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FIA
Aliás, é válido para qualquer profissional, mesmo que seu job description não inclua
fechar negócios com stakeholders da empresa onde trabalha.
As técnicas de negociação, portanto, servem para qualquer um que lida com pessoas,
sejam elas subordinadas ou do mesmo nível hierárquico.
Mas é claro que são ainda mais importantes para aqueles que lidam diretamente com
possíveis clientes e fornecedores.
Em um mercado tão instável, deve-se agarrar qualquer chance de obter uma condição
melhor no negócio, seja para reduzir custos ou aumentar a margem de lucro.
Isso quer dizer que, antes de negociar, é preciso se certificar de que o serviço ou produto
oferecido corresponde às expectativas do possível cliente.
Ao longo deste artigo, vamos explicar melhor o que são técnicas de negociação e
apresentar dicas para você conseguir alcançar as condições desejadas.
A negociação tem a ver com isso, pois também é um processo que ocorre visando obter
um determinado resultado.
A diferença é que esse resultado não depende apenas de uma pessoa, pois a negociação
é um processo que implica em uma interação entre duas ou mais partes.
Cada parte tem seu interesse e, ao negociar com os demais, tenta obter para si as
melhores condições possíveis.
A negociação também pode existir para resolver um conflito – por exemplo, entrar em
consenso sobre detalhes técnicos de um projeto ou sobre responsabilidades de cada
parte nele.
Alguns podem torcer o nariz e perguntar: “Mas isso não se trata de manipular a cabeça
de outra pessoa?”.
Na realidade, não.
Só que nada adianta esse acordo acontecer porque uma das pessoas envolvidas foi
ludibriada.
Fechar um negócio a qualquer custo pode parecer tentador no início, mas não é
sustentável, pois pode originar problemas jurídicos e afetar a credibilidade do
profissional e da empresa.
A partir daí, o que podemos dizer é que não existe fórmula mágica.
Como destacamos no início do texto, é preciso trabalhar para que o produto ou serviço
oferecido seja de qualidade e atenta às expectativas do público-alvo.
Partindo dessa premissa, a negociação fica muito mais fácil: vai consistir apenas em
mostrar para o possível cliente ou parceiro de que a sua solução é a melhor.
É importante destacar novamente que as técnicas de negociação não são úteis apenas
para atividades de compra e venda de produtos e serviços.
Elas também são muito utilizadas internamente nas empresas, entre gestores e outros
profissionais, quando há projetos que impactam em diferentes áreas.
Negocia-se não apenas dinheiro, mas formas de pagamento, prazos de entrega e detalhes
técnicos do trabalho a ser feito.
A resposta é clara: porque a realidade atual do mercado mostra que não basta apenas
ser bom no core business (a parte central do negócio), mas também nos serviços
acessórios.
Se ela tiver um relacionamento mais bem desenvolvido com seu público, pode superá-lo
mesmo não tendo um produto tão bom.
Mas isso não quer dizer que não se possa atuar de maneira ética em uma negociação
desse tipo.
A negociação integrativa, por sua vez, opera sob uma lógica diferente. Nela, o bolo não
é considerado fixo, mas sim algo que pode crescer.
Se tiverem sucesso, todo mundo ganha uma fatia do tamanho que desejava e fica
satisfeito com o resultado das tratativas. É, basicamente, um acordo ganha-ganha.
É verdade que nem sempre é possível que uma negociação contemple todos os
envolvidos com uma fatia do mesmo tamanho.
Mas também não se pode negar que o bolo é frequentemente visto como fixo quando
não é.
Na maioria das vezes, é possível chegar a um resultado que agradável para todos.
Basta abrir a cabeça e pensar de maneira mais estratégica e criativa.
Você tem um encontro de negócios marcado e uma possível compra, venda ou parceria
com termos favoráveis vai depender da sua performance.
Em vez de improvisar, o envolvido chega na reunião sabendo quais passos deve tomar
para aumentar as chances de ter um resultado final positivo.
A seguir, apresentamos oito passos que você precisa seguir para terminar uma
negociação por cima.
1. Adquira conhecimento
Esse deve ser sempre o primeiro passo: entender o objeto central da negociação.
A ideia aqui é que ele se coloque como uma referência, alguém que realmente entende
do assunto.
Isso fará com que ele ganhe respeito do interlocutor e evitará explicações
desnecessárias ou tentativas de mascarar, supervalorizar ou desvalorizar determinado
aspecto para obter alguma vantagem.
2. Defina limites
Se o objetivo é comprar, qual o valor mais alto que ainda motiva fechar o negócio em
vez de procurar outra opção de fornecedor?
No caso de uma negociação para vender, qual é o mínimo que se pode aceitar para
confirmar o negócio?
Claro que esses valores servem apenas para a sua referência, para saber quando pular
fora, e não devem ser revelados.
3. Conheça o interlocutor
O atendimento e trato com as pessoas é fundamental
Então, em vez de utilizar a mesma abordagem para todo mundo, procure saber o
máximo possível sobre ele.
Por exemplo, o que ele já sabe e, por isso, seria perda de tempo explicar. Também quais
suas demandas e interesses, entre outros pontos.
A partir disso, crie um roteiro para tentar conduzir a conversa, direcionando-a para o
lado mais interessante para você.
4. Antecipe as objeções
Na hora de pensar no roteiro, tente antecipar também quais serão as possíveis objeções
do interlocutor.
5. Ouça
Mas a melhor maneira de entender realmente o que ele procura é ouvindo o que ele tem
a dizer.
6. Compartilhe informações
Você demonstra que está engajado em oferecer algo verdadeiro ao outro, sem enganá-
lo.
Mas cuidado: é preciso ter muita sensibilidade para não dar um tiro no pé e compartilhar
informações que comprometem a negociação ou que podem ser usadas contra você.
7. Dê o primeiro valor
Há pessoas que se sentem muito mais confortáveis quando o outro sugere o valor
primeiro, com medo de que sua referência seja alta ou baixa demais.
O que acontece, porém, é que o primeiro número colocado na mesa serve como âncora,
pois as contrapropostas vão utilizar sempre ele como referência.
Dependendo do perfil daquele com quem se está negociando, isso pode significar o fim
precoce das tratativas.
8. Seja enfático para fechar o negócio
Se os termos discutidos até o momento estão favoráveis a você, fique atento: assim que
a outra parte sinalizar que está inclinada a fechar o negócio, não perca tempo.
Ter uma burocracia reduzida nesse momento ajuda bastante a não perder a
oportunidade.
Há alguns erros comuns ao entrar em uma negociação que podem ser evitados
Vários dos passos que apresentamos acima exigem do negociador certa sensibilidade
para que aplique as técnicas de negociação da maneira correta.
Quando falamos em antecipar as objeções, já demos uma prévia sobre um dos erros
mais comuns nas negociações: tentar encobri-las e focar nas qualidades mais óbvias
do produto.
Se ele consumia outra marca ou tinha outro fornecedor, você pode mostrar quais são
seus diferenciais em relação a ele.
Caso contrário, pode parecer que você está questionando a sua inteligência por ter feito
a escolha errada, o que pode soar arrogante e custar o negócio.
Você também não deve oferecer logo de cara grandes descontos e condições, pois
isso tende a soar como desespero ou parecer apenas uma isca para enganar o
interlocutor.
Por fim, evite revelar demais sobre as dificuldades que tem enfrentado para vender,
pois a outra parte pode pensar que você está desesperado e, a partir daí, querer se
aproveitar, oferecendo condições pouco atrativas.
“Muitas pessoas pensam que ‘vender’ é o mesmo que ‘falar’. Mas os vendedores mais
eficazes sabem que ouvir é a parte mais importante do seu trabalho.” – Roy Bartell.
“Vender para pessoas que na verdade querem lhe escutar é mais eficiente que
interromper aqueles que não querem.” – Seth Godin.
“Numa negociação muito delicada, não se deve apresentar de uma só vez as condições
ou exigências estabelecidas por cada parte.” – Tancredo Neves.
“Quem impede a transparência de uma negociação já tem más intenções para livrar a
sua consciência como mau negociante.” – Helgir Girodo.
Conclusão
As técnicas de negociação não são apenas para donos de empresas ou vendedores
Para quem trabalha com vendas, porém, conhecê-las é um pré-requisito para conseguir
uma atuação de destaque no mercado.
Nesses casos, lembre-se do que falamos sobre a abordagem integrativa, aquela em que
todos ganham.
E nas vendas do dia a dia, capacitar vendedores com as técnicas de negociação pode
ser a diferença que a empresa precisava para aumentar seu ticket médio.
Isso, é claro, depois de garantir todos os esforços para oferecer o melhor produto ou
serviço possível ao cliente. É isso que garante a continuidade do relacionamento.
Ficou com alguma dúvida ou tem alguma sugestão sobre o tema? Contribua deixando
um comentário abaixo. Se preferir, entre em contato conosco.