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▪ Associações
(i) São pessoas coletivas de base associativa constituída por uma pluralidade de
membros com vista à realização de um fim e dotadas de um meio económico
(ii) Não têm fim lucrativo – sendo que é um fator de distinção em relação às
sociedades
(iii) As participações sociais não são transmissíveis
(iv) Não há distribuição de dividendos
(v) A responsabilidade por dívidas sociais é limitada ao respetivo património e
nunca se comunica aos sócios
(vi) A sua constituição é livre – aliás, na CRP está consagrado a liberdade de
associação
▪ Fundações
a) Designa-se por fundação toda a pessoa coletiva caracterizada pela afetação de um
património à prossecução de fins de caráter social.O Código Civil (CC), nos seus
artigos 157.º e seguintes, qualifica as fundações como pessoas coletivas, a par das
associações e sociedades, atribuindo-lhes, como regra geral personalidade jurídica
e capacidade de exercício.
b) As fundações distinguem-se das demais pessoas coletivas pelo facto de deverem
prosseguir, necessariamente, fins sociais e por assentarem num conjunto de bens
patrimoniais que lhe são afetos e que resultam ser indispensáveis para a
prossecução desses mesmos fins.
c) As fundações podem assumir natureza privada ou pública.
d) As fundações privadas decompõem-se, predominantemente, em fundações de
interesse social (artigo 185.º do CC), fundações privadas de mera utilidade pública
e, ainda, fundações privadas de solidariedade social, as quais prosseguem
interesses públicos qualificados que envolvem a sua colaboração com o Estado.As
fundações privadas de interesse social podem ser instituídas por ato entre vivos
ou por testamento (artigo 185.º do CC) e adquirem personalidade jurídica
mediante reconhecimento do Governo, o qual deve atestar quer o fim social
prosseguido pelo ente, como também a suficiência do património para o
preenchimento do mesmo fim. As fundações privadas de interesse público e de
solidariedade social regem-se pelo disposto no CC mas estão sujeitas a tutela do
Governo, estabelecida em legislação especial.
e) O instituidor que constitui a fundação, em vida ou em morte, não faz parte do seu
substrato.
f) O artigo 185º do CC e o 188º/3/a exige que a fundação tenha um fim ‘’de interesse
social’’ para poder ser personalizada.
g) Relativamente ao artigo 188º, o Profº PPV, considera que é lamentável a sua
inalteração na Reforma de 1977 do CC, pois nos dias atuais deveria ser
interpretado de outra forma. Esta atualização era reclamada, por exemplo, por
Ferrer Correia que propõe que ‘’ o reconhecimento das fundações só deixará de
ser concedido quando o fim da instituição for contrário à ordem pública, ou
quando os meios para o atingir forem manifestamente insuficientes’’. A doutrina
considera que o ‘’interesse social’’ exigido pela lei não tivesse de coincidir
necessariamente com o ‘’interesse geral’’ ou com o ‘’interesse público’’ e muito
menos com o ‘’interesse do Estado’’.Por isso, o PPV considera que o legislador
tem que rever este regime, pois não há perigo para vinculações nocivas ou ilícitas
já que consegue evitar-se através da clausula geral dos artigos 280 e 281 do CC.
Porquê?
Como se forma uma fundação? (Tem uma lógica construtiva diferente da das
associações)
3) Reconhecimento
o O reconhecimento pode ser pedido (188/1 e 21/1 da LQF):
(i) pelo próprio instituidor
(ii) pelos seus herdeiros ou executores testamentários
(iii) pela autoridade competente, oficiosamente
o O reconhecimento é um ato administrativo que compete ao PM, que o pode
delegar (20/1 da LQF) . maior coordenação e uniformidade de critérios
o O artigo 23/1 da LQF: alarga as circunstâncias que podem levar à recusa do
Reconhecimento - se o reconhecimento for negado devido à idoneidade do fim
então a instituição deve ser considerada sem efeito já que não é possível satisfazer
a vontade do instituidor: não é justo reter os bens
o se o reconhecimento for o problema da insuficiência do património já é diferente:
porque a vontade do instituidor ainda pode ser parcialmente respeitada (188/5)
▪ Sociedade civil
a) Pessoas coletivas de caráter associativo c/ fim lucrativo
b) Podem ser sociedades comerciais ou civis: as comerciais são aquelas que
tenham por objeto a prática de atos de comércio e adoptem um dos tipos
previstos no CSC; as outras são civis
c) Alguns tipos de sociedades (as sociedades civis simples e as sociedade em
nome coletivo) não têm natureza patrimonial perfeita porque não têm
autonomia patrimonial perfeita, respondendo os sócios pelas dívidas
sociais, subsidariamente em relação à sociedade, solidariamente entre si e
sem limitação de valor.
d) Nas sociedades em comandita também respondem desse modo pelas
dívidas sociais os sócios comanditados.
e) Os resultados líquidos positivos (lucros) apurados no exercício são
distribuídos pelos sócios (dividendos).
Em concreto, as sociedades civis simples