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DIREITO ADMINISTRATIVO

TERCEIRO SETOR

 Emenda constitucional nº. 19/98: administração gerencial;


 Redução do Estado (Estado mínimo): concentração nas mãos do Estado
das atividades exclusivas integrantes do seu núcleo estratégico;
 Ampliação da atuação do terceiro setor, criando-se qualificações
especiais a serem atribuídas a pessoas jurídicas de direito privado sem
fins lucrativos que objetivassem atuar em parceria com o Estado, para a
prestação de atividades de interesse social;
 Criação:
o Organização Social (OS): contrato de gestão;
o Organização da Sociedade Civil de Interesse Público
(OSCIP): termo de parceria;
o Organização da Sociedade Civil (OC): Lei 13.019/14.
 As entidades pertencentes ao terceiro setor NÃO integram a
Administração Pública formal.
 Integrantes do Terceiro Setor:
o Serviços Sociais Autônomos;
o Organizações Sociais (OS);
o Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP);
o Organização da Sociedade Civil (OSC);
o Entidades de apoio;
o Instituições comunitárias de educação superior (ICES).

SERVIÇOS SOCIAIS AUTÔNOMOS

Trata-se de pessoa jurídica de direito privado, sem fins lucrativos,


criadas por confederações privadas (representativas das categorias
econômicas), após AUTORIZAÇÃO PREVISTA EM LEI, que recebem recursos
oriundos de contribuição social de natureza tributária e dotações orçamentárias
do Poder Público.

CRFB, art. 240: Ficam ressalvadas do disposto no art. 195 as atuais


contribuições compulsórias dos empregadores sobre a folha de salários,
destinadas às entidades privadas de serviço social e de formação profissional
vinculadas ao sistema sindical

 Aquisição da personalidade jurídica: após registro dos atos


constitutivos no registro civil das pessoas jurídicas;
 Sofrem controle estatal, máxime por parte do TCU;
 Bens de natureza privada;
 Imunes a impostos;
 Os valores remanescentes constituem superávit;
 NÃO:
o Concurso;
o Licitação;
o Regime de precatório;
o Prestam serviços públicos.

ORGANIZAÇÃO SOCIAL (OS) – LEI Nº. 9.637/98

É uma qualificação jurídica conferida pelo poder público a entidade


privada sem fins lucrativos, que presta atividade de interesse público não
exclusiva de Estado. É entidade criada sob forma de associação ou
fundação, que recebe a qualificação posteriormente. Após recebimento da
qualificação, a entidade fica apta a celebrar o contrato de gestão.
Qualificação
Entidades sem fins lucrativos que prestem atividades dirigidas (art. 1º da Lei
nº. 9.637/98):
a. ao ensino,
b. à pesquisa científica,
c. ao desenvolvimento tecnológico,
d. à proteção e preservação do meio ambiente,
e. à cultura; e
f. à saúde,
Obs.: o ato de qualificação é DISCRICIONÁRIO, cuja conveniência e
oportunidade é aprovada ou não pelo Ministro ou titular de órgão supervisor ou
regulador da área de atividade correspondente ao seu objeto social e do
Ministro de Estado da Administração Federal e Reforma do Estado (art. 2º, II,
da Lei nº. 9.637/98).

Contrato de Gestão
Firmado pelo Poder Público com a entidade privada qualificada como OS
(contrato de gestão exógeno). O contrato é firmado com vistas a fomentar e
executar as atividades mencionadas acima.
Obs.: o contrato de gestão configura hipótese de convênio, haja vista
buscar um negócio associativo, e não comutativo, para o tingimento de
objetivos comuns (STF).

Seção III
Do Contrato de Gestão
Art. 5º Para os efeitos desta Lei, entende-se por contrato de gestão o instrumento
firmado entre o Poder Público e a entidade qualificada como organização social, com
vistas à formação de parceria entre as partes para fomento e execução de atividades
relativas às áreas relacionadas no art. 1º.
Art. 6º O contrato de gestão, elaborado de comum acordo entre o órgão ou entidade
supervisora e a organização social, discriminará as atribuições, responsabilidades
e obrigações do Poder Público e da organização social.
Parágrafo único. O contrato de gestão deve ser submetido, após aprovação pelo
Conselho de Administração da entidade, ao Ministro de Estado ou autoridade
supervisora da área correspondente à atividade fomentada.
Art. 7º Na elaboração do contrato de gestão, devem ser observados os princípios da
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade, economicidade e, também, os
seguintes preceitos:
I - especificação do programa de trabalho proposto pela organização social, a
estipulação das metas a serem atingidas e os respectivos prazos de execução,
bem como previsão expressa dos critérios objetivos de avaliação de
desempenho a serem utilizados, mediante indicadores de qualidade e produtividade;
II - a estipulação dos limites e critérios para despesa com remuneração e
vantagens de qualquer natureza a serem percebidas pelos dirigentes e
empregados das organizações sociais, no exercício de suas funções.
Parágrafo único. Os Ministros de Estado ou autoridades supervisoras da área de
atuação da entidade devem definir as demais cláusulas dos contratos de gestão de
que sejam signatários.

No que diz respeito à utilização de recursos e bens públicos, diante de


qualquer irregularidade ou ilegalidade, os responsáveis pela fiscalização da
execução do contrato de gestão devem dar ciência ao TCU, sob pena de
responsabilidade solidária.

Do fomento às atividades sociais


Para o cumprimento do objeto do contrato, o Poder Público poderá destinar
as seguintes vantagens:
a. Recursos orçamentários, de acordo com o cronograma de desembolso
previsto no contrato de gestão;
b. Permissão gratuita de uso de bens públicos, dispensada a licitação,
mediante cláusula expressa no contrato de gestão;
c. Cessão de servidores com ônus para o órgão de origem.
Conforme disposto na lei 8.666/93, a Administração Pública pode contratar
a OS para a prestação de serviços mediante dispensa de licitação.
Art. 24. É dispensável a licitação:
XXIV - para a celebração de contratos de prestação de serviços com as organizações
sociais, qualificadas no âmbito das respectivas esferas de governo, para atividades
contempladas no contrato de gestão. (Incluído pela Lei nº 9.648, de
1998)
Da desqualificação
Seção VI
Da Desqualificação
Art. 16. O Poder Executivo poderá proceder à desqualificação da entidade como
organização social, quando constatado o descumprimento das disposições
contidas no contrato de gestão.
§ 1º A desqualificação será precedida de processo administrativo, assegurado o
direito de ampla defesa, respondendo os dirigentes da organização social, individual e
solidariamente, pelos danos ou prejuízos decorrentes de sua ação ou omissão.
§ 2º A desqualificação importará reversão dos bens permitidos e dos valores
entregues à utilização da organização social, sem prejuízo de outras sanções cabíveis.

Obs.: a desqualificação pode ocorrer também por descumprimento da lei,


em decorrência da autotutela administrativa.
RESUMO TÓPICO

 Previsão: Lei 9.637/98;


 Qualificação jurídica conferida a entidade sem fins lucrativos: fundação e
associação;
 Atividades dirigidas:
o Ao ensino;
o À pesquisa científica;
o Ao desenvolvimento tecnológico;
o À proteção e preservação do meio ambiente;
o À cultura;
o À saúde.
 Celebração de contrato de gestão;
 Poderá receber do Poder Público:
o Recursos orçamentários, conforme cronograma de desembolso
previsto no Contrato de Gestão;
o Permissão para uso de bens públicos, dispensada a licitação;
o Cessão de servidores públicos.
 Desqualificação:
o Constatação de descumprimento do contrato de gestão;
o Precedida de PAD;
ORGANIZAÇÃO DA SOCIEDADE CIVIL PARA O INTERESSE PÚBLICO
(OSCIP) – LEI Nº. 9.790/99

Trata-se de qualificação conferida a pessoas jurídicas de direito privado


sem fins lucrativos que tenham sido constituídas e se encontrem em
funcionamento regular há, no mínimo, 3 (três) anos (art. 1º), bem como que
atuem em uma das atividades não exclusivas de Estado previstas no art. 3º da
mesma lei, que celebram parceria com o Poder Público com vistas a receber
fomento, submetendo-se à fiscalização através de um Termo de Parceria.
Obs.: pessoas jurídicas sem fins lucrativos, para fins de aplicação da lei
mencionada, consideram-se as pessoa jurídica de direito privado que não
distribui, entre os seus sócios ou associados, conselheiros, diretores,
empregados ou doadores, eventuais excedentes operacionais, brutos ou
líquidos, dividendos, bonificações, participações ou parcelas do seu patrimônio,
auferidos mediante o exercício de suas atividades, e que os aplica
integralmente na consecução do respectivo objeto social (§1º, art. 1º).
Para que uma PJ seja qualificada como OSCIP, seus objetivos sociais
devem possuir pelo menos uma das finalidades previstas no art. 3º, quais
sejam:
I - promoção da assistência social;
II - promoção da cultura, defesa e conservação do patrimônio histórico e artístico;
III - promoção gratuita da educação, observando-se a forma complementar de
participação das organizações de que trata esta Lei;
IV - promoção gratuita da saúde, observando-se a forma complementar de
participação das organizações de que trata esta Lei;
V - promoção da segurança alimentar e nutricional;
VI - defesa, preservação e conservação do meio ambiente e promoção do
desenvolvimento sustentável;
VII - promoção do voluntariado;
VIII - promoção do desenvolvimento econômico e social e combate à pobreza;
IX - experimentação, não lucrativa, de novos modelos sócio-produtivos e de
sistemas alternativos de produção, comércio, emprego e crédito;
X - promoção de direitos estabelecidos, construção de novos direitos e assessoria
jurídica gratuita de interesse suplementar;
XI - promoção da ética, da paz, da cidadania, dos direitos humanos, da democracia
e de outros valores universais;
XII - estudos e pesquisas, desenvolvimento de tecnologias alternativas, produção e
divulgação de informações e conhecimentos técnicos e científicos que digam respeito
às atividades mencionadas neste artigo.
XIII - estudos e pesquisas para o desenvolvimento, a disponibilização e a
implementação de tecnologias voltadas à mobilidade de pessoas, por qualquer meio
de transporte.

Não são passíveis de qualificação como OSCIP:


I - as sociedades comerciais;
II - os sindicatos, as associações de classe ou de representação de categoria
profissional;
III - as instituições religiosas ou voltadas para a disseminação de credos,
cultos, práticas e visões devocionais e confessionais;
IV - as organizações partidárias e assemelhadas, inclusive suas fundações;
V - as entidades de benefício mútuo destinadas a proporcionar bens ou
serviços a um círculo restrito de associados ou sócios;
VI - as entidades e empresas que comercializam planos de saúde e
assemelhados;
VII - as instituições hospitalares privadas não gratuitas e suas mantenedoras;
VIII - as escolas privadas dedicadas ao ensino formal não gratuito e suas
mantenedoras;
IX - as organizações sociais;
X - as cooperativas;
XI - as fundações públicas;
XII - as fundações, sociedades civis ou associações de direito privado criadas por
órgão público ou por fundações públicas;
XIII - as organizações creditícias que tenham quaisquer tipo de vinculação com o
sistema financeiro nacional a que se refere o art. 192 da Constituição Federal.

Obs.: As OS não podem ser qualificadas como OSCIP, todavia não há


vedação no contrário.
Qualificação
A qualificação é ATO VINCULADO. Uma vez preenchido os requisitos, o
Poder Público deve conferir, salvo não preenchimento dos requisitos ou
entrega da documentação incompleta, conforme esquema a seguir:
Termo de parceria
Consiste no instrumento de formalização do vínculo entre a OSCIP e o
Poder Público, permitindo assim o recebimento do fomento do Estado para a
execução da atividade social, ou, conforme texto legal, no instrumento passível
de ser firmado entre o Poder Público e as entidades qualificadas como
Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público destinado à formação
de vínculo de cooperação entre as partes, para o fomento e a execução das
atividades de interesse público.
A celebração do Termo de Parceria deve ser precedido de consulta aos
Conselhos de Políticas Públicas das áreas correspondentes de atuação
existentes, nos respectivos níveis de governo; tendo como cláusulas
essenciais:
I - a do objeto, que conterá a especificação do programa de
trabalho proposto pela Organização da Sociedade Civil de
Interesse Público;
II - a de estipulação das metas e dos resultados a serem
atingidos e os respectivos prazos de execução ou
cronograma;
III - a de previsão expressa dos critérios objetivos de
avaliação de desempenho a serem utilizados, mediante
indicadores de resultado;
IV - a de previsão de receitas e despesas a serem realizadas
em seu cumprimento, estipulando item por item as categorias
contábeis usadas pela organização e o detalhamento das
remunerações e benefícios de pessoal a serem pagos, com
recursos oriundos ou vinculados ao Termo de Parceria, a seus
diretores, empregados e consultores;
V - a que estabelece as obrigações da Sociedade Civil de
Interesse Público, entre as quais a de apresentar ao Poder
Público, ao término de cada exercício, relatório sobre a
execução do objeto do Termo de Parceria, contendo
comparativo específico das metas propostas com os resultados
alcançados, acompanhado de prestação de contas dos gastos e
receitas efetivamente realizados, independente das previsões
mencionadas no inciso IV;

DEFERIMENTO: prazo de
15 dias para a emissão do
certificado de qualificação;
PJ interessada formula INDEFERIMENTO: prazo
requerimento ao de 15 dias para publicar
Ministério da Justiça. em Diário Oficial.

O Ministério deverá
decidir no prazo de 30
dias, a contar do
recebimento.
VI - a de publicação, na imprensa oficial do Município, do Estado
ou da União, conforme o alcance das atividades celebradas
entre o órgão parceiro e a Organização da Sociedade Civil de
Interesse Público, de extrato do Termo de Parceria e de
demonstrativo da sua execução física e financeira, conforme
modelo simplificado estabelecido no regulamento desta Lei,
contendo os dados principais da documentação obrigatória do
inciso V, sob pena de não liberação dos recursos previstos no
Termo de Parceria.

No que diz respeito à fiscalização, é necessário que os responsáveis deem


ciência de quaisquer eventuais irregularidades ao TC e ao MP, sob pena de
responsabilidade solidária.
Perda da qualificação
Art. 7º Perde-se a qualificação de Organização da Sociedade Civil de
Interesse Público, a pedido ou mediante decisão proferida em processo
administrativo ou judicial, de iniciativa popular ou do Ministério Público,
no qual serão assegurados, ampla defesa e o devido contraditório.
Art. 8º Vedado o anonimato, e desde que amparado por fundadas
evidências de erro ou fraude, qualquer cidadão, respeitadas as prerrogativas
do Ministério Público, é parte legítima para requerer, judicial ou
administrativamente, a perda da qualificação instituída por esta Lei.
Obs.: a perda da qualificação pode ocorrer quando a OSCIP deixar de
preencher os requisitos legais.
QUADRO COMPARATIVO
ORGANIZAÇÃO DA SOCIEDADE CIVIL (OSC) - LEI 13.019/14

A lei mencionada define o que é uma OSC, a saber (art. 2º, inciso I):
a) entidade privada sem fins lucrativos que não distribua
entre os seus sócios ou associados, conselheiros,
diretores, empregados, doadores ou terceiros eventuais
resultados, sobras, excedentes operacionais, brutos ou
líquidos, dividendos, isenções de qualquer natureza,
participações ou parcelas do seu patrimônio, auferidos
mediante o exercício de suas atividades, e que os aplique
integralmente na consecução do respectivo objeto social,
de forma imediata ou por meio da constituição de fundo
patrimonial ou fundo de reserva;
b) as sociedades cooperativas previstas na Lei nº 9.867,
de 10 de novembro de 1999 ; as integradas por pessoas
em situação de risco ou vulnerabilidade pessoal ou
social; as alcançadas por programas e ações de
combate à pobreza e de geração de trabalho e renda;
as voltadas para fomento, educação e capacitação de
trabalhadores rurais ou capacitação de agentes de
assistência técnica e extensão rural; e as capacitadas
para execução de atividades ou de projetos de
interesse público e de cunho social;
c) as organizações religiosas que se dediquem a
atividades ou a projetos de interesse público e de
cunho social distintas das destinadas a fins
exclusivamente religiosos.
Obs.: as organizações religiosas se enquadram no conceito de OCS.
A qualificação é conferida pela própria lei, prescindindo de um ato formal
por parte do Poder Público.
Atenção deve ser dada ao disposto no artigo 3º da lei em estudo:

Não se aplicam as exigências desta Lei:

I - às transferências de recursos homologadas pelo Congresso Nacional ou


autorizadas pelo Senado Federal naquilo em que as disposições específicas dos
tratados, acordos e convenções internacionais conflitarem com esta Lei; (Redação
dada pela Lei nº 13.204, de 2015)

III - aos contratos de gestão celebrados com organizações sociais, desde que
cumpridos os requisitos previstos na Lei nº 9.637, de 15 de maio de 1998 ;  (Redação
dada pela Lei nº 13.204, de 2015)

IV - aos convênios e contratos celebrados com entidades filantrópicas e sem fins


lucrativos nos termos do § 1º do art. 199 da Constituição Federal ; (Incluído pela Lei nº
13.204, de 2015)

V - aos termos de compromisso cultural referidos no § 1º do art. 9º da Lei nº


13.018, de 22 de julho de 2014 ; (Incluído pela Lei nº 13.204, de 2015)

VI - aos termos de parceria celebrados com organizações da sociedade civil de


interesse público, desde que cumpridos os requisitos previstos na Lei nº 9.790, de 23
de março de 1999 ; (Incluído pela Lei nº 13.204, de 2015)

VII - às transferências referidas no art. 2º da Lei nº 10.845, de 5 de março de


2004, e nos arts. 5º e 22 da Lei nº 11.947, de 16 de junho de 2009 ; (Incluído pela Lei
nº 13.204, de 2015)

IX - aos pagamentos realizados a título de anuidades, contribuições ou taxas


associativas em favor de organismos internacionais ou entidades que sejam
obrigatoriamente constituídas por: (Incluído pela Lei nº 13.204, de 2015)

a) membros de Poder ou do Ministério Público; (Incluída pela Lei nº 13.204, de


2015)

b) dirigentes de órgão ou de entidade da administração pública; (Incluída pela Lei


nº 13.204, de 2015)
c) pessoas jurídicas de direito público interno; (Incluída pela Lei nº 13.204, de
2015)

d) pessoas jurídicas integrantes da administração pública; (Incluída pela Lei nº


13.204, de 2015)

X - às parcerias entre a administração pública e os serviços sociais


autônomos. (Incluído pela Lei nº 13.204, de 2015)

Instrumentos de parceria
a. Termo de colaboração: envolve transferência de recursos financeiros
para consecução de finalidades de interesse público e recíproco, cujos
planos de trabalho foram propostos pela Administração Pública, após o
chamamento público;
b. Termo de fomento: envolve transferência de recursos financeiros para
consecução de finalidades de interesse público e recíproco, cujos planos
de trabalho foram propostos pela OSC, após o chamamento público;
c. Acordo de cooperação: NÃO envolve transferência de recursos
financeiros.
Procedimento de manifestação de interesse social (PMIS)
Instrumento através do qual se pode apresentar propostas ao Poder
Público, para que este analise a possibilidade de realização de um
chamamento público, com o fim celebra a parceria.
Obs.: A instauração do PMIS é ato discricionário.
Vale salientar que o PMIS não é imprescindível à realização de
chamamento público.
Chamamento Público
Trata-se de procedimento seletivo simplificado, com o fim de selecionar a
OSC para a celebração do termo de colaboração ou termo de fomento. Em se
tratando de Acordo de cooperação, não há necessidade de chamamento
público, salvo se envolver celebração de comodato, doação de bens ou outras
formas de compartilhamento de recursos patrimoniais.
A Lei 13.019/14 prever o caráter competitivo do chamamento público, não
admitindo cláusula que restrinja tal natureza. As exceções estão previstas nos
incisos I e II, do §2º, do art. 24 da referida lei.
Procedimento do chamamento público
a. Publicação do edital: antecedência mínima de 30 dias;
b. Classificação das propostas: as fases de habilitação e julgamento das
propostas são invertidas em relação à Lei 8.666/93, uma vez que a
verificação da habilitação é feita apenas com relação ao vencedor, isso
posto:
Obs.: o grau de adequação da proposta aos objetivos específicos do
programa ou da ação em que se insere o objeto da parceria e ao valor
de referência constante no chamamento é critério obrigatório de
julgamento. Todavia, desde que justificada, é possível a seleção de
proposta que não seja a mais adequada ao valor de referência.
c. Homologação do resultado: será divulgada pela administração em
sítio oficial da internet, sem gerar direito adquirido para a OSC
vencedora, haja vista que a celebração da parceria é discricionária.
d. Habilitação e celebração da parceria: consiste na verificação dos
requisitos previstos nos art. 33 e 34. A OSC vencedora passará pelo
processo de verificação sem, contudo, ser gerado direito adquirido.
Em relação ao tempo de constituição, a lei estabelece prazos diferentes

Verificação da
habilitação em
Apresentação da relação ao
proposta vencedor

julgamento das
propostas e
homologação do
resultado

conforme seja o ente federado com quem celebrará a parceria. Isso


posto, tem-se:
Municípios: 1 ano;
Estados e DF: 2 anos;
União: 3 anos.
PROCEDIMENTO PARA A CELEBRAÇÃO DA PARCERIA
Publicação de
edital no site do Homologação do
órgão com resultado
antecedência Obs.: não gera
mínima de 30 dias. direito adquitido.

Classificaçao das Habilitação


propostas, tendo (verificação dos
como critério o requisitos previstos
grau de adequação nos art. 33 e 34) e
aos objetivos e celebração da
valor de referência. parceria (ato
discricionário).

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