variáveis, vai depender directamente do conhecimento que os gestores têm para administrar suas habilidades enquanto grupo, de transformar activos em atitudes eficazes e de sua competência para se comunicar de forma adequada com todos os seus públicos. 2.2. A COMUNICAÇÃO EM SITUAÇÕES CONFLITUAIS
O conflito pode ter consequências
positivas, como, por exemplo, manter os grupos de trabalho viáveis, autocríticos e criativos. A administração de conflitos requer a conservação de um nível óptimo de conflitos em um grupo. Pouco conflito cria estagnação. Muito conflito cria rupturas. 2.2.1 CONCEITO E DEFINIÇÃO DE CONFLITO Conflito ( . Lat Conflictus - confronto) – a maneira mais nítida para resolver contradições nos interesses, propósitos , atitudes que surgem no curso da interação social , é para o combate entre os participantes desta interação e geralmente é acompanhado por emoções negativas que vai além das regras e regulamentos.
A definição geral de Conflito é uma situação em que cada uma das
partes procura tomar uma posição que é incompatível e contrário aos interesses do outro lado. Conflito é particularmente a interacção dos indivíduos, grupos ou associações que ocorre quando tem pontos de vistas incompactíveis, posições e interesses. O conflito tem tanto recursos destrutivos bem como construtivos. As partes em conflito podem ser grupos comunitários, grupos de animais, sistemas técnicos. Sinais de conflito Bipolaridade – Bipolaridade ou a oposição é a posição e, ao mesmo tempo interconectividade que contém um potencial de contradição interna, mas por si só não significa confronto ou luta. Actividade – outro sinal do conflito, mas apenas a actividade que é sinônimo de "luta" e "contra", esta actividade não é possível sem um pulso definido pelo conhecimento da situação por parte do assunto do conflito.
Sujeitos do conflito – A presença de partes de um conflito - outro
sinal, o SUJEITO “é o lado activo, capaz de criar uma situação de conflito e influenciar o curso do conflito, dependendo de seus interesses. Como regra, as partes em conflito têm uma mentalidade especial - conflituosa. A contradição é a fonte de conflitos. TIPOS DE CONFLITO A natureza do conflito depende das especificidades dos lados opostos, bem como sobre em que condições o confronto se desenrola. 1º Em duração, estas espécies incluem os seguintes subtipos: Longo prazo (por exemplo, a Segunda Guerra Mundial); A curto prazo (por exemplo, a discussão normal); Por um tempo (por exemplo: a mesma briga ordinária) Prolongado; duplicado 2º Em volume: 3º De acordo com a fonte I. Global (por exemplo, a de ocorrência: Segunda Guerra Mundial); A.Objectivo; II. Local; B.Subjetcivo; III. Regional; IV. Grupo; C.Mentira V. pessoal 5º O efeito sobre o 4º De acordo com as curso do ferramentas desenvolvimento da sociedade: utilizadas: Progressivo; •Violento; Regressivo •não-violenta 6ºPela natureza do 7º as esferas da vida desenvolvimento: pública: Intencional; Económico (ou Espontâneo. fabrico); Político; Étnico; de família e do lar; Religioso 8º Na forma: I. conflitos internos é a interacção dos lados opostos do interior no objecto O processo de desenvolvimento do objecto é caracterizado não só pela implantação de conflitos internos, mas também a interacção constante com o seu meio externo; II. conflitos externos - é a interação dos opostos, de diferentes categorias, como por exemplo entre sociedade e natureza; o organismo e o ambiente, etc; III. conflitos antagônicos - é a interação entre os grupos sociais irreconciliavelmente desde o ódio ate a força. O termo "antagonismo" circulado em Biologia e Medicina, bem como na Matemática considerado antagonismo como um conflito de interesse (ou seja, a teoria do jogo ), em que o ganho de um lado é igual à perda outro e igual em magnitude e de sinal oposto. Na sua forma mais pura antagonismo ocorre apenas ocasionalmente - em situação de concorrência no mercado, guerra, revolução, desportes, etc ... Por que a administração de conflitos é importante? Um estudo sobre executivos de nível médio e superior revelou que a média dos gerentes gasta 20% de seu tempo lidando com conflito. Desenvolvendo habilidades para a resolução eficaz de conflitos Embora os gerentes possam mudar de acordo com a situação, seus estilos básicos indicam o modo mais provável como tenderão a se comportar e o tratamento que adotam com mais frequência. Seja ponderado na escolha dos conflitos que deseja controlar - Nem todo conflito vale seu tempo e esforço para solucioná- lo. Além disso, alguns conflitos podem ser simplesmente incontroláveis. Dessa forma, os gerentes não devem se deixar seduzir pela crença ingênua de que podem solucionar eficazmente todos os conflitos. Avalie os participantes do conflito - Conhecer os participantes promove sucesso na administração dos conflitos.
Avalie a fonte do conflito - O conflito brota de três fontes:
diferenças de comunicação, diferenças estruturais e diferenças pessoais. Diferenças de comunicação brotam de dificuldades semânticas, mal-entendidos e ruídos nos canais de comunicação. Uma vez que as organizações são horizontalmente diferenciadas pela especialização e departamentalização e verticalmente diferenciadas pela criação de níveis hierárquicos, a diferenciação estrutural pode criar conflitos. A terceira fonte de conflito são as diferenças pessoais: as idiossincrasias e os sistemas de valores pessoais. Conheça suas opções - Os gerentes podem utilizar cinco opções de resolução de conflitos: abstenção, acomodação, imposição, conciliação e colaboração. Nem todo conflito exige ação decisiva. Às vezes, a abstenção (evitar ou ocultar o conflito) é a melhor solução. Os gerentes utilizam a acomodação para manter relações harmoniosas, colocando as necessidades e preocupações dos outros acima das suas. Na imposição, os gerentes tentam satisfazer suas próprias necessidades às custas da outra parte. Um acordo exige que cada uma das partes abra mão de alguma coisa de valor. Colaboração é a solução final em que todos saem ganhando, todas as partes tentam satisfazer seus interesses. Deve-se estimular o conflito? Os dados sugerem que existem algumas situações nas quais o conflito é favorável. O Quadro 3 contém um conjunto de perguntas que os gerentes podem fazer para identificar situações que requerem uma estimulação de conflitos. Apresentam-se a seguir algumas sugestões que os gerentes podem querer utilizar.
Mudar a Cultura da Organização. O passo inicial a ser
dado pelos gerentes é premiar aqueles que desafiam o status quo, sugerem idéias inovadoras, apresentam opiniões divergentes e pensamentos criativos. Use a Comunicação. Os funcionários mais antigos do governo “plantam” possíveis decisões na mídia por meio do infame caminho da “fonte confiável”. Mensagens ambíguas ou ameaçadoras também encorajam conflito. Outro modo pelo qual a comunicação pode estimular o conflito é chamar a atenção para diferenças de opinião que os indivíduos por si mesmos ainda não reconheceram. Traga Gente de Fora. Um método muito usado para abalar uma unidade ou organização estagnadas é trazer de fora indivíduos com antecedentes, valores, atitudes ou estilos gerenciais diferentes dos de seus membros actuais. Reestruture a Organização. Conflitos para romper o status quo podem ser promovidos pelos seguintes dispositivos estruturais: centralizar as decisões, reposicionar grupos de trabalho, introduzir equipes em uma cultura altamente individualista, aumentar a formalização e as interdependências entre as unidades.
Indique um Advogado do Diabo. O advogado do
diabo é uma pessoa que intencionalmente apresenta argumentos contrários aos propostos pela maioria. Atua como uma barreira ao pensamento grupal e às práticas que não encontram justificativa melhor do que “foi assim que sempre fizemos aqui”. Quadro 3: A estimulação de conflitos é necessária? 1. Você é cercado de pessoas que só dizem SIM? 2. Seus subordinados têm medo de admitir ignorância e dúvidas para você? 3. Os gerentes estão concentrados em chegar a um acordo, que perdem a visão dos valores, objetivos de longo prazo ou o bem-estar da organização? 4. Os gerentes acreditam que é de seu maior interesse manter a impressão de paz e cooperação em sua unidade, não importa a que preço? 5. Os que tomam as decisões se preocupam excessivamente em não ferir os sentimentos dos outros? 6. Os gerentes acreditam que a popularidade é mais importante para obter recompensas organizacionais que a competência e o bom desempenho? 7. Os gerentes se sentem indevidamente inclinados à obtenção de consenso para as suas decisões? 8. Os funcionários demonstram uma resistência excepcionalmente alta à mudança?
9. Existe carência de idéias novas?
10.Existe um nível excepcionalmente baixo de rotatividade dos funcionários? *Uma resposta afirmativa para uma ou todas essas perguntas sugere a necessidade de estimulação de conflitos.
Fonte: Robbins, S. P. Administração, Mudanças e perspectivas.
Desenvolvendo Habilidades para uma Comunicação Eficaz Desconsiderando as habilidades de audição, muitas pessoas confundem escutar com ouvir. Escutar é apenas captar vibrações sonoras. Ouvir é compreender aquilo que escutamos. A audição activa exige que se entenda a comunicação a partir do ponto de vista do emissor. Uma vez que a pessoa comum fala a um ritmo de 125 a 200 palavras por minuto, e o ouvinte comum consegue compreender até 400 palavras por minuto, das seguintes maneiras: concentrando-se intensamente no que o orador está dizendo ouvinte activo trabalha para preencher esse tempo ocioso o, aceitando aquilo que está sendo dito, ouvindo sem julgar o conteúdo, e assumindo a responsabilidade pela integridade da informação. As directrizes seguintes podem ajudar o gerente a melhorar suas habilidades de comunicação e o Quadro 2 pode contribuir para que os estilos conversacionais sejam melhor compreendidos: 1. Fazer contacto visual. Os oradores julgam o interesse do gerente por seus olhos; 2. Fazer acenos afirmativos com a cabeça e expressões faciais apropriadas. Ouvintes eficazes mostram interesse naquilo que está sendo dito; 3. Evitar acções ou gestos distraídos. Essas acções são rudes; 4. Fazer perguntas. Isso esclarece a mensagem do orador e mostra que o gerente está interessado; 5. Reafirmar aquilo que o orador disse; 6. Evitar interromper o orador. Significa deixar o orador concluir antes de tentar responder. 7. Não falar demais. Gerentes que falam demais não conseguem ouvir efetivamente; 8. Fazer transicções suaves entre os papéis de orador e de ouvinte. Isso promove a continuidade da conversa. Quadro 2: Verifique seu estilo conversacional
DIRECTO – Assume a responsabilidade e INDIRECTO – Passa responsabilidade e
não protege sentimentos (3, 5 e 6) protege sentimentos (1,2 e 4)
Sincero Evita confronto
Verdadeiro Cria clima amigável
Honesto Consideração pelo sentimento
Objectivo
O INDIRECTO PERCEBE O DIRETO O DIRECTO PERCEBE O INDIRECTO
ASSIM ASSIM Agressivo Inseguro Autoritário Manipulável Impulsivo Falso Precipitado Confuso Frio Possíveis atitudes diante de uma situação hipotética 1. Se eu não disser nada, talvez ela perceba que estou contrariado e saberá por quê; 2. Dirigindo-se a outro funcionário, mas alto o suficiente para Marta ouvir, o Sr. X comenta: Esses funcionários que se atrasam atrapalham todo o serviço; 3. Quando discutindo a elaboração de um relatório, o Sr. X diz: Se você chegar na hora amanhã, vamos poder terminar de organizar o relatório; 4. Marta, que tal você pedir um despertador a Papai Noel no próximo Natal?; 5. Marta, você é preguiçosa e egoísta. Você não acha que está abusando da boa vontade de todos? 6. Marta, assim não dá. Se amanhã você não chegar na hora, pode considerar-se despedida; 7. Marta, na verdade, não é tão grave, e eu não quero parecer chato, mas você tem mesmo chegado bem tarde ao trabalho ultimamente. Reflexão 1. 1. Nas minhas comunicações, tenho me preocupado igualmente com a informação e com a relação? 2. Que traços da minha maneira de ser estão favorecendo ou dificultando a minha comunicação? 3. Adoto um estilo de dizer sempre o que penso, independente de ser ameaçador ao equilíbrio da relação? 4. Uso a indiretividade para proteger a relação ou para não me comprometer. 5. Tenho sabido lidar com os diferentes estilos conversacionais dos meus interlocutores? 6. Tenho estado atento às diferentes necessidades dos outros de mais independência ou mais envolvimento? COMUNICAÇÃO EM GRUPOS VIRTUAL Além dos grupos físicos ou presenciais, adquirem hoje extrema importância os grupos virtuais. No ciberespaço, há uma ampliação virtual de todas as pulsações, inquietações, preocupações e soluções existentes individuais, grupais e sociais, em todos os campos, mas também uma potencialização de tudo o que procuramos de forma fácil e rápida. A internet é um espaço fantástico para novos negócios; quem deseja bisbilhotar ou aparecer encontra no ambiente virtual um campo fértil de possibilidades de fazê-lo. Há um desenvolvimento da inteligência colectiva, mas em muitas direcções, mesmo que haja alguns valores e modos de vida mais difundidos, constatamos a força dos grupos pequenos, de religiões e ideologias obscurantistas. Há formas novas de acção, de mobilização. É interessante observar como grupos marcam encontros para acções chamativas, momentâneas ou para os chamados flashmobs, em que, convocados pelo telefone movel e pela internet, se reúnem para actos políticos momentâneos, mobilizando milhares de pessoas rapidamente em prol de causas específicas. Características dos membros do grupo Podem ser descritas a partir de um conjunto de variáveis: Idade. Nível e selectividade da interacção aumenta com a idade; Género. Relacionado com os estereótipos ligados aos papéis sociais: - rapazes mais activos – tarefas; raparigas – relações interpessoais; Classe social. Relacionada com as expectativas; Aptidões. Relacionado com a realização das tarefas.
Coesão, socialização e normas grupais
Coesão grupal: Definição - “campo total de forças que actuam para que o os membros permaneçam no grupo.” Está positivamente relacionada com a produtividade, moral, e eficiência comunicativa; Coesão demasiado baixa – falta de envolvimento no trabalho do grupo; Coesão demasiado alta – pensamento grupal (Groupthink). SOCIALIZAÇÃO GRUPAL Definição: - Processo de adaptação recíproca entre o indivíduo e o grupo. LEVINE & MORELAND (1994) propuseram um modelo de socialização grupal: Três processos psicológicos: - avaliação, empenhamento e transição de papel; Cinco etapas: - Investigação, socialização, manutenção, res-socialização, recordação. NORMAS GRUPAIS •Definição: - conjunto de crenças partilhadas acerca do que podem ser comportamentos aceitáveis e comportamentos inaceitáveis num determinado grupo; •Podem ser explícitas e formais ou implícitas e informais; •Cumprem uma função tanto ao nível individual como grupal: Individual: quadro de referência comportamental; Grupal: Coordenação das acções individuais. “PODEMOS SER VISTOS COMO PESSOAS COMPETENTES, MAS DE DIFÍCIL CONVIVÊNCIA, OU MUITO SIMPÁTICOS, MAS IGNORANTES.” @E-K CONFORMISMO •Definição: - processo de adaptação de juízos ou normas pré-existentes no sujeito às normas de outros indivíduos ou grupos como consequência da pressão real ou simbólica exercida por este. •Distinguir entre aceitação privada e submissão pública; ACEITAÇÃO PRIVADA: - condições: 1.O indivíduo dá muita importância ao facto de pertencer a um determinado grupo; 2.A opinião dos outros está unanimemente contra a sua opinião; 3. A questão em jogo é relativamente ambígua; 4.O grupo está pressionado para atingir uma meta importante. Submissão pública: - normalmente resulta do desejo de evitar os aspectos desagradáveis dos conflitos. PAPEL E ESTATUTO PAPEL: - padrão de comportamentos recíprocos esperados relativamente a pessoas que têm um determinado estatuto; Estatuto: - posição que um indivíduo ocupa num sistema hierárquico; O papel tem uma dimensão pessoal e uma dimensão social.
Papeis funcionais (efeito positivo) Têm a função de manter o grupo
no rumo correcto para atingir os seus objectivos (normalmente a realização de uma tarefa ou a resolução de um problema); Duas categorias básicas: A. Papéis orientados para a tarefa: Fornecedor de opiniões ou informações; Angariador de opiniões ou informações; Activador; A pessoa das ideias; Analisador. B. Papéis de manutenção: Escuta activa; Líder do jogo ou “mandador do baile”; Harmonizador; “Sentinela”; O gerador de compromissos; O relações-públicas. PAPEIS DE “AUTO-SERVIÇO” (EFEITO NEGATIVO) Têm um efeito negativo tanto no clima emocional do grupo como na sua capacidade para atingir os objectivos propostos. Agressor; Bloqueador; Competidor; O negociador pessoal; O brincalhão; O ausente; O monopolizador.
INFLUÊNCIA SOCIAl Mudança através da comunicação;
Vários níveis: Atitudes; Valores; Comportamentos; Dois factores: 1. Dimensão retórica da mensagem; 2. Pessoas implicadas (influenciador e influenciado). AGENTE (INFLUENCIADOR): - poder social 1. Poder de recompensa; 2. Poder de punição; 3. Poder de referência; 4. Poder legitimado; 5. Poder de competência. •As mudanças em atitudes, valores e comportamentos, estão relacionadas;
•As mudanças são facilitadas pela
aprendizagem e pelo desequilíbrio (dissonância cognitiva). 2.5. A LIDERANÇA E A COMUNICAÇÃO INTERPESSOAL E ORGANIZACIONAL Liderança como uma qualidade pessoal ou como uma variável funcional; Não existe um padrão fixo de qualidades pessoais do líder. 2 dimensões: Chefes orientados para a tarefa; Líderes orientados para a relação.
*A qualidade da liderança tem muitas vezes
a ver com a forma como são realizadas em simultâneo estas condições. TRÊS ESTILOS DE LIDERANÇA: 1. Democrático: - Directivos, mas têm em conta as opiniões do grupo. Orientados para a tarefa e para as relações interpessoais. 2. Autoritário: - Directivos, seguem a sua visão. Orientados para a tarefa. 3. Laissez-faire: - Não directivos. Orientados para a relação. APTIDÕES DO LÍDER: 1. APTIDÕES AO NÍVEL DO COMPORTAMENTO PESSOAL. O líder eficaz: • É sensível aos sentimentos do grupo; Identifica-se com as necessidades do grupo; • Aprende a escutar com atenção; • Evita criticar ou ridicularizar sugestões de membros do grupo; • Ajuda cada membro a sentir-se importante e necessário; • Não deverá entrar em controvérsia. 2. APTIDÕES DE COMUNICAÇÃO. O líder eficaZ: •Certifica-se que toda a gente compreende não só que é necessário, mas também porquê; •Faz com que uma boa comunicação com o grupo seja algo rotineiro no seu trabalho. 3. APTIDÕES EM EQUIDADE. O líder eficaz reconhece que: • Todos os membros são importantes; • A liderança deverá ser partilhada, não é um monopólio; • Um líder cresce quando as funções de liderança são distribuídas. 4. APTIDÕES DE ORGANIZAÇÃO. O líder eficaz ajuda o grupo a: Desenvolver objectivos a longo e a médio prazo; Dividir grandes problemas em problemas pequenos; Partilhar oportunidades e responsabilidades; Planear, agir, fazer o seguimento e avaliar. 5. APTIDÕES DE AUTO-EXAME. O líder eficaz: Está ciente das motivações que guiam as suas acções e as dos membros do grupo; Está ciente dos níveis de hostilidade e de tolerância dos membros do grupo para que sejam tomadas as medidas adequadas para prevenir o aparecimento de problemas; Está ciente do comportamento de pesquisa de factos dos membros do grupo; Ajuda os membros do grupo a tomarem consciência das suas próprias forças, atitudes e valores. RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS EM GRUPO A eficácia dos grupos depende do tipo de tarefa. Pontos positivos do trabalho em grupo: •Maior soma total de conhecimentos e informações Mais importante quando a quantidade de conhecimento é um factor crítico; • Mesmo os membros com menos conhecimentos podem ser necessários. Maior número de abordagens a um problema •Mais importante quando a criatividade ao nível das abordagens ao problema é um factor relevante; •Limita a tendência a cada pessoa tentar aplicar na resolução do problema a solução mais do mesmo.
Participação na solução dos problemas
aumenta a aceitação • Diminui o estigma da decisão individual; •Especialmente significativo em situações que exigem cooperação e participação. Melhor compreensão da decisão •Evita a fase da comunicação da decisão; •Especialmente significativo em situações que exigem cooperação e participação. PONTOS NEGATIVOS DA RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS EM GRUPOS Pressão social Pode levar ao conformismo; Especialmente significativa em problemas de facto; Soluções consensuais podem não ser as mais correctas.
VALÊNCIA DE SOLUÇÕES (RELAÇÃO ENTRE COMENTÁRIOS
NEGATIVOS E POSITIVOS A CADA SOLUÇÃO) A valência é independente da sua qualidade objectiva; Soluções com valências mais positivas podem impedir o apoio a soluções posteriores; Pode ser afectado por manipuladores de opinião. DOMÍNIO INDIVIDUAL O líder tem um poder acrescido na avaliação das soluções; Pode enviesar a tomada de decisão a partir de factores pessoais; Meta secundária conflituante: vencer a discussão Os indivíduos estão mais preocupados em que a sua solução seja a adoptada do que em adoptar a solução mais correcta.
PONTOS QUE PODEM SER NEGATIVOS OU POSITIVOS
DEPENDENDO DA CAPACIDADE DO LÍDER Desacordo Criar desacordo sem criar ressentimentos; Aumentar as soluções cooperativas. Interesses conflituantes versus interesses mútuos Obter uma definição mútua do objectivo do trabalho do grupo. DISPOSIÇÃO PARA CORRER RISCOS Aumentar a criatividade ao nível da decisão grupal; Explorar várias alternativas. Necessidade de tempo Maior no trabalho de grupo; Dar tempo necessário à discussão. Quem muda? Relacionado com a distribuição do poder no grupo; As hierarquias podem entrar em conflito com os recursos de informação de cada membro. Questões Contemporâneas da Comunicação 1. Ao contrário do que certas pessoas pensam, nem todos os problemas nas organizações são causados por comunicação deficiente. A comunicação é uma fonte conveniente de culpa por problemas organizacionais. Em primeiro lugar, muitas pessoas atribuem tudo o que acontece a um problema de comunicação porque é muito doloroso enfrentar o problema real – como por exemplo falta de habilidade interpessoal. Em segundo lugar, uma vez que muitos funcionários não acreditam que a administração lhes diz a verdade, há um problema crescente de credibilidade nas organizações. Finalmente, muitos pretensos problemas de comunicação são, na verdade, diferenças de valor. É claro que a má comunicação pode trazer o desastre para os negócios. Mas o que é atribuído a problemas de comunicação pode, na verdade, ser provocado por alguma outra coisa. 2. Às vezes, as distorções na comunicação são propositadas e até funcionais. Muitas vezes interessa a uma ou a ambas as partes envolvidas em uma comunicação evitar a clareza. Esse procedimento pode ajudar uma pessoa nos seguintes sentidos: minimizar os questionamentos, agilizar a tomada de decisões, reduzir as objeções, negar aquilo que se declarou anteriormente, mudar de opiniões, preservar a atmosfera e ocultar inseguranças, dizer várias coisas ao mesmo tempo, dizer não diplomaticamente e evitar o confronto e a ansiedade.
3. As comunicações não-verbais podem ser mais influentes do que a
variedade verbal. Muitas vezes, as ações falam mais alto do que as palavras. Embora o telefone, o voice mail, o e-mail, as conferências eletrônicas, faxes e comunicadores pessoais tenham reduzido a importância da comunicação não-verbal, a maioria da comunicação interpessoal nas organizações ainda acontece face a face. Quando as insinuações nãoverbais de um gerente são condizentes com a mensagem verbal, elas reforçam a mensagem. Mas quando são incompatíveis, geram confusão para o receptor. 4. Homens e mulheres geralmente conversam por razões diferentes e criam dificuldades de comunicação entre os sexos. Homens e mulheres possuem estilos de conversação diferentes. Essas diferenças podem gerar barreiras de comunicação. Para muitos homens, as conversas são basicamente um meio para preservar a independência e manter status hierárquico. Para muitas mulheres, as conversas são negociações de proximidade nas quais tentam obter e dar confirmação e apoio.
5. A comunicação intercultural é um dos maiores desafios no ambiente
actual de globalização. Quatro fatores interculturais podem bloquear a comunicação. Em primeiro lugar, existem barreiras provocadas pela semântica. As palavras significam coisas diferentes para pessoas diferentes, particularmente para pessoas de culturas nacionais diferentes. Em segundo lugar, as conotações das palavras podem gerar barreiras. Simplesmente as palavras insinuam coisas diferentes em línguas diferentes. Em terceiro lugar, as barreiras podem ser criadas por diferenças de tom. Em certas culturas, a linguagem é formal; em outras, é informal. Em quarto lugar, as diferenças entre percepções podem erigir barreiras porque as pessoas que falam línguas diferentes vêem de facto o mundo de maneiras diferentes. AS PESSOAS E AS SUAS TENDÊNCIAS DE COMUNICAÇÃO: a automonitoragem, as competências comunicacionais e o desempenho de pápeis.
Serão apresentadas a seguir algumas diretrizes para ajudar o
gerente a comunicar-se com eficácia. Uma vez que os gerentes conseguem que as coisas sejam feitas, em última instância, pelos outros, as competências em liderança, comunicação e outras habilidades interpessoais devem ser um pré-requisito para a eficácia gerencial. Para que o significado seja transferido é preciso que um emissor transmita uma mensagem e um receptor compreenda a mensagem. A comunicação não se limita meramente à fala e pode assumir diversas formas, como, por exemplo, memorandos, emails, boletins, apresentações visuais ou símbolos e mensagens não-verbais, tais como expressões faciais, roupas, corte de cabelo entre outros. A comunicação pode ser de dois tipos: interpessoal e organizacional. Focaremos a comunicação interpessoal, ou seja, entre duas pessoas, seja face a face ou em contextos de grupos. Reflexão: • Todo comportamento – verbal ou não verbal – tem valor de mensagem mesmo quando não é intencional ou planeado. • Uma comunicação não só transmite informação referencial mas também relacional. • O modo como nos comunicamos e interpretamos é produto da imagem que temos de nós mesmos e do outro. • Diferentes modos de comunicar mostram diferenças de hábitos e idéias de como conversar, de como equilibrar a necessidade de participação e independência.