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COMUNICAÇÃO NA
MEDIAÇÃO E CONCILIAÇÃO
Prof. Me. Paulo Vitor Souto
FERRAMENTAS DA MEDIAÇÃO E
CONCILIAÇÃO
Caixa de ferramentas é uma metáfora
usualmente empregada na prática da
Mediação e Conciliação para designar o
conjunto de técnicas e procedimentos
utilizados na dinâmica do processo.
Etapas do processo
Pré-mediação/conciliação;
Abertura;
Narrativas;
Resumo;
Identificação das reais necessidades;
Criação de opções com base em critérios objetivos;
Termo final de mediação/conciliação.
Atitude de Acolhimento
É o fundamento comunicativo da
Mediação e Conciliação, ele deve
acontecer desde o primeiro contato com
as partes.
A atitude de acolhimento supõe, também,
uma linguagem apreciativa, esta
linguagem apreciativa substitui expressões
que contém negatividade por palavras
mais produtivas, como:
Dizer diálogo, em vez de discussão;
Dizer desafiador, em vez de difícil;
Dizer complexo, em vez de complicado;
Questão, em vez de dizer desentendimento ou
problema.
A Mediação e Conciliação possui uma vasta
caixa de ferramentas com instrumentos
advindos da comunicação e das narrativas,
todos dedicados a convidar os mediandos para
uma comunicação produtiva e para assumir
atitudes cidadãs-distanciadas da posição
adversarial e próximas da colaboração e da
empatia.
I- Escuta ativa
O sociólogo diz para o político: “Com este sistema eleitoral que temos aqui
todos vocês se aproveitam para tomar o dinheiro do povo”.
Alguém fala para o vizinho: “Você está surdo? Não percebe que a barulheira
do seu som está importunando toda a vizinhança?”.
A idosa fala para a jovem: “Você é muito mal educada. Desocupe agora
mesmo esta vaga de idoso!”.
A mãe para a babá: “Você é muito irresponsável. Além de não ter dado
banho, deixou minha filha sozinha na área da piscina”.
IV- Identificar a rede de pertinência
dos mediandos
Objetivos: pretende mapear o quanto as redes
de pertinência dos mediandos contribuem para
a resolução ou para o fomento do
desentendimento, assim como para a
sustentação do consenso alcançado no
processo de diálogo.
PERTINÊNCIA
A dúvida sobre a existência de algum motivo não aparente que possa estar
comprometendo a evolução do processo de diálogo.
CAUCUS
Se o senhor não pagar essa conta até este final de semana, eu vou
protestas o título.
Caso você não retire o que disse e acabe com essa história de que eu
não presto e que tenho a mania de tomar o que é dos outros, vou dar
queixa na polícia.
Se você continuar pagando essa mixaria de pensão para o meu filho, vou
entrar na justiça e nunca mais você vê ele.
Você não tem mania de mentir e esta é a terceira vez que fica aí
enrolando e não paga a prestação do carro.
Nunca mais vou contratar essa sua empresa incompetente. O meu
apartamento está cheio de rachaduras e não tenho condições de ficar
em casa.
Ele é muito mulherengo; tem outra família, dois filhos fora do casamento, e
ainda tem a sem-vergonhice de dizer que não tem dinheiro para pagar a
minha pensão.
Esse meu filho é irresponsável. Chega tarde ao trabalho e não presta
contas do dinheiro que retirou da empresa.
Essa síndica é muito encrenqueira. Não posso deixar o meu carro na rua.
Vou continuar estacionando na vaga do seu Geraldo, que gosta de
reclamar, mas que está sempre viajando e deixa a vaga livre.
VIII- Validação de sentimentos com
empatia
Aceitar e respeitar a diferença é algo que acontece quando
praticamos a virtude e a arte de validar os sentimentos do
outro. Sempre validar, nunca julgar. É na validação de
sentimentos do outro que este outro encontra o espaço
emocional e afetivo (empatia) favorável à manifestação das
suas reais necessidades e interesses, por trás das
verbalizações de acusação e de julgamento que havia
proferido.
Sugerir a troca de papéis é o caminho da empatia, da
compreensão das razões, sentimentos, desejos, necessidades
e valores do outro.
VALIDAÇÃO