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delineadas no Código Civil, por meio das cláusulas gerais descritas pelo art. 50, caput, do
Código Civil (confusão patrimonial ou desvio de finalidade, cada hipótese aliada à
insolvabilidade), bem como na legislação extravagante, destacando-se, nesse particular, o CDC,
mais precisamente seu art. 28, § 5º, que se propõe contextualizado apenas diante da eventual
insolvabilidade da pessoa jurídica, sem a necessidade da afirmação de outros requisitos.
Art. 391 CC e 789 CPC - A responsabilidade da sociedade por suas obrigações, em princípio não
pode ser imputado aos sócios.
SOCIEDADE LIMITADA
II. Os sócios possuem voto proporcional ao valor de participação no capital socia. Art. 1010 c/c
1054
Art. 1.010. Quando, por lei ou pelo contrato social, competir aos sócios decidir sobre os negócios da
sociedade, as deliberações serão tomadas por maioria de votos, contados segundo o valor das quotas de cada
um.
Art. 1.054. O contrato mencionará, no que couber, as indicações do art. 997(contrato escrito), e, se for o caso,
a firma social.
III. A deliberação põe ser tomada através de reuniões ou assembleias, firmadas através do
contrato social.
2. DAS COTAS
V. As cotas são frações do capital social, e ainda, atribui ao sócio titular direitos de natureza
patrimonial como também de participação política
VI. Na SLU ela pode corresponder não a Uma fração, mas sim a ódio capital social.
III. A lei permite que não haja avaliação dos bens, mas a estimação deles. A lei exige que essa
estimativa corresponda ao valor real. Caso o valor real esteja abaixo do estimado, a ei exige
que os sócios prestem a diferença de forma solidária até 5 anos do arquivamento do contrato.
Após os 5 anos, não há mais solidariedade, mas haverá responsabilidade do sócio que
integralizou o bem de valor diverso.
II. Os direitos sobre a cota somente podem ser exercidos por um representante. Salvo para
efeito de transferência.
III. A cota não possui representação especial por lei, ou seja, em um certificado. Ela e provada
através d contrato social. A lei apenas prevê que ela esteja discriminada no contrato, mas não
sua obrigatoriedade de representação.
Sendo a cota dada em garantia, ela é considerada um penhor. Art. 1451 cc. Ele se construí
mediante instrumento público ou particular registrado no registro de títulos e documentos.
I. Parte da doutrina entende ser omissa. Parte minoritária entende como uma vedação
implícita por não estar autorizado expressamente.
II. Se o contrato não regular e a regência for pela Soc. simples, não pode a própria sociedade
aquirir pela vedação do art. 1031 §1˚ . Se houver previsão e a regência for pela lei Sá SÁ, é
admitida por força do art. 30 §1˚.
4. PENHORABILIDADE
III. São absolutamente nulas as cláusulas de impenhorabilidade de cotas. O ato de vontade não
perpassa
IV. Art. 861 CPC. Entende que penhorada as cotas de sócio em soc. Simples ou empresária, o
juízo fixará nos autos da execução, prazo de até três meses da data de sua decisão, pra que a
sociedade levante o balanço especial, onde se apurará o valor das cotas, oferecer as outras aos
demais sócios (d. De preferência) apenas após, realiza a liquidação das cotas.
5. DA ADMINISTRAÇÃO
II. Pela regra da anônima, limitada admitir conselho de administração, deverá haver o mínimo
e 3. Art. 140 LSA.
III. Pode ser composta por sócios apenas pessoas jurídicas. Porém nem neste caso, o
administrador pode ser pessoa jurídica, apenas natural.
I. O legislador permitiu na Soc. LTDA que sua designação possa ser feita em ato separado. Art.
1.060 C/C art. 1012. Deve, contudo, ser dado publicidade a quem administra a sociedade E
arquivado no registro da piedade, sob consequência de nao possuir efeito contra terceiros.
II. art. 1060 §Ú. Na Soc. LTDA o contrato pode atribuir adm a todos os sócios, também
chamada de administração DISJUNTIVA (art. 1013). Ela nao se detende d plenos direitos a
novos sócios, devendo haver designação específica ou alteração do contrato havendo a
abrangência dos novos sócios.
I. Não há previsão na lei. Pode ser uma garantia pessoa, real ou bancária.
II. Caução é uma questão facultativa que o contrato pode exigir ou nao. E se exigir, deve
regular qual o tipo de caução será.
III. Se. Contrato tiver regência pela lei de Sá, A CAUÇÃO NÃO É OBRIGATÓRIA. A LEI PREVÊ a
caução chamada garantia de gestão, art. 148, de forma facultativa.
IV. Os poderes de gestão, veem estar no contrato social, de cordão com o art. 997 VI. Na LTDA,
por poder ser designado em ato separado, ele virá em ato separado. No art. 105 sao trazidos
os poderes gerais, fora destes são os chamados. Poderes especiais, ou seja, necessita
autorização especial.
PODERES GERAIS:
Art. 1.015. No silêncio do contrato, os administradores podem praticar todos os atos pertinentes à gestão da
sociedade; não constituindo objeto social, a oneração ou a venda de bens imóveis depende do que a maioria
dos sócios decidir.
Art. 1016.
Respondem solidariamente se houver uma coparticipação, perante a sociedade e terceiros. Prejudicados, por
culpa lato sensu no empenho de suas funções.
Os membros são necessariamente designados pela assembleia de sócios. Pessoas naturais, equiparadas aos
administradores.
I. Atuações fundamentais
6. DELIBERAÇÕES SOCIAIS
Não possui natureza jurídica de ato jurídico em sentido estrito pois os efeitos não
advem da lei, e tampouco negócio jurídico/ contratual, pois vincula até os que não
concordaram com a deliberação majoritária.
De acordo com o art. 1.072 do Código Civil, há duas formas de deliberação, que
pode ser dar:
(I) Assembleia: Ato mais formal e rígido, uma vez que os atos vem previstos na lei.
São obrigados para as sociedade com mais de 10 sócios ou o contrato não dispor de
forma diferente.
No que pese o art. 1.078, CC. determinar a existência de uma assembleia ordinária
anual, parte da doutrina compreende que ela não se aplicaria para as sociedades que
adotassem a reunião como forma de deliberação.
6.5 Fases
(II) Instalação (art. 1.074, CC.): Em regra, a primeira convocação requer 3/4 do
capital social. Não se trata de ato personalíssimo, de modo que cabe mandato.
(III) Deliberação (arts. 1.071 e 1.076, CC.): O contrato social pode alterar o quorum
de deliberação apenas para mais, de modo a tornar mais rígido, nunca para menos.
ART.1028
7.2 Morte
Segundo o art. 1.077, CC., haveria um rol taxativo quanto a possibilidade de retirada
do sócio, ao passo que o art. 1.029, CC. funcionaria como uma cláusula aberta, onde
a qualquer momento o sócio, por um direito de livre associação (art. 5o, XX, CF.),
poderia deixar a sociedade.
Está última posição é a que é majoritária na jurisprudência.
(I) Judicial:
(b) Incapacidade - Tal capacidade seria a a superveniente, daquele que era capaz
mas se torna relativamente incapaz. Nessa hipótese, questiona-se a
constitucionalidade da norma, uma vez que funcionaria como discriminação do
sócio incapaz.
(II) Legal:
(a) Falido - quando o sócio integrar ou tiver uma empresa e se tornar falido, suas
cotas serão liquidadas.
(b) Liquidação particular - quando suas cotas forem penhoradas por credor
particular;
(c) Remisso (art. 1004, CC.) - quando o sócio não integraliza sua cotas.
7.5 Responsabilização
Aula 4
Sociedade Limitada – Deliberações Sociais
1) Aspectos gerais
3) CC x Decreto 3708/1919
4.1 – Reunião – Ato de deliberação mais livre, onde os sócios terão liberdade de
estabelecer outras regras simplificadas de reunião. Se o número de sócios é superior a
10, a deliberação não pode ocorrer por reunião. Mas deve estar previsto em contrato
social, senão aplica-se a assembleia, e não basta o contrato social dizer que será feita
uma reunião, deve disciplinar a matéria e discorrer sobre o modo.
4.2 – Assembleia – Ato formal, com mais rigidez, com padrão legal.
5) Fases
5.3 – Deliberação
- Mesmo em reunião, o contrato social não pode diminuir o quórum para deliberações
abaixo do previsto em legislação.
5.4 – Arquivamento
(não peguei)
Aula 5
Dissolução parcial
- O contrato de sociedade é plurilateral, ou seja, os interesses dos sócios são comuns, cuja
relação dá início a uma terceira pessoa, a sociedade. Sendo uma exceção à relatividade do
contrato, pois abre uma nova relação a um terceiro. Nesse sentido, é um contrato
plurilateral.
A) Morte – Art. 1.028, CC – Na morte liquida-se a quota e o herdeiro tem acesso aos
direitos patrimoniais da quota, mas não aos pessoais (voto), pois a sociedade limitada tem
caráter personalista. Logo, como herda-se os direitos patrimoniais, respeita-se o art. 1784
do CC. Contudo, o contrato social pode dispor que o herdeiro poderá ingressar na
sociedade (o herdeiro não é obrigado a assumir). Logo a sociedade limitada é personalista
e de caráter contratual.
B) Direito de retirada / Resilição unilateral (art. 1029 e 1.077)
- Direito potestativo do sócio, pois não pode ser impedido por sócio ou sociedade
- Judicial – Pode ser por falta grave ou incapacidade – A incapacidade, segundo parte da
doutrina, não excluíra o sócio da sociedade limitada, pois o art. 1030 seria para sociedade
simples e com intuito de proteger o sócio incapaz, mas o mesmo não se aplica para
sociedade limitada, por ausência de razoabilidade jurídica.
A falta grave pode ensejar a exclusão. Falta grave é um conceito jurídico indeterminado,
contudo falta da affectio societatis não é falta grave. Deve fazer uma análise do caso
concreto. Mesmo na exclusão judicial por falta grave, deve haver uma apuração de
haveres a ser paga para o sócio excluído.
Cabe exclusão do sócio majoritário por falta grave, desde que judicialmente, mas deverá
se apurar se é viável economicamente para os minoritários.
O Artigo 1032 foi idealizado para sociedades onde existe responsabilidade ilimitada, pois
na sociedade limitada não há uma responsabilidade póstuma ou tardia, embora a
jurisprudência seja confusa nesse sentido, o STJ chegou a tentar pacificar a questão nesse
sentido.
Teoria do Poder legal – Não é a sociedade que exclui o sócio, mas a lei, pois não há
hierarquia na relação entre sociedade e sócios.
Aula 9 – 19/09/2023
- Art. 1089 do CC, prevê que a S.A. é regida por lei especial e subsidiariamente o código civil.
Logo o art. 1160 do CC não está de acordo com a S.A., pois o art. 3º da LSA dispõe o contrário.
Características
- Tem natureza societária, é uma sociedade, tem sempre fim de lucro. Toda sociedade tem fim
de lucro, ao contrário da associação.
- Obs1: Sociedade que nasce inviável, não consegue dar lucro, deve ser promovida a sua
dissolução, conforme art. 206, II, “B” da LSA.
- Obs2: O objetivo da sociedade é sempre o mesmo, lucro. Objeto não se confunde com
objetivo. Art. 997, II, do CC c/c art. 35 da lei 8934/94 c/c art. 53 do D. 1800/96.
- Obs3: Sociedade pluripessoal, em regra a SA deve ser constituída, no mínimo, por dois sócios
(art. 80, I da LSA).
Existem exceções:
Esse tipo tem apenas um sócio – Sociedade Brasileira é aquela que tem que ser constituída
cumprindo as exigências das leis brasileiras, a sede da empresa tem que ser no Brasil, bem
como seu principal estabelecimento (importante para definir a competência para fins de
falência e recuperação judicial). Discussão na doutrina sobre o que seria principal
estabelecimento: Sede administrativa - de onde saem as decisões empresariais; ou Sede
econômica – seria onde o empresário desenvolve suas atividades de maneira mais intensa.
Unipessoalidade permanente
Pode ficar com um período de tempo com um único sócio, conforme art. 206, I, d, LSA.
- SA é necessariamente empresária, porque basta constituir S.A. para que seja empresária,
não importa o objeto. Art. 982, § único do CC.
- Se for uma sociedade rural que exerce atividade empresária ela é regida pelo 982 e não
pelo X.
- Sociedade estatutária. O art. 977 não se aplica a S.A., é restritiva, logo se aplica de forma
- O acionista pode ser pessoa física ou jurídica. O único tipo societário que todos os sócios
tem que ser pessoas fícias é sociedade em nome coletivo, 1.039 do CC.
OBS: Novidade do Art. 146 da LSA, trazida pela lei 14.195 – O administrador de uma S.A.
pode ser acionista ou não, residente ou não no Brasil.
- O diretor de uma SA tem mandato. A companhia terá no mínimo dois diretores com
mandato de 3 anos, cabendo reeleição (art. 143). Na comandita por ações, não tem
mandato.
OBS: CA pode ser obrigatório? Sim, art. 138, §2°, da LSA. Há hipóteses em que o CA é
obrigatório: SA de capital aberto (autorização da CVM para vender seus títulos em
mercado aberto); S.A. de capital autorizado. SAF, lei 14193/21.
-2º Momento ainda antes do CPC de 2015 – STJ passou a admitir e entendeu que uma AS
de capital fechado, nestas circunstâncias (formada por acionistas que integram o mesmo
grupo familiar, em que as ações circulam no mesmo ambiente excluindo terceiros), de
acordo com o caso concreto poderiam admitir dissolução parcial (Sergio Campinho,
Rubens Requião e STJ).
- SA pode ter Conselho Fiscal, em regra. Quando for SA de capital aberto e estiver em
recuperação judicial, há NECESSIDADE de conselho fiscal, art. 48-A da Lei de RJ
(modificação pela L. 14.112/20). SAF também deve ter conselho fiscal. Ou quando a
sociedade anônima estiver em liquidação, também deve ter conselho fiscal durante o
período.
- SA por ser empresária, em regra, está sujeita à falência e não a insolvência do CPC.
- Cada sócio responde limitadamente ao preço de suas ações. Quando o acionista paga as
suas ações ele fica isento de responsabilidade.
- A S.A. não tem razão social (firma), deve usar denominação social (art. 3° da LSA).
- S.A. pode ter o nome de uma pessoa importante para a companhia (não é
necessariamente fundador, pois é uma homenagem, não precisa ser acionista).
- Art 35-A da lei 8934 – pode optar por usar o número do CNPJ no nome, acrescentando
S.A. ao final ou CIA ao início. Instrução Normativa 81 do DREI.
Semelhanças:
Distinções:
- O administrador da comandita tem que ser sócio e tem responsabilidade ilimitada pelas
dídivas da sociedade (1.091 do CC);
Extinção da S.A.
A transformação não extingue a sociedade, só muda a roupagem jurídica, logo não está
compreendida.
O que é dissolução de pleno direito? 1-Pelo término do prazo de duração. 2 não peguei. 3
por deliberação da assembleia geral de sócios (art. 136, X). 4 - Pela existência de um único
acionista, por mais tempo que permitido. 5 – Art. 1134 do CC – se cessar a autorização da
sociedade estrangeira.
Dissolução judicial – Ato de dissolver é em juízo, por decisão judicial (206, LSA)
A sentença que decreta a falência não extingue a PJ, mas dá início ao procedimento
extintivo, mas, em um primeiro momento, a sociedade falida continuará com sua
personalidade jurídica.
Por decisão de decisão de autoridade administrativa – Ex: Instituição financeira está sujeita
ao Bacen. Cooperativa de crédito, companhia de seguros, operador de plano de saúde.
Segunda posição (minoritária), Sergio Campinho entende que não cabe teoria da
desconsideração, embora entenda que possa alcançar o patrimônio dos sócios, por
aplicação do 1.080 do CC, as deliberações infringentes dos sócios permitem a
responsabilização ilimitada dos sócios.
O aperfeiçoamento (art. 32, II, “a” da lei 8934 c/c art. 210, IX, LSA), se a liquidação for
extrajudicial o liquidante vai prestar contas, vai receber a ata e levar na junta comercial
para dar publicidade, cancelando-se o cnpj. Se o liquidante não o fizer, qualquer
interessado, acionista, pode fazer.
Se a liquidação for judicial, o próprio juiz, terminada a liquidação, vai expedir oficio à junta
comercial para que esta dê publicidade e registre que a sociedade se extinguiu.
Casos concretos
1º Tema
1ª questão
Resposta:
A) Não. Art. 3º da LSA não exige, bem como o art. X, bem como o art. 81 do DREI também
não exige.
B) Não é obrigatório, mas não pode ser usado ao final. Não obstante o art. 1160 do CC,
deve-se observar o art. X, devendo ser aplicado o art. 3° da LSA, vedando a utilização.
2ª Questão
Resposta:
Art. 4° é mais rigoroso quando a SA é de capital aberto e quer virar fechada, para proteção
dos minoritários. SA tem legitimação passiva, pois é uma pessoa jurídica, tem
personalidade. PJ atua por intermédio de seus órgãos. Presentantes. AG é soberana, mas
quem atua é a sociedade. E acionistas tem legitimação ativa, pois não pode ser
prejudicado seu acesso à justiça. Os acionistas podem questionar o valor judicialmente
segundo o art. 4°, §4°, LSA, desde que estejam fora dos parâmetros legais e da CVM.
2 Tema
1ª Questão
Resposta: Não. Art. 178 da CPC de 2015 e art. 127 da CF, e 206, II da LSA, prevê que o MP
pode propor ação de dissolução total. Fazer remissão à Lei Anticorrupção, art. 19, III, L.
12846/13 – MP pode promover a dissolução compulsória da PJ.
2ª Questão
Aula 11 – 20/09/2023
Bolsa de valores
B4
Mercado de balcão
- Ativos sem muita liquidez, constitui o mercado primário e secundário.
Valores Mobiliários
- 2° da lei 6385, bem como lei 6404/76
CVM
- Regulamentar (art. 8º, I e 18, I, da lei 6385), fiscalizar, punitiva, registral, consultiva e
fomentadora (indireta).
Política de disclosure
- Divulgação de informação que altere o preço de um ativo no mercado.
- Resposta:
A) Sim, é lícito, conforme prevê o art. 9 °, V e §2° da lei 6.385/76.
Aula 11
Capital Social
- Sociedade anônima a contribuição para o capital social é sempre com bens ou dinheiro.
Não pode ser serviço.
- 10% dos valores subscritos em dinheiro devem ser integralizados imediatamente.
- Quando a integralização é com bens, não vale estimação de bens. A subscrição com bens
depende da realização de uma assembleia preliminar de avalição para que os bens sejam
avaliados.
- Vai ser convocada uma assembleia para decidir quem serão os avaliadores dos bens,
quem são os peritos. Em seguida, será permitido um prazo para que seja estipulada a
avaliação.
Depois será convocada nova assembleia para
- O avaliador atribui por um valor inferior ao que o acionista estipula. Se ele concordar, ele
deve dar a diferença em dinheiro.
- O laudo de avaliação atribui um valor maior do que o acionista estipulou. Neste caso, o
bem será integralizado pelo valor atribuído pelo acionista, ele não ganha nenhuma
vantagem. Se ele atribuiu aquele valor, ele fica vinculado àquele valor. (art. 8°, §4°)
Princípios
1) Princípio da determinação
2) Efetividade ou realidade
3) Perenidade
- Estável, mas não significa imutabilidade. Ele pode se alterar, não é imutável
Modos de aumento
- Primeiro não se aplica mais
-Segundo modo de aumento do capital - SA de capital autorizado é aquela em que o estatuto
já autoriza o aumento do capital social e estabelece o limite desse aumento. Em regra, o
aumento do capital social exige mudança do estatuto, em virtude do princípio da
determinação. No entanto, quando tivermos um estutato que já autoriza o aumento e
estabelece o limite, para aumentar o capital dentro deste limite, não precisa alterar o estatuto.
A assembleia, pelo quórum geral da lei, apenas vai deliberar para aquele aumento previsto no
estatuto. É possível que o estatuto autorize que seja outorgado ao CA poderes para aprovar o
aumento dentro do limite. O aumento pode se dar tantas vezes quando for o limite autorizado
no estatuto.
Exige-se uma integralização de no mínimo ¾ do capital social para que se possa aumenta-lo
por meio de criação de novas ações.
Segundo requisito, o aumento tem que ser justificado, porque pode levar a diluição da
participação acionária dos acionistas.
Terceiro requisito, o valor dessas novas ações deve seguir um critério objetivo e de mercado.
Porque se o valor for alto, poderia dificultar que os acionistas antigos comprassem as novas
ações. Esses dois requisitos querem preservar a participação acionária.
No aumento por subscrição de novas ações, a subscrição deve ser integral. Interessados tem
que subscrever todas as novas ações, o aumento não se opera.
Direito de preferência
- Direito conferido aos acionistas da sociedade de adquirir as novas ações, quando do aumento
do capital social. Isso se dá na mesma proporção da sua participação acionária (Ex: aquele que
tem 10%, poderá comprar 10%, para manter-se no mesmo patamar de participação acionária).
- Aumento em proporções iguais: o titular de cada classe de ações vai adquirir as novas ações
proporcionalmente.
- No caso em que o aumento é desproporcional entre as classes: Nesse caso, o titular da ação
de cada classe, vai adquirir ação da sua classe na proporção que ele titulariza. Mas se isso gerar
diluição na participação acionária, ele terá direito de adquirir ações da outra classe até o limite
que preserve a sua participação acionária.
-3ª Regra- sociedade que no aumento cria uma nova classe de ações.
No aumento com criação de nova classe, a aquisição vai se dar proporcionalmente com a
participação que ele já possuía, mesma coisa da primeira regra.
Esse direito de preferência se estende ao direito de adquirir outros valores que sejam
conversíveis em ações. Na mesma proporção da sua participação acionária.
O direito de preferência tem a natureza de direito potestativo, logo ele tem que ser exercido
dentro de um prazo decadencial. O prazo para o exercício desse direito, tem que estar previsto
no estatuto. Mas a lei como regra prevê um prazo mínimo, o estatuto não pode prever um
prazo inferior, em regra. Existe exceção, art. 172, em companhia de capital aberto autorizado o
estatuto pode prever prazo inferior a 30 dias para o direito de preferência. Art. 171, § 5°, no
caso de usufruto ou fideicomisso de ações, o nu proprietário ou fiduciário tem que exercer
esse direito em no máximo 20 dias, porque senão tiver exercido seu direito com até 10 dias do
vencimento do prazo, quem passa a ter o direito de preferência é o usufrutuário ou
fideicomissário.
Havendo sobra de ações pelo não exercício do direito de preferência. Duas soluções: uma para
companhias abertas e outra para fechadas. Nesta, aqueles acionistas que fizeram pedido de
reserva das sobras terão o direito de adquirir essas sobras, tendo o direito de acrescer sua
participação (além do que já titularizava). Caso ainda sobrem ações, aí se oferecem a terceiros,
no caso de companhia fechada vai ser uma oferta particular, se não conseguir, frustra-se o
aumento. Companhias abertas a regra é diferente para subscrição pública ou particular, se a
subscrição for pública havendo sobras, essas sobras serão negociadas em bolsa de valores. Se
a subscrição for particular, primeiro assegura-se o direito àqueles que pediram reserva de
sobras e se sobrar será feito o leilão especial em bolsa de valores (porque a subscrição é
particular, mas a lei autoriza a venda em bolsa de valores).
Obs: O direito de preferência por envolver interesse patrimonial, ele pode ser cedido. Art. 171,
§6°. Qualquer outro vai exercer o direito de preferência.
Exclusão do direito de preferência – Dois casos:
1ª hipótese 171, § 3°, segunda parte – Quando o titular do título conversível em ação, exerce o
direito de conversão, assim o acionista anterior que poderia ter exercido o direito de
preferência antes, não pode mais.
2ª – Quando se outorga opção de compra de ações não há direito de preferência, nem quando
se exerce o direito de opção de compra.
3ª Hipótese 172 – Cia aberta de capital autorizado pode prever a emissão sem direito de
preferência.
Segunda forma de aumento é por capitalização e lucros e reservas (Art. 169 da LSA)
- Investimento interno. Ou seja, a sociedade não vai fazer captação mediante emissão de
novas ações, auqi o investimento é interno. A sociedade que tiver lucros e reservas pode
investir seus lucros e reservas para aumentar o capital. E aí pode se dar de duas formas: pelo
aumento do valor nominal das ações; ou se cria novas ações e se distribui proporcionalmente
entre os acionistas.
Aula X – 21/09/2023
Ações
É a menor fração em que se divide o capital social, representada por um título negociável, que
confere ao seu titular direitos e deveres de sócio de uma S.A.
Podem ter ou não valor nominal. Quando o valor está previsto no estatuto o valor nominal da
ação, ela tem valor nominal. Quando o valor não está explicitado nem no estatuto nem na
cartula da ação, quando existe, não tem valor nominal.
- Art. 13 da LSA prevê uma limitação para que a companhia não emita ações como abaixo do
valor nominal. Existem outras limitações, pois caso a ação esteja sendo negociada em bolsa
abaixo do valor nominal, não se poderá aumentar o capital.
- A ação tem por natureza ser de título variável, diferentemente das debêntures.
- O preço de emissão observa valores de mercado e pode prever ágio (uma parcela do valor da
ação, o excesso que supera o valor nominal), e o ágio é destinado à reserva de capital e não ao
capital social. O deságio também é possível.
- 3 espécies de ações (art. 15 LSA), de acordo com os direitos que conferem aos acionistas:
i) Ordinárias
- Ação comum, que nada é retirado dela, ela tem todos os direitos e obrigações
que decorrem da lei, via de regra, não sofrem limitação.
ii) Preferenciais
- Poderá, pelo estatuto, ter o direito de voto eliminado. Ela terá vantagens,
previstas no art. 17 da LSA, normalmente financeiras. A enumeração do art. 17 é
meramente exemplificativa. A prioridade do inciso I, significa que só serão
distribuídos os dividendos das ações ordinárias, após o pagamento integral dos
dividendos das preferenciais.
- §1° -
- Para ser listada em bolsa, precisa ter pelo menos 3 prioridades das citadas no art.
17.
iii) De Fruição
- Só aparece em dois artigos, 15 e 44 (§2° e 5°) da LSA. Ela pode ser utilizada para
substituir ações que foram integralmente amortizadas. Art. 44 – Amortizar
significa que a companhia poderá pagar ao acionista o que ele teria direito se a
companhia estivesse sendo liquidada, encerrada. Antecipação do reembolso final,
só que a sociedade continua. O acionista que recebeu a amortização, ele continua
acionista.
Algumas sociedades já nascem com prazo determinado, poucas, e essas
normalmente tem maior dificuldade de atrair investidores. Na liquidação, final do
§5°, caso as ações amortizadas tenham recebido a mais antes, elas não tem que
devolver.
- Ação de fruição recebe juros sobre o capital próprio (JCP)? Na ação de fruição o
acionista já recebeu o capital dele de volta. Os juros sobre capital próprio tem
natureza de lucro, não de juros, é distribuição de resultado. Os juros sobre capital
próprio foram criados como incentivo tributário, pois o juros é classificado
tributariamente como despesa, sendo despesa , ela é dedutível da base de cálculo
do imposto de renda, desse modo é uma vantagem para a companhia. Só que o
acionista paga imposto de renda na fonte. O dividendo não tem dedutibilidade
para a companhia, mas se paga imposto. O JCP entra na conta de pagamento de
dividendos (quando se prevê o mínimo de 25% de dividendos, caso a companhia
pague x em jcp antes).
- Uma companhia pode ter os 3 tipos, ou só ordinárias, mas não pode ter só preferenciais.
- Hoje em dia, com a alteração do art. 16-A e com a criação do art. 110-A, existe a possibilidade
de classes de ações ordinárias mesmo em companhias abertas, o que não era possível antes.
Isso pode ser feito apenas para atribuir o voto plural, mais de um voto por ação (até 10 votos
por ação).
- 205 da LSA – é pago o dividendo para quem está registrado no momento de pagamento dos
dividendos.
- STJ entende que se for alguma outra prioridade não prevista no §1°, o preferencialista não
terá direito de voto.
Valor da ação
3. Preço de emissão - Valor que a companhia vai definir para emitir novas ações (art. 13
c/c 170, §1°)
Exceções no §1°
1ª Questão
STJ 1898122
2ª Questão
Não tem razão, pois não é obrigatória concessão de vantagem adicional em companhia
fechada. Apenas na companhia aberta. Art. 17 § 1°, LSA. Art. 4º, LSA.
Aula X – Continução
CEPAC é valor mobiliário? Esse título é de emissão exclusiva de municípios e a CVM concluiu
que se trata de um valor mobiliário. É um certificado Potencial de Acréscimo Construtivo que
qualquer investidor por comprar ou para outorga de construção. (trata-se de contrato de
investimento coletivo, previsto no art. 2º da Lei da CVM).
Debênture – Significa no direito romano “eu devo”. É um título de dívida, a sociedade ao invés
de tomar um empréstimo bancário, aprova a emissão de um título, que tem natureza de
mútuo. As pessoas que adquirem são chamados os debenturistas, eles são credores. A
companhia paga uma taxa de juros aos debenturistas. Debênture é a menor fração de um
mútuo.
(ii) Os juros pagos aos debenturistas são considerados despesas portanto dedutíveis
da base de cálculo do IRPJ
(iv) O debenturista é um credor, então não vota nem participa das assembleias de
acionistas, consequentemente, não vai alterar a relação de poder de controle
entre os acionistas
- Debêntures com garantia real indicada pela companhia são aquelas asseguradas por hipoteca
(etc) até o cumprimento da obrigação, não podendo ser liquidado.
- Debêntures com garantia flutuante – Não é uma garantia real, tem natureza de privilégio
geral, pois coloca esse título acima dos credores quirografários, ficando abaixo apenas dos
credores trabalhistas, fiscal e reais.
- Vantagens para a sociedade – Debenture conversível paga uma taxa de juros inferior à
debênture simples. E a segunda é a maior vantagem, pois a debênture é uma dívida, de modo
que a conversão em ações satisfaz a dívida, sem desembolsar dinheiro.
Casos concretos
Questão 1
Não. A debenture com garantia flutuante não garante direito real de garantia, apenas garante
um privilegio geral que flutua sobre todo ativo da companhia, mas não impede a negociação
de nenhum bem da companhia. Art. 58
Questão 2
Não, somente companhias fechadas que não sejam instituições financeiras, conforme art. 47, §
único.
12. ACIONISTAS
São irias essenciais dos acionistas, que devem ser conferidos a todos e quaisquer acionistas
independente da classe:
Só existe o direito a dividendos se existir o lucro da empresa no exercício social do ano vigente.
I.. A parcela dos lucros é estabelecida no estatuto, ou se este for omisso/silente, a importância
é determinada de cordão com a lei:
II. O estatuto pode prever que o mínimo obrigatório será com base:
OBS: se o estatuto não tiver previsão o direito de retirada desde sua constituição, quando el,
após ser omisso começa a estabelecer a distribuição mínima de dividendos, os acionistas
podem exercer o direito de retirada.
I. DISSIDÊNCIA EM DELIBERAÇÃO ASSEMBLEIAR (art. 137, 136-AA, 221, 252, 270 §ú)
Art. 137. A aprovação das matérias previstas nos incisos I a VI e IX do art. 136 dá ao
acionista dissidente o direito de retirar-se da companhia, mediante reembolso do valor das
suas ações (art. 45), observadas as seguintes normas:
I.Retirada quando se tratar de ações preferenciais só farão jus aos acionistas preferenciais
o direito de exercer a retirada.
SÃO DISSIDENTES: o acionista que teve voto vencido na assembleia, o que não
compareceu, o que compareceu e se absteve de votar ou o que nao possui direito de
votar em determinada deliberação.
III. É um direito irrenunciável, mas pode ser suspenso pela assembleia geral
Art. 120, se o acionista deixa de cumprir com algumas a obrigações a AGO pode deliberar a
suspensão do direito de voto.
Direito de minoritário.
Na eleição dos conselheiros é facultado aos acionistas que representem no mínimo 10% do
capital social com direito a voto. Multiplica-se o número de votos pelo número de membros do
conselho. O voto de todos os sócios é multiplicado.
É deixado a eleição por chapa e feito o voto por cabeça. Assim os acionistas minoritários
podem indicar membros para o conselho de administração.
Para identificar se um acionista ou grupo detém controle, deve ver se são titulares de direitos
que asseguram de fora PERMANETE a maioria e votos em AGO e o poder de admitir os adm na
CIA.
É necessário que ele EXERÇA o poder
Art. 116. Entende-se por acionista controlador a pessoa, natural ou jurídica, ou o grupo
de pessoas vinculadas por acordo de voto, ou sob controle comum, que:
O poder de controle não se confunde com a propriedade. Não e direito real. É o poder de
organização e direção de soas e coisas da sociedade.
CONTROLE INDIRETO
Art. 117 responde pelos danos causados por atos com abuso de poder. ROL EXEMPLIFICATIVO
Os danos são os mesmos estabelecidos pelo CC art. 186, 187 c/c 927.
Aula X – 25/09/2023
Órgãos de Companhia
Órgãos da SA
Voltada a atividades de grande volume econômico, porque é voltada para ativadades de maior
porte e complexidade. Essa complexidade se reflete na estrutura de seus órgãos, assim como a
sociedade limitada tem maior simplificação dos órgãos.
A lei ainda faculta no art. 139, que as sociedades criem outros órgãos, por meio do estatuto
social, que componham a estrutura administrativa. Contudo, esses outros órgãos não podem
exercer funções de outros órgãos obrigatórios da companhia, isso se reflete no princípio
comum da SA, princípio da indelegabilidade. Por esse princípio, o estatuto não pode prever a
delegação de competência de um órgão para outro. Somente a lei cria competência, as vezes
até modificando a competência de um órgão que não existe em determinados casos para
outros órgãos.
Art. 160 – Estes outros órgãos criados pelo estatuto e que integra a estrutura administrativa da
companhia, seus membros terão as mesmas responsabilidades dos administradores da
companhia, ainda que não possam usurpar a competência dos demais órgãos.
Assembleia
Espécies de assembleia
- Assembleia Geral
Aquela que se delibera sobre assuntos da vida da companhia, temas de interesse da
companhia.
° Duas espécies, cuja diferenciação é feita pela matéria objeto de deliberação (art. 131
da LSA):
O inciso IV foi tacitamente revogado pelo art. 4°, § único, da lei 9249/95.
O rol é taxativo, porque o art. 131 dispõe que as matérias da AGO são definidas pelo
art. 132.
- Assembleia Especial
A assembleia especial é privativa de titulares de ações de classe especial (ex:
assembleia dos preferencialistas), ou de titulares de outros títulos emitidos pela
companhia (ex: debentures). Nessas assembleias vão se deliberar temas de interesses
desses acionistas. Não vão tratar de interesses da vida da companhia, que é assunto da
assembleia geral.
Competência
Art. 123 – A diretoria é o órgão com competência originária para convocar a
assembleia, contudo, se houver CA, essa competência passa a ser do CA (não é
competência concorrente, se existe CA é competência dele). A lei atribui muitas
competências de outros órgãos ao CA, pois ele é facultativo, então em tese não seriam
dele.
- Nesse caso, para haver subsidiariedade, deve ter motivo grave ou urgente para
convocação.
- A diretoria não tem competência subsidiária, de modo que caso exista CA, não cabe
de forma alguma à diretoria a convocação.
Procedimento
- Por alteração recente, estes prazos são de 21 dias, em primeira convocação, e 8 dias
em segunda convocação.
- OBS: É possível convocar conjuntamente AGO e AGE para que sejam relizadas no
mesmo dia e sob a mesma ata (art. 131, § único)
Esses requisitos tem esse vigor para que todos os acionistas tenham ciência de que vai
ser realizada essa assembleia, a fim de que todos possam participar. Por isso a lei diz
que se não for observado esse procedimento, contudo todos compareceram, esse vício
é sanável.
- As regras para realização estão no art. 124, § 2°:
- Direito de participar à distância de assembleia física, § único do art. 121, que acabou
alterado pela lei 14.030, contudo, desde 2011, já existia essa possibilidade de
participar e votar a distância de assembleia física (não é de assembleia virtual, esta
está prevista no § 2-A do art. 124).
1º Caso concreto
Questão 1
Art. 135 – Quórum de instalação qualificado – pois é o quórum para assembleia que
vise reformar o estatuto. Quórum aqui é de 2/3.
Art. 135. A assembleia geral extraordinária que tiver por objeto a reforma do estatuto
somente se instalará, em primeira convocação, com a presença de acionistas que
representem, no mínimo, 2/3 (dois terços) do total de votos conferidos pelas ações com
direito a voto, mas poderá instalar-se, em segunda convocação, com qualquer número.
- Existe um quórum geral e quóruns qualificados. O geral está no art. 129 da lei:
- Se for observado, esse quórum qualificado seria menor, caso o 129 fosse
interpretado da mesma forma, por isso o art. 129 tem que ser interpretado como
maioria de votos dos presentes.
Segunda aula
Conselho de Administração
- O voto múltiplo é que, quem o requerer, na eleição dos membros do conselho, terá
direito a tantos votos quantos forem a eleição a membros do conselho. O objetivo é
poder cumular esforços entre os minoritários.
- O diretor necessariamente tem que ser uma pessoa natural, pois materializa a pessoa
jurídica.
- Com a LC. 182/2021 a diretoria deixou de ser um órgão coletivo. Isso porque, até
então, a diretoria deveria ter no mínimo 2 membros, ou seja, mesmo quando coletivo,
não era um órgão colegiado, diferente do CA (órgão que delibera por maioria –
colegiado). As decisões da diretoria não são colegiadas, pois cada diretor tem
atribuições próprias e específicas, em regra. Com a referida LC, a diretoria hoje pode
ser composta por um único membro (art. 143).
Parágrafo único. Nos limites de suas atribuições e poderes, é lícito aos diretores
constituir mandatários da companhia, devendo ser especificados no instrumento os
atos ou operações que poderão praticar e a duração do mandato, que, no caso de
mandato judicial, poderá ser por prazo indeterminado.
Essa outorga de mandato feita pelo diretor não é para ele mesmo, mas sim para
representação da sociedade. O diretor corporifica a companhia, é ele quem assina os
atos e documentos da companhia, caso a companhia precise de um advogado, quem
vai assinar a procuração é o diretor. O que o § único do 144 fala é em representante da
companhia, logo não é mandatário do diretor e sim da companhia, por quem ele vai
assinar o instrumento de mandato. O diretor não pode permitir que outra pessoa
exerça a sua função diretor.
Art. 147. Quando a lei exigir certos requisitos para a investidura em cargo de
administração da companhia, a assembléia-geral somente poderá eleger quem tenha
exibido os necessários comprovantes, dos quais se arquivará cópia autêntica na sede
social.
Ainda existem outras leis próprias que preveem impedimentos como a LOMAN.
- Art. 147, §3°, II – fala em conflito de interesses, de modo que não necessariamente se
impede o nepotismo, mas pode configurar conflito de interesses.
- Dever de lealdade (art. 155 da LSA) – É aquele em que o administrador não pode
utilizar a sociedade para atender os interesses próprios ou de terceiros. O art. 155 da
lei traz exemplos, ou seja, não taxativo.
- Não conflitar com os interesses da companhia – Por esse dever o administrador não
pode participar de deliberações, decisões, em que ele tenha um interesse pessoal
envolvido.
- Dever de sigilo – art. 155, § 1° - O administrador não pode divulgar antes do mercado
qualquer decisão negocial da companhia que impacte o mercado. Não pode dar acesso
a informações privilegiadas a terceiros. A violação gera o insider trading, ou divulgação
de informações privilegiada, que beneficia o detentor da informação e terceiros. Trata-
se de um ato ilícito (art. 155, §4°). Tanto aquele que recebe a informação quanto
aquele que divulga, pode responder pela prática do ilícito.
Responsabilidade
- Por ato ilícito, o art. 158 já responde que é uma responsabilidade subjetiva (com
culpa ou dolo), deve ser demonstrado o elemento subjetivo, e como regra é
responsabilidade pessoal (art. 158, §1°). Contudo, se ele devia e podia impedir o ato,
ou foi imprudente e negligente, ele pode responder solidariamente por ato ilítico, que
em regra seria de responsabilidade subjetiva.
Ações de responsabilidade
- Tratadas no art. 159. São duas espécies de ações: (i) sociais, propostas em favor da
companhia, por danos causados contra ela; (ii) individuais, propostas individualmente
por aqueles que sofreram diretamente os danos pelo ato do administrador.
- A ação uti universi é aquela proposta pela companhia em favor da companhia, art.
159, e tem uma condição de procedibilidade, qual seja a realização de assembleia para
aprovar a propositura da ação. E, de acordo com o parágrafo 2°, afasta-se o
administrador que responderá a ação, caso a assembleia aprove a propositura da ação,
mesmo que a assembleia não vote a destituição, ele é destituído.
- Ação uti singuli é a ação social proposta pelo acionista em favor da companhia. È uma
legitimidade extraordinária, pois o acionista atua em favor da companhia. São duas
hipóteses: (a) §3° da 159, no caso de não propositura de ação dentro de 3 meses da
aprovação da propositura da ação em assembleia, ou seja, a sociedade se quedou
inerte, nascendo a legitimidade do acionista. O STJ entende que a legitimidade é
concorrente para a propositura da ação e podem formar inclusive litisconsórcio para
propositura da ação (somente após o prazo); (b) §4°: se a assembleia decidir pela não
propositura da ação de responsabilidade do administrador, os acionistas que
detenham mais de 5% do capital social podem propor ação em favor da companhia,
sendo legitimidade extraordinária, a indenização se reverte em favor da companhia.
- Art. 134, §3° - O administrador que tenha suas contas aprovadas sem reserva pela
assembleia não pode ser posteriormente responsabilizado, salvo erro, dolo, fraude ou
simulação. Verificado erro dolo, fraude ou simulação, existe uma condição de
procedibilidade para propositura da ação, qual seja ajuizar uma ação anulatória (art.
286) da assembleia que aprovou as contas, num prazo de 2 anos, a contar da data da
assembleia que aprovou, constituindo prazo decadencial para anulação da assembleia.
- Quando não tive funcionamento permanente, não tem conselheiro eleito. Mesmo
que não seja item do edital da assembleia (pode ser AGO ou AGE), pode ser requerida
a instalação do conselho (para sanar uma dúvida, ou querendo fiscalizar algum ato),
sendo eleitos os conselheiros na hora mesmo da assembleia. E esse conselho vai
perdurar até a AGO seguinte à assembleia que os elegeram.
- A lei prevê requisitos para que sejam eleitos conselheiros: art. 162. A lei não exige
que seja sócio, mas exige requisitos técnicos.
Art. 162. Somente podem ser eleitos para o conselho fiscal pessoas naturais, residentes
no País, diplomadas em curso de nível universitário, ou que tenham exercido por prazo
mínimo de 3 (três) anos, cargo de administrador de empresa ou de conselheiro fiscal.
Caso Concreto
Questão 1
Questão 2
Reorganização societária
- Operação mais simples, porque não há mudança na pessoa jurídica, não há sucessão
na pessoa jurídica. É a mesma pessoa jurídica que altera o seu tipo societário.
- Art. 222 – A transformação não vai prejudicar os direitos dos credores, que
continuaram com as mesmas garantias que o tipo anterior da sociedade lhes
oferecia. IMPORTANTE
- Parágrafo único – O pedido dos credores é direcionado ao juiz da falência, cujo prazo
é entendido pela doutrina e jurisprudência até a sentença que o juiz irá proferir no
processo de falência. NÃO ENTENDI TUDO DO ART.
No caso de fusão, 50% votando a favor a matéria está aprovada (O Borba diz o
contrário).
- A subsidiária integral poderá emitir debentures simples, bem como de qualquer outro
valor mobiliário, tornando-se uma companhia aberta, pois emitiu valores mobiliários,
ainda que não ações, conservando a sua natureza de subsidiaria integral pois não
emitiu ações e mantém a estrutura de um único sócio.
- A transformação só é pertinente a tipos societários, por isso não pode ser utilizada
para outros tipos empresariais como associações ou fundações.
- Art. 223, §3° e 4° - tem uma redação que protege o acionista minoritário em se
tratando de cia aberta. Deve-se atentar que a não observância do §3° garante o direito
de retirada do §4°, não é a cisão que garante, mas sim o descumprimento a não
abertura do capital pela nova sociedade criada pela cisão. Uma faculdade e proteção
adicional a um acionista de companhia aberta.
- Fusão – duas ou mais sociedades unem-se para formar uma nova sociedade. As duas
ou mais são extintas, e a nova sociedade que surge após a operação, as sucede em
todos os direitos e obrigações (art. 228).
- Protocolo (224 da LSA) e Justificação – dois documentos exigidos pela lei. A natureza
jurídica do protocolo é um pré-contrato (corrente majoritária), ele obrigatoriamente
antecede a fusão e incorporação e cisão. Ele tem que prever todos os incisos previstos
no art. 224, traz o detalhamento da operação. Já a justificação traz a exposição os
motivos para o negócio, tentando convencer os acionistas.
- Fusão indireta – Não é exatamente uma fusão, porque na verdade é a criação de uma
sociedade holding/controladora. A holding fica com as ações majoritárias das duas
sociedades que criaram a controladora, a fim de controlar as duas.
- Há diferença entre cisão parcial e total, principalmente no que se refere aos credores.
- Art. 137, IV e V – Só há liquidez as ações que integram o IBOVESPA, pois este está
admitido à negociação no mercado de valores mobiliários.
- Art. 233 – Na lei das SA, o legislador criou um tratamento diferenciado para o credor
na cisão, pois na cisão a regra geral é a solidariedade das sociedades cindidas. De
modo que não existiria credor prejudicado. Parágrafo único – A sociedade poderá
deliberar a exclusão da solidariedade, porém qualquer credor poderá se opor à
deliberação, desde que notifique à sociedade no prazo de 90 dias, podendo ser extra
ou judicial. Contudo, somente os credores que notificarem terão direito à
solidariedade.
Questão 1
Incorporação.
É possível, o divergente ou fica ou exerce direito de reitrada.
Nesse caso, não há obrigatoriedade de protocolo e justificação, pois se tratam de
limitadas, que não é obrigatório pois o Código Civil não prevê, é omisso.
Questão2
A aprovação dessa matéria é de competência da Assembleia, no máximo o CA aprova o
protocolo e leva à assembleia, art. 122, VIII. Contudo, João Prudente se exime de
responsabilidade.
Existe essa possbilidade, é o 129,§3° - o acionista entraria como substituto processual
da companhia.
Ele teria que consignar o seu voto divergente na ata do conselho de administração.
Não sendo possível, ele deveria dar ciência imediata à AG por escrito.
Aula 20 – Tema 19
Ex: Uma controladora com diversas controladas e coligadas. Coligadas do art. 243 são
totalmente diferentes do Código Civil, desse modo, prestar atenção caso mencione
limitada.
Art. 246 – Direito premial, premio pago em dinheiro ao autor de determinadas ações
(§2º).
Sociedade holding
Holding pura é uma constituída meramente para controlar outras.
Subsidiária integral
Art. 251 – Deve ser brasileira, é constituída já como subsidiária integral. Chamar a
atenção para o art. 300, que manteve em vigor parte do decreto 2627/40, no qual o
art. 60 define quais são as sociedades nacionais (o código civil prevê no art. 1126).
§2º - Pode ser transformada em subsidiária integral, é uma derivada, não originária.
Isso ocorre quando uma sociedade brasileira adquire todas as ações de determinada
companhia, ou ainda nos termos do art. 252.
Art. 252 – trata da figura que não pode ser confundida com incorporação de
sociedades. Pois trata da incorporação de ações. Ao invés de incorporar a sociedade,
incorpora-se as ações da sociedade. Incorporação de ações é só para criar subsidiária
integral. Os antigos acionistas da incorporada receberão (trocam) ações da companhia
incorporadora. A incorporada não é extinta, ela permanece, enquanto a incorporadora
se torna a única acionista da incorporada. Tem uma diferença significativa, haverá
direito de retirada da incorporadora das ações (bem como dos acionistas da
incorporada), totalmente diferente na incorporação de sociedade. Qual a razão para
isso? Permaneceu por mero esquecimento do legislador.
- Não há sucessão de direitos e deveres, pois a incorporada não é extinta, logo não há
perda de personalidade jurídica.
Ágio do controle – 20 a 30% a mais do preço das ações – é o preço de diferença entre
os valores normais das ações mais o poder de controle.
- Resolução numero 35 de 1982 – art. 33 – Só serão atingidas pela oferta as ações com
direito a voto pleno e permanente.
- Art. 120 – Corrente majoritária diz que podem ser suspensos todos os direitos
inclusive os direitos essenciais, isso porque suspensão é momentânea. Professor
entende que é ex nunc.
- STJ entende que caso terceiro adquira uma participação não relevante de ações do
grupo de controle, que não tenha alterado a correlação de forças do bloco, não
caracteriza alienação de controle. Só seria caracterizada se adquirisse participação
majoritária das ações do bloco.
ATENÇÃO AO §3° - O minoritário pode exercer o direito de retirada pelo valor, não de
mercado, mas de avaliação desde que seja mais vantajoso pra ele.
1) Consórcio
- Expressa a necessidade de gastos vultosos
- Redução do custo de produção
- É um contrato entre sociedades (art. 278 da LSA) – Operação não permanente da
empresa ou necessidade de crescimento temporário – isso gera uma discussão
enorme. O elemento essencial do consórcio deve estar atrelado a execução de um
determinado empreendimento.
- É uma concentração de emrpesas, mas não perdem indivualidade, patrimônio
próprio e autonomia administrativa. Cada consorciada se obriga por si e assume
obrigação direta, assim como cada consorciada, não há solidariedade, cada
consorciada tem uma obrigação pactuada.
- A atividade deve ser temporária, segundo a doutrina majoritária.
- Consórcio não tem personalidade jurídica própria.
- Matéria tributária – Existem decisões do CARF que negam a natureza consorcial
caso seja por caso indeterminado ou quando for pra execução de mais de um
projeto, aplicando solidariedade e responsabilidade ilimitada.
- Cada consorciada se obrigará perante terceiros, porém representada pelo líder
do consórcio.
- O patrimônio da cada consorciada mantém sua autonomia. Não há presunção de
solidariedade.
- SPE possui objeto social único, reduzindo risco empresarial, trata-se de sociedade
constituída formalmente, novo ente jurídico, com autonomia patrimonial. É uma
sociedade independente e autônoma, menos flexível que um consórcio.
CASOS CONCRETOS
1) Cada uma tem sua repsonsabilidae patrimonial, de modo que o juiz acolheu
corretamente. Se houvesse abuso de poder ela responderia.
2) Toda operação envolvendo duas sociedades onde haja concentração e se o
faturamento bruto no exercício superior foi superior a 750 milhões de reais e da outra
75, a operação será previamente submetida a avaliação do CADE. Se essa operação
não for submetida ao CADE, a consequência está em dois artigos 88 e 90 da lei do
CADE, de modo que o CADE pode anular a operação aplicar multa e abrir PAS contra as
envolvidas.