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Documento de Apoio nº 3

Viver em Português – Portugal e a Europa

O 25 de abril e o Regime Democrático

A 25 de abril de 1974, o Movimento das Forças Armadas derrubou o regime


fascista.
Libertar Portugal da ditadura, da opressão e do colonialismo representou uma
transformação revolucionária e o início de uma viragem histórica da sociedade
portuguesa.
A Revolução restituiu aos Portugueses os direitos e liberdades fundamentais.
No exercício destes direitos e liberdades, os legítimos representantes do povo
reúnem-se para elaborar uma Constituição que corresponde às aspirações do país.
A Assembleia Constituinte afirma a decisão do povo português de defender a
independência nacional, de garantir os direitos fundamentais dos cidadãos, de
estabelecer os princípios basilares da democracia, de assegurar o primado do Estado
de Direito Democrático e de abrir caminho para uma sociedade baseada no respeito
da vontade do povo português, tendo em vista a construção de um país mais livre,
mais justo e mais fraterno.

O Estado de Direito

O Estado de Direito é ligado ao respeito da hierarquia das normas, da


separação dos poderes e dos direitos fundamentais.
Em outras palavras, o Estado de Direito é aquele no qual os mandatários
políticos (na Democracia: os eleitos) são submissos às leis promulgadas.
O Estado de Direito opõe-se às monarquias absolutas de direito divino.

Conceito de Estado Democrático de Direito

Estado Democrático de Direito é um conceito que designa qualquer Estado que


se aplica a garantir o respeito das liberdades civis, ou seja, o respeito pelos direitos
humanos e pelas liberdades fundamentais, através do estabelecimento de uma
protecção jurídica.
Num Estado de Direito, as próprias autoridades políticas estão sujeitas ao respeito da
regra de Direito.
Democracia

Neste contexto específico, o termo "Democracia" refere-se à forma como o


Estado exerce o seu poder soberano. Mais especificamente, refere-se a quem exercerá
o poder de Estado, já que o Estado, propriamente dito, é uma ficção jurídica, isto é,
não possui vontade própria e depende das pessoas para funcionar.
No Estado Democrático, as funções típicas do Estado são exercidas por
indivíduos eleitos pelo povo, de acordo com regras pré-estabelecidas que regerão o
pleito eleitoral.

Direito

O Estado de Direito é aquele em que vigora o chamado império da lei. Este


termo engloba alguns significados: primeiro que, neste tipo de Estado, as leis são
criadas pelo próprio Estado, através dos seus representantes politicamente
constituídos; o segundo aspeto é que, uma vez que o Estado criou as leis e estas
passam a ser eficazes (isto é, aplicáveis), o próprio Estado fica adstrito ao
cumprimento das regras e dos limites por ele mesmo impostos; o terceiro aspeto, que
se liga diretamente ao segundo, é a característica de que, no Estado de Direito, o
poder estatal é limitado pela lei, não sendo absoluto, e o controlo desta limitação dá-
se através do acesso de todos ao Poder Judiciário, que deve possuir autoridade e
autonomia para garantir que as leis existentes cumpram o seu papel de impor regras e
limites ao exercício do poder estatal.
Outro aspeto do termo de Direito refere-se a que tipo de Direito exercerá o
papel de limitar o exercício do poder estatal. No Estado Democrático de Direito,
apenas o Direito positivo (isto é, aquele que foi codificado e aprovado pelos órgãos
estatais competentes, como o Poder Legislativo) poderá limitar a ação estatal, e
somente ele poderá ser invocado nos tribunais para garantir o chamado império da
lei.

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Direitos e Liberdades Fundamentais

A nova Constituição de 1976 garantiu, assim, a todos os portugueses direitos e


liberdades fundamentais, como por exemplo:
- Liberdade de expressão e de opinião
- Liberdade de reunião e de associação
- Liberdade sindical
- Direito ao trabalho
- Direito à educação

Com a Democracia todos os portugueses passaram a ser iguais perante a lei,


isto quer dizer, a ter os mesmos direitos e deveres e a poder escolher os governantes
do País através do direito de voto.

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