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ii) Território
A CRP define o território português e garante que a nação é una e
indivisível, não permitindo qualquer tentativa do mesmo. O território pode
ser:
Terrestre, onde os Estados detêm soberania plena;
Aéreo, com controlo sobre quem pode sobrevoar o território,
com incertezas sobre as fronteiras espaciais;
Marítimo, dividido em Mar Territorial (12 milhas), tratado
como extensão do território nacional; Zona Contígua (24
milhas); Zona Económica Exclusiva (200 milhas), onde o
Estado exerce os direitos e deveres de exploração e
conservação.
A UE “federalizou” o mar da União.
iii) Poder Político Soberano
O poder político dos Estados é dotado de soberania, de poder
prosseguir os seus interesses autonomamente, livremente, abrangendo três
campos:
Os Regimes Democráticos
Os regimes democráticos baseiam-se na escolha livre e soberana, por
parte do povo, dos governantes. Desde os tempos da Grécia Antiga que o
seu conceito e modus operandi foram evoluindo, chegando à democracia
moderna de hoje. Reconhecendo que o povo não tem faculdades de operar
as decisões mais técnicas da governação, este tem racionalidade suficiente
para escolher quem o faça por ele.
Para uma democracia plena é necessário:
Eleições livres: Reunidos pressupostos para uma competição justa
entre forças e escolha livre por parte do povo;
Eleições regulares: Controlo através da lei;
o Observância da legalidade;
o Sufrágio direto e secreto;
o Transparência: normas claras que garantam a segurança;
o Processo equitativo: efetivo reflexo da vontade popular nos
resultados;
o Controlo independente;
Eleições periódicas: permissão da alternância;
Eleições com alternativa e equivalência de opções;
Sufrágio universal e igualitário;
Princípio da maioria: imposição da maioria (eleição do PR);
Critério maioritário: imposição da maioria simples (votações FPTP)
A Crise da Democracia Representativa
A democracia representativa consiste na tradução do sufrágio dos
cidadãos em mandatários do exercício do poder político em nome dos
mesmos.
Nos últimos anos, o regime tem entrado em crise, devido a uma
miríade de fatores políticos, económicos e sociais, como:
Sistemas Partidários
O retalho partidário foi mudando ao longo do tempo, e as estruturas
dos próprios partidos também, desde os partidos quadros aos novos
partidos populistas de hoje.
Representando uma corrente de opinião popular, os partidos
interagem entre si para, nas regras do jogo democrático e através da
racionalização do debate, aceder ao poder e exercê-lo conforme a ideologia
que pregam.
O Sistema partidário é afetado por fatores como a existência de
minorias, comportamento do eleitorado, aparecimento de novos partidos,
fadiga de partidos estabelecidos e pelo próprio sistema eleitoral. Tais
fatores afetarão a quantidade e dimensão dos partidos representados e a
estabilidade governativa.
Podemos caracterizar um sistema partidário pela análise:
Da dimensão representativa de cada partido;
Da forma como o sistema eleitoral fragmenta ou agrega opiniões e
representações:
o Sistemas maioritários de uma volta favorecem bipolarismo e
bipartidarismo, através de governos maioritários de legislatura
completa;
o Sistemas maioritários de duas voltas favorecem bipolarismo,
através de coligação de partidos médios;
o Sistemas Proporcionais favorecem multipartidarismo
multipolar, com grande dispersão de votos e governos
heterogéneos e instáveis
o Sistemas Mistos favorecem multipartidarismo com partido
dominante. Porém, o sistema misto é o que apresenta
resultados mais variáveis.