Quais são os tipos de mediação

e como eles funcionam?

INTRODUÇÃO���������������������������������������������������������������������������������������������������������� 3
COMO SURGEM OS CONFLITOS?������������������������������������������������������������������������� 5
QUAIS SÃO OS PRINCÍPIOS QUE REGEM A MEDIAÇÃO?����������������������������������� 8
QUAIS SÃO OS PRINCIPAIS TIPOS DE MEDIAÇÃO?����������������������������������������� 13
QUAIS TÉCNICAS PODEM SER USADAS NAS MEDIAÇÕES?��������������������������� 20
QUAIS CONFLITOS PODEM SER SOLUCIONADOS POR MEDIAÇÃO?������������� 26
QUAL A DIFERENÇA ENTRE MEDIAÇÃO E CONCILIAÇÃO?����������������������������� 31
CONCLUSÃO���������������������������������������������������������������������������������������������������������� 34
SOBRE A AMBRA UNIVERSITY���������������������������������������������������������������������������� 36
Introdução
INTRODUÇÃO

A
mediação é um processo espontâneo
concedido às pessoas que estão passando
por situações de conflito, para que tenham
oportunidade e espaço adequados para encontrar
soluções que possam satisfazer a todos os
envolvidos. Por meio dela, as partes expressam suas
ideias e têm a oportunidade de resolver questões
importantes de forma cooperativa e construtiva.

O objetivo da mediação é ajudar a chegar a um acordo

em um ambiente colaborativo, em que as partes
podem ter um diálogo frutífero sobre seus interesses
e necessidades, para estabelecer um padrão de
comportamento para relacionamentos futuros.

Neste conteúdo, você vai conferir as principais

informações a respeito dos tipos de mediação,
entenderá quais são os princípios que regem a
mediação, quais técnicas podem ser usadas,
quais conflitos podem ser solucionados,
entre outras informações relevantes sobre o tema.
Tem interesse no assunto? Continue a leitura!

4
Como surgem
os conflitos?
COMO SURGEM OS CONFLITOS?
P
rimeiramente, precisamos conceituar
o que é um conflito. Ele começa
quando duas ou mais pessoas
discordam em opiniões em relação a
alguma coisa, metas, objetivos e interesses.
Os conflitos envolvem, em última análise,
uma série de fatores emocionais e físicos
intangíveis, mas eles realmente acontecem.
Os participantes do conflito geralmente
adotam muitas práticas ruins, como
culpar os outros completamente, culpar
os outros por seus próprios problemas,
reprimir o comportamento e julgar o
pensamento dos oponentes.
Apesar disso tudo, pode ser que o conflito não
seja uma coisa negativa. Na verdade, isso pode até
ser um incentivo para que as partes resolvam as
diferenças e restaurem as relações normais no futuro,
quando as coisas melhorarem. Também promove o
amadurecimento e o crescimento dessas pessoas
como seres humanos, além de melhorar a forma
como veem o mundo e adquirem mais compreensão.
Existe também um mecanismo chamado espiral de
conflito. Isso significa que, a cada ação, haverá mais
reações no futuro, o que se tornará um círculo vicioso,
em que os conflitos só se intensificarão. No final,
muitas pessoas esquecem o motivo inicial do conflito
e só restam sentimentos ruins, como raiva e mágoa.
6
COMO SURGEM OS CONFLITOS?

O mediador ajuda a evitar a

formação dessa espiral e, assim,
reduz o agravamento do conflito.
Quando as pessoas concordam em
participar do processo de mediação,
isso mostra que as duas partes
chegaram a um consenso sobre
certas coisas: elas querem resolver
a questão o mais rápido possível.

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 Quais são os
princípios que
regem a mediação?
QUAIS SÃO OS PRINCÍPIOS QUE REGEM A MEDIAÇÃO?

A
mediação é um recurso cujo objetivo é possibilitar aos envolvidos
no contencioso a se acertarem em processos judiciais.
É realizada por meio de um acordo que interessa todas as partes.

No entanto, para garantir a aplicabilidade das regras em situações

específicas e a eficácia do mecanismo, determinados princípios devem
ser respeitados para que se tenha segurança jurídica. São eles:

• princípio da busca pelo consenso — a mediação é uma forma de

resolver conflitos e só pode ser feita por meio consensual. Uma
solução de mediação é um acordo feito entre todas as partes;

• princípio da confidencialidade — protege a confidencialidade das

informações, documentos e declarações, abrangendo todos os
registros produzidos no processo. Só podem ser usados ​​em termos
que foram revisados ​​e previstos em conjunto com o pessoal relevante;

• princípio da competência — fica determinado que qualquer

informação transmitida durante o processo de mediação não pode ser
usada em outra circunstância. Portanto, o mediador não pode atuar
como testemunha das partes em qualquer circunstância;

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QUAIS SÃO OS PRINCÍPIOS QUE REGEM A MEDIAÇÃO?
• princípio da decisão informada — para realizar este
princípio, as partes devem compreender plenamente
as regras, direitos e obrigações da mediação. Assim,
o mediador pode usar o Teste de Realidade, uma
maneira de fazer o comparativo entre o mundo do
mediador e o mundo das partes. Essa técnica deve ser
aplicada somente em sessões fechadas;
• princípio da imparcialidade — o mediador deve ter
atitude neutra, sem dar preferência, distinguir ou
enviesar uma das partes. Além de zelar pelo equilíbrio
de forças, não deve ser influenciado por preconceitos
ou valores pessoais. Se for constatada parcialidade,
o processo de mediação se tornará inválido;
• princípio da isonomia entre as partes — é importante
que o mediador ajude no resultado harmonioso entre
os participantes. Portanto, deve-se ter cuidado ao tratar
todas as partes igualmente, proporcionando os mesmos
padrões de participação e as mesmas oportunidades;
• princípio do consensualismo processual —
afirma que a mediação só pode ocorrer quando
as partes concordam livremente em fazer
parte do procedimento;
• princípio do respeito à ordem pública e às leis
vigentes — o mediador precisa trabalhar livremente,
sem qualquer tipo de pressão. Se não houver
condições adequadas para um bom andamento,
pode interrupção, suspensão ou recusa em
relação à reunião;
• princípio do empoderamento — significa que as
partes responsáveis ​​pelo andamento da mediação.
Portanto, é necessário fornecer conteúdo
educacional, pois os participantes precisarão
exercer autocontrole sobre a situação. À medida que
o processo avança, espera-se que as partes sejam
capazes de aprender técnicas de comunicação e
determinar a melhor forma de manter o diálogo;
10
QUAIS SÃO OS PRINCÍPIOS QUE REGEM A MEDIAÇÃO?

• princípio da validação — mostra um maior grau de

humanidade no processo de mediação. O mediador
precisa estabelecer preocupações genuínas sobre
os conflitos e interesses comuns das partes, além de
mostrar às pessoas que é preciso aprender mais sobre
as necessidades, valores e sentimentos de cada um;

• princípio da informalidade — dadas as várias

possibilidades de resolução de litígios, este princípio é
fundamental para que as partes definam livremente a
melhor solução. A informalidade não significa que não
existam requisitos mínimos e seriedade;

• princípio da oralidade — indica que existe a

necessidade de comunicação entre as pessoas
envolvidas. Em outras palavras, não só precisa reagir
e responder imediatamente, mas também precisa
entender o que está sendo dito. Ao observar os gestos
e a entonação, você pode reinterpretar o que está
sendo dito e entender melhor as intenções do falante;

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QUAIS SÃO OS PRINCÍPIOS QUE REGEM A MEDIAÇÃO?

• princípio da boa-fé — levando em consideração

a necessidade de a mediação ser sincera, leal e
honesta, é muito importante que os procedimentos
realizados sejam justos e produtivos;

• princípio da simplicidade — é o mesmo que

reduzir a burocracia para resolver conflitos.
O mediador deve utilizar todos os seus
conhecimentos e habilidades, procurando sempre
tornar todo o procedimento descomplicado e de
fácil compreensão para todas as partes.

A mediação é uma maneira de fazer com que a

resolução de conflitos seja mais rápida, econômica e
eficaz. Quando a aplicação dos princípios não ocorre
corretamente, a chance de o recurso ser efetivo é
reduzida. Portanto, eles precisam ser respeitados para
desempenhar o papel de mediação no campo jurídico.

12
 Quais são os
principais tipos
de mediação?
QUAIS SÃO OS PRINCIPAIS TIPOS DE MEDIAÇÃO?
H
á muitos relatos sobre mediação nos
últimos tempos. Na verdade, o próprio
Novo Código de Processo Civil Brasileiro
enfatiza algumas formas de mediação,
tornando-as uma etapa pré-processual obrigatória.
Sendo assim, é cada vez mais importante para
os profissionais do Direito compreenderem os
fenômenos e os tipos de mediação que existem.
Cada um desses tipos representa uma técnica
diferente para chegar a um acordo entre as
pessoas envolvidas. Isso porque, ao contrário
dos procedimentos judiciais, a mediação
não busca um vencedor, mas um ponto de
integração entre as partes relacionadas.
O papel do mediador não é o de ser um juiz.
Os profissionais da mediação não têm o direito
de tomar decisões, mas atuam para permitir o
melhor diálogo entre as partes. Veja os detalhes
logo abaixo e aprenda sobre cinco técnicas de
mediação importantes!
MEDIAÇÃO DO TIPO FACILITADORA
Conhecida também como mediação tradicional,
mediação satisfatória ou modelo linear tradicional de
Harvard, a mediação facilitadora é o mais antigo tipo
em aplicação, apesar de sua estrutura formal ter sido
estudada e formatada no início do século passado.
Esse tipo de mediação acredita ser sempre possível
chegar a um consenso se as partes tiverem
informações, tempo e apoio suficientes.
Isso inclui cinco etapas: mediadores abertos para
apresentar o que está sendo negociado; reunião
conjunta em que as partes esclarecem seus pontos de
vista; reuniões privadas, em que o mediador fala com
cada uma das partes separadamente; negociar e discutir
a possibilidade de se chegar a um acordo bom para
todos; acordo em que todos chegam a um consenso.
Nessa técnica, o mediador quase nunca expressa
nenhum tipo de opinião, principalmente sobre o
possível desfecho do litígio.
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QUAIS SÃO OS PRINCIPAIS TIPOS DE MEDIAÇÃO?

MEDIAÇÃO DO TIPO AVALIATIVA

Ao contrário da mediação facilitadora, na

mediação de avaliação os mediadores são
mais propensos a apresentar sugestões e
expressar opiniões.

Nesse modelo de mediação, o objetivo

é chegar a um acordo entre as partes,
e o foco está nos resultados, não nos
interesses das partes. O tipo de mediação
avaliativa é baseado na previsão provável
de como o tribunal resolveria o conflito.

Com base nessa avaliação, um mediador,

geralmente da área jurídica, vai avaliar
o caso e esclarecer sua opinião sobre a
solução do tribunal. Este método tende a
imitar processos judiciais.

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QUAIS SÃO OS PRINCIPAIS TIPOS DE MEDIAÇÃO?

MEDIAÇÃO DO TIPO NARRATIVA

Chamada também de mediação narrativa

circular, essa técnica considera as histórias
das partes envolvidas e encontra sentido na
construção da relação entre a existência de
problemas e a relação resolutiva.

Esse tipo de mediação parte do ponto que

todos vivem por meio de histórias e falas,
ou seja, a formação se estabelece por meio de
relações. Portanto, tenta evitar o determinismo
essencial, não assumindo que as pessoas
possam ser internamente agressivas,
vulneráveis, amáveis ​​ou frustradas, mas
pressupondo que as pessoas desenvolverão
esses comportamentos.

Escutando as histórias de todas as partes,

esse tipo de mediação busca novos significados.
Portanto, o intuito é encontrar uma solução
na construção de uma nova história.

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QUAIS SÃO OS PRINCIPAIS TIPOS DE MEDIAÇÃO?

MEDIAÇÃO DO TIPO TRANSFORMATIVA

Esse método de mediação visa reconstruir relacionamentos, capacitar as pessoas em conflito e, em seguida, resolver disputas. É um tipo de
mediação que se concentra em permitir que cada parte compreenda as necessidades e os interesses da outra parte.

Semelhante ao método tradicional, o mediador aqui apenas atua como um facilitador do diálogo, sem afetar o resultado ou a tomada de decisão.

MEDIAÇÃO DO TIPO WARATIANA

Idealizada por Luis Alberto Warat, esse tipo de

mediação é um dos mais especiais, porque
convive com o amor. Não é necessário chegar
a um acordo, mas estabelecer diferenças
e alteridades entre as partes. Dessa forma,
o objetivo é permitir que os litigantes
reconheçam seu amor um pelo outro.

Esse modelo é denominado também de

“Terapia do Amor Mediado”, que não só propõe
o amor e a sensibilidade como forma de
mediação, mas também os sentimentos que
vão se formando ao longo do processo judicial.

17
QUAIS SÃO OS PRINCIPAIS TIPOS DE MEDIAÇÃO?

MEDIAÇÃO MED-ARB

No tipo med-arb, uma espécie de mistura

entre arbitragem e mediação, primeiramente
as partes precisam concordar com os
termos do processo. Ao contrário da maioria
das mediações, eles geralmente concordam
de maneira escrita que o resultado do
processo é vinculativo. Em seguida, eles
tentam negociar uma forma de resolver a
disputa com a ajuda de um mediador.

Se a mediação estiver, aparentemente, sem

perspectiva de solução, ou o problema
ainda não for resolvido, o processo não
será encerrado. Nesse momento, as partes
podem continuar com a arbitragem.
O mediador pode atuar como árbitro
(se for qualificado para atuar como árbitro)
e, com base em seu julgamento, todo o
caso ou questões não resolvidas podem
rapidamente tomar decisões vinculantes.

18
QUAIS SÃO OS PRINCIPAIS TIPOS DE MEDIAÇÃO?

MEDIAÇÃO ARB-MED

Em outra forma de mediação, uma pessoa neutra escuta as evidências e o

testemunho de ambas as partes na arbitragem, anota uma ideia de decisão,
mas não conta às partes envolvidas naquele momento.

Em seguida, ela tenta mediar o conflito. A depender dos resultados, anula ou

concede a decisão que foi determinada anteriormente.

MEDIAÇÃO ELETRÔNICA

Nesse tipo, os mediadores prestam serviços de mediação a partes distantes

umas das outras ou cujos conflitos são tão intensos que não toleram estar no
mesmo ambiente. A mediação eletrônica pode ser um sistema de resolução
de disputas on-line totalmente automatizado, sem o envolvimento de
terceiros. É como se fosse uma mediação tradicional conduzida a distância.

Graças aos serviços de videoconferência, as partes podem agora não só se

beneficiar de dicas visuais e auditivas, mas também se comunicar facilmente
e em tempo real. A mediação aprimorada pela tecnologia é tão eficaz
quanto a tradicional. Além disso, todas as partes consideram um processo
de baixo estresse, que pode promover confiança e emoções positivas.

19
 Quais técnicas
podem ser usadas
nas mediações?
QUAIS TÉCNICAS PODEM SER USADAS NAS MEDIAÇÕES?
E
xistem várias técnicas que podem
ser bem-adaptadas a situações de
mediação. Veja, abaixo, o que são e
qual é a finalidade de cada uma delas.
ESCUTA ATIVA
A comunicação entre as partes de
um conflito, normalmente, fica muito
prejudicada. As pessoas só querem falar
e expressar sua raiva, sem ouvir o que
o outro tem a dizer. Portanto, o único
resultado é que o conflito não consegue
ser resolvido, o que traz mais diferenças
e pressão de ambos os lados.
A escuta ativa é um método em que começamos a
prestar mais atenção nos outros, não apenas nas
palavras, mas também nas linguagens não-verbais,
como gestos, expressões faciais, reações e outros.
Ouvindo com mais atenção, podemos entender
melhor as necessidades e desejos uns dos outros,
coletar certas informações e usá-las para gerar
soluções positivas.
Existem algumas etapas que ajudam a executar essa
técnica da melhor maneira: manter contato visual
com a pessoa com quem está falando; sempre ter a
mente aberta para evitar fazer julgamentos ou tirar
conclusões e fazer perguntas para garantir que a
outra parte entenda corretamente as informações.
21
QUAIS TÉCNICAS PODEM SER USADAS NAS MEDIAÇÕES?
PARAFRASEAMENTO
Também conhecida como
recontextualização, essa técnica é
usada quando o mediador deseja
que as partes vejam a disputa de
outro ângulo. Como resultado, fica
mais fácil criar comportamentos
positivos para os participantes,
para que eles possam refletir
sobre o tema.
Essa é uma estratégia que pode
ajudar a todos não apenas a
ver os pontos negativos do
conflito (esta é a parte em que a
maioria das pessoas geralmente
se concentra), mas também a
desviar sua atenção para os
pontos positivos.
Por exemplo, em uma situação comum,
os pais permitem que suas filhas
(mesmo as menores) participem de
festas, mas não permitem que cheguem
depois da meia-noite. A maioria das
jovens está insatisfeita com seus pais,
mas se você disser a elas para olhar por
outro ângulo, descobrirão que seus pais
querem apenas sua própria segurança e
não os proibirão de sair com os amigos.
Ainda, o parafraseamento pode ser
usado para fazer uma parte entender
melhor o significado da outra parte.
Existem muitas opiniões e julgamentos
nesses conflitos, e não há dúvida sobre
isso. Portanto, é necessário que o
mediador abra esse espaço e confirme
exatamente o que cada uma das
partes quer dizer à outra.
22
QUAIS TÉCNICAS PODEM SER USADAS NAS MEDIAÇÕES?
RAPPORT
O rapport é uma das mais utilizadas técnicas na
mediação, porque consegue construir empatia
entre as duas partes e estabelece um maior vínculo
com o mediador, fazendo com que os participantes
acreditem que ele pode orientar a mediação.
Alguns autores acreditam que o rapport deve sempre
consistir em três elementos: comunicação bem
coordenada, atenção mútua e sentimentos positivos.
O objetivo principal dessa estratégia é estabelecer
uma relação mais harmoniosa entre as partes, para
que uma pessoa se coloque no lugar da outra.
Isso ajuda o indivíduo a entender melhor o outro,
gera mais confiança, melhora a troca de informações
e a interação entre as informações existentes.
O rapport deve ter alguns elementos para que seja
eficaz: expressão da face, postura corporal, equilíbrio
emocional, contato visual, intensidade da voz ou
volume, comunicação oral e não-verbal, entonação.
No rapport, a técnica do espelhamento também
é bastante usada. Nesse caso, o mediador deve
tentar fazer uma imitação de tudo o que as partes
fazem, para que possam estabelecer determinada
conexão. O espelhamento transmite a ideia de
semelhança, estabelecendo uma relação
de mais confiança.
No entanto, você precisa ter certeza de que sabe
exatamente como a técnica é usada para que não
seja interpretada como zombaria.
23
QUAIS TÉCNICAS PODEM SER USADAS NAS MEDIAÇÕES?

CAUCUS

Embora o nome seja diferente, essa técnica

é amplamente utilizada na mediação.
Nesse caso, o mediador tem uma reunião
privada com cada uma das partes, de
mesma duração da reunião, seguidamente.

É usada para criar laços maiores com

os participantes e em situações em que
a comunicação entre as duas partes é
realmente difícil. No entanto, essa técnica
ainda não é muito bem aceita por alguns
mediadores. O fato de haver encontro
particular com qualquer uma das partes
pode levar a uma certa desconfiança
da outra parte.

Portanto, essa estratégia poderá deixar

o conflito ainda pior. Por isso, algum
conhecimento e prática são necessários
para saber quando usar o caucus.

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QUAIS TÉCNICAS PODEM SER USADAS NAS MEDIAÇÕES?

BRAINSTORMING

A palavra brainstorming significa,

em português, uma tempestade de
pensamentos, e está relacionada a
dar a todas as partes a autonomia
necessária. É uma forma de dar aos
participantes ideias de como resolver
conflitos para que todos ganhem o
máximo possível, cabendo ao mediador
estimular esse comportamento.

Essa estratégia de comunicação

típica pode ser usada quando a
resolução do conflito está em um
impasse e as partes não conseguem
chegar a um consenso. Em seguida,
o mediador do contencioso intervém
para que se manifestem sobre a ideia,
resolvendo o impasse.

25
Quais conflitos
podem ser
solucionados
por mediação?
QUAIS CONFLITOS PODEM SER SOLUCIONADOS POR MEDIAÇÃO?

Q
ualquer pessoa que já enfrentou uma
ação judicial ou conhece alguém que já
passou por esse tipo de experiência sabe
que pode ser desagradável e pode até se tornar
um verdadeiro pesadelo.

O custo do processo é enorme e pode durar

vários meses. Isso é exaustivo e estressante,
e a decisão do juiz ainda pode trazer más
notícias. A melhor maneira de resolver
disputas sem esse problema é escolher a
mediação de conflito.

O mediador é um terceiro indivíduo que cada

parte pode contratar para resolver o conflito, a
fim de chegar a um acordo que beneficie ambas
as partes. Ele tem uma grande responsabilidade,
pois é por meio do diálogo, com conhecimento
e criatividade, que os mediadores podem
alcançar bons resultados sem ter de se envolver
em litígios. A mediação de conflitos pode
desempenhar um papel em várias áreas.

27
QUAIS CONFLITOS PODEM SER SOLUCIONADOS POR MEDIAÇÃO?
MEDIAÇÃO FAMILIAR
Ter um mediador especializado em assuntos familiares pode evitar
uma série de situações embaraçosas e pode garantir que as pessoas
não caiam em disputas pessoais e arrogância. Na mediação familiar,
questões como herança testamentária, divórcio, pensão alimentícia,
custódia dos filhos e casos de adoção podem ser resolvidos.
MEDIAÇÃO EMPRESARIAL
Toda empresa tem uma organização interna que
consiste em uma complexa rede de conexões e
interações entre as pessoas. Portanto, são várias
as relações que estão em jogo, algumas delas
decorrentes da própria atividade, outras decorrentes
da afinidade pessoal ou social de cada membro.
Essa situação acaba levando as pessoas para
um ambiente propício ao conflito. As disputas na
organização podem ser objeto de solução pacífica
de conflitos. Essas disputas podem ser entre
setores, entre colaboradores do mesmo
departamento ou departamentos diferentes, entre
a direção e setores, entre funcionários ou entre
funcionários e a direção e seus membros.
Graças à intervenção de intermediários (ou seja,
terceiros independentes e imparciais), o resultado pode
ser a redução dos custos diretos e indiretos causados ​​
pelos conflitos e pelo crescimento da organização.
28
QUAIS CONFLITOS PODEM SER SOLUCIONADOS POR MEDIAÇÃO?
MEDIAÇÃO DE CONFLITOS DO CONSUMIDOR
É muito comum o consumidor enfrentar problemas com
produtos defeituosos e os fabricantes se recusarem a
fornecer novos produtos ou não devolver o dinheiro.
A Lei de Proteção ao Consumidor é muito clara sobre
essas questões. Antes de iniciar uma guerra legal,
peça ajuda aos mediadores. Você economizará seu
tempo, dinheiro e muitos problemas.
MEDIAÇÃO ESCOLAR
O modelo e a postura tradicional dos educadores não
atendem mais aos padrões atuais da escola. Os educadores
devem, primeiramente, saber como resolver conflitos,
especialmente entre alunos (talvez crianças ou adolescentes)
e professores, que estão se tornando cada vez mais comuns.
Para solucionar esse problema, a escola pode contratar
um mediador, e os pais também podem contratar um
para acompanhar a criança. Dessa forma, os dois lados
resolvem o problema da melhor maneira possível.
MEDIAÇÃO NA ÁREA DA SAÚDE
Conflitos em hospitais são muito comuns. Eles podem
ser identificados na relação entre o profissional de
saúde e o paciente ou na relação mantida entre os
profissionais. São agressões verbais, maus-tratos a
pacientes, falta de assistência médica e longas filas
nas equipes de emergência. Pode-se contratar um
mediador de conflito para atuar nessas situações.
MEDIAÇÃO TRABALHISTA
A luta entre patrão e empregado é histórica. Embora leis
sejam impostas sobre contratos de trabalho formais,
grande parte do trabalho no Brasil ainda é informal.
Nos diversos conflitos que podem ocorrer na relação de
trabalho e que o mediador consegue resolver de forma
eficaz estão o assédio sexual, os funcionários que
retornam ao trabalho após doença e são demitidos,
as trabalhadoras grávidas que são demitidas sem
motivo justificado, entre outros.
29
QUAIS CONFLITOS PODEM SER SOLUCIONADOS POR MEDIAÇÃO?

MEDIAÇÃO IMOBILIÁRIA

Esses conflitos podem ser resolvidos de forma rápida e simples

por meio de mediação e arbitragem. Situações relacionadas
a locação de imóveis, desentendimentos com construtoras
ou prestadores de serviços, quebra de contrato, questões de
apartamentos e outras divergências são exemplos de situações
que podem evitar a busca de soluções nos tribunais tradicionais.

A arbitragem e a mediação apresentam diversas vantagens

para o mercado imobiliário, como a agilidade na solução de
controvérsias envolvendo múltiplos participantes, a agilidade
nas questões de inadimplência e contratos de locação e o maior
sucesso nas desavenças relacionadas à venda de imóveis.

OUTRAS MEDIAÇÕES

Além desses casos citados acima, você também pode encontrar

um mediador para ajudá-lo a resolver conflitos no campo civil,
como inventário e questões de propriedade, resolver interesses
coletivos e obter resolução no âmbito administrativo, na prestação
de serviços públicos e em outros ambientes conflitantes.

30
Qual a diferença
entre mediação
e conciliação?
QUAL A DIFERENÇA ENTRE MEDIAÇÃO E CONCILIAÇÃO?
A
mediação e a conciliação são formas alternativas
de resolver conflitos. Por meio delas, indivíduos e
empresas podem resolver seus problemas sem
precisar de processo judicial, chegando a um acordo
benéfico para todos. As principais vantagens, como dito
acima, são rapidez, eficiência e redução de custos.
Esses dois métodos só funcionam quando ambas as
partes concordam em resolver seus conflitos dessa forma
e aceitam nomear um profissional para presidir a reunião.
Assim, tanto o mediador quanto o conciliador devem
seguir os princípios estipulados por lei: confidencialidade,
decisão informada, autoridade, imparcialidade,
independência e autonomia, respeito pela ordem pública
e pelas leis em vigor, autorização e confirmação.
A princípio, a mediação e a reconciliação parecem ser
muito semelhantes, pois ambas envolvem a participação
de profissionais neutros e imparciais. No entanto,
existem diferenças entre os dois métodos.
O mediador se expressa de uma forma que
ajuda todas as partes a construírem soluções
juntas. Nesse caso, é melhor realizar esta
técnica quando houver algum contato prévio
entre as pessoas envolvidas.
Já o conciliador deve atuar de maneira
mais ativa em um conflito específico e
propor soluções e arranjos possíveis,
sem relacionamento prévio entre as partes.
Portanto, a mediação é o método mais
adequado nas situações em que o conflito
é mais profundo, emocional e envolve partes
que têm contato próximo e prévio com os
fatos. Ajuda a restaurar a confiança e os
relacionamentos. Com o intuito de restabelecer
a comunicação e a relação, o mediador não
propõe uma solução, mas orienta os indivíduos
a chegarem a um consenso.
32
QUAL A DIFERENÇA ENTRE MEDIAÇÃO E CONCILIAÇÃO?

Já a conciliação é o método indicado para conflitos

pontuais e menos complexos, nos quais as partes
não têm relacionamento algum e estão interessadas
em resolver o problema para seguir em frente. Olha
do presente para o passado, o momento em que o
problema do conflito nasceu. Como o conciliador é
mais ativo nesse caso, ele poderá propor soluções
com base no âmbito judicial, caso fosse necessário,
e com base em precedentes.

33
Conclusão
CONCLUSÃO

C
omo você viu ao longo do conteúdo,
a mediação é uma maneira de
resolver conflitos de forma rápida,
efetiva e menos desgastante para todas as
partes. Se os princípios forem aplicados
corretamente, as chances de se chegar a
um acordo são bastante consideráveis.

Além disso, a mediação tem o intuito de

mudar a cultura dos processos judiciais,
pois o sistema judiciário brasileiro é
altamente onerado. O uso persistente
desse recurso é uma forma de não agravar
essa situação, o que pode trazer agilidade
ao sistema judiciário ao longo do tempo.

Chegamos ao final do e-book. Esperamos

que o conteúdo tenha sido informativo
no sentido de elucidar a importância e as
dúvidas sobre o assunto. Até a próxima!

35
ea
ra
sity
A Ambra University é uma faculdade americana sediada em
Orlando que oferece cursos de graduação e pós-graduação nas
áreas de negócios e direito brasileiro. Os cursos podem ser
realizados on campus (presencial), blended ou online.

A Ambra College preza por um ensino de alta qualidade e oferta

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Complementarmente, a Ambra oferta cursos rápidos, como o de

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em inglês ou português.

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revalidado no Brasil e aprovação na OAB. Atualmente, graduados
na Ambra estão inscritos nas seccionais da OAB de Minas Gerais,
do Distrito Federal, do Rio Grande do Sul e do Mato Grosso do Sul.