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Contabilidade do

Terceiro Setor
Destaques Jurídicos e Terceiro Setor

Responsável pelo Conteúdo:


Prof. Me. Rodrigo de Souza Marin

Revisão Textual:
Mateus Gonçalves Santos
Destaques Jurídicos e Terceiro Setor

• Introdução;
• Natureza Jurídica do Terceiro Setor;
• Certificações Necessárias;
• Estrutura de Funcionamento.


OBJETIVO

DE APRENDIZADO
• Destacar o conceito jurídico do terceiro setor, quais as entidades que fazem parte deste
­importante processo e como se dá o processo para o seu funcionamento e regulamento.
UNIDADE Destaques Jurídicos e Terceiro Setor

Contextualização
O mundo mudou demais nos últimos tempos, cada vez mais as pessoas se preo-
cupam com o próximo, buscam ajudar onde o Estado falha e é comum que entidades
sejam operacionalizadas para ajudar a população nesta empreitada. Cada nova entidade
criada é uma busca de uma melhora para a sociedade civil como um todo.

“Buscar o bem não importa quem” parece uma frase extremamente clichê nos dias
atuais, mas não é. A busca contínua pela melhora da sociedade é algo que é muito carac-
terizado pela questão da caridade que, dentro da nossa sociedade, está em alta, graças
ao grande investimento realizado por empresas do segundo setor dentro de entidades
do terceiro setor.

Aqui vamos tratar de como essas entidades são criadas, a questão jurídica, detalhar
um pouco a lei e demonstrar como essas entidades são cobradas na parte das demons-
trações contábeis.

Vamos buscar uma melhora contínua para nossa sociedade, abra a mente e vamos
aprender ainda mais sobre as entidades do terceiro setor, que é tão importante e com
um crescimento tão grande nos dias atuais.

Vamos lá!

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Introdução
Toda pessoa jurídica, seja uma empresa, uma fundação, um partido político, uma ins-
tituição, uma organização sem fins lucrativos, deve responder pelos seus atos. A melhor
maneira de fazer entidades jurídicas responderem pelos seus atos é que elas tenham uma
correta forma jurídica dentro da nossa legislação.

A legislação brasileira cobra muito bem a questão das entidades sem fins lucrativos.
É comum dentro de nosso ordenamento jurídico a criação de entidades deste tipo, há
muito tempo isso acontece e, por isso, a legislação foi se aprimorando.

Isso se torna até repetitivo, mas, durante todo nosso estudo, é importante destacar
a questão da transparência e da responsabilidade que essas empresas/entidades devem
ter dentro da nossa lei.

Existem tipos específicos para criação das entidades sem fins lucrativos, diversas leis
foram criadas sobre o tema, cada uma delas com a sua importante contribuição para o
ordenamento jurídico deste tema tão importante para nossa sociedade.

O mundo cresceu e se desenvolveu, países enriqueceram, pessoas enriqueceram,


políticos estão cada vez mais enriquecendo, mas e a sociedade? A sociedade tem pas-
sado por diversos problemas, tem aumentado severamente o consumo, e as diferenças
sociais têm aparecido com muito mais frequência. É impossível tratarmos todas essas
diferenças, sobretudo quando se refere ao Estado.

O estado não tem capacidade para atender a todos os contribuintes, a todos os cida-
dãos e, como consequência disso, muitas vezes, uma grande camada da população fica
desguarnecida, desprotegida, é nesse ponto que entram as entidades sem fins lucrativos.
Por esse motivo, por muitas vezes elas fazerem um papel de entidade pública, mesmo
sendo uma entidade privada sem fins lucrativos, é que existem tantas regras a serem
cumpridas por elas.

Nesta unidade, vamos entender um pouco mais sobre a questão jurídica da abertura,
da criação das entidades sem fins lucrativos, vamos também entender um pouco mais
sobre por que é tão complexa a contabilidade desse tipo de entidade. O contador deste
tipo jurídico deve a todo tempo buscar a melhoria do seu conhecimento e o aprimora-
mento constante.

Vamos buscar o conhecimento e aprender cada vez mais sobre o tema do terceiro se-
tor, além de desvendar como o contador é importante dentro deste processo de criação
e manutenção desse tipo jurídico.

Natureza Jurídica do Terceiro Setor


O terceiro setor em seu contexto jurídico é uma pessoa jurídica com previsão legal
dentro do nosso ordenamento jurídico e com muitos detalhes específicos que devem ser
respeitados dentro deste ordenamento. Não podemos achar que, por ser uma entidade
sem fins lucrativos, ela pode ser uma bagunça, de forma alguma, ela tem regras, que

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UNIDADE Destaques Jurídicos e Terceiro Setor

devem ser muito claras no que tange à questão, principalmente de transparência e de


prestação de contas para a sociedade e investidores.

É muito importante se verificar a questão do tipo jurídico da empresa. As empresas


em sua maioria têm os seus acionistas, os seus sócios e os seus investidores, e foram
criadas buscando o lucro; diferentemente das entidades sem fins lucrativos, essas entida-
des foram criadas visando o auxílio à sociedade em geral.

Quando as pessoas jurídicas recebem o título de organização social, elas automa-


ticamente devem prestar uma utilidade pública à sociedade. É importante determinar
que essas entidades precisam sempre se preocupar com a questão de transparência e
prestação de contas, juridicamente elas têm essa obrigação para com o seus investidores
e com a sociedade.

Devemos entender que as empresas do terceiro setor são instituições sem fins lucra-
tivos, que têm autonomia, uma administração própria e dependem enormemente da
questão do voluntariado, o qual é importante para que as empresas do terceiro setor
consigam se manter ativas dentro do sistema que busca o auxílio social. Como são em-
presas que estão dependendo muito de dinheiro de terceiros, muitas vezes a questão de
pagamentos acaba ficando comprometida.

A natureza jurídica das empresas no terceiro setor é determinada por algumas leis,
uma delas é a lei número 9637 de 15 de maio de 1998, que trata das organizações so-
ciais (OS). Na sequência, temos alguns artigos dessa lei, cujo conhecimento e leitura são
extremamente importantes. No artigo a seguir, vamos detalhar todos os requisitos para
que as entidades se tornem organização social.

É importante destacar que dentro do artigo dois existem diversas obrigações que são
importantes que pesquisemos para o conhecimento correto sobre a questão da natureza
jurídica das entidades sem fins lucrativos e também sobre os seus requisitos.

Art. 1°. O Poder Executivo poderá qualificar como organizações sociais


pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, cujas atividades
sejam dirigidas ao ensino, à pesquisa científica, ao desenvolvimento tec-
nológico, à proteção e preservação do meio ambiente, à cultura e à saú-
de, atendidos aos requisitos previstos nesta Lei.

Art. 2°. São requisitos específicos para que as entidades privadas re-
feridas no artigo anterior habilitem-se à qualificação como organização
social. (BRASIL, 1998 – Versão Online)

Quando tratamos de organização social (OS), o que é disciplinada pela Lei 9.637 de
1998, as pessoas jurídicas poderão ser classificadas como:
• Pessoa jurídicas da área de ensino;
• Pessoa jurídicas na área de desenvolvimento tecnológico;
• Pessoa jurídicas da área do meio ambiente;
• Pessoa jurídicas da área de cultura;
• Pessoa jurídicas da área da saúde;
• Pessoa jurídicas da área de pesquisa e desenvolvimento, entre outras.

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As OSs poderão ainda absorver atividades que não são exclusividade do estado,
poderão receber recurso orçamentário do estado e ainda gerir órgãos, prédios, pro-
priedade estatal; e para receber financiamento público, as OSs deverão ter uma gestão
próximo ao poder público.

Além das OSs, temos ainda as organizações da sociedade civil de interesse público
(OSCIP), as quais têm como característica a questão da parceria entre público e privado;
são criadas basicamente para que atuem em locais onde o Estado está falhando e, por
meio de parcerias, acabam auxiliando o Estado em seu processo.

As organizações da sociedade civil de interesse público permitem que os seus direto-


res sejam remunerados, é claro que isto deve ser previsto no seu regulamento dentro do
seu estatuto, isso foi uma das inovações trazidas por essa lei de 1999.

As OSCIPs foram uma importante conquista para as entidades sem fins lucrativos,
eles têm diversos benefícios atrelados a elas, tais como:
• Dedução de imposto de renda para as doações;
• Regulamento para que participem de microfinanceiras;
• Possibilidade de receber bens que tenham vindo do crime organizado de apreen-
sões da Receita Federal;
• Isenção para as entidades que remuneram os seus dirigentes;
• Acesso a recursos públicos para financiamento por intermédio de parcerias.

É claro que além de benefícios vieram instituídas algumas obrigações, decorrentes da


publicação da Lei 9.790/1999, tais como:
• Relatórios contábeis e demonstrações de atividades devem ser publicadas;
• Apresentação anual do relatório contábil e de atividades para o Ministério Público
demonstrando transparência;
• Prestação de contas ao parceiro que realiza o investimento.

As entidades do terceiro setor são basicamente amparadas por lei. Temos a Lei 9.637
de 1988, a Lei 9.790 de 1999; além dessas leis, outras diversas questões jurídicas devem
ser empregadas dentro do terceiro setor, podemos citar o Código Civil, a Constituição
Federal de 1988, além de diversos outros relatórios e súmulas do poder jurídico.

Quem cuida de empresas do terceiro setor deve estar sempre ligado em novas legis-
lações, em novas resoluções e tudo o mais o que for relacionado a elas; devemos a todo
tempo nos preocupar em nos atualizar e buscar novos conhecimentos, é importante
sabermos que, apesar de se tratar de entidades sem fins lucrativos, a legislação é muito
rigorosa para empresa do terceiro setor, e, por esse motivo, devemos sempre nos pre-
ocupar em ser transparentes e prestar contas aos parceiros, à sociedade e ao Estado
quando assim for necessário.

Abrir uma ONG, OSCIP ou Instituto?


Em determinadas situações, pessoas me falaram que pretendiam abrir uma ONG, uma
OSCIP, uma OS, ou, até mesmo, um Instituto. Agora, mais recentemente, falam em criar

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uma OSC. Prontamente respondi que a intenção delas era instituir uma entidade privada
sem fins lucrativos, cuja natureza jurídica seria uma associação ou uma fundação.
Quando o objetivo é a união de pessoas, com uma finalidade comum que perseguem a
defesa de determinados interesses, sem ter o lucro como objetivo, deve ser constituída
uma associação.
Leia a matéria na íntergra em: https://bit.ly/2UQy0So

Certificações Necessárias
Dentro do contexto histórico das instituições do terceiro setor, é importante destacar
os que para que elas comecem a operar, é necessário que elas possuem algumas certifi-
cações. Essas certificações não são necessariamente certificações que são obtidas junto
a órgãos públicos, esse tipo de certificação é o formato que as empresas operam.

Os dois principais tipos de entidades que são considerados como certificações são as
OSs e as OSCIPs; além das duas já citadas, podemos também trazer ao conhecimento
de vocês, alunos, as seguintes certificações:
• Organização de utilidade pública;
• Certificado de entidade beneficente de assistência social.

Todos esses tipos de entidades do terceiro setor são amparados por leis específicas
que nos trazem todas as questões de regulamentos, de ordenamento jurídico e de como
devemos tratar e trabalhar em cada uma das questões dessas certificações. É importante
destacarmos que as certificações têm as suas próprias regras e regulamentos e não po-
dem ser pensadas sem um bom instrumento de registro.

Abaixo, temos uma tabela elaborada por Alves (2018) que destaca com grande efici-
ência as características de cada tipo de entidade.

Tabela 1
OSs OSCIPs
Criadas pela Lei nº. 9.637/98. Criadas pela Lei nº. 9.790/99
Não têm fins lucrativos, são de direito privado, Não têm fins lucrativos, são de direito privado,
com objetivos similares. com objetivos similares.
Podem se beneficiar de recursos públicos. Podem se beneficiar de recursos públicos.
Não significam uma nova forma ou um novo São organizações do terceito setor que, por in-
tipo de organização do terceiro setor, mas um termédio da lei, relacionam-se com o Estado por
título conferiado por um ato formal de reconhe- meio de termo de parceria, ou seja, são organi-
cimento do Poder Público. zações parceiras do Estado.
O Contrato de Gestão é o que regulamenta as O Termo de Parceria é um instrumento firmado
relações com o Poder Público. As OSs têm a com o Poder Público. Indica que recursos públi-
gestão de certo patrimônio público que é ce- cos podem ser destinados a uma entidade, mas a
dido pelo Estado. gestão do patrimônio não deve ter ingerência do
Poder Público.
Fonte: ALVES; 2018, pág. 26

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Por conta desses regulamentos e certificações, as entidades que podem ser conside-
radas do terceiro setor são as seguintes:
• Promoção da assistência social;
• Promoção do voluntariado;
• Promoção gratuita da saúde;
• Promoção gratuita da educação;
• Promoção de cultura, entre outras.

E sempre é bom entender que para a criação de uma empresa do terceiro setor é
importante seguirmos cinco passos que traremos na sequência.
• Convocação: o primeiro passo é a convocação. As pessoas que têm um interesse
em comum devem se juntar, com base em uma convocação prévia e, após essa pri-
meira reunião, devem começar a se trabalhar na elaboração de um estatuto social;
• Assembleia Geral: já assembleia Geral deve ocorrer após a definição de qual será
a missão dessa entidade. Com a definição da missão da entidade e uma primeira
versão do estatuto social, as pessoas conseguirão aprovar esses tópicos e a entidade
será assim criada;
• Estatuto: o estatuto que foi elaborado deverá ser lido em voz alta para que todos
tenham acesso; e, a cada ponto que gere qualquer discussão, deverá haver uma
pausa para que o tópico lido seja analisado por todos;
• Eleição da Diretoria: a diretoria deverá tomar posse conforme determinado no estatuto;
• Registro Geral: com todos esses pontos determinados, a entidade deverá fazer o
seu registro dentro dos órgãos competentes para tal.

Como já falado, é importante destacar que a questão de regulamentos para as enti-


dades é de uma importância única, devemos seguir prontamente todas as leis e, dessa
maneira, evitar problemas futuros para essa entidade que está sendo criada.

Organização da Sociedade Civil de Interesse Público – OSCIP: Qualificação


O processo de qualificação como Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OS-
CIP) é instituído pela Lei nº 9.790, de 23 de março de 1999, que dispõe sobre a qualificação
de pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, como Organizações da Sociedade
Civil de Interesse Público, institui e disciplina o Termo de Parceria e dá outras providências.
O certificado de qualificação como OSCIP é privativo de pessoas jurídicas de direito priva-
do sem fins lucrativos que tenham sido constituídas e se encontrem em funcionamento
regular há, no mínimo, três (3) anos, desde que os respectivos objetivos sociais e normas
estatutárias atendam aos requisitos instituídos pela legislação normativa. Cumpridos todos
os requisitos da lei, com os devidos documentos comprovantes, a qualificação é concedida.
A qualificação como OSCIP apenas será útil para as entidades que pretendam firmar Termo
de Parceria com o Poder Público, de acordo com o previsto na Lei nº 9.790/99. Dessa forma,
a qualificação como OSCIP deve ser requerida apenas para a finalidade, única e exclusiva, de
firmar Termo de Parceria, sendo desnecessário, portanto, que as entidades recorram a tal
qualificação para outros fins.

Fonte: https://bit.ly/3pLqMxj

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Estrutura de Funcionamento
Quando pensamos em estrutura de funcionamento das empresas de terceiro setor,
é impossível não pensarmos na questão contábil dessas empresas. A partir deste mo-
mento, entender um pouco mais qual a finalidade das demonstrações contábeis dentro
dessas entidades.

Como já falado anteriormente, o principal contexto da contabilidade para as empre-


sas do terceiro setor é a questão de transparência e prestação de contas. Todas essas
entidades devem prestar contas, pois a prestação de contas é fundamental para que es-
sas entidades não percam a credibilidade de serem empresa sem fins lucrativos. Se elas
vierem a perder a credibilidade e os investidores desconfiarem de que algo de errado está
acontecendo, será impossível manter o seu propósito social, que é agir onde o Estado
não consegue agir.

Contabilidade Terceiro Setor, disponível em: https://youtu.be/0baPu-5Iv0Y

As informações que devem constar das demonstrações contábeis e financeiras das


entidades do terceiro setor são as seguintes:
• Posição patrimonial e financeira;
• Demonstração do desempenho financeiro;
• Demonstração dos fluxos de caixa.

Assim como nas empresas, nas entidades do terceiro setor a contabilidade deve
servir para que o usuário final possa tomar decisões, é importante que a contabili-
dade seja muito bem elaborada com base em números corretos e de acordo com as
normas vigentes.

Os relatórios acima mencionados devem possibilitar que os seus usuários possam ter
acesso às seguintes informações:
• Avaliar e tomar decisões sobre onde aplicar os recursos;
• Demonstrar existência de transparência dentro da entidade;
• Determinar como foram utilizados os recursos obtidos com terceiros;
• Prever o nível de recursos necessários para continuar operação;
• Identificar riscos incertezas futuras;
• Analisar se os recursos foram obtidos de forma lícita e de acordo com orçamen-
to previsto;
• Verificar se os recursos estão dentro dos limites estabelecidos por lei.

As demonstrações contábeis das entidades do terceiro setor devem conter todas as


contas padrões de ativos, passivos, patrimônio líquido, receitas, despesas, além de qual-
quer alteração dentro do contrato social das mesmas e, claro, sem dúvida nenhuma, o
fluxo de caixa.

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Entidades deste tipo dependem basicamente da questão do fundo de caixa, elas bus-
cam financiamentos com terceiros e com o Estado, sendo o Estado o primeiro setor, e
os terceiros sendo o segundo setor, e, dessa maneira, deve ser muito bem alinhado o seu
fluxo de caixa com a suas atividades.

As entidades do terceiro setor podem receber incentivos fiscais, recur-


sos públicos governamentais e firmar termo de parceria, para aplicação
de recursos destinados ao fomento de suas atividades ou em atividades
específicas. Desse modo, essas entidades estão sujeitas a apresentação
de prestação de contas sobre o uso dos recursos, sendo que as demons-
trações contábeis interligadas as demonstrações orçamentárias podem
representar um avanço no aperfeiçoamento da accountability, aderente
aos preceitos da NBC TSP 24, que determina que as 20 idades públicas
devem divulgar publicamente seus orçamentos aprovados. (SLOMSKI,
2012 – pág. 13)

O principal formato dentro desse contexto é buscar a prestação de contas conforme


instrução da NBC TSP 1. Podemos apresentar essa prestação de contas de diversas
maneiras, conforme abaixo:
• Por meio de colunas separadas (orçados & realizados);
• Variações orçamentárias podem ser apresentadas também em colunas;
• As despesas que forem incorridas sem autorização devem ser evidenciadas.

As demonstrações contábeis das entidades do terceiro setor devem compor todos


os itens necessários para a boa transparência e prestação de contas dessas entidades.
Vamos verificar o que é comum e extremamente importante para determinar o nível de
investimento dessas entidades, que quanto mais informações foram prestadas, melhor
será o seus relatórios contábeis e o seus relatórios de desempenho operacional.

Nas nossas próximas unidades, vamos mergulhar ainda mais no mundo das demons-
trações contábeis das entidades do terceiro setor.

Você já pensou como empresas sem fins lucrativos cuidam da gestão financeira?
A contabilidade para terceiro setor é crucial para o desenvolvimento dos serviços de utili-
dade pública.
Neste texto, você aprenderá o que é a contabilidade para o terceiro setor, qual a sua impor-
tância para a saúde financeira de empresas sem fins lucrativos e como o contador possui
papel central nessa área.
Leia a matéria na íntegra em: https://bit.ly/395mL0x

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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:

 Livros
Teoria crítica nas organizações - Coleção Debates em Administração
PAULA, A. P. P. De. Teoria crítica nas organizações - Coleção Debates em
Administração. Cengage Learning Brasil, 2007.

 Leitura
A importância da contabilidade no terceiro setor
https://bit.ly/2IVzeci
A Contabilidade do Terceiro Setor: o Caso Anália Franco
https://bit.ly/35QqZr1
Contabilidade no terceiro setor: estudo biliométrico no Período de 2004 a 2014
https://bit.ly/2Hoel9c

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Referências
ALVES, A. Contabilidade do terceiro setor. Porto Alegre: SAGAH, 2019.

OLIVEIRA, A. de; R. Manual do Terceiro Setor e Instituições Religiosas: Trabalhis-


ta, Previdenciária, Contábil e Financeira. 4ª ed. São Paulo: Atlas, 2014.

PAES, J. E. S. Terceiro Setor e Tributação - Vol. 7. Rio de Janeiro: Forense, 2015.

SLOMSKI, V. Contabilidade do terceiro setor: uma abordagem operacional: apli-


cável às associações, fundações, partidos políticos e organizações religiosas. São
Paulo: Atlas, 2012.

TACHIZAWA, T. Organizações Não Governamentais e Terceiro Setor - Criação


de ONGs e Estratégias de Atuação. São Paulo: Atlas, 2019.

Sites visitados
<https://snagel.com.br/contabilidade-para-terceiro-setor-qual-o-real-papel-do-conta-
dor/>. Acesso em 21/09/2020.

<https://www.youtube.com/watch?v=0baPu-5Iv0Y>. Acesso em 21/09/2020.

<https://www.justica.gov.br/seus-direitos/politicas-de-justica/entidades/oscip1#:
~:text=O%20certificado%20de%20qualifica%C3%A7%C3%A3o%20como,atendam%
20aos%20requisitos%20institu%C3%ADdos%20pela>. Acesso em 20/09/2020.

<https://nossacausa.com/denominacoes-no-terceiro-setor-ong-oscip-ou-instituto/>.
Acesso em 20/09/2020.

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