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Art. 1º Esta Lei institui normas gerais para as parcerias entre a administração
pública e organizações da sociedade civil, em regime de mútua cooperação,
para a consecução de finalidades de interesse público e recíproco, mediante a
execução de atividades ou de projetos previamente estabelecidos em planos
de trabalho inseridos em termos de colaboração, em termos de fomento ou
em acordos de cooperação. (Redação dada pela Lei nº 13.204, de 2015)
Art. 2º Para os fins desta Lei, considera-se:
I - organização da sociedade civil: (Redação dada pela Lei nº 13.204, de 2015)
a) entidade privada sem fins lucrativos que não distribua entre os seus sócios ou associados,
conselheiros, diretores, empregados, doadores ou terceiros eventuais resultados, sobras,
excedentes operacionais, brutos ou líquidos, dividendos, isenções de qualquer natureza,
participações ou parcelas do seu patrimônio, auferidos mediante o exercício de suas atividades, e
que os aplique integralmente na consecução do respectivo objeto social, de forma imediata ou por
meio da constituição de fundo patrimonial ou fundo de reserva; (Incluído pela Lei nº 13.204, de
2015)
Alternativa "e": Errada. O art. 1º da Lei 9.637/98 estabelece que "o Poder Executivo poderá
qualificar como organizações sociais pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos,
cujas atividades sejam dirigidas ao ensino, à pesquisa científica, ao desenvolvimento
tecnológico, à proteção e preservação do meio ambiente, à cultura e à saúde, atendidos aos
requisitos previstos nesta Lei".
Gabarito : B
Ano: 2018 Banca: FGV Órgão: Prefeitura de Niterói - RJ Provas: FGV - 2018 -
Prefeitura de Niterói - RJ - Auditor Municipal de Controle Interno - Controladoria
No Município de Córrego Seco, a associação Meu Bem Querer, sem fins lucrativos e
que oferece educação básica e cursos profissionalizantes para menores em situação
de vulnerabilidade, pleiteou qualificação como Organização da Sociedade Civil de
Interesse Público (OSCIP). A esse respeito, assinale a afirmativa correta.
A Ainda que a associação preencha os requisitos previstos em lei, a outorga da
qualificação é ato discricionário do Poder Executivo.
B Caso obtenha a qualificação pleiteada, a associação poderá firmar termo de
parceria com o Município de Córrego Seco.
C Qualquer instrumento de parceria só poderá ser firmado entre a associação
qualificada como OSCIP e o Poder Público que lhe outorgou a qualificação.
D Um dos requisitos necessários à obtenção da qualificação é a exigência de estar
constituída e em funcionamento regular há pelo menos um ano.
E Caso preencha os requisitos previstos em lei, a associação qualificada como OSCIP
pode celebrar contrato de gestão para exercício das atividades descritas em seu
estatuto.
Alternativa "a": Errada. A Lei 9.790/99, que dispõe sobre a qualificação de pessoas
jurídicas de direito privado sem fins lucrativos como OSCIP, prevê em seu art. 1o, § 2o,
que "a outorga da qualificação prevista neste artigo é ato vinculado ao cumprimento
dos requisitos instituídos por esta Lei".
Alternativa "c": Errada. A Lei 9.790/99 não prevê a limitação indicada na assertiva.
Alternativa "d": Errada. O Art. 1o da Lei 9.790/99 estabelece que "podem qualificar-se como
Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público as pessoas jurídicas de direito privado
sem fins lucrativos que tenham sido constituídas e se encontrem em funcionamento regular
há, no mínimo, 3 (três) anos, desde que os respectivos objetivos sociais e normas estatutárias
atendam aos requisitos instituídos por esta Lei".
Gabarito: Letra B.
Ano: 2018 Banca: FGV Órgão: TJ-SC Prova: FGV - 2018 - TJ-SC - Analista Administrativo
As organizações sociais (OS) são entidades de direito privado que tiveram origem na estratégia de
publicização de parte de atividades exercidas pelo Estado.
Gabarito do Professor: E
PODERES ADMINISTRATIVOS
PODERES ADMINISTRATIVOS DICA 1 DICA 2
VINCULADO IRREVOGÁVEL ALVARÁ DE LICENÇA
DISCRICIONÁRIO REVOGÁVEL ALVARÁ DE
AUTORIZAÇÃO
HIERÁRQUICO SUBORDINAÇÃO CONTROLE INTERNO
NORMATIVO DECRETOS ATOS SECUNDÁRIOS
REGULEMENTARES
DISCIPLINAR PUNITIVO EM REGRA,
VINCULADO
POLÍCIA ADMINISTRATIVA TAXAS DAC
Poder de Polícia - é a atividade da administração pública que, limitando ou
disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou
abstenção de fato, em razão de interesse público concernente à segurança, à
higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao
exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização
do Poder Público, à tranquilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos
direitos individuais ou coletivos. (Art. 78 do CTN)
Poder Hierárquico - pode ser entendido como o poder de organizar e distribuir
as funções de seus órgãos, estabelecendo a relação de subordinação entre os
servidores do seu quadro de pessoal. Tem como objetivo ordenar, coordenar,
controlar e corrigir as atividades administrativas, no âmbito interno da
Administração Pública.
• Poder Disciplinar - é a poder de punir internamente as infrações cometidas
pelos agentes administrativos, o poder disciplinar é exercido no âmbito dos
órgãos e serviços da Administração, bem como alcança os particulares que
mantenham vínculo específico com a Administração Pública.
Poder Regulamentar - é um poder que tem como pressuposto a existência de
lei que o institua. Através dele, se tem a autorização para que o Chefe do
Executivo possa expedir decretos e outros instrumentos regulamentadores e
sua principal finalidade é viabilizar a efetiva execução das leis. (Art. 84, IV da CF)
Poder Vinculado - é o exercício de um ato cuja autonomia do agente para
deliberar sobre ele inexiste, pois a própria lei estabelece todas as condutas a
serem praticadas. Neste caso, quando não há margem de liberdade, o ato
resultante é um "ato vinculado".
Ano: 2020 Banca: FGV Órgão: MPE-RJ Prova: FGV - 2020 - MPE-RJ - Estágio Forense do
Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro
Um particular proprietário de veículo automotor, atendendo ao que determina o
ordenamento jurídico, levou seu veículo para ser submetido à fiscalização pelo DETRAN no
Estado da Federação Alfa.
No caso em tela, o poder administrativo que embasou a realização de vistoria veicular é o
poder:
A de polícia, para adequar e condicionar a propriedade individual em prol do interesse
público;
B de império, que emana do Legislativo em razão de sua supremacia sobre o Executivo;
C hierárquico, para limitar direitos individuais de acordo com a discricionariedade do
administrador público;
D regulamentar, que permite inovação na atividade legislativa para satisfazer à coletividade;
E disciplinar, que pode ser delegado para pessoa jurídica de direito privado para alcançar o
bem comum.
A)CORRETA - o exercício do poder de fiscalização do DETRAN é decorrente do poder de
polícia, pois, de modo geral, é uma atividade administrativa que visa garantir a segurança e
a ordem pública, podendo, para tanto, limitar ou restringir direitos e liberdades individuais.
GABARITO: Letra A
Atributos dos Atos Administrativos Atributos do Poder de Polícia
Presunção de Legitimidade Discricionariedade
Auto-executoriedade Auto-executoriedade
Tipicidade Coercibilidade
Imperatividade
CICLOS DE POLÍCIA DELEGABILIDADE
1º - ORDEM DE POLÍCIA NÃO
2º - CONSENTIMENTO DE POLÍCIA SIM
3º - FISCLAIZAÇÃO ADMINISTRATIVA SIM
4º - SANÇÃO DE POLÍCIA NÃO
Tese: STF: “É constitucional a delegação do poder de polícia, por meio de lei, a
pessoas jurídicas de direito privado integrantes da Administração Pública
indireta de capital social majoritariamente público que prestem exclusivamente
serviço público de atuação própria do Estado e em regime não concorrencial”.
Ano: 2022 Banca: FGV Órgão: TJ-AP Prova: FGV - 2022 - TJ-AP - Juiz de Direito Substituto
A sociedade de economia mista Beta do Município X recebeu formalmente, por meio de lei específica, delegação do
poder de polícia do Município para prestar serviço de policiamento do trânsito na cidade, inclusive para aplicar multa
aos infratores. Sabe-se que a entidade Beta é uma empresa estatal municipal de capital majoritariamente público,
que presta exclusivamente serviço público de atuação própria do poder público e em regime não concorrencial. Por
entender que o Município X não poderia delegar o poder de polícia a pessoa jurídica de direito privado, o Ministério
Público ajuizou ação civil pública pleiteando a declaração de nulidade da delegação e das multas aplicadas, assim
como a assunção imediata do serviço pelo Município.
No caso em tela, de acordo com a atual jurisprudência do Supremo Tribunal Federal em tema de repercussão geral, a
pretensão ministerial:
A não deve ser acolhida, pois é constitucional a delegação do poder de polícia na forma realizada, inclusive no que
concerne à sanção de polícia;
B não deve ser acolhida, pois é constitucional a delegação do poder de polícia a qualquer pessoa jurídica de direito
privado, desde que cumprido o único requisito que é a prévia autorização legal;
C deve ser acolhida, pois é inconstitucional a delegação do poder de polícia, em qualquer das fases de seu ciclo, a
pessoa jurídica de direito privado integrante da administração indireta;
D deve ser acolhida parcialmente, pois é inconstitucional a delegação do poder de polícia, nas fases de seu ciclo de
ordem de polícia e de sanção de polícia, a pessoa jurídica de direito privado integrante da administração indireta;
E deve ser acolhida parcialmente, pois, apesar de ser constitucional a delegação do poder de polícia para o serviço
público de fiscalização de trânsito, é inconstitucional tal delegação no que concerne à aplicação de multa, que deve
ser feita por pessoa jurídica de direito público.
O Supremo Tribunal Federal já entendeu que é possível a delegação de atividades de polícia a empresas
públicas prestadoras de serviço público. Nesse sentido, vale destacar o seguinte precedente da Corte Suprema:
RECURSO EXTRAORDINÁRIO. REPERCUSSÃO GERAL. TEMA 532. DIREITO CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO.
PRELIMINARES DE VIOLAÇÃO DO DIREITO À PRESTAÇÃO JURISDICIONAL ADEQUADA E DE USURPAÇÃO DA
COMPETÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL AFASTADAS. PODER DE POLÍCIA. TEORIA DO CICLO DE
POLÍCIA. DELEGAÇÃO A PESSOA JURÍDICA DE DIREITO PRIVADO INTEGRANTE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
INDIRETA. SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA. PRESTADORA DE SERVIÇO PÚBLICO DE ATUAÇÃO PRÓPRIA DO
ESTADO. CAPITAL MAJORITARIAMENTE PÚBLICO. REGIME NÃO CONCORRENCIAL. CONSTITUCIONALIDADE.
NECESSIDADE DE LEI FORMAL ESPECÍFICA PARA DELEGAÇÃO. CONTROLE DE ABUSOS E DESVIOS POR MEIO DO
DEVIDO PROCESSO. CONTROLE JUDICIAL DO EXERCÍCIO IRREGULAR. INDELEGABILIDADE DE COMPETÊNCIA
LEGISLATIVA. (...) 2. O poder de polícia significa toda e qualquer ação restritiva do Estado em relação aos
direitos individuais. Em sentido estrito, poder de polícia caracteriza uma atividade administrativa, que
consubstancia verdadeira prerrogativa conferida aos agentes da Administração, consistente no poder de
delimitar a liberdade e a propriedade. 3. A teoria do ciclo de polícia demonstra que o poder de polícia se
desenvolve em quatro fases, cada uma correspondendo a um modo de atuação estatal: (i) a ordem de polícia,
(ii) o consentimento de polícia, (iii) a fiscalização de polícia e (iv) a sanção de polícia. 4. A extensão de regras do
regime de direito público a pessoas jurídicas de direito privado integrantes da Administração Pública indireta,
desde que prestem serviços públicos de atuação própria do Estado e em regime não concorrencial é admissível
pela jurisprudência da Corte. (Precedentes: RE 225.011, Rel. Min. Marco Aurélio, Red. p/ o acórdão Min.
Maurício Corrêa, Tribunal Pleno, julgado em 16/11/2000, DJ 19/12/2002; RE 393.032-AgR, Rel. Min. Cármen
Lúcia, Primeira Turma, DJe 18/12/2009; RE 852.527-AgR, Rel. Min. Cármen Lúcia, Segunda Turma, DJe
13/2/2015). (...) 8.
In casu, a Empresa de Transporte e Trânsito de Belo Horizonte – BHTRANS pode ser delegatária do poder de polícia de
trânsito, inclusive quanto à aplicação de multas, porquanto se trata de estatal municipal de capital majoritariamente
público, que presta exclusivamente serviço público de atuação própria do Estado e em regime não concorrencial,
consistente no policiamento do trânsito da cidade de Belo Horizonte. (...) . 12. Ex positis, voto no sentido de (i) CONHECER
e DAR PROVIMENTO ao recurso extraordinário interposto pela Empresa de Transporte e Trânsito de Belo Horizonte –
BHTRANS e (ii) de CONHECER e NEGAR PROVIMENTO ao recurso extraordinário interposto pelo Ministério Público do Estado
de Minas Gerais, para reconhecer a compatibilidade constitucional da delegação da atividade de policiamento de trânsito à
Empresa de Transporte e Trânsito de Belo Horizonte – BHTRANS, nos limites da tese jurídica objetivamente fixada pelo Pleno
do Supremo Tribunal Federal. 13. Repercussão geral constitucional que assenta a seguinte tese objetiva: “É constitucional a
delegação do poder de polícia, por meio de lei, a pessoas jurídicas de direito privado integrantes da Administração Pública
indireta de capital social majoritariamente público que prestem exclusivamente serviço público de atuação própria do
Estado e em regime não concorrencial." (RE 633782, Relator(a): LUIZ FUX, Tribunal Pleno, julgado em 26/10/2020,
PROCESSO ELETRÔNICO REPERCUSSÃO GERAL - MÉRITO DJe-279 DIVULG 24-11-2020 PUBLIC 25-11-2020, grifos nossos)
Assim, é constitucional a delegação de poder de polícia descrita no enunciado da questão e a pretensão do Ministério
Público em ação civil pública não merece ser acolhida, de modo que a resposta da questão é a alternativa A.
Gabarito: A.
Ano: 2021 Banca: FGV Órgão: PC-RJ Prova: FGV - 2021 - PC-RJ - Inspetor de Polícia Civil
Antônio, delegado de polícia do Estado Gama, titular da Xª DP, ao elaborar a escala de trabalho dos
agentes policiais lotados na Unidade de Polícia Judiciária sempre designava o inspetor de polícia João
para as sextas, sábados e domingos, dias menos concorridos pelos servidores, haja vista que o
inspetor é seu antigo desafeto. Inconformado com a perseguição, e após não obter êxito em pedido
de reconsideração, João apresentou recurso administrativo hierárquico previsto na norma de regência
ao secretário estadual de Polícia Civil, comprovando a retaliação praticada pelo delegado.
No caso em tela, o chefe institucional:
A deve declarar a nulidade do ato do delegado Antônio, por abuso de poder, na modalidade excesso
de poder, pois agiu com o intuito de perseguir seu subordinado;
B deve declarar a nulidade do ato do delegado Antônio, por abuso de poder, na modalidade desvio
de poder, por vício no elemento finalidade do ato administrativo;
C deve declarar a nulidade do ato do delegado Antônio, por abuso de poder, na modalidade excesso
de poder, por vício no elemento motivo do ato administrativo;
D não deve declarar a nulidade do ato do delegado Antônio, que agiu nos limites de seu poder
discricionário, na qualidade de chefe imediato de João;
E não deve declarar a nulidade do ato do delegado Antônio, pois os elementos do ato administrativo
não estão viciados, de maneira que, apesar de imoral, a conduta não é ilegal.
Gabarito: B)
"O abuso de poder tem duas espécies:
a)excesso de poder: é verificado quando o agente atua além dos limites de sua
competência, ou seja, "ou o agente invade atribuições cometidas a outro agente, ou
se arroga o exercício de atividades que a lei não lhe conferiu". Por exemplo, há
excesso de poder quando autoridade administrativa aplica pena de demissão e, por
lei, só poderia aplicar até a de suspensão.
b)desvio de poder ou desvio de finalidade: ocorre quando o administrador age
dentro de sua competência (não extrapola), mas o faz para alcançar fim diferente do
previsto, explícita ou implicitamente, na lei, ou seja, dissocia-se do interesse
público. É o caso do agente que remover servidor, no interesse da administração (de
ofício) para outra localidade para puni-lo e não em razão da adequação da força de
trabalho ou, ainda, quando se decreta a desapropriação de imóvel em razão de
utilidade pública, mas, na verdade, isso é feito para prejudicar o proprietário".
Ano: 2021 Banca: FGV Órgão: Câmara de Aracaju - SE Prova: FGV - 2021 - Câmara de
Aracaju - SE - Assistente Administrativo
O presidente da Câmara Municipal designou Maria, servidora pública estável ocupante do
cargo efetivo de assistente administrativo, para exercer a função de confiança de chefe de
gabinete da presidência, a fim de assessorá-lo.
De acordo com a classificação do ato administrativo quanto ao grau de liberdade do
administrador público, o mencionado ato de designação de Maria é um ato administrativo:
A vinculado, pois todos os seus elementos já estão previamente definidos em lei;
B composto, pois a sua concretização ocorre apenas com a publicação no diário oficial;
C declaratório, pois indica que a servidora terá novas atribuições no exercício da função
pública;
D discricionário, pois o gestor público possui liberdade nos termos da lei para escolha do
servidor que será designado;
E normativo, pois decorre de uma faculdade prevista em lei e vincula a todos os
administrados.
A questão trata de nomeação de servidora pública para o exercício de função de
confiança. Esse ato de nomeação é um ato discricionários.
Atos administrativos discricionários são atos em que o gestor público tem, nos termos
da lei, margem de liberdade para a prática do ato.
Gabarito do professor: D.