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Universidade Save
Chongoene
2023
Violeta Azarias Mucavele
Universidade Save
Chongoene
2023
1.0. Introdução..........................................................................................................................2
1.1. Objetivos............................................................................................................................2
1.1.1 Geral............................................................................................................................2
1.1.2. Específicos.................................................................................................................2
1.2. Metodologias......................................................................................................................3
1.2.1. Classificação da pesquisa...........................................................................................3
1.2.2. Técnicas de recolha de dados.....................................................................................3
2.0. Referencial Teórico...........................................................................................................4
2.1. Conceitos Básicos.........................................................................................................4
2.1.1 Erros Negociais...........................................................................................................5
2.2 As Estratégias de Negociação............................................................................................9
3.0 Conclusão..........................................................................................................................11
3.1 Referencias Bibliográficas...............................................................................................12
1.0. Introdução
1.1. Objetivos
1.1.1 Geral
1.1.2. Específicos
❖ Quanto a natureza
A nossa pesquisa quanto a natureza classifica- se como Básica, que de acordo com Gil
(2007), objectiva gerar conhecimentos novos, úteis para o avanço da Ciência, sem aplicação
Quanto aos objectivos a nossa pesquisa classifica- se como exploratória que de acordo com
Gil (2007), tem como essência proporcionar maior familiaridade com o problema, com vistas
de dados que de acordo com Fonseca (2002), esta técnica consistiu na leitura e análise de
várias obras e, formato físico e eletrónico, artigos científicos, revistas que proporcionaram ao
autor um domínio teórico dos conteúdos e permitiu a referenciação em outros autores que
❖ Conflito
Do latim conflictu, embate dos que lutam; discussão acompanhada de injúrias e ameaças,
desavença; guerra, luta, combate; colisão, choque; o elemento básico determinante da ação
dramática, a qual se desenvolve em função da oposição e luta entre diferentes forças.
Ferreira, 1986, p.363
um conflito é mais que um desacordo, que uma discordância entre os membros de um grupo:
implica um elevado envolvimento na situação, a emergência de uma certa intensidade de
emoções e a percepção da existência de oposição e de tensão entre as partes.”
“Uma divergência de perspetivas, percebida como geradora de tensão por pelo menos uma
das partes envolvidas no processo conflitual, e que pode ou não se traduzir numa
incompatibilidade de objetivos.
❖ Negociação
Negociação voltada exclusivamente para obter vantagem “Negociação é um campo de
conhecimento e empenho que visa à conquista de pessoas de quem se deseja alguma coisa”
(Cohen, 1980:13)
Negociação é o uso da informação e do poder, com o fim de influenciar o comportamento
numa rede de tensão” (Cohen, 1980:14)
Negociação é um processo de comunicação bilateral, bilateral, visando se chegar a uma
decisão conjunta . (Ficher; Ury, 1985:30) “Negociação “Negociação é o processo de
comunicação com o propósito de atingir um acordo agradável sobre diferentes ideias e
necessidades” (Acuff, 1993:21)
Negociação é uma atividade que pode afetar profundamente qualquer tipo de relacionamento
humano e produzir benefícios duradouros para todos os participantes” (Nierenberg, 1981:3)
“Negociação “Negociação importa em acordo e, assim, pressupões a existência de afinidades,
afinidades, uma base de interesses que aproxime e leve as pessoas a conversarem”
conversarem” (Matos, 1989:40) Matos, 1989:40) Afirma ainda que “a partir de alvos comuns
é que brota o acordo, administrando-se as necessárias concessões, pois no âmago do processo
está o espírito de renúncia em favor da aceitação do bem comum” (Matos, 1989:241).
Portanto, a negociação é uma atividade que coloca frente a frente dois ou mais atores que,
confrontados simultaneamente com divergências e com interdependências, optam por (ou
consideram oportuno) encontrar voluntariamente uma solução mútua aceitável que lhes
permita criar, manter e desenvolver (ainda que temporariamente) uma relação.
Como dado adquirido, em todos os processos ocorrem erros na negociação existem erros
frequentes que são cometidos que com um pouco de cuidado se conseguem evitar um erro
frequente é a falta de preparação, um negociador que não tenha noção dos níveis de
resistência nem de aspiração facilita o fracasso na negociação, não fazer consensos tentar
vencer em tudo o que é proposto, não ter em atenção as diferenças culturais são alguns erros
comuns praticados outros tipos de erros que podem ocorrer são os erros perceptivos o facto
de criar estes tipos, criar efeito de lado ou de contraste são erros comuns que comprometem a
negociação por natureza humana existem erros que não conseguimos muito (em evitar como
o efeito da semelhança ou igual erro das primeiras impressões qualquer tipo de erro sozinho
ou em conjunto com outros podem custar negociação entre as partes não se chegando a um
acordo final.
Negociar significa tomar as melhores decisões visando maximizar os seus interesses.
Significa saber como chegar aos melhores acordos, e não a qualquer acordo. O aspecto sobre
o qual o negociador detém maior controle é como ele toma suas decisões. As partes, as
questões, a substância e o ambiente da negociação encontram-se, frequentemente, fora de seu
controle. Conhecer estes aspectos envolvidos na negociação é essencial, porém, é
fundamental, também, que você aprimore as suas habilidades em tomar decisões eficazes e
racionais.
Muitos negociadores têm preconceitos, tendências e inclinações que o impedem de aproveitar
oportunidades importantes, para obterem o que desejam na negociação. De acordo com
Bazerman (2004), alguns dos erros mais comuns que um negociador faz ao tomar decisões
são:
1. Escalada irracional.
É continuar em um curso específico de ação, mesmo que já não seja a melhor opção a ser
adotada. Uma vez que o negociador se compromete com uma opção, passa a alocar recursos
de forma a justificar a sua escolha, independente do fato dela continuar sendo válida. Isto
ocorre porque quando você se compromete com um curso específico de ação, isto
compromete a sua capacidade de perceber e julgar os fatos com imparcialidade, fazendo com
que você tome decisões, muitas vezes, irracionais. É muito comum que, negociadores nesta
situação, busquem informações e dados que confirmem a sua posição, e que não contrariem a
sua decisão. Outras vezes, o negociador se comprometerá com um curso específico de ação,
somente para passar uma imagem de consistência.
Portanto, ganhar a todo o custo, independente dos custos que esse ganho possa implicar.
Persistência mal conduzida e que acarreta prejuízos, em tempo e recursos. (Causadores:
falhas de percepção e julgamento; gestão por impressões e não por factos; irracionalidade
competitiva).
2. O conceito “soma-zero”.
Este conceito pressupõe que os seus ganhos virão às despesas da outra parte. Desta maneira,
perdem-se importantes oportunidades de buscar trocas e soluções que possam beneficiar
todas as partes. Esta percepção de que o bolo não pode ser expandido, faz com que os
negociadores interpretam a maioria das situações competitivas como situações de perde-
ganha.
3. Âncora e ajuste.
Muitas vezes, as posições iniciais atuam como ancoras e afetam a percepção das partes sobre
os possíveis acordos a serem realizados. As pessoas estimam o valor de objetos ou fatos a
partir de um valor inicial ao qual ficam ancorados, e passam a fazer e propor ajustes a partir
deste valor. Estas âncoras se baseiam em qualquer informação, seja relevante ou não, que se
encontra disponível ou que seja estratégica. Outro tipo de âncora é a adesão a objetivos
específicos. Muitas vezes, é difícil para um negociador estabelecer o teto máximo para seus
objetivos. Contratos assinados previamente e precedentes, também, podem atuar como
ancoras. Não permita que uma ancora inicial reduza a quantidade de informação que você
necessita e minimize a profundidade de sua análise sobre o cenário da negociação. Não dê
um peso excessivo à oferta inicial da contraparte na fase inicial da negociação. Use ancoras
estrategicamente: torne, a sua oferta o mais atraente possível à outra parte para que sirva
como uma ancora para a suas ofertas subsequentes. Se você se preparar antes da negociação
e adotar um posicionamento flexível ao longo do processo, você poderá diminuir o impacto
negativo das possíveis “ancoras” na negociação.
Os negociadores tendem a atribuir um peso excessivo à 1ª informação ou oferta, quando se
trata de tomar decisões- as primeiras impressões podem determinar acções e julgamentos
futuros. Se a proposta inicial se aproxima de valores extremados, é necessário alterar o ponto
de ancoragem por meio de vários ajustamentos –mais vale desistir da negociação do que
negociar com base em propostas iniciais inaceitáveis.
Ancoragem e Ajustamento
A heurística da ancoragem e ajustamento é um atalho mental. Ela consiste em usar como base
uma ideia inicial sobre algo para tomada de decisões.
O intuito desse tipo de atalho mental é tornar as tomadas de decisões mais rápidas. Sendo
assim, o cérebro está sempre coletando informações e a heurística da ancoragem usa esses
dados para tomar decisões mais rápidas.
À primeira vista, essa heurística parece inofensiva. Afinal de contas, qual o problema em
tomar decisões rápidas? O problema é que essas decisões podem estar erradas.
Portanto, a heurística da ancoragem e ajustamento pode ser muito prejudicial para a sua vida
pessoal, profissional e financeira.
2.2 As Estratégias de Negociação
O Planejamento aparece como uma estratégia de negociação, pois, quanto mais enfático e
detalhado ele for, melhor. Sabe-se ainda que muitos negociadores nem fazem seu
planejamento antes de iniciar uma negociação. Dessa forma, o planejamento deve envolver o
maior número de questionamentos possíveis, que vão desde questões pessoais específicas
sobre o outro negociador (como seu estado civil, seu lazer, sua personalidade, sua cultura) até
o conhecimento sobre o negócio e o objeto de negociação em si (como o produto, o serviço,
os preços, a forma de organização e administração de uma empresa). Não se pode deixar de
observar justamente negociações anteriores (sucesso ou fracasso das negociações anteriores)
e o estudo efetivo de seus resultados.
b) Método “Ganha-ganha”
Não é tarefa fácil buscar o entendimento entre duas partes com objetivos distintos. É
relevante o estudo e o planejamento anterior, a fim de que a busca de um objetivo comum
seja alcançado. Mas os objetivos nem sempre serão os mesmos, e por isso, há que se
encontrar meios de ampliar os objetivos, gerando a interseção do que é almejado pelas partes
envolvidas, com o intuito de que todos saiam ganhando em uma negociação (assunto
explorado na explicação sobre a Teoria dos Jogos). Foi matematicamente comprovado que,
em um relacionamento onde apenas um componente sai ganhando, aparece, na realidade o
resultado final em que todos perdem, de uma forma ou de outra.
Muitas vezes os negociadores são pessoas que estão representando alguém, uma organização,
que por sua vez, possuem objetivos internos comuns. É fundamental não confundir a relação
interpessoal com o problema, com o objeto a ser negociado. Lidar diretamente com o objeto,
mantém uma boa relação de trabalho. Com isso, o negociador deve fundamentar seu
relacionamento com o outro em percepções exatas, com uma comunicação clara e
principalmente, com uma visão voltada para o futuro. Com isso, o foco da negociação firma-
se no enfrentamento do problema, e não das pessoas. negociacao.indb 29 17/04/12 14:36 30
Universidade do Sul de Santa Catarina
ACUFF, Frank L.. Como Negociar qualquer coisa com qualquer pessoa em qualquer lugar do
mundo. 2. ed. São Paulo: Senac, 2004.
BAZERMAN, Max H.; NEALE, Margareth A. Negociando racionalmente. São Paulo: Atlas,
2004.
Cohen, S. (1980). The Aftereffects of Stress on Human Performance and Social Behavior: A
Review of Research and Theory. Psychological Bulletin, 88, 82-108.
http://dx.doi.org/10.1037/0033-2909.88.1.82
FISHER, Roger; URY, Willian. Getting to yes. Century Hutchinson, Londres, p. 42- 43,
1994.
GIL, A. C. Como elaborar projectos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2007