A ética e a inteligência emocional tem lugar de destaque no campo da negociação. A
autores que defendem que não é possível haver ética no processo de negociação, tendo em vista que a negociação por si só é uma atividade que leva a indução do erro ao seu oponente pela sua capacidade de informação que o oponente não possui. Porém, é possível ter ética dentro da negociação e trabalhar também dentro dos parâmetros legais. Um exemplo que cito é o que pode ocorrer no meu trabalho, pois negocio pacotes de procedimentos médicos, onde contempla vários itens na composição do pacote. Estas informações podem ser ocultadas a principio e serem apresentadas somente na assinatura do contrato, o que deixa o outro lado em uma posição vulnerável para cancelar sua palavra e fazer com que o mesmo assine o contrato com a sensação de ter sido enganado. Mas esta situação a curto e médio prazo surte efeito negativo, pois certamente será necessário uma nova negociação com este oponente o que poderá acarretar em uma falta de ética por parte do oponente devido a quebra de confiança em minha palavra, e em determinada situação ele poderá utilizar contra mim. Ou seja, a melhor opção é sempre buscar efetivar a negociação com todos os objetivos, ética e parâmetros legais alinhados. A inteligência emocional é um fator primordial na carreira profissional, sobretudo para os negociadores. Pois tem atuação direta no raciocínio e tomadas de decisões. A inteligência emocional é saber reconhecer e controlar as sua emoções. Deste modo, porém compreender mais facilmente a emoção expressada pelo próximo e trabalhar essas emoções ao seu favor. Existem algumas definições de sobre o tipo de negociador com base na inteligência emocional, e podemos demonstrar alguns exemplos de sucesso e insucesso através dessas definições. Em uma negociação onde temos um negociador positivo e um negociador negativo, o negociador positivo tende a ter mais sucesso no final do processo, pois o negociador negativo tem como característica demonstrar raiva, falta de paciência, etc. Utilizando estas emoções para praticamente obrigar o oponente a aceitar sua condição. Porém, se o negociador positivo tiver inteligência emocional, conhecer estes conceitos e saber aplica-los corretamente, poderá utilizar de sua criatividade para criar alternativas dos problemas apontados pelo seu oponente fazendo com que o oponente “abaixe a guarda” e passe a conduzir a negociação de uma forma mais voltada para o ganha-ganha. A emoção demonstrada pelos envolvidos na negociação pode ser genuína ou não, desde que apresentadas no momento correto da negociação, poderá ser muito benéfica para o resultado final da negociação. um exemplo de utilização da inteligência emocional para obtenção de resultados, por exemplo, podemos citar uma vendedora de perfumes que esta realizando uma vendo as vésperas do dia dos namorados para um rapaz desesperado para dar o presente a sua namorada. A emoção de desespero para agradar o seu par é tão evidente, que o vendedor pode utilizar a seu favor e vender produtos agregados como cremes, maquiagem etc. desta forma, não estaria agindo sem ética e estaria aproveitando seu domínio de inteligência emocional para gerar mais resultados.