante o ano diretamente na revista da escola; desta
letivo. Soubeste que tu e a Rosário manifestaram forma reconheces que nem tu, nem a
interesse em ficar com a organização da Rosário tinham toda a razão.
biblioteca, mas que uma das duas teria de 4) Falas com a Rosário e assumes que
participar também na revista da Universidade. As estavas completamente errada (mesmo
tarefas da biblioteca são relativamente tranquilas, sabendo que ela nunca tinha colaborado
no entanto as tarefas relacionadas com a na elaboração da revista).
elaboração da revista comportam mais tensão, 5) Pedes desculpa à Rosário pela tua
sendo necessário andar atrás dos docentes e dos intervenção durante a reunião e dizes que
estudantes para que colaborem e entreguem os ficaste contente, pois a solução acabou
artigos a tempo. É uma tarefa muitas vezes por agradar às duas. Referes que sabes
ingrata porque no final ninguém agradece. que não foste muito agradável,
acrescentando que estás disponível para
És a primeira a manifestar-se sobre o assunto. falar do assunto num outro dia.
Tu já colaboras na revista há 3 anos e agora
queres mudar. Na reunião deixaste isso bem Compreensão e contextualização
claro, comentando até que a Rosário era um do conflito
pouco preguiçosa, não sendo mau de todo que, • Processos fundamentais para compreender
pelo menos uma vez, ela se dedicasse mais à os processos sociais e psicológicos que estão
escola. envolvidos nos efeitos de competição e
A Rosário ficou surpreendida com a tua cooperação:
intervenção mas não contestou; disse apenas  Substituição → as ações de uma pessoa
que faz o que pode pela escola e pelos projetos podem satisfazer as intenções de outra;
escolares e que nessa medida já tinha aceitado  Atitudes → predisposição para responder
colaborar na comissão da revista. de forma favorável ou não ao meio.
 Abertura → aceitação em ser
Reparas que não tinhas razão e sentes-te mal
positivamente influenciado pelo outro.
com o que se passou. Afinal de contas, a Rosário
já tinha participado em vários grupos da escola e
estava disposta a aceitar participar na elaboração
da revista.
Cada um conhece com clareza as posições e motivações da outra parte • Conflitos de interesses → competição
percebida/real sobre interesses; interesses
procedimentais; interesses psicológicos.
Trabalho em conjunto e partilha de recursos para
• Conflitos estruturais → padrões de
Comunicação
frequente,
alcançar metas; Respeito e Reconhecimento pela outra comportamento/interação destrutivos;
parte
abertura e
honesta
controlo/poder/recursos digitais; factores
Cooperação
físicos/geográficos/ambientais que minam a
Maior
convergência Fortalece
cooperação; constrangimentos de tempo.
Procura de
e
conformidade
relações
interpessoais e
soluções mais
criativas e
• .Conflitos de valores → diferentes critérios
Atitudes os grupos
amigáveis e
de crenças e
valores
oferecem um
clima de
construtivas e
que contemplam
Pensamento a
longo prazo para avaliar ideias/comportamentos; valores-
confiantes o outro
segurança
alvo intrínsecos incompatíveis; diferentes
formas de vida, ideologias, religião..

Gera dificuldades de empatia nas partes que adotam atitudes hostis e • Aspetos principais de análise de um conflito
rivalizam por recompensas mínimas
(Pessoas):
Protagonistas → Poder → Perceção do
Desqualificação do conhecimento e ausência de partilha
de recursos problema → Valores e princípios → Petições
Escassez de
comunicação iniciais → Emoções e sentimentos → Interesses
Energia
e necessidades
investida Competição
somente no
ganho
Distanciamento de crenças
Uso da força, poder e
Pensamento
a curto Falta de
e valores e valorização
apenas de uma perspetiva
coerção • Aspetos principais de análise de um conflito
prazo confiança (Processo):
História do conflito → Grau de polarização →
Tipo de comunicação → Relações → Estilos de
confronto

Circulo do Conflito: Causas (Moore,


• Aspetos principais de análise de um conflito
1998)
(Problema):
Situação
• Conflitos relacionais → emoções fortes;
preconceitos ou estereótipos; comunicação
pobre/ausente; comportamento negativo Negociação Cooperativa/
repetido. Integrativa
• Conflitos de informação → falta de • Processo de dialogo aberto, através do qual
informação; diferentes perspetivas acerca do as partes procuram resolver um conflito de
que é relevante; diferentes avaliações e forma satisfatória.
interpretações sobre dados. • Consiste em alcançar o máximo proveito
para ambas as partes.
• Pretende cuidar da relação.
• Não se trata de ceder espaços e aspirações  Pode não ser a solução, mas permite
legitimas mas de repartir equitativamente chegar a soluções cooperativas mais
vantagens e desvantagens. facilmente.
• Obter um acordo equilibrado que ambas  Importa facilitar e melhorar a comunicação
considerem justo, portanto, a ser respeitado. para o entendimento e a confiança, em
• Não existe uma única forma para chegar ao prol de melhores relações – condições.
acordo, depende das causas do conflito,
vontade, criatividade e do contexto.
Pirâmide de PIN
Princípios da Negociação Cooperativa/Integrativa
• Separar pessoas de problemas: Posições • Declaradas

 Distinguir o problema da pessoa, centrando
a atenção no problema, nas causas do
conflito e não em atacar as pessoas. Interesses • Obscurecidos

• Concentrar a atenção nos interesses e não •


nas posições:
 Privilegiar as posições conduzirá as partes
Necessidades • Encobertas

a extremá-las.
 A descoberta dos interesses proporciona a
acordos satisfatórios.
Posições
 As posições expressam o conflito entre as
partes e são instrumentais fave aos • A posição corresponde ao estado inicial das
respetivos interesses. pessoas.
 Os interesses estão subjacentes às • É o que cada parte, inicialmente, reclama
posições e, por isso, definem como sendo a sua opinião/postura perante a
verdadeiramente o conflito entre as partes. situação.
 Na base de qualquer motivação e • Representa a resposta que damos à pergunta
comportamento, estão as nossas “O que queres?”.
necessidades. • Frequentemente inibe a compreensão dos
• Opções e critérios. interesses envolvidos e inibe, por isso, a
 Criar várias possibilidades antes de decidir compreensão ampla do problema.
o que se vai fazer. • Discutir unicamente as posições das partes
 Em vez de querer tirar vantagens, dificilmente produzirá acordos adequados e
interessa construir várias opções que eficazes → desgaste das relações.
permitam alcançar uma solução
mutuamente satisfatória. Interesses
 A solução ou resultado deve basear-se • Os interesses representam os benefícios que
numa estandardização objetiva. a pessoa pretende obter na situação
 A avaliação de opções implica confiança especifica, o conflito.
entre as partes, dialogo aberto, sem • Por norma, os interesses são sustentados
julgamentos e sem vinculações às opções pela posição adotada no conflito.
avançadas.
• Comunicação: Necessidades
• As necessidades são questões que a pessoa Posição Interesse Necessidade
considera fundamentais e imprescindíveis. Face a um Que os Respeito pela
• Sono, alimentação, poder, liberdade de empurrão entre professores dignidade da
alunos, o pai de un evitem que o seu criança
expressão, direito a ser ouvido, respeito,
deles diz, perante seja magoado e
dignidade, amor . . um professor: “os ridicularizado pelos
• A não satisfação das necessidades pode professores desta colegas
resultar em frustração, inquietação, medos, escola não são
etc. capazes de impor
• Por norma, nos conflitos as necessidade são respeito”
Posição do aluno: Interesse e Necessidade:
sustentadas por interesses.
Eu mereço passar Reconhecimento do seu esforço ao
de ano. Tem de me tentar levantar a nota e que não o
dar um 3. reprovem
Hierarquia das necessidades Posição do Interesse e Necessidade: Respeito
professor: Não pelo seu trabalho e pelo papel que
mereces passar. No representa na sala de aula e que o
máximo mereces trabalho dos alunos seja constante e
um 2+ regular

Como analisar..
1. Investigação sobre as posições:
• Porquê?
• Porque não?
Enfoque nos interesses e necessidades • Para que?
2. Pesquisa dos interesses e necessidades:
• De que precisa?
• O que lhe interessa fundamentalmente
resolover?
• O que a preocupa?
• O que gostaria?
• Pretende resolver a questão para quê e
porquê?
3. Valoração e hierarquização dos interesses.

Exemplos:
Comunicação
“Eu sei que você acha que entendeu o que você
pensa que eu disse, mas não estou certo de que
você tenha percebido que o que você ouviu não
é precisamente o que eu quis dizer.”
Aviso na Sala de Imprensa do Pentágono
• Aumenta a autoconfiança no relacionamento
com os outros, diminuindo a necessidade de
Conceito de comunicação
aprovação para aquilo que fazemos.
• A palavra “comunicar” provem do latim • Permitir que, ao defendermos os nossos
Comunicare e significa “pôr em comum”. direitos, consigamos que as nossas
• Significa transmitir uma mensagem (ideias, preferências sejam respeitadas e as nossas
sentimentos experiências) entre pessoas que necessidades satisfeitas.
conhece, o significado daquilo que se diz e
faz.
• É um mecanismo através do qual as relações Comportamentos não verbais assertivos
humanas existem e se desenvolvem.
• Contacto visual → o olhar dever estar
Comunicação colaborativa e não colaborativa direcionado para o interlocutor enquanto se
fala.
Comunicação não Comunicação
• Afeto → o tom deve ser firme e
colaborativa colaborativa
convincente, mas nunca hostil. Deve ser
Falar para o outro Falar com o outro
adaptado à situação do momento.
Concentrar-se no Concentrar-se no futuro • Postura corporal → o corpo deve estar
passado direito mas relaxado. A cabeça erguida,
Insistir em discutir sobre Enfrentar o problema olhando para o interlocutor.
o certo ou errado em conjunto • Voz → o volume deve ser audível, nem
demasiado elevado nem baixo. A articulação
Procurar culpados Esclarecer os interesses das palavras deve ser clara, sem hesitações. O
e necessidades ritmo deve ser tranquilo.
• Pausas → deve fazer-se uma pausa maior
Tirar vantagens Criar opções para dar a entender ao interlocutor que é a
sua vez de falar.
Estilos comunicacionais • Gestões → podem fazer-se gestos com a
cabeça, a cara, os braços e mãos que
enfatizem o discurso. Deve ter em atenção
que estes gestos devem ser naturais, sem
forçar a mensagem.
Comportamentos verbais assertivos
• Expressão que indique compreensão pelo
outro → compreender o outro não significa
estar de acordo. Neste ponto temos de fazer
um esforço para entender os motivos e
A importância da assertividade na gestão de ponto de vista do interlocutor. Se necessário,
conflitos devem-se pedir informações mais claras para
depois poder formular uma frase síntese que
• Aumenta o respeito por nós e dos outros seja objetiva e sem formular juízos de valor.
para connosco.
• Reduz a noção de insegurança e
vulnerabilidade.
• Expressão do problema → de seguida deve premissa – por muito que o seu
expor o problema de forma clara, objetiva e comportamento nos pareça criticável ou sem
concisa. sentido.
• Impacto do problema em mim/na relação → • Neste sentido, a empatia é o oposto do juízo
descreva o que a situação provoca em si, o de valor:
que faz sentir ou o impacto que causa na  Em vez de se julgar o comportamento de
relação. alguém com base num traço negativo de
• Pedido de mudança de conduta → este personalidade, procura-se compreender o
ponto é essencial em termos de comportamento da pessoa.
comunicação assertiva. Deve oferecer ao • A empatia é um “ingrediente” fundamental
recetor uma informação de como espera para estabelecermos relações de proximidade
que ele se comporte no futuro. e intimidade com alguém.
• Proposta de solução → neste ponto seria • Apresenta como principal vantagem o facto
importante oferecer uma solução alternativa da comunicação torna-se mais clara.
que o fizesse mudar de opinião. • Diminui as interpretações incorretas dos
comportamentos e os conflitos são menos
frequentes e mais bem resolvidos.
Empatia • Só com uma atitude empática pode ser
gerada a motivação e a mobilização dos
• A empatia é a capacidade para se colocar na indivíduos, para os objetivos a prosseguir.
“pele” da outra pessoa e identificar e • Desta forma criam-se e expandem-se
compreender os seus sentimentos. “territórios de comunicação” comuns →
• A perspetiva da empatia deriva de um caminho para se realizar uma avaliação
principio fundamental nas relações esclarecida e esclarecedora da situação.
interpessoais “Todas as pessoas têm motivos • A atitude empática não significa a perda do
para agir”- espirito critico, nem implica que se tenha de
• Só com uma atitude empática pode ser pensar, sentir ou agir como o outro.
gerada a motivação e a mobilização dos
indivíduos → criam-se e expandem • Empatia tem 3 componentes: parte cognitiva,
“territórios de comunicação” comuns. afetiva e comportamental.
• Quando se capta com precisão os  Componente cognitiva → capacidade de
sentimentos e significados pessoais que o inferir o estado subjetivo de alguém.
“outro” está a viver e comunica-lhe esta  Componente afetiva → caracterizada por
mesma compreensão. um sentimento genuíno de compaixão e
• Pode “entrar” profundamente no mundo de interesse pela outra pessoa.
interno do “outro” que se torna capaz de  Componente comportamental → consiste
esclarecer não só o significado daquilo que nas expressões, verbais e não verbais, e
está consciente como também do que se da compreensão acerca do estado do
encontra abaixo do nível de consciência. outro.
• Este tipo resposta é sensível e
extremamente raro no dia a dia.
• Se reconhecemos sempre motivos para nós Escuta atenta e postura centrada
termos agido de uma dada forma, os outros
também devem beneficiar da mesma
• Os mediadores manifestam pela sua postura, • Mostrar empatia, centrar-se no que é dito e
expressão facial e contacto visual, e também manter os canais abertos.
pelas suas palavras que estão atentos ao que • Não deixar transparecer as emoções
se diz. pessoais, reformular, utilizar as capacidades
• A postura do mediador tem de transmitir comunicacionais e evitar fazer juízos
calma e atenção, mesmo a nível verbal e não imediatos.
verbal.
• Um mediador que estiver convenientemente
centrado pode manter contacto visual com Técnicas verbais:
ambos os parceiros, olhando de um para o
• Parafrasear.
outro para ver como cada um está a reagir e
tomando nota das suas posturas e linguagem • Resumir.
corporal. • Fazer eco.
• É essencial mostrar atenção e empatia com • Legitimar.
equidade e evitar dar a impressão de estar • Clarificar.
mais inclinado para uma das partes do que • Reformular.
para a outra. • Reenquadrar.
• Linguagem branqueadora.
• Silêncios.
Escuta ativa • Mensagens no “eu”.
• A escuta ativa favorece o conhecimento dos
sujeitos envolvidos no processo
comunicacional. Técnicas não verbais:
• Permite a recolha de informação relativa aos • Proximidade física.
objetivos a atingir e potencia a relação • Olhar.
interpessoal (reduz a atitude de defesa, • Tom de voz.
aumenta a autoestima, favorece a • Gestos.
cooperação). • Sorriso.
• Ao mesmo tempo, abre caminho para
• Expressão facial.
também se ser ouvido e respeitado.
• Cedência da palavra.
• Coerência entre o não verbal e o que é
• Pressupostos da escuta ativa:
falado.
 Querer ouvir o que o outro tem para
dizer.
 Querer efetivamente ajudar a outra
• A escuta ativa resulta também destas
pessoa.
práticas:
 Capacidade para aceitar os sentimentos do
outro.
 Consciência de que os sentimentos são
transitórios.
 Atitude do outro como variável isolada.
 Uma grande dose de paciência.
• Saber deixar falar e não interromper.
➔ Exemplos: “Então para ti este problema
Mostrar
interesse é uma tolice?”; “Então o que tu me
estás a dizer é que nem os teus pais
nem os teus professores te
Resumir Clarificar compreendem”.
➔ Permite ao mediador confirmar dado,
interesses, sentimentos e os valores das
partes.
➔ Mostrar compreensão.
Fazer eco Parafrasear
➔ Ajuda a outra parte a ouvir as
motivações do outro da parte de um
terceiro neutro.
➔ Transforma as emoções negativas.
 Mostrar interesse: ➔ Deve conter uma referencia às
➔ Objetivo: transmitir interesse e estimular emoções e aos factos.
o outro a falar. ➔ Vantagens:
➔ Procedimento: Não concordar, nem - Demonstra que o mediador está a
discordar. Utilizar palavras neutras. ouvir e está a entender.
➔ Exemplo: “Que mais podes dizer-me - Permite transformar o que é dito em
sobre isso?”. linguagem não agressiva.
 Clarificar: - A pessoa ouve por um terceiro aquilo
➔ Objetivos: tornar explicito o que é dito. que está a dizer.
Conseguir mais informações de modo a - permite identificar questões centrais.
ajudar a compreender os pontos de  Fazer eco:
vista envolvidos. ➔ Objetivo: mostrar que os sentimentos
➔ Procedimento: questionar. Pedir que envolvidos foram compreendidos. Ajudar
esclareçam algo que tenha ficado a outra pessoa a ficar consciente sobre
completamente compreendido.. relato da o que sente.
situação sem julgamentos ou críticas. ➔ Procedimento: fazer eco dos
➔ Exemplos: “E o que fizeste nesse sentimentos e de quem fala.
momento?”; “Há quanto tempo estão ➔ Exemplos: “Ficas desmotivado por te
zangados?”; “Poderias identificar o que estarem sempre a acusar que és quem
despoletou que fosses agressivo com o mais falas durante as aulas”; “Custou-te
professor?”; “Falaste-me da Marisa e da ser acusado de teres tirado a mochila.
Teresa mas eu não compreendo o que Por isso estás tao zangado”.
é que a Marta tem a ver com tudo isto”;  Resumir:
“Em que altura é que isso se passou?”. ➔ Objetivos: verificar o progresso
 Parafrasear: alcançado. Juntar os factos principais e as
➔ Objetivos: mostrar que estamos a ideias sobre.
compreender o que está a ser contado. ➔ Procedimento: repetir os factos e as
Confirmar e verificar o significado do que ideias importantes de cada um ou de
foi dito. convergência (na mediação por
➔ Procedimento: repetir ideias e factos exemplo).
fundamentais.
➔ Exemplos: “Então se bem entendi, o que os une do que aquilo que os
António andou à pancada com o divide.
Francisco e a ti custa-te teres sido o o “Pelo que percebi, ambos estão
causador do conflito”; “Se bem percebi, preocupados com a resolução da
vocês insultaram-se e por causa disso questão”.
estão zangados. No passado eram
amigos e até estudavam juntos. E agora
isso é impensável, certo?”. Praticar escuta ativa
➔ Os resumos são elementos essenciais na
• Repetir o que cada pessoa disse, usar as
parte da explicação/narrativa:
palavras que elas usaram, é importante em
- Permitem confirmar o que foi dito,
mediação porque:
salientar elementos coincidentes e
 Mostra que está a ouvir cuidadosamente e
decompor o problema em diferentes
que quer perceber.
aspetos, organizando-os.
 Dá a cada pessoa uma oportunidade de o
- para conseguir produzir resumos
confirmar ou de o corrigir, se necessário.
adequados, o mediador necessita de
 Reduz a velocidade, se a argumentação
escutar:
estiver a andar muito depressa.
o Sem pensamentos parasitas.
 Ainda que as palavras sejam repetidas, o
o Sem associação a outros casos.
tom de voz do mediador pode mudar o
o Sem conduta.
clima.
o Sem pré julgar.
 Um tom de voz diferente pode ser mais
o Sem antecipar.
audível para a outra parte.
o Respeitando tempos e modos.
 A repetição pode dar um reforço
o Atendendo ao que se diz – porquê
substancial a uma afirmação positiva ou a
– o que quer dizer com isso.
uma preocupação mútua.
➔ Resumos lineares servem para:
 Um curto resumo pode ajudar a fazer o
o Evidenciar os interesses (reduzindo
inventário e planear o próximo passo.
o compromisso dos mediados com
a posições);
o Reforçar a necessidade de escuta
ativa; Feedback Construtivo
o Ultrapassar mal entendidos que • É a informação de retorno que permite a
perturbam a comunicação; reformulação continua da atuação no sentido
o Salientar elementos que ampliam a da transformação e crescimento,
compreensão do conflito. aperfeiçoamento, atendendo e/ou eliminando
o “Pelo que escutei, disse que a casa comportamentos e atitudes.
foi pintada de verde. É assim?”. • Ser claro acerca do que se quer dizer (ser
➔ Resumos cooperativos servem para: objetivo é melhorar a comunicação).
o Apontar convergências entre os • Ser direto na abordagem dos assuntos (sem
mediados, salientando aquilo que os rodeios e sem agressividade).
une. • Ser especifico sobre os resultados positivos
o Promover a colaboração entre os
ou negativos de determinado comportamento
mediados, dando mais relevo ao (não ser vago).
• Ser descritivo e não avaliativos (apresentar os • Conhecimentos: para se poder transmitir uma
factos sem fazer inferências acerca dos mensagem com conteúdo útil para o recetor,
sentimentos, atitudes, personalidade ou tem de se ter uma ideia clara do que se quer
motivos do ser interlocutor). transmitir, dominando bem os assuntos em
causa. No entanto, um especialista pode ser
um mau comunicador, sendo também
Atitudes facilitadoras da comunicação necessário um bom domínio das técnicas de
comunicação que permitem transmitir de
• Autoestima: para termos credibilidade diante
forma a ser entendido.
de um interlocutor, é indispensável termos
credibilidade perante nós próprios.
• Hétero-Conhecimento: a eficácia do discurso Em suma:
exige o conhecimento do “outro” – o nosso
companheiro de interação. Mas o “outro” • Procurar soluções, não culpados.
revela-se se nos envolvermos e escutarmos • Analisar a situação detalhadamente.
ativamente. Se assim for, receberemos • Manter um clima de respeito.
feedback construtivo do “outro” e • Aperfeiçoar a capacidade de ouvir e falar.
fomentaremos a aproximação de quadros de • Ser construtivo ao fazer uma critica.
referência e criação e ampliação de • Procurara solução em que todas as partes
“reportório” comum. envolvidas ficam a ganhar.
• Autoconhecimento: a imagem que • Evitar preconceitos e estereótipos.
construímos de nós próprios determina, em • Reconhecer o erro quando este existe.
grande medida, a forma como comunicamos.
• Contexto: é pela abordagem do contexto
particular – e não utilização de receitas Os conflitos e as emoções
aplicáveis a todas as circunstâncias – que é
possível conseguir resultados satisfatórios para Compreensão e contextualização do conflito
todos, uma vez que essas informações • A teoria clássica de William James sobre a
integradas permitem um constante
emoção pressupõe uma explicação
reajustamento da comunicação para que “periférica”, em que a emoção seria uma
produza os efeitos desejados.
tomada de consciência das nossas reações
• Capacidade e competências: as capacidades e corporais a uma situação.
competências comunicacionais são as
• Emoções → são sentimentos que
ferramentas (escrita, leitura, palavra, raciocínio,
geralmente tem elementos psicológicos e
audição.. ) de que os comunicadores dispõem cognitivos e que influenciam o
para comunicar e devem ser continuamente
comportamento.
melhoradas.
• As emoções são reações fisiológicas e
• Sistema sociocultural: a capacidade de
psicológicas complexas a estímulos externos.
comunicar é influenciada pelo estatuto Podem-se manifestar em alterações
sociocultural que o emissor ocupa nessa
neuromusculares, cardiovasculares,
sociedade. Pessoas da mesma classe social respiratórias, hormonais ou alterações
terão, em principio, maior facilidade de se
corporais.
entenderem.
As funções das emoções:
1. Preparar-nos para a ação – as emoções  Numa situação de conflito, este tipo de
interagem como um elo entre resposta dificulta uma resolução
acontecimentos do meio externo e as construtiva.
respostas comportamentais. • Ira, raiva e ódio – revolta contida e controlada
2. Moldar o nosso comportamento futuro – as derivada do desejo ou vontade e punir
emoções servem para promover a alguém por algo que nos fez ou por não
aprendizagem de informação que nos orienta concordarmos com ele ou agitação e
na escolha das respostas futuras apropriadas. agressividade intensa, em geral, repentinas e
3. Ajudar-nos a regular a interação social – as descontroladas.
emoções que experimentamos são  Aparece geralmente em situações em que
frequentemente óbvias para os observadores, alguém nos magoou por algo que
na medida em que estas são comunicadas consideramos injusto, incorreto ou
através do comportamento verbal e não inaceitável, sentindo-nos frustrados,
verbal. injustiçados ou agredidos.
 Pode apresentar um lado positivo quando
nos permite tomar atitudes e provocar
• As emoções podem ser classificadas como mudanças sociais.
positivas ou negativas: • Humilhação – o sentimento de ser humilhado
 Emoções positivas despertam experiências emerge quando uma pessoa é incapaz de
agradáveis e prazerosas, como o amor, a resistir à humilhação de que considera
alegria, a felicidade, favorecem a ilegítima, bem como indesejada. Desconforto
comunicação, aproximação, o intenso resultante da perceção de estarmos a
relacionamento cooperativo, a criação de ser ridicularizados, diminuídos ou inferiorizados
opções mutuas para a solução de conflitos, em situações em que alguém expõe os
sentimento de justiça e compromisso com nossos erros, dificuldade, limitações ou
o melhor resultado. problemas.
 Emoções negativas são aquelas que • Culpa – estado afetivo de arrependimento
estimulam sentimentos desagradáveis, de após se ter feito algo em que se acredita que
competição, de desconfiança. Os não deveria ser feito ou que somos
interesses são ignorados e limitam a responsáveis por algo que fez alguém sofrer
comunicação/dialogo pacífico e o ou a prejudicou.
entendimento entre as partes, se não
forem compreendidas.
Princípios que dão lugar a respostas negativas

Interação entre Emoção e Conflito • “Existe um só e única verdade” – principio


que defende que a autoridade é a única
• Medo – é um sentimento que surge quando portadora do saber e que existe apenas
estamos diante de um perigo ou ameaça real uma interpretação válida da realidade.
à nossa integridade física ou psicológica. • “O mundo é preto e branco” – princípio
 É uma emoção essencial, pois possui uma que se apoia na interpretação validade da
função protetora, uma vez que prepara o realidade.
corpo para enfrentar ou evitar o perigo • “Só se acede ao conhecimento por meio da
(luta ou fuga). razão” – princípio que assenta na concessão
do saber como produto exclusivo de comunicação pobre e procuro realçar as
processos racionais. diferenças de poder em si e nos outros.
• “O desacordo como inimizade” – princípio
de que as ideias e ações distintas são
desleais.
Regulação Pensamento
Emocional Crítico

Estratégias de adaptação bem sucedidas na


resolução de conflitos
• Expressar sentimentos a partir das Abertura Flexibilidade
mensagens “Eu”.
• Contar historias.
• Capacidade de escuta ativa.
• Testemunhas, memoriais, cerimonias de
grupo.
• Reconhecer e recompensar.
Problemas/
• Empatia. Soluções

• Reformular a análise de problemas.


Conflito/
Emoção

• Comunicação e Expressão Emocional = Globalização, Luta,


Promoção de Relacionamento Direitos Humanos

• Modelo do Pêndulo – este modelo


caracteriza-se pela deambulação (para trás e
para a frente) entre o nosso ponto de vista e
o ponto de vista do outro, facilitando a
compreensão do conflito, promovendo a • Dois processos componentes na resolução
solidariedade, integração social e resolvendo de conflitos:
com respeito e afeto todas as partes do Resolução de Problemas – Tomada de
conflito. Decisão

Esperança – Confiança – Afeto • Resolução de problemas – este processo


envolve duas partes principais: o diagnóstico
• Deutsch afirma que o modelo induz e é do conflito (identificação dos interesses das
induzido pelas perceções semelhantes entre partes subjacentes) e desenvolvimento de
crenças e atitudes, na prontidão em ser útil, soluções alternativas (encontrar soluções
comunicação aberta, confiança e atitudes mutuamente aceitáveis para os problemas).
amigáveis, sensibilidade para os interesses • As soluções podem assumir a forma:
comuns e opostos e orientação para um compromisso ou acordo; Imposta, Distributiva
poder mútuo. e Integradoras. Estas estratégias podem incluir
• O modelo de competição, induz e é induzido o aumento de recursos, formas alternativas
pelo coerção, ameaças, deceção, suspeita,
de compensação (trocando pequenas
concessões ou pela criação de novas opções).

Solução de problemas como um processo de 4


fases:
1. Identificação do problema.
2. Gerar estratégias.
3. Seleção e implementação de solução.
4. Avaliar as consequências.

• Tomada de decisão: ocorre em todo o


processo de resolução de conflitos. As
decisões podem ser tomadas individualmente
ou em grupo.
• Tomada de decisão individual: as decisões
individuais incluem a escolha de estratégias,
decidir em quem confiar, avaliar as propostas
e prioridade das preocupações.
• A teoria da escolha defende que as pessoas
tomam decisões com base no cálculo da
utilidade do resultado desejado e nas
oportunidades de que o mesmo ocorra.
• Tomada de decisão em grupo: as decisões
em grupo possibilitam a solução do problema
para obter ajuda, na definição de quais os
procedimentos a usar e qual a solução a
escolher.
• As pessoas podem ser influenciadas pela
forma como a informação é apresentada, por
não ter em consideração a perspetiva do
outro.
• O grupo procura alcançar soluções mais
integradoras quando as partes são iguais e as
suas aspirações são mais elevadas.

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