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DIREITO ADMINISTRATIVO

Prof: Matheus Carvalho


ENTIDADE DO TERCEIRO SETOR
Não integram a estrutura administrativa como entes da Administração Direta ou Indireta,
mas, atuam ao lado do Estado na prestação de serviços públicos não exclusivos, mas de
cunho social.
Recebem incentivos do Poder Público, mediante a dotação orçamentária, cessão de bens
públicos entre outros benefícios.
Sujeitam-se à regulação financeira efetivada pelo Tribunal de Contas, além de se
submeterem aos princípios básicos que norteiam a atuação administrativa.
São quatro as espécies de entes do terceiro setor tratados no direito brasileiro, a saber:
entidades do serviço social autônomo, organizações sociais (OS), organizações da sociedade
civil de interesse público (OSCIP) e entidades de apoio.
SERVIÇO SOCIAL AUTÔNOMO

Executam atividades particulares de cunho social, sem fins lucrativos. Realizam atividade de
fomento, auxílio e capacitação de determinadas categorias profissionais.
Estas entidades são particulares criadas por autorização legal para execução de atividades
de interesse do Estado, admitindo-se que sejam constituídas sob a forma de associação ou
fundação, ou, ainda, por meio de estruturas não previstas no direito civil e reguladas pela
lei específica da entidade.
Gozam de parafiscalidade, que é a transferência do poder de cobrar tributos, chamada
CAPACIDADE tributária, mas não de competência tributária.
ATENÇÃO!

Por se tratar de entidades filantrópicas, sem finalidade de obtenção de lucro, podem vir a
se enquadrar na imunidade definida no art. 150, VI, “c” da Carta Magna, mas não na “a” do
mesmo dispositivo.
ENTIDADES DE APOIO

Estas pessoas jurídicas executam atividades não exclusivas de estado, direcionadas à saúde,
educação e pesquisa científica juntamente com órgãos ou entidades públicas que atuam
nestes serviços.

São constituídas sob a forma de fundações privadas, associações e cooperativas, sempre


sem finalidade lucrativa. As ações propostas em face destas entidades devem tramitar na
justiça estadual.
ATENÇÃO!

O vínculo com o Poder Público decorre da assinatura de convênio.

São criadas mediante lei ou mantidas pela União, razão pela qual se submetem a regime
privado, não sujeitando seus contratos à realização de procedimento licitatório ou a
contratação de seus empregados à aprovação em concurso público.
ORGANIZAÇÕES SOCIAIS (OS)

São particulares, sem fins lucrativos, criados pela lei 9.637/98, para prestação de serviços
públicos não exclusivos de estado, tais como ensino, pesquisa científica, desenvolvimento
tecnológico, proteção e preservação do meio ambiente, entre outros definidos na própria
lei.
O vínculo com o Poder Público é efetivado mediante a celebração do contrato de gestão,
que não é instrumento de delegação, não se confundindo com os contratos de concessão
ou permissão de serviços públicos.
Só ocorre o contrato de gestão após a aprovação do Ministro ou titular de órgão supervisor
ou regulador da área de atividade correspondente ao seu objeto social e do Ministro de
Estado da Administração Federal e Reforma do Estado.
ORGANIZAÇÃO DA SOCIEDADE CIVIL DE INTERESSE PÚBLICO (OSCIP)

Particulares sem finalidade lucrativa, criadas para prestação de serviços públicos não
exclusivos. O vínculo com o poder público se dá através de um termo de parceria.

A celebração do Termo de Parceria será precedida de consulta aos Conselhos de Políticas


Públicas das áreas correspondentes de atuação existentes, nos respectivos níveis de
governo.
ORGANIZAÇÕES DA SOCIEDADE CIVIL (osc)

A Lei 13.019/14, publicada em 1º de agosto de 2014, regulamenta duas novas espécies de


parcerias que podem ser firmadas entre o poder público e entidades privadas sem fins
lucrativos, quais sejam, o termo de colaboração e o termo de fomento. Tais entidades
foram denominadas de organizações da sociedade civil, devendo ser, necessariamente,
uma pessoa jurídica de direito privado sem fins lucrativos.
No início de cada ano civil, a administração pública deve publicar, nos meios oficiais de
divulgação, os valores aprovados na lei orçamentária anual vigente para execução de
programas e ações do plano plurianual em vigor, que poderão ser executados por meio de
parcerias previstas na Lei 13.019/14.
A Administração pública deverá manter, em seu site oficial, a relação das parcerias celebradas,
em ordem alfabética pelo prazo não inferior a 5 (cinco) anos, contado da apreciação da prestação
de contas final da parceria, sendo exigido também à organização da sociedade civil que conste
em seu site as parcerias firmadas com o ente estatal.

Termo de colaboração: deve ser adotado pela administração pública em caso de transferências
voluntárias de recursos para consecução de planos de trabalho propostos pela administração
pública, em regime de mútua cooperação com organizações da sociedade civil.

Termo de fomento: celebrado para consecução de planos de trabalho propostos pelas


organizações da sociedade civil.

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