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RESUMO
ABSTRACT
1
Estudante de Direito da Universidade Estadual de Maringá (UEM)
2
Professora Adjunta do Departamento de Direito Privado Processual da Universidade Estadual
de Maringá (UEM)
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1. INTRODUÇÃO
2. NATUREZA JURÍDICA
2.1 DEFINIÇÃO
Assim sendo, para Lins (2015), o terceiro setor é composto por entidades
não estatais e sem fins lucrativos, voltadas ao oferecimento de atividades de
interesse coletivo à população em geral. As entidades qualificadas como
Organizações Sociais e OSCIPs, pelas suas características, integram o terceiro
setor.
Estas instituições, que constituem o terceiro setor, devido ao fato de
exercerem atividades que, embora privadas, são do interesse do Estado, podem
receber determinadas colaborações no seu funcionamento. Segundo Di Pietro
(2014), essas entidades são incluídas entre as entidades chamadas
paraestatais, abrangendo tanto as pessoas privadas que colaboram com o
Estado desempenhando atividade não lucrativa como as entidades que recebem
especial proteção do Poder Público.
Para Medauar (2004), cada uma dessas entidades possui personalidade
jurídica própria, que não se confunde com a personalidade jurídica da entidade
maior com que se vinculam (União ou Estado-membro Município) e, devido a
essa personalidade jurídica, são sujeitos de direitos e deveres por sua própria
existência, podendo realizar atividades e atos jurídicos em seu próprio nome.
Pereira (2011) elenca requisitos básicos para a qualificação de uma
entidade paraestatal, afirmando que, para definir e identificar quais são as
organizações ou entidades sem fins lucrativos que integram o Terceiro Setor,
são utilizadas metodologias baseadas em critérios e classificações
internacionais, ocorrendo inclusive para que seja possível a comparação dos
dados em perspectiva nacional e internacional. Prossegue, então, afirmando que
especificamente em relação a definição e identificação das organizações, é
utilizado a metodologia baseada no “Manual sobre as Instituições sem Fins
Lucrativos no Sistema de Contas Nacionais” recomendado pela ONU e, segundo
essa metodologia, para ser caracterizada como sem fins lucrativos e integrar,
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2.2 CONSTITUIÇÃO/HISTÓRICO
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3.2 ASSOCIAÇÕES
seu favor e pagas pelos empresários e todos os que exercem atividade industrial
ou comercial, sendo tais contribuições sociais (art. 149, CF) instituídas pelo
Estado e destinadas ao fomento dessas entidades paralelas do Estado.
Por fim, de maneira sucinta, associação é uma organização resultante da
reunião legal entre duas ou até mais pessoas, com ou sem personalidade
jurídica, sem fins lucrativos para a realização de um objetivo comum.
3.3 FUNDAÇÕES
Art. 62. Para criar uma fundação, o seu instituidor fará, por escritura
pública ou testamento, dotação especial de bens livres, especificando
o fim a que se destina, e declarando, se quiser, a maneira de
administrá-la (BRASIL, 2002).
[...] as fundações são entidades criadas com bens livres que são
afetados, por ato de vontade de seu titular, através de escritura pública
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Tais diretrizes são delineadas pelo art. 6º. Os três pontos citados
(fomento, colaboração e cooperação), dentro dos limites desta Lei,
estão relacionados aos 3 instrumentos jurídicos aqui instituídos para a
formalização das parcerias (termos de colação, termos de fomento e
acordos de cooperação) e não abarcam questões conceituais que
diferenciem o que seria fomento, colaboração e cooperação em sentido
lato.
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Ainda sobre o tema, a “Seção V”, do texto legal, trata dos casos em que
devem ser adotados os Termos de Colaboração e Fomento, sendo que a
Comissão Especial de Direito do Terceiro Setor da OAB/SP (p. 36), tece
distinção a respeito dos casos em que a administração Pública adota o Termo
de Colaboração e que adota o Termo de Fomento:
procedimentos (art. 63, §1º), sendo que, a prestação de contas apresentada pela
OSC deverá conter elementos que permitam ao gestor da parceria avaliar o
andamento ou concluir que o seu objeto foi executado conforme pactuado, com
a descrição pormenorizada das atividades realizadas e a comprovação do
alcance das metas e dos resultados esperados, até o período de que trata a
prestação de contas (art. 64, caput). Inobstante, a prestação de contas e todos
os atos que dela decorram deverá ser, sempre que possível, publicada em
plataforma eletrônica, para que qualquer um possa visualizar (art. 65, caput).
Sobre o conceito da prestação de contas, esclarece a Oab/sp (2017,
p.97):
Quanto aos prazos, a Seção II, do mesmo capítulo, determina que a OSC
deverá prestar contas da boa e regular aplicação dos recursos recebidos no
prazo de até noventa dias a partir do término da vigência da parceria ou no final
de cada exercício, se a duração da parceria exceder um ano (art. 69). Sendo que
o prazo final poderá variar de acordo com a complexidade do objeto da parceria
(art. 69, §1º).
Uma vez constatada qualquer irregularidade ou omissão da prestação de
contas, será dado prazo para que seja sanado ou que seja cumprida a obrigação
(art. 70), devendo o prazo ser limitado até 45 (quarenta e cinco) dias por
notificação e prorrogável, no máximo, pelo mesmo prazo (art. 70, §1º).
As Organizações da Sociedade Civil poderão ainda sofrer sanções
administrativas (Seção I), que são preceituadas em art. 73:
prazo não superior a dois anos; (Redação dada pela Lei nº 13.204, de
2015)
III - declaração de inidoneidade para participar de chamamento público
ou celebrar parceria ou contrato com órgãos e entidades de todas as
esferas de governo, enquanto perdurarem os motivos determinantes
da punição ou até que seja promovida a reabilitação perante a própria
autoridade que aplicou a penalidade, que será concedida sempre que
a organização da sociedade civil ressarcir a administração pública
pelos prejuízos resultantes e após decorrido o prazo da sanção
aplicada com base no inciso II. (Redação dada pela Lei nº 13.204, de
2015)
5. CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
CUNHA JUNIOR, Dirley da. Curso de Direito Administrativo.16. ed. rev. ampl.
e atual. – Salvador: JusPODIVM, 2018.
GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito civil brasileiro. Parte Geral. 8. ed. São
Paulo: Saraiva, 2010. V. 1.
MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Curso de Direito Administrativo. 26. ed.
São Paulo: Malheiros, 2009. 1003 p.
PIETRO, Maria Sylvia Zanella di. Direito Administrativo. 27. ed. São Paulo:
Atlas, 2014. 1000 p.