Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Técnicas de Negociação
Professor: Wharlison Aguiar
1
MESA DIRETORA
Ficha Técnica
Ebook - Curso TÉCNICAS DE NEGOCIAÇÃO
Autor: Professor Wharlison Aguiar
Revisão Pedagógica e EAD: Prof. Dr. Wender Antônio da Silva
2
SUMÁRIO
1. CONCEITOS DE NEGOCIAÇÃO............................................................ 6
2. PERFIS DE NEGOCIADORES............................................................... 7
4. NEGOCIAÇÃO E COMUNICAÇÃO...................................................... 15
6. CASOS PRÁTICOS.................................................................................... 30
3
Técnicas de
negociação
4
Introdução
Bem vindo ao curso de Técnicas de Negociação, este estudo servirá
como meta de orientação nas suas pesquisas para contribuir e ampliar os seus
conhecimentos na área. É importante compreender que o mercado de trabalho
cada vez que cresce torna-se mais exigente, o que significa que todos devem
estar preparados para os diversos tipos de negociação e suas características.
5
CAPÍTULO 1
1. CONCEITOS DE NEGOCIAÇÃO
São vários os conceitos de negociação. Segundo Sparks, “Negociação implica
caracteristicamente uma troca de dar e receber entre negociador e o oponente,
que tentam chegar a uma conclusão agradável ou aceitável no ajuste de um
problema ou disputa”. Já para Acuff, “Negociação é o processo de comunicação
com o propósito de atingir um acordo sustentável sobre diferentes ideias e
necessidades”.
Por mais que o ato de negociar pareça natural para algumas pessoas,
negociar é uma habilidade que pode ser desenvolvida por meio de estudo de
técnicas que serão abordadas nos próximos capítulos.
6
CAPÍTULO 2
2. PERFIS DE NEGOCIADORES
Na negociação, por óbvio, você irá encontrar pessoas com diferentes tipos
de postura e comportamento e por isso deve estar atentos para identificar os
princípios iniciais para saber como agirmos durante uma negociação. Você
também tem características específicas que podem ser conhecidas por muitas
pessoas, mas certamente há outras especificidades suas que muitas pessoas não
conhecem, e talvez nem mesmo você conheça, pois você muda, como todos nós
mudamos.
7
Ainda pode-se citar o modelo de estilos apresentado por Carl Jung, citado
por Oliveira (1994,p. 38), alia a capacidade que o indivíduo tem de controlar ou
aceitar o controle em relação ao outros com o grau que ele tende a considerar ou
desconsiderar nos outros indivíduos com os quais se relaciona.
Para o negociador positivo o bom humor é sua palavra chave, neste estilo
de negociação usa estratégias cooperativas, a troca de informações, e criar
alternativa inovadoras. O negociador negativo, foca em intimidar seu oponente,
neste perfil aumenta a probabilidade de ganhar concessões, tornando-se eficaz
na mesa de negociação, porém caracteriza uma negociação “ganha-perde”.
(THOMPSON, 2008, p. 68).
8
conhecimento essencial do tema.
9
CAPÍTULO 3
3. ETAPAS UTILIZADAS NO PROCESSO
DE NEGOCIAÇÃO
Você saberia responder por onde se deve começar uma negociação? Será
que todas as negociações, independentemente de haverem sido previamente
planejadas, ou não, tenderão a apresentar os mesmos resultados? Ou será que
aquelas negociações cujos procedimentos foram previamente pensados para
serem convenientemente sistematizadas e realizadas reúnem condições de
obterem melhores resultados?
FASE 1: Preparação. Esta fase exige uma boa pesquisa sobre a empresa com
a qual se está negociando e dados que possam exemplifiar e apoiar sua proposta,
como estatísticas ou dados referentes a propostas concorrentes. O objetivo desse
10
planejamento e do estudo prévio é solidifiar os argumentos que serão utilizados.
Aqui deve-se, também, estabelecer quais são os objetivos da negociação, tanto
os almejados pelo negociador quanto os que ele acredita condizerem com
a realidade da outra parte. É importante, ao estabelecer os alvos, deixar uma
margem para negociação, não expondo as expectativas finais de início. Portanto,
estabeleça objetivos mínimos e máximos. Entre outras coisas, este é o momento
de planejar concessões, bem como comportamentos desejáveis e evitáveis (de
sua parte e da outra), além de identificar conflitos potenciais e superar impasses.
Ação final: este é o momento decisivo, quando as duas partes oferecem aval
conclusivo e fecham ou não o negócio. Então, é preciso decidir se há possibilidade
de reverter a negociação, se haverá um período de teste e, finalmente,
estabelecer datas e prazos. Se as etapas anteriores tiverem sido bem-sucedidas
e desenvolvidas, esta etapa final ocorrerá sem grandes obstáculos. É importante
ressaltar que cada parte deve oferecer opções à outra, de forma que não exista
apenas uma proposta final possível.
Todas as negociações ao final você deve ter esse ensaio de que podem ser
avaliadas e mais ainda, você se autoavaliar, para saber de fato onde acertou,
errou e ou pode melhorar, levantar hipóteses de que maneira poderia apresentar
melhor seus serviços, e ou produtos.
De acordo com o autor Sibenius (1997, p. 37) propõe em seus estudos que
as pessoas ao buscarem a otimização dos recursos e a eficiência na obtenção
de retornos procuram por satisfação. O autor demonstra que as organizações
ao tentarem maximizar lucros, indicadores fianceiros e eficácia na exploração
de suas operações e atividades afins contentam-se com resultados que sejam
satisfatórios.
13
14
CAPÍTULO 4
4. NEGOCIAÇÃO E COMUNICAÇÃO
4.1 Comunicação assertiva
4.3 Storytelling
O que é Storytelling?
17
Ir além das palavras
Você não consegue vender aquilo que você não sabe agregar valor. O primeiro
passo para gerar valor é entender que valor não é preço, o valor varia conforme a
pessoa, com o tempo e com a circunstância, afinal, valor é uma percepção. Você
precisa converter o que você quer no que o outro valoriza!
Por muito tempo nós aprendemos que negociar é sobre poder de compra,
dinheiro e produtos. Mas o que provavelmente ninguém te falou, é que negociar
não é sobre a troca em si, e sim sobre pessoas. Nós negociamos pessoas. Sendo
assim, o mindset muda, não é mais “eu preciso vender esse produto” e sim “como
esse produto pode mudar a vida dessa pessoa”.
Diga o porquê!
Ao invés de dizer “os seus funcionários levam muito tempo para fazer um
fechamento, o seu negócio precisa desse produto”, tente “o seu negócio precisa
desse produto, porque ele vai otimizar o trabalho da sua equipe e aumentar as
suas vendas”. Não espere a pessoa lhe perguntar o porquê, o interesse no “sim”
é seu.
No livro “Como fazer amigos e influenciar pessoas”, Dale Carnegie traz que
primeiro devemos compreender para depois sermos compreendidos. Escutar
as pessoas é a maior estratégia para compreender a necessidade do outro.
Entendendo a necessidade da pessoa, você consegue trazer uma solução para
ela.
Desenvolva Rapport!
Rapport é uma palavra de origem francesa (rapporter) que significa criar uma
conexão. Com essa ferramenta, a pessoa cria mais confiança em ti e a tendência
de comprar algo é maior pois a conversa se torna comum. (SILVA, 2022).
PNL: Rapport
O QUE É PNL?
A grande questão está vinculada aos filtros utilizados, pois estes são
diferentes para cada pessoa. É comum uma pessoa, ao processar as informações,
omitir alguma parte ou logo já generalizar a informação, podendo até distorcê-la,
baseado em seus valores, crenças e histórico de vida. Então, ao observar a reação
ou o comportamento de uma pessoa frente à determinada situação, é importante
termos claro que esta pessoa tem um mapa de mundo diferente do nosso. E
para ajudá-la no seu desenvolvimento, devemos primeiramente compreender
o “mapa” que ela utiliza. (extraído de https://www.pnl.com.br/practitioner-pnl-2/
index.htm. Acesso em: 22 mai. 2022).
20
COMO CONSTRUIR RAPPORT?
5. Seja empático
Você precisa realmente ouvir o que eles dizem, para que você possa
responder de forma inteligente e com curiosidade. Portanto, é importante ser
um bom ouvinte e ajustar sua inteligência emocional. Você também pode usar
Posições Perceptuais – uma técnica para ver as coisas do ponto de vista de outras
pessoas.
6. Correspondência e espelhamento
Gatilhos mentais
E foi aí que o autor chegou ao conceito de gatilhos mentais. Para ele, tratam-
23
se de estímulos que influenciam o nosso cérebro na hora de decidir, conduzindo
nossas ações.
Reciprocidade;
Coerência;
Aprovação social;
Afeição;
Autoridade;
Escassez.
1. Reciprocidade
Em uma venda, se você faz algo de valor para o potencial cliente de maneira
voluntária, ele se sentirá na “obrigação” de retribuir a sua gentileza.
E como pode ser essa retribuição? Ora, isso pode ser feito por meio da
aquisição do seu produto ou serviço, ou ao menos de sua recomendação.
Saber ativar esse gatilho mental de retribuição pode trazer bons resultados,
por isso, sempre que possível, ajude seu cliente, mesmo em assuntos não
relacionados diretamente a seus produtos e serviços.
Por exemplo, você pode dar dicas de gestão e até de técnicas de vendas e,
assim, estará ativando o gatilho de reciprocidade.
2. Coerência
3. Aprovação Social
Ao apresentar sua solução para o futuro cliente, mostre a ele que outras
empresas do mesmo segmento que o dele já aderiram à tal solução e estão tendo
bons resultados.
4. Afeição
Nesse sentido, em uma venda é possível fazer com que o cliente se afeiçoe
à sua solução. Você pode tentar despertar nele algum sentimento que o faça se
conectar emocionalmente com o produto ou serviço oferecido.
5. Autoridade
25
6. Escassez
Ficou claro quais são os 6 gatilhos mentais de Robert Cialdini e como eles
podem te ajudar a aumentar as vendas? Experimente considerar esses gatilhos
nas suas abordagens e veja seus resultados melhorarem de maneira significativa.
26
CAPÍTULO 5
5. DICAS PRÁTICAS DE TÉCNICAS QUE FAZEM
A DIFERENÇA
1. A primeira impressão é a que fica
Durante uma negociação, é preciso estar atento aos sinais corporais que
as pessoas emitem. Isso porque, de acordo com Allan e Barbara Pease, cerca de
80% das mensagens transmitidas em uma mesa de negociação vêm da linguagem
corporal.
3. Ouça
Quando você sabe o que e para quem vai propor e do que pode ou não
abrir mão, você entra mais preparado para negociação.
Então é importante ter isto em mente para que cada ação seja estratégica,
a fim de que se esteja preparado para possíveis negativas.
5. Antecipe as objeções
Saber a hora de mudar o foco, dominar os detalhes para saber que pode
alterar uma prerrogativa da sua proposta é fundamental.
BATNA ou MAPAN
Lembre-se, as MAPANs são dinâmicas: não adianta definir uma MAPAN para
certa negociação e querer repeti-la na próxima, pois as variáveis do mercado são
muito complexas.
Mais uma vez fica evidente que a arte da negociação exige muita preparação
e estudo.
Existem casos em que uma empresa cede demais em seus preços sem
saber que a outra estaria disposta a pagar mais por aquela oferta. Para isso as
empresas devem definir seus preços alvo e seus preços reserva, tanto de compra
como de venda.
Por exemplo: digamos que uma empresa queira vender certo produto pelo
preço ideal de 1.000 (preço alvo), mas sabe que pode vender por no mínimo 850
(preço reserva) e ainda obter lucro.
Já a outra empresa tem como meta comprar por 750 (preço alvo), mas
aceitaria pagar até 950 (preço reserva) pelo produto ofertado. Neste caso,
a negociação ZOPA seria a faixa de preço entre 850 e 950, o que torna a negociação
muito mais viável.
29
CAPÍTULO 6
6. CASOS PRÁTICOS
Extraídas do estudo da pesquisa realizada com centenas de vendedores,
gerentes de vendas e diretores comerciais dos mais diversos tamanho e segmentos
pelo portal Venda Mais, veremos as histórias a seguir.
Eu, com muita sutileza, perguntei qual era o ramo de negócios em que ele
atuava. Ele respondeu que tinha uma empresa de prestação de serviços. Com
essa informação em mãos, perguntei: “Posso chegar na sua empresa e dizer o
quanto quero pagar, apresentando o preço que considero ideal para o que você
vende?”
Eu sei que podia ter perdido a venda, mas sabia que o que estava falando
era a verdade. Resultado? O cliente assinou o cheque e finalizou a compra
exatamente no valor que eu havia determinado. Para mim, fica claro que o preço
não é um determinante na venda. O que realmente faz a diferença é a posição do
vendedor.”
30
Segredo do sucesso: amostra grátis e valor agregado
“Certa vez, atendi um casal jovem que queria móveis planejados para
o apartamento que tinham acabado de comprar. Eles vieram conhecer a
loja, pois foram indicados por algumas pessoas que já haviam feito negócio
conosco. Conversamos, fizemos o briefing de necessidade para poder desenvolver
o projeto, e quando chegamos no quesito valor de investimento, foi bem difícil
fazer eles se abrirem e falarem quanto realmente desejavam investir. No final,
acabaram cedendo.
31
Em outro dia, vieram à loja para a apresentação e não gostaram muito
da nossa proposta, pois apesar de o valor ter ficado dentro do orçamento, não
continha tudo o que eles estavam imaginando. Pediram, então, algumas alterações
para que o resultado fosse o que eles esperavam. Obviamente, o valor final subiu
um pouco, mas como eles estavam dispostos a pagar à vista, oferecemos um
bom desconto para aproximar o valor do que tinha sido solicitado no briefing.
Eles ficaram de pensar e ver outro orçamento para comparar.
32
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Em uma organização o futuro das negociações possui grandes relevâncias
para o seu desenvolvimento, apresentação e conquista de resultados satisfatórios,
pois consiste na fidelização de sua clientela.
<https://blog-online.pucrs.br/public/negociacao-o-que-voce-precisa-
saber/>. Acesso em 22 de mai. de 2022.
34
O que é PNL. Sbpnl. Disponível em: < https://www.pnl.com.br/pnl/index.
htm#o_que_e_pnl/>. Acesso em: 22 de mai. de 2021.
<https://blog.assertivasolucoes.com.br/o-que-e-storytelling/.> Acesso em
21 de mai. de 2022.
35